História Amor do inferno - Conversa "familiar"

 -Não imaginava que Lúcifer estava dentro dele, como um humano consseguiu suportar?- Ouvia Dominik as preocupações de Deus antes de entrar na sala.

-Não faço idéia, ainda mais como ele de repente acordou sem lembrar de nada? Pelo menos ele ainda vai ter uma vida "normal", agora eu vou ter que aturar o senhor ranzinza todos os dias, coitados dos empregados.- Lúcifer, pai de Dominik, dizia se sentando em uma poltrona ao lado de Mansherry.

-Como assim senhor ranzinza?- Mansherry pergunta e logo recebe um olhar de desaprovação e raiva de Nona e Lúcifer.

-Não tem como você saber, já que nos largou naquela casa a dois anos. Todos os dias, de manhã, tarde e noite aquela moleque não falava uma palavra sequer com a gente, eu principalmente, era totalmente ignorado, antes de você ir embora ele apenas falava com você e Hitory.

-Disso eu não sabia.- Mansherry diz com uma falsa culpa.

-É claro que não sabia, você se importava mais com sua própria imagem do que quem falava contigo.- Nona disse indo até um livro especifico numa estante e logo o pegando.- Você ao menos se lembra dessas fotos tiradas em família?

-Que fotos?

-Até eu me lembro, Mansherry.- Disse Deus se aproximando.- Me lembro até que a única a não sair nessas fotos foi a Anon.

-Sim, aquela estúpida da minha irmã arranjou uma desculpa qualquer para ir comer doces.- Reclama Nona.

-Com licença.- Dominik resolve aparecer pois já não aguentava mais ouvir toda aquela conversa.

-Oh, Domi. A algo que queira conversar?- Nona pergunta já sabendo a resposta.

-A senhora sabe que sim, mas antes eu queria que vocês me explicassem o que aconteceu com Richard e que lance foi aquele de que Deus não podia tocar nele? E também só agora me dei conta, mas por que caralhos Lúcifer 1° estava nele!?

-Eu sei como Lúcifer foi parar em Richard, mas só sei disso.- Fannon entra na sala e Nona o olha de canto.

-É o gato, não é, Fannon? -Nona se vira de costas e começa a observar pela janela.

-Sim, Obaasan.- Com isso Fannon se pôs a contar o que soube de Richard sobre seu gato e como tentou "salvar" a vida de seu gato.

-Quer dizer que Lúcifer 1° tava na verdade em um gato?- Deus que antes estava em pé agora estava sentado no imenso sofá ao lado de Dominik.

-Sim, e por sentimentos do gato Lúcifer acabou salvando Richard.- Fannon completa.

-O que? Vocês não sabiam?- Carnline agora entra na sala.

-Vai me dizer que você sabia? -Lúcifer que se mantiam pensativo disse.

-Claro. Sei de cada detalhe da vida do Richard, esqueceram que apostei tudo ou nada na alma dele, eu realmente esperava que ele estivesse cheio de ódio, mas no fim só perdi tempo.

-E VOCÊ NÃO DISSE NADA ,SUA PIRANHA?- Disse Mansherry arremessando um livro em Carline.

-Ninguém perguntou nada, então não vi motivo para falar.- Dessa ver foi Dominik que jogou um livro nela.- AII!! Pra que agredir, Domi?

-Você sabe do que sinto por ele então já é um motivo e tanto para ter falado.

-Tá, desculpa. Mas agora de nada adianta, o Fannon já disse tudo.

-Isso é verdade, mas bem agora é minha vez de falar.- Dominik se senta e todos prestam atenção nele.

Richard estava em sua aula em Berlim, Ryouko estava no seu atigo dormitório. Richard não consseguia se concentrar na aula, sentia que lhe faltava algo, mas não podia sair, segundo o professor ele tinha perdido dois dias de aula, toda hora se perguntava onde ele havia passado esses dois dias, mas de nada se lembrava, porém de uma coisa ele sabe, nesses dois dias muitas, mais muitas coisas aconteceram, só faltava ele se lembrar. O sinal toca, finalmente hora do almoço, normalmente ele iria embora, por ter aulas suplementares ele ficara depois de almoçar, ou era para isso acontecer, se Ryouko não tivesse aparecido do nada e o puxado para seu quarto.

-Deite.

-Ryouko, que merda é essa? Já vou avisando, sem rituais no meu quarto.- Richard olhava a sua volta e viu cinco tipos de livros com simbolos e padrões estranhos, uma jarra com sangue, podia dizer só pelo cheiro, além de alguns desenhos espalhados em folhas pelo quarto.

-Eu sei que você sente falta de algo, então só vou tentar recuperar sua memória.- Ryouko diz, e logo fala antes de Richard a responder.- Não, nenhum médico resolveria isso, essa sua perda de memória é algo além do conhecimento humano.

-Não acha que é melhor apenas me dizer o que aconteceu?-Richard pergunta meio aflito.

-Seria, mas você não se sentiria satisfeito, eu te conheço mais do que ninguém.

-Ok, mas há de uma coisa que eu me lembro de ouvir, e eu que eu gostaria de perguntar.

-Diga.

-Lembro-me apenas dessa frase do que parecia ser um encantamento.- Ryouko agora o olhava surpresa.- "Ryouko, minha filha, primeira e única híbrida de demônio e anjo.." ou algo assim, agora explique essse lance de híbrida, por favor.

-Como você traduziu do latim?

-Eu estudei latim, esqueceu?

-Verdade, então... Minha avó é a própria morte, minha mãe veio de um anjo, que não servia o céu, ele abandonou o céu para cuidar dos humanos, minha avó gostou dele e você já sabe como aconteceu o resto, ai minha mãe nasceu, ela é considerada um anjo porque minha avó não é nada, ela é apenas a morte, não poder ser considerada demônio nem anjo, só algo acima de Deus e Lúcifer.

-Caralho... Que bagui loco, quer dizer que seu pai é um demônio?

-Sim, meu pai é Lúcifer, meus irmãos são considerados demônios, porque eles não foram gerados como eu, eu fui gerada da forma humana, ou seja, através da penetração do macho na fêmea, mas meus irmão nasceram através de encantamentos, bizarro, né?- Ryouko terminará de explicar e Richard estava totalmente pensativo.

-Sua mãe tem asas?- Essa foi a única pergunta que Ryouko não esperava que Richard fizesse.

-Aaaah... Sim, mas vamos fazer logo esse negócio, se você quiser suas memórias de volta, claro.

-Não precisa, enquanto a gente conversava algumas coisas me apareceram, e cá entre nós, não esperava que eu tivesse feito aquilo com teu irmão.- Richard cora e coloca a mão no rosto.

-Vocês já chegaram nesse nível? E pensar que você demorou quase um ano para transar comigo, aff. Domi realmente é seu dono.- Ryouko vai em direção a porta.- Se precisar de algo me liga, e me faz um favor? Guarde todas essa coisas.

-Sua piranha, guarde você mesma!- Richard se levanta e volta para sua sala de aula, por sorte o professor chegaria na metade da aula.

Assim com esse tempinho dava para ele organizar todos os seus pensamentos. Que mais o deixou com sono e acabou dormindo em cima da mesa.

Um céu estrelado, totalmente limpo de nuvens e sem qualquer indício de poluição, uma leve brisa passava ali, trazia cheiro de outono, primavera, verão e inverno, todas as quatro estações numa única brisa.

O chão onde um corpo permanecia deitado era uma pequena colina, com uma única árvore em seu cume. Aquele corpo era de Richard, em seus olhos estava o reflexo das estrelas, por algum motivo sentia seu corpo pesado, tão pesado que a única coisa que podia fazer era mexer seus olhos, e então pode ver... Pode ver outro corpo estirado ao seu lado, não conseguia ver direito, então se esforcou para levantar, mas a mão do corpo ao lado o impediu de tentar mais.

-Permaneça assim, sera melhor acredite. Se você tentar algo perdera a chuva de meteoros, olhe para o céu não para mim.- A úncia coisa que Richard viu foi um sorriso e então voltou seus olhos para o céu.

De fato uma chuva de meteoros começara, era lindo, mas Richard sentia que já vira algo mais lindo, porém não sabia o que era. O corpo a seu lado se levantou e Richard só pode ver suas costas, mas logo ele também pode levantar e assim ver o belo rosto pálido daquele que estava a seu lado. Nada pode fazer além de adimirar aquela criatura de cabelos longos e negros, mas sentia que já o vira, não apenas uma vez. Logo veio quem era aquele, era Lúcifer.

-Surpreso? Talvez não, quantas vezes já não apareci em seus sonhos?- Ele solta uma pequena e suave risada.

-Por que está aqui?

-Para lhe devolver suas memórias, além de lhe devolver sua energia vital que eu tenho sugado por tantos anos, seu corpo agora vive com minha pequena energia, que para um humano seria cerca de mais uns 50 anos, mas bem, acho melhor você voltar ou então recebera uma bronca do professor por dormir na aula.

-Espere antes dei...

Richard acorda no mesmo instante em que o professor iria lhe repreender por dormir em sua aula.

-Richard, sei que é um dos melhores alunos dessa universidade, mas nem por isso você pode dormir no meio de minha aula. Porém compreendo que deve estar cansado dessa viagem de dois dias para tratar de problemas familiares, porém ainda me pergunto como você resolveu tudo em apenas dois dias.

 -Aaaah... Bem, eu sou eu né.- " Que problemas de família? Nem tenho mais familia."