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História Amor(?), destino - Signal


Escrita por: Kubiak

Capítulo 26 - Signal


(Ricardo)

Nós passamos a terça-feira inteira juntinhos. Vitor ficou ao meu lado de uma forma muito intensa, fazia questão de até ir ao banheiro comigo. Eu achava aquilo fofo e retribuía todo aquele carinho, estar ao lado dele era um sonho. Eu adorava a maneira como ele me tratava, extremamente protetivo e, até certo ponto, possessivo. Eu me fazia de puro quando ele falava alguma coisa safada em meu ouvido, mas me divertia com a situação.

Yane tratou de me zoar durante as aulas que fizemos juntos. Ela parecia estar se divertindo com todo aquele grude do Vitor.

-Quando é que vocês vão se casar? – perguntava risonha.

-Ah, por mim não demoraria muito não, viu... – Vitor respondeu em minha frente.

Eu corei instantaneamente, e pior que essa não tinha sido a única pergunta embaraçosa que ele respondia com naturalidade.

Tratamos de almoçar os três juntos. Eu fui me escondendo nos braços dele, não poderia cruzar com o Paulo tão cedo, ainda mais porque eu tinha combinado de sair com ele naquela semana e se Vitor descobrisse, me mataria.

Naquele dia, acabei indo pra casa dele e lá passamos a noite assim como havíamos feito no domingo. Já estávamos bastante íntimos e embora aquilo fosse novo para mim, me sentia extremamente confortável.

(~)

Sexta-feira era um dia que eu tinha aula até o final da tarde, então era sempre propício para marcar algum compromisso depois do horário letivo visando relaxar. Pelo menos era o quê eu pensei quando aceitei o convite de Paulo. Ele havia me mandado uma mensagem cedo perguntando se estava tudo de pé, eu confirmei. Eu tinha o pressentimento de que algo daria errado, mas não tive coragem de cancelar aquele compromisso. Afinal, eu era um homem de palavra!

Eu tinha passado a quinta em casa, sem a presença do Vitor. Queria tomar certa distância para que ele não quisesse marcar alguma coisa comigo naquela sexta, se não eu teria que dar uma boa desculpa pra ele ou abrir o jogo.  

Como era de costume, cheguei cedo na faculdade e me dirigi para a sala de aula. Eu não tinha aula com a minha turma habitual, então estava mais tranquilo. Quando faltavam cerca de quinze minutos para o início da aula, eis que aparece em minha frente tremendamente bonito aquele anjinho asiático. Eu fiquei até tonto com tanta beleza, eu adorava quando ele ia de bermuda, afinal, aquelas pernas eram muito bonitas para ficarem presas numa calça. O sorriso que ele me deu quando os nossos olhares se cruzaram já valeu por toda a semana.

-Bom dia – disse e me beijou logo em seguida.

Eu retribui o beijo de forma que quando eu percebi eu já estava em cima da carteira com Vitor entre as minhas pernas. Ele parou de me beijar um instante e fechou os olhos sorrindo:

-Rick...

-Oi.

-Você vai passar o final de semana comigo, né?

-Claro! – era só isso? Que fofo.

Ele se sentou atrás de mim e ficamos conversando até o momento em que o professor chegou na sala.

(~)

Terminada a aula, caminhamos juntos rumo ao restaurante universitário.

-Eu não sabia que você tinha aula na sexta.

-Eu não tenho. Só queria te ver.

-Sério? E eu querendo ficar em casa dormindo...

-Eu também prefiro ficar em casa dormindo, desde que você esteja dormindo ao meu lado – disse enquanto pegávamos a fila.

Cada resposta dele era como uma flecha no meu coração, daquele jeito eu ficava mais apaixonado.

-Ah... eu também prefiro – respondi vermelho.

-Também prefiro o quê? Quero ouvir – disse me encarando com uma expressão séria.

-Eu também prefiro ficar contigo.

Ele voltou a rir e me deu um leve selar. Eu já nem me importava com o fato de estarmos num local público, pois aquilo já era mais do que habitual.

(~)

Nós comemos e acabamos por voltar juntos para o prédio no qual eu teria aula.

-Ei, você não vai ter aula não? – questionei.

-Na verdade, até tenho, mas vou ficar mais um tempinho contigo – respondeu sorrindo.

Ele sabia exatamente o quê fazer para de desconsertar: simplesmente sorrir. Ficamos juntos trocando carinhos até poucos minutos antes das minhas aulas da tarde começarem.

-Rick. Você vai pra minha casa hoje?

Eu gelei quando ouvi aquela pergunta. Eu sabia que era melhor tê-lo evitado, pois um convite como aquele acabaria acontecendo.

-Ah... então... hoje não vai dar. Eu estava pensando em ir pra sua casa amanhã, pode ser?

Ele fez um bico de descontentamento e logo me respondeu:

-Tá bom... – disse de cabeça baixa – eu posso ir pra sua casa hoje? – perguntou erguendo a cabeça de forma inesperada.

Eu sentia que os músculos do meu rosto tinham congelado. Por que ele tinha que me colocar naquela encruzilhada?

-Não – respondi sem pensar.

O bico que estava na boca dele aumentou. Agora ele fazia manha.

-Tá bom, entendi...

-Quer dizer, você pode. Mas vai ter que ir pra lá umas dez da noite. Tudo bem?

Ele me encarou com um olhar desconfiado.

-Hum... tudo bem. Mas por que a gente não pode ir junto?

-Ah, eu combinei de estudar com a Yane depois da aula. Mas está combinado assim então?

Ele pareceu engolir a minha desculpa e acabou assentindo. Eu respirei mais aliviado.

Ele acabou por se despedir e me deixou sozinho para a minha aula.

(~)

Eu saí da aula por volta das 18:30 e fui me encontrar com o Paulo. O avistei na entrada da faculdade e fui ao seu encontro. Quando cheguei na frente dele notei o quão “formal” ele estava, não que eu achasse ruim, mas estava tão acostumado com o jeito despojado do Vitor que acabava estranhando. Ele usava uma camisa social azul escura com uma calça preta não menos formal. O cabelo estava perfeito: cada fio em seu devido lugar como era de costume. Ele estava sem óculos, o quê acabou tirando um pouco daquela atmosfera “nerd galã” que ele costumava exibir.

-Oi, Paulo. Tudo bem?

-Melhor agora – respondeu me dando um abraço.

Eu não sabia muito bem o quê fazer quando outra pessoa que não fosse o Vitor tinha algum tipo de contato físico comigo. Muitas vezes eu nem retribuía...

-Pra onde você vai me levar? – perguntei curioso.

-É uma surpresa, lembra?

Sorri sem graça com a resposta. Na verdade, eu odiava surpresas. Ele me levou até o estacionamento, detalhe que eu nem sabia que ele dirigia, muito menos que tinha carro.

(~)

Não conversamos muito durante o caminho, ele aparentava estar bem nervoso. Chegamos até o shopping (?). Sério? Eu pensei que ele me levaria para uma ópera com toda aquela formalidade.

-Shopping? – disse baixo mas o suficiente para ele ouvir.

-Sim, tudo bem pra você? – me perguntou preocupado.

-Sim, sim. Claro, é que você veio meio formal...

Ele acabou rindo um pouco e passou a mão no cabelo.

-É que eu estava dando umas palestras numas escolas sabe...

-Palestras? – eu não sabia que ele era tão requisitado.

-Isso. O meu grupo de extensão tem várias atividades em escolas.

-Nossa, que interessante – realmente achei interessante, mas não teria coragem a ponto de dar palestras.

Ele estacionou e abriu a porta do carro pra mim. Confesso que fiquei sem jeito com aquela atitude.

-Vamos?

Assenti e fomos para o shopping.

(~)

Ele me guiou até o último andar e fomos até o cinema. Aquela era a surpresa?

-Rick – disse chamando minha atenção – desculpa, eu queria te levar para um bom restaurante hoje, mas é que eu acabei me enrolando um pouco com as coisas do grupo de extensão e acabei me esquecendo.

Então era isso...

-Imagina, Paulo. Faz um bom tempo que eu não pego um cineminha mesmo – na última vez, tinha sido beijado pelo asiático mais bonito que eu já vi na minha vida.

Ele comprou ingressos para um drama qualquer lá e o meu pensamento não saía do Vitor. O quê ele estaria fazendo naquele exato momento?

Nos sentamos no fundo, a sessão estava bem vazia, nem parecia ser sexta-feira.

(~)

O filme não estava lá grandes coisas e a pipoca já tinha acabado. Coloquei minha mão no “braço” da poltrona. Depois de algum tempo senti um toque na mesma. Era a segunda vez naquele dia que eu ficava sem reação. Ele colocou a mão dele em cima da minha. Eu virei a cabeça discretamente para notar o quê acontecia. Ele estava com o olhar fixado na tela, porém não tinha uma feição tranquila, muito pelo contrário. Discretamente, tirei a minha mão dali e cruzei os braços até o final do filme, não queria que nenhum acidente acontecesse ali.

(~)

Assim que saímos da sessão, ele não soltou uma palavra sequer, então me senti com a responsabilidade de quebrar o gelo:

-Muito bom o filme, você não achou?

Ele me olhou surpreso e apenas assentiu. Nos dirigimos até a praça de alimentação para comer alguma coisa e compramos dois lanches. O clima estava um pouco pesado, talvez pelo fato de eu ter tirado a minha mão da dele?

-Desculpa – ele me disse.

-Hum? Não tem que se desculpar por nada.

Ele abaixou a cabeça, aparentava estar bem frustrado.

-Você sabe que eu gosto de você, né? – disse voltando a me encarar.

Eu não sabia mais aonde enfiar a cara. O quê tinha sido aquilo? Arregalei os meus olhos e não respondi.

-Tudo bem se você não gosta de mim, mas é que eu achei que tinha que tentar...

-Não é isso – respondi – Eu... na verdade, já estou saindo com uma pessoa.

-Eu não estou pedindo exclusividade – retrucou.

Foi naquele momento que eu percebi que não suportaria jamais outra pessoa que não fosse o Vitor na minha vida.

-Me desculpa, mas é que eu... amo essa pessoa- sim, eu disse amo.

-Ah – disse aceitando.

Senti o meu celular vibrar em meu bolso então peguei para ver o quê era. Tinha uma mensagem de Vitor que tinha sido enviada naquele exato momento.

Anjinho: quer dizer que você ia estudar, n é mesmo?

Eu estou te vendo (21:16)

SOS, em que confusão eu tinha me metido? 


Notas Finais


Sorry pela demora, mas é que final de ano vcs já sabem, né? Não tive muito tempo, mas vou tentar postar mais um até amanhã de noite. Espero que gostem =)


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