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História Amor & destino - Hospital


Escrita por: gabi_buenos

Capítulo 8 - Hospital


Não sei como consegui dormir, tinha trocado de roupa e me sentado no sofá olhando para a porta trancada na esperança de que ele voltasse para mim, só que isso não aconteceu deixando-me mais culpada. O cansaço vence fazendo-me dormir rapidamente, tive muitos pesadelos um pior que o outro e todos era sobre Ed. Acordei com a camareira entrando no quarto ela olha para meu estado levantando as sobrancelhas preocupada.

— A senhora está bem? — perguntou se aproximando de mim, balanço a cabeça dizendo que não começando a chorar sem parar, ela olhou para mim com piedade e compaixão — eu já volto.

Alguns minutos depois ela voltou com Stuart super preocupado comigo, vendo meu estado lamentável ele balança a cabeça dizendo não logo pegando seu celular ligando para alguém.

— Ed, você esteve com a Emilly ontem à noite? — olho para ele assustada levantando-me rapidamente indo em sua direção para pegar aquele celular, mas eu estava tão fraca que não consegui chegar na metade do caminho, pois havia desmaiado ali mesmo.

Acordo com um bipbipbip me incomodando, abro os olhos devagar tentando me acostumar com a claridade, olho para os lados percebendo que estava no hospital. Stuart entra no quarto aliviado por me ver acordada.

— Que bom que acordou — diz ele indo se sentar na poltrona.

— O que aconteceu? — perguntei tentando lembrar-me.

— A camareira me chamou dizendo que você não estava bem, então fui até seu quarto e a vi muito pálida, você tentou andar e desmaiou — diz ele, começo a lembrar de algumas coisas principalmente o que aconteceu na madrugada.

— E Ed? — ele olhou para mim pensativo meu alerta de mentiras começou apitar antes dele falar alguma coisa — por favor, não minta para mim — falei ofegante, o mesmo suspirou antes de dizer alguma coisa para mim.

— Ele me contou o que aconteceu com vocês, e estava aqui alguns minutos atrás, mas o mandei embora, pois já havia algumas fotos dele no hospital circulando pela a internet — fico feliz pela a primeira vez ele me dizer a verdade, mas triste por saber que Ed havia ido embora — Olha se você quiser ir embora entenderemos, com tudo o que aconteceu entre vocês e está sob muito estresse que acabou a deixando assim, terei o prazer de indicar você para alguém, um talento como o seu não se deve jogar fora —  olho para o tubo de soro pensativa, eu estava adorando esse emprego e eu não o podia perder ou largar ele, era meu sonho.

— Não eu quero muito continuar com vocês, isso tudo não vai afetar no meu desempenho, consigo separar as coisas — Stuart ficou em silêncio só concordando com o que eu dizia sempre balançando a cabeça.

— Fico muito feliz por saber que vai ficar com a gente — ele mexe no celular digitando alguma coisa concentrado.

Uma enfermeira entra no quarto verificando se o soro acabou, falo para ela chamar o médico precisava sair dali eu odeio muito hospitais. O médico entra no quarto olhando para o Stuart depois para mim, ele pega a minha ficha que estava pendurada aos pés da cama a verificando.

— Vejo que você está melhor, poderá receber alta hoje mesmo, só precisa se alimentar bem e tomar bastante água, você está bastante desidratada.

Saiu do hospital quase de noite, havia perdido um dia inteiro praticamente deitada naquela cama já estava enlouquecendo lá dentro. Stuart me leva para um lugar diferente em um prédio residencial um pouco próximos do hotel da onde estavam.

— A gente não vai para o hotel? — pergunto curiosa.

— Não, achamos que você conseguiria trabalhar melhor aqui do que um quarto de hotel, Ed tem um apartamentos aqui, você vai ficar nele — levanto as sobrancelhas olhando para aquele prédio lindo era muito diferente de todos da rua — Vamos? Pedi para a camareira arrumar suas coisas e trazemos tudo para cá — ele sobe comigo até o penúltimo andar paramos em frente a uma porta com o número 100 — Vou te deixar aqui tenho que ir embora, depois a gente se fala.

O vejo ir para o elevador indo embora, abro a porta que não estava trancada olhei para aquele apartamento grande com alguns discos de ouro e prata que Ed ganhou em vários lugares pendurados nas paredes. Minhas coisas estavam em um quarto com direito a banheiro e closet ele era bem grande, acho que maior que aquele quarto do hotel.

Deito-me na cama exausta, lembro-me de meu celular e como minha família ou Camille possam ter ficado preocupados, eu praticamente mandava mensagens todos os dias para eles.

Coloquei o celular para carregar, eles poderiam esperar um pouco a final foi só um dia mesmo. Ouço a porta da sala abrir e logo fechar levanto-me preocupada e com medo, quem será que entrou aqui? Stuart havia ido embora. Vou andando devagar até a sala logo paralisando assim que vejo Ed colocando sua chave na mesa ao lado da porta, ele olha para mim, mas logo desviando o olhar.

— Precisamos conversar — diz ele com as duas mãos no bolso do agasalho, ele anda até o sofá preto se sentando, fiz todo o esforço do mundo para sair do lugar só para chegar perto dele, sento-me em uma poltrona que não ficava muito longe dele.

— Desculpa por ontem — falei enfim meu coração estava super acelerado, meu corpo tremia todo não porque estava com frio, mas sim de medo.

— Não eu que peso foi um erro, mas é um erro que não me arrependo, e você estava me ajudando e agradeço muito por ter feito isso — diz ele olhando para mim, mas tinha alguma coisa diferente nele só não sabia o que — Foi errado te pressionar para dizer alguma coisa.

— Eu queria dizer, mas… — parei de falar, olho para o chão pensativa tudo o que queria era voltar no tempo e concertar isso — Eu simplesmente travei, acho que entrei em pânico sei lá, não sei o que aconteceu comigo.

— Você gosta dele — diz ele baixinho, olhei para ele assustada com o que disse.

— Eu gosto dele, mas não dessa maneira que você acha — aquilo saiu tão facilmente de mim, era única coisa que tinha certeza, eu não amava Daniel.

— Então porque você estava com ele? — respirei fundo tentando me acalmar.

— Sinceramente, eu não sei — apoio meus cotovelos em minhas pernas passando minhas mãos no cabelo olhando para baixo — Eu sou uma tola de ter ficado com ele, foi errado estou o enganando e muito, pois eu não o amo, mas sim outra pessoa — olho para ele torcendo para que tenha entendido que me referia a ele, o mesmo afunda no sofá pensativo.

Ele fica olhando para o teto, fico o observando e esperando que diga alguma coisa, mas isso não aconteceu o silêncio que ficou me perturbava eu precisava de uma resposta, eu almejava saber o que ele sentia por mim, era tudo o que mais queria. Respiro fundo desistindo meus olhos enchem de lágrimas os fechei com força tentando não deixar nem uma sair, não queria mostrar para ele que estava sofrendo.

— Você vai ficar aqui essa noite? — perguntei assim que recuperei o controle, não queria ter um ataque na frente dele precisava mudar de assunto.

— Vou, o médico disse para Stuart que alguém tinha que te observar, ele tava querendo arrumar alguém eu disse que não, que ficaria com você, e sugeri o apartamento, afinal precisava conversar — diz ele ainda olhando para o teto, estou vendo que não irei conseguir dormir essa noite sabendo que estará no quarto ao lado.

— Porque você tem um apartamento e dormia no hotel? — perguntei curiosa, não fazia sentido ele ficar lá se tem esse lugar só para ele.

— Me acostumei a dormir em hotel, parece que durmo melhor assim e não gosto de ficar sozinho aqui — ele enfim olha para mim — E como hoje não ficarei sozinho vim para cá — meu coração acelerou, desvio olhar, um nó em minha garganta se forma parecendo me sufocar — Está com fome? Vou pedir pizza.

— Tudo bem — falei, ele se levantou indo até a cozinha fico sentada repassando aquela conversa várias vezes em minha cabeça eu estava muito aflita nesse momento, tudo o que queria era sentir seus lábios nos meus.

Vou tomar banho o deixando sozinho, se eu ficasse mais um minuto perto dele não estaria consciente sobre minhas ações, precisava sair de perto dele antes que o agarre e termine o que começamos ontem.

Mas precisava de um banho primeiro meu cabelo estava duro parecia que não lavava ele a dias, depois de ontem nem penteei ele deve ser por isso que está esse nó todo. Coloquei minha escova de cabelo na pia do banheiro, olho-me no espelho e como minha aparência estava péssima, havia olheiras fundas em meus olhos e estava mais branca que o normal, isso porque sou morena, estava com uma cara de doente que não dormia a dias, preciso de férias urgentemente.

Meu celular ligou com a bateria cem por cento carregado, e logo uma enxurrada de mensagens chegou a maioria era de Camille super preocupada comigo.

“Bom dia Emilly”

“Respondi menina”

“Estou ficando preocupada com vc”

“Não some assim de mim”

“Ai meu Deus e essa foto do Ed saindo desse hospital, me explica isso”.

“Emilly do céu estou quase indo aí pra saber se está viva, tomara que não seja você nesse hospital”.

“Estou quase comprando minha passagem, eu não me importo se perderei meu emprego o importante é saber que está bem”

Suspirei com tanto drama de Camille, às vezes lá no Brasil ficávamos dois dias sem nos falar que tudo ficava bem, isso mudou assim que fui embora e não faz nem um mês. Tudo bem sempre mais sensível que Camille, mas sempre consegui me cuidar muito bem sozinha desde o dia que sai da casa de meus pais para morar no centro de São Paulo.

Melhor ligar para ela antes que fale para meus pais e eles ficarem preocupados também comigo e isso é a última coisa que não quero, preocupar meus pais por nada. Ligo para ela colocando no viva voz enquanto voltava a pentear meus cabelos molhados.

— EMILLLLLLY, eu vou te matar se você sumir assim mais uma vez e to falando sério, mesmo que tenha que usar todo o meu dinheiro só para ir ai — reviro os olhos e dando risada ao mesmo tempo.

— Desculpa, estou bem, respondendo as suas mensagens, sim era eu naquele hospital — me arrepio só de lembrar daquele lugar, detesto hospitais desde o dia que fiquei internada quando criança por causa de pneumonia, ela fica em silêncio a imagino com uma cara espantada mais branca que uma folha de papel, tenho certeza que está assim agora.

— Você está bem? O que aconteceu? — diz ela rapidamente percebo seu tom de preocupação se esquecendo sobre todo esse tempo sem responder suas mensagens.

— Minha pressão baixou, estou sob muita tensão com o trabalho, não estava me alimentando direito você sabe que quando fico muito empolgada com algo esqueço de comer, e também tem o Daniel e depois do que aconteceu ontem com o Eee… — paro de falar eu sabia muito bem o que ela iria me dizer, olho-me no espelho do banheiro pensando nas minhas próximas palavras com cuidado.

— O QUE ACONTECEU ONTEM? Pode falar começou terminou, e já estou curiosa — respiro fundo contando tudo para ela do beijo no banheiro com todos os detalhes que lembrava, a mesma enlouqueceu completamente comemorando e gritando um pouquinho às vezes, mas quando cheguei no final da história sua animação havia ido embora.

— Então estou aqui na casa dele, e não sei o que fazer — falo mexendo em minha mala vendo o que vou vestir se desse para ter trazido mais coisas seria muito bom minhas escolhas estavam muito limitadas.

— Se fosse eu já o teria agarrado naquele sofá mesmo — diz ela dando risada, sorriu também ela sempre fala o que faria, mas quando chega o momento ela fugia desesperada para minha casa e se xingando de idiota por ter fugido.

— Você é doida, e duvido que faria isso — falei olhando uma blusa pensando em colocar com um jeans.

— Eu sei disso, é por isso que me ama —  se pegar todas as loucuras que ela já fez na vida daria para escrever uns quatro volumes de livros com o título “As loucuras de Camille” — uma hora ele vai se manifestar então deixa as coisas ir naturalmente entre vocês, e não se esquece de terminar com Daniel, ele continua sendo um babaca pra mim.

— Você tem razão, vou falar com Daniel amanhã não posso continuar isso com ele, é cruel demais — Ed bateu na porta que estava aberta batendo nela chamando minha atenção.

— Está tudo bem? — perguntou Ed curioso, balancei a cabeça dizendo que sim.

— QUE VOZ É ESSA? É O ED QUE ESTÁ AÍ? — perguntou Camille enlouquecendo, Ed me encarou confuso, respirei fundo olhando para meu celular, a minha sorte era que ela não sabia falar muito bem inglês.

— Sim é o Ed — falei vestindo um moletom qualquer, ela dá um gritinho de felicidade olho para ele e sussurro “minha amiga” ele levantou as sobrancelhas  sorrindo ao mesmo tempo.

— Manda um beijo para ela — ele disse para mim transmitir sua mensagem para Camille que ficou em silêncio por um bom tempo, acho que deve ter desmaiado — a pizza chegou — diz Ed antes de sair de meu quarto ainda rindo de Camille, meu coração quase saltou para fora de meu corpo só de ouvi-lo rindo, uma risada contagiante e fofa, mas ao mesmo tempo estranha.

— Meu Deus Emilly um dia você vai me matar do coração vocês dois. Mas vai lá dar uns pegas nele e pode levar a sério isso, faça loucuras com esse homem porque quero detalhes do corpo inteiro dele — revirei os olhos constrangida, é claro que não vou fazer isso, não no momento, mas estava doida para que aconteça logo.

Desligo o celular ainda sorrindo, não tinha como sair dando risada depois de uma conversa com Camille. saiu do quarto andando de meia pelo o apartamento tinha deixado meu chinelo no Brasil e me arrependo de não ter trazido ele, como sentia falta dele e de algumas outras coisas de casa.

Ed estava na cozinha com uma taça de vinho em suas mãos, havia outra meio cheia para mim me convidando a tomar um belo de um gole daquele líquido roxo e maravilhoso. Sento-me em um banquinho alto perto do balcão fazendo meus pés ficarem no ar balançando, coloco meus cotovelos na bancada apoiando minha cabeça nas mãos o observado atentamente cortar um pedaço bem grande de pizza gordurosa e colocando em um pratinho.

— O médico disse que precisa se alimentar bem — diz ele me entregando o prato com a pizza de queijo e calabresa, olhei para ele erguendo as sobrancelhas achando bonitinho sua preocupação comigo.

— Muito obrigada — assim que dou a primeira mordida não tinha percebido o quanto estava faminta, devorei aquele pedaço em menos de dois minutos, parecia que não comia a dias — Nossa isso está muito bom — falei pegando meu segundo pedaço, Ed sorri para mim não tirando os olhos de mim com uma expressão de sapeca — o que foi? — perguntei curiosa.

— Você está com sua boca toda melada — diz ele se aproximando um pouquinho, ele pegou um papel toalha indo me limpar, fiquei paralisada com esse pequeno gesto de gentileza e carinho. Nossos olhares se encontraram e senti meu corpo se arrepiar todo com a intensidade desse momento.

Me aproximo mais dele deixando nossos lábios a poucos centímetros de distância, dava para sentir sua respiração acelerada em meu rosto. Seus cabelos ruivos que estavam bem grande cobriam sua testa quase chegando em seus olhos azuis, a barba que não fazia a pelo menos uma semana ou mais estava bem volumosa moldando seus pequenos lábios que eram bem convidativos. Acordo desse transe virando o rosto, ele encostou seu nariz em minha bochecha suspirando logo em seguida.

— Porque isso é tão difícil — ele sussurrou em meu ouvido, sinto as lágrimas encherem meus olhos e um nó na garganta se formou me incomodando.

— Eu gosto de você — minha voz mal queria sair, mas eu tinha certeza que ele ouviu o que eu falei, pois me envolveu em seus braços fortes.

— Eu também — diz ele beijando minha testa, fecho meus olhos com força tentando impedir as lágrimas de saírem, ele fica fazendo carinho em meus cabelos me deixando sonolenta.

Nem sei como conseguimos continuar a comer, a garrafa de vinho estava completamente vazia, tomei meu último gole sentindo o líquido descer por minha garganta queimando um pouquinho. Sentamos no sofá e começamos a ver um filme qualquer, não conseguia prestar atenção e manter minha sanidade sabendo que ele estava sentado ao meu lado, tudo o que queria era te abraçar e lhe dizer tudo o que sinto por ele.

Não sabia o que éramos, amigos, namorados ou qualquer outro coisa só precisava saber o que éramos tudo estava tão confuso em minha cabeça.  

Sinto sua mão em meu ombro esquerdo  puxando-me para perto de si fazendo meu coração acelerar, encostei minha cabeça em seu ombro sentindo seu cheiro maravilhoso um sorriso se formou em meu rosto, pois estava feliz era tudo o que mais queria nessa vida.

Acabei dormindo em seus braços da maneira mais perfeita que poderia imaginar. Sinto ele me carregar até meu quarto e me colocar cuidadosamente em minha cama, pego sua mão o impedindo de ir embora.

— Fica comigo — o vejo sorrir e se deitar ao meu lado e me puxando para perto envolvendo em seus braços, e simplesmente dormimos e eu tinha certeza que ele era o meu “e se” que tanto desejei.



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