História Amor(?), destino - Moments

(Ricardo)

Quem era aquela garota? Uma namorada? Uma ficante? Não sei se eu gostaria de saber a resposta para essas perguntas. Mesmo não tendo sequer falado com o Vitor, eu sinto algo por ele. Pode parecer estúpido, mas acho que a minha carência contribui muito para isso... não fico com ninguém há um bom tempo, isso é ,em partes, uma escolha minha. Não acho que beijar uma pessoa ou ter algo a mais para no dia seguinte esquecê-la seja algo proveitoso. Não quando você busca algo mais sério. Pelo incrível que pareça, Vitor despertava esses sentimentos em mim e isso me fazia querer morrer.

Eu já não via mais sentido em continuar naquele lugar, então andei rumo a um ponto de táxi e entrei no primeiro disponível. Só queria chegar em casa, tomar um banho e me deitar, aquela noite já havia sido longa demais para mim.

(~)

Eu acordei no dia seguinte por volta de meio dia, não estava disposto a nada, só queria voltar para a casa de meus pais e sumir por algum tempo. Era estúpida a forma como eu me sentia, aquele garoto não me deve nada e eu não posso ter qualquer tipo de sentimento de posse por ele, visto que não trocamos nem um simples “oi”. Eu devia mesmo era tomar um café bem forte e estudar algo.

Assim eu o fiz e comecei a estudar um pouco de cálculo.... não conseguia me concentrar por muito tempo, a noite havia sido longa e eu não estava 100%. Apesar de não ter o costume, bebi um pouco na festa já que a Yane estava insistindo. Por falar nisso, eu tinha voltado para casa sem ela e não a dei nenhuma satisfação. Espero que ela não queira me matar amanhã.

Enviei uma mensagem para a mesma pois me sentia mal.

“Olá Yane. Sinto  muito por ter voltado para casa sem te dar uma satisfação :( espero que a sua noite tenha sido boa. Amanhã a gente se fala.”

Passei o resto do dia tentando me recompor e arrumando as minhas coisas para o dia seguinte. Tinha aula e aproveitaria para dar uma passada no laboratório e adiantar o meu projeto.

(~)

O despertador tocava de maneira infernal e eu não via outra saída além de me levantar e começar a me arrumar para a escola. Já eram 06h e as minhas aulas começariam 07:30h. Tomei um banho rápido e tomei um café. Me arrumei rapidamente, sem me preocupar com a minha “cara de ressaca” (ok, não era pra tanto). Eu queria ir discreto para a faculdade, então fui bem básico. Fazia frio no mês de agosto, logo eu levei a minha blusa de frio e o guarda-chuva para evitar quaisquer surpresas desagradáveis.

Chegando na faculdade, fui logo para a sala de aula e procurei por Yane. Ela estava sentada na última fileira da sala e se preparava para a aula de Geometria. Logo caminhei em sua direção e ela me olhou com uma aparência brava.

-Quer dizer que o bonito me deixou plantada lá na festa e sequer ligou para saber se eu estava viva!? Eu fiquei preocupada, sabia?

-Ah, não é pra tanto. Quando eu fui embora você estava aos beijos com um cara, muito bonito por sinal –ela riu do meu comentário- mas me desculpa, eu me senti um pouco mal e precisei voltar pra casa.

-Tudo bem, não foi muito gentil da minha parte te deixar sozinho- respondeu Yane.

-Imagina, não se sinta culpada, eu fiquei bem! E no fim estamos vivos-rimos juntos- Quero saber de tudo, como foi a sua noite? Quem era aquele gatinho?

A gente conversou por alguns minutos até o professor chegar na sala e aula começar. Tivemos aula até as onze da manhã. No fim da aula eu me despedi da Yane e segui rumo ao laboratório para adiantar o meu projeto.

Chegando no laboratório eu me sentei em frente ao computador e comecei a abrir os arquivos do meu pen drive. Estava bem focado ajustando algumas medidas de algumas peças, até que notei que eu não estava mais sozinho na sala. Ele estava lá... parado em frente a minha mesa e me encarando com um olhar de quem precisava de ajuda.

-Olá.