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História Amor(?), destino - Guilty


Escrita por: Kubiak

Capítulo 23 - Guilty


(Ricardo)

O celular do Vitor despertou pontualmente às 06:30. Eu acabei dormindo agarrado a ele, então me desprendi de seus braços e fui me arrumar. Assim que coloquei o pé no chão, caí. Sentia uma dor bem forte, realmente a noite anterior tinha sido memorável...

Vitor levantou assustado com o barulho e logo veio me ajudar:

-Rick! Está tudo bem? – disse enquanto me ajudava a levantar.

-Sim. É que você se empolgou ontem...

-Ah sim – me respondeu com um sorrisinho.

Ele me acompanhou até o banheiro e então eu fechei a porta para escovar os dentes, ele ficou plantado do lado de fora, acho que não esperava que eu buscasse privacidade. Ele havia ensaiado um “eu te amo” após a nossa relação, eu não sabia muito bem o quê responderia, então apenas o impedi de concluir. Será que eu fiz mal? É só que eu não tenho certeza suficiente para dizer ou ouvir algo tão sério assim! Provavelmente ele esperava uma confirmação da minha parte, mas eu não poderia... não é de meu costume dizer coisas tão profundas sem nem pensar. Eu gosto dele, gosto de ficar perto dele e de passar o tempo com ele, mas não sei se isso é suficiente para dizer aquelas palavras.

Terminei de me arrumar e saí do banheiro, ele estava sentado na sala e me encarava quando eu abri a porta, porém não disse nada. Ele entrou no banheiro e eu fui até a cozinha para esquentar leite e adiantar as coisas, afinal, ainda tinha que passar em casa pra arrumar as minhas coisas. Fiz o nosso café da manhã e logo ele estava pronto e sentado para comer. Eu havia colocado leite para o mesmo, porém ele ignorou a caneca, pegou uma maçã na fruteira e começou a responder algumas mensagens.

-Você não toma leite? – Perguntei curioso.

-Tomo, mas não estou com muita vontade hoje... – respondeu sem tirar o olhar da tela do celular.

-Hum... você deveria tomar, seria bom recuperar as forças – eu não podia deixar de provocá-lo haha recebi um olhar intrigado, parece que ele tinha recebido a provocação.

Terminei de tomar café e peguei as minhas coisas. Vitor havia ficado de me levar para casa, e assim o fez. Assim que chegamos, tirei o capacete e o convidei para subir.

-Vem, tá frio aqui fora.

-Não, tudo bem. Eu te espero aqui.

Ele estava sendo extremamente evasivo nas respostas e raríssimas eram as vezes nas quais ele me olhava nos olhos, sempre colocava a atenção naquele maldito celular. Não fiz muitos rodeios e apenas fui arrumar as minhas coisas em casa. Troquei de roupa e peguei a minha mochila e então saí. Chegando no portão, me deparei com Vitor, mais uma vez, respondendo mensagens. Eu sentia uma agonia enorme todas as vezes em que ele sorria ou dava alguma risadinha para o celular. Será que as mensagens eram daquela Jéssica? Só de pensar, meu coração apertava.

-Vamos? – disse sentando na moto e apertando a barriga dele que logo “afrouxou” os meus braços.

-Não precisa me apertar... – respondeu seco.

Por que ele estava agindo assim? Jamais se queixou de qualquer tipo de aperto meu ou algo parecido, muito pelo contrário...

(~)

Chegamos na faculdade e eu desci para que Vitor pudesse estacionar.

-Nos vemos na sala?

-Acho que vou assistir aula em outra turma.

Como assim? Ele mesmo quis mudar de turma pra ficar mais próximo de mim. Realmente tinha algo errado acontecendo.

-Vitor, você está chateado comigo ou algo do gênero? – questionei.

-Não, por quê? Tem algum motivo para eu estar?

Depois dessa resposta, tive certeza que ele estava chateado.

-Tudo bem – disse entregando o capacete e seguindo para a entrada da faculdade.

Vitor não demorou muito e logo foi estacionar a moto. Eu segui para a sala de aula e lá estava Yane jogada na mesa como se não tivesse dormido por semanas.

-Acorda, dorminhoca! – disse sacudindo-a.

Ela levantou a cabeça e me deu um tapa de leve no braço, eu ri.

-E aí, vai me contar como foram as suas últimas noites, Ricardo? Fiquei sabendo que você me trocou por um veterano descompromissado aí....

-Quem vai ter que contar sobre a noite de alguém é você! O quê aconteceu? Cê não dormiu esses dias não, linda? – perguntei rindo.

-Dormir? Eu não preciso disso, porque eu me basto. Eu sou uma pessoa plena, eu me amo – respondeu fazendo pose – mas na verdade, eu cheguei em casa hoje de manhã.

-Wow. Como assim? – perguntei rindo.

-Ah, eu fui numas festas aí... Mas e você? – apontou pra mim.

-Eu o quê?

-Eu te mandei uma mensagem e você respondeu que estava na casa de você sabe quem, seu safado!!!

-Ah... – disse tentando me defender enquanto ela tentava me bater.

-E então... rolou?

Corei mais que um pimentão.

-Desembucha, embuste!                                

-Ah... sim!

-AAAAAAAAAAAAAaaaa, meu dels! Conta, conta!! Como foi? Você gostou?

-Fala baixo! – ela estava praticamente gritando - Gostei, ué – respondi com um sorriso de vergonha – ele foi bastante “gentil” comigo.

-Seu safado! Vamos comemorar no final de semana!!

-Comemorar o quê, Yane?

-Ué, sua primeira vez...

-Como assim? Não foi minha primeira vez – é sério que ela achava que eu era virgem?

-Nossa, seu cachorro, então vamos comemorar a sua primeira vez com um veterano!

-Aish, depois a gente resolve isso...

O professor chegou na sala e paramos de conversar. Notei que o Vitor não tinha chegado na sala ainda, provavelmente tinha ido assistir aula em outra turma mesmo...

(~)

A aula terminou por volta de onze horas e eu saí junto de Yane para procurar Vitor. Eu tinha mandado algumas mensagens, porém ele não se deu ao trabalho nem de visualizá-las. Começamos a rodar o corredor a procura da sala na qual ele tinha visto aula.

-Não seria melhor você ligar pra ele? – sugeriu Yane.

-Não, eu mandei mensagens e ele não visualizou... provavelmente deve ter acabado a bateria do celular dele – era o quê eu esperava pelo menos.

-Vocês brigaram? Eu achei que estava tudo bem entre vocês...

-Não é isso!  - respondi exaltado – Eu acho que ele ficou chateado mas isso não importa...

-Nossa, pela sua reação, deve ser exatamente esse o motivo. Por que ele ficou chateado?

-Hum... ele ia dizer que gostava de mim... e, eu o interrompi – disse de cabeça baixa.

-Só por isso? Parece ter mais alguma coisa – aquela desgraçada sabia ler as minhas expressões.

-Na verdade, ele ia dizer que me amava e eu não deixei que ele completasse.

Yane me acertou com um tapa no braço.

-Ai, isso doeu!

-Mas é pra doer, seu embuste. Você praticamente rejeitou o menino depois de dormir com ele, como você acha que ele está se sentindo?

-Aish... eu sei, Yane. Não deveria ter feito isso, mas é que eu não sabia o quê responder... será que ele tá muito chateado?

Nós estávamos andando quando Yane parou.

-O quê foi? – perguntei.

-Eu acho que ele já encontrou alguém para confortá-lo – me disse apontando pra uma das salas.

Lá estava ele... abraçado com a Jéssica.


Notas Finais


Sorry pela demora :x vou tentar postar mais um de hoje pra amanhã ^.^


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