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História Amor(?), destino - Secret


Escrita por: Kubiak

Capítulo 20 - Secret


(Ricardo)

Passamos a tarde no quarto de Vitor conversando sobre assuntos banais. Inexplicavelmente, eu já me sentia à vontade no local, era como se eu já frequentasse ali por anos. Ele estava sendo extremamente carinhoso comigo, me abraçando, acariciando o meu cabelo e me beijando quando eu menos esperava. Aquilo tudo parecia um sonho, um sonho do qual eu odiaria acordar. Quando era cerca de cinco da tarde, a porta do quarto foi aberta de forma repentina. Eu estava com a cabeça no peito de Vitor e mal tive tempo de trocar de posição. Não sabia muito o quê fazer então apenas me levantei e olhei para a porta e Vitor ficou na cama. Era um dos amigos dele, André. Num primeiro momento ele olhou com um pouco de surpresa.

-Ah... me desculpa, eu só queria avisar que nós vamos sair daqui a uma hora, se vocês quiserem se juntar a nós... – Disse André já com sua “feição normal”.

Eu achei estranho o fato dele não parecer mais surpreso com a cena, ele sequer questionou Vitor sobre aquilo, aliás, agiu normalmente.

-Pô cara, nós não vamos. Mas vocês podem ir e não me liguem para buscar ninguém de madrugada.

-Pode deixar que nós não vamos atrapalhar a madrugada de ninguém – concluiu André entre risos.

Não atrapalhariam a madrugada de ninguém? O quê aquilo supostamente deveria significar?

-Levem a chave, por favor. Amanhã eu vou cedo pra aula – terminou Vitor e André assentiu saindo do quarto.

Fiquei pensando naquela cena e voltei o meu olhar para Vitor, o mesmo sorriu:

-Por que você está me olhando assim?

-O seu amigo não ficou nada chocado com o fato de eu estar encostado no seu peito... parecia que ele...

-Que ele sabia que você é mais do que um amigo pra mim?

Eu corei instantaneamente com a possibilidade de nosso romance não ser segredo entre os amigos de Vitor.

-Como assim?

-É isso mesmo, eles sabem!

Eu não sabia o quê fazer, aquilo era algo ruim?

-Mas você me disse que não tinha comentado nada...

-Sim, eu não quis dizer que eles já sabiam pra você não ficar mais nervoso. Foi mal.

Eu não sabia se seria melhor ele ter me contado ou não, de qualquer forma eu havia ficado bem nervoso!

-Tá. E o quê eles disseram? Eles não acharam estranho? Mais alguém sabe?

-Eles ficaram bem surpresos, eu diria até que chocados, mas não viram isso de forma negativa. Nós estamos no século 21, né? – disse rindo – E não. Ninguém mais sabe sobre isso, a não ser que você tenha contado.

-Hum...

-Quê foi? Eu fiz mal?

-Não é isso... eu só não sei como me sentir sobre as outras pessoas.

-Como assim?

-Eu não sei como abrir para outras pessoas sobre o nosso relacionamento, entende? Não é que eu sinta vergonha nem nada, só não sei qual vai ser a reação das pessoas...

Olhei nos olhos do Vitor e daquela vez eu não consegui decifrar nada. Até que ele veio em minha direção e me abraçou.

-Não importa o quê elas vão pensar ou como elas vão reagir. O importante é como nós dois nos sentimos um sobre o outro. E só o fato de você ter mencionado o nosso “relacionamento”, já fez o meu coração bater mais rápido.

Após ele terminar de falar, nos beijamos mais uma vez. Aquilo era extremamente reconfortante. Olhei para a janela e acabei me lembrando que já estava ficando tarde.

-Escuta, Vitor. Eu sei que você tá com esse mel todo hoje, mas eu preciso voltar pra casa. Amanhã a gente já tem aula, esqueceu?

-Não me esqueci. É por isso que você vai dormir aqui comigo.

-Mas como? Eu não trouxe roupa alguma. Vai ser impossível.

-Você não vai precisar usar roupa alguma! – Ele disse rindo e eu corei.

-Seu safado! – disse batendo no braço dele.

-Ai, não precisa ficar agressivo. Você pode usar as minhas roupas, amanhã provavelmente não vai ter muita matéria, os professores vão ficar falando das provas etc.

-Eu sei, mas não gosto de dormir fora de casa e... – parei de falar e olhei pra aqueles olhinhos puxados lindos e aquele bico que se formava na boca de Vitor- ah... tá bem, eu durmo aqui hoje.

-EBAA.

-Mas vamos manter uma distância saudável, ok?

Ele ensaiou um novo biquinho mas logo assentiu. Aquilo estava começando a ficar quente.

 (~)

Ficamos no quarto de Vitor até umas seis horas da tarde e depois ele foi tomar banho. Aproveitei e fui assistir alguma coisa na televisão e mexer no celular. Claramente, eu já tinha pegado a senha do Wi-Fi dele. Se a gente trocava saliva, não custava nada trocar senha do Wi-Fi, né?

Acessei o Messenger e Yane tinha me mandado várias mensagens. Fazia um bom tempo que eu não falava com ela.

Ricardo: Oi Yane (18:13)

Tô na casa do Vitor (18:14)

Yane: ??? COMO ASSIM?? ME CONTA TUDO (18:16)

Ricardo: hahaha Depois eu conto, juro (18:16)

Yane: Nossa, seu fodido

Quero todos os detalhes AMANHÃ na minha mesa!! (18:19)

Ricardo: Pode deixar, Darling =) (18:20)

Vitor tinha deixado o celular dele no sofá ao meu lado. Pude notar que chegavam várias mensagens a todo instante. Eu sabia que o Vitor era bem popular, aquilo deveria ser até normal. Aliás, eu pensava em quão sortudo era por ter sido “escolhido” dentre tantas possibilidades na faculdade.

Acabei não aguentando a curiosidade e olhei no iPhone dele pra ver quem mandava tantas mensagens. Estava bloqueado então apenas pude ver que a Jéssica havia enviado as últimas mensagens. Como se não bastasse tudo, ainda tinha ela no meu caminho... Mas não poderia ficar triste com aquilo, eles poderiam estar conversando sobre coisas banais.

Vitor saiu do banheiro de toalha e passou na minha frente. Deu uma piscada para me provocar, mas eu não dei muita atenção, estava pensando naquelas mensagens. Eu sei que não deveria intervir na privacidade dele, mas eu já estava tão apegado que não pude deixar de fantasiar mil coisas na minha cabeça.

Peguei a toalha que ele havia me dado e fui tomar banho. Aproveitei pra relaxar e tirar aqueles pensamentos da minha mente. Não deixaria aquela garota atrapalhar a minha noite!


Notas Finais


É isso, ainda hoje tem mais! haahau


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