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História Amor doentio - Especial - Dylhie


Escrita por: flavifray16

Notas do Autor


problemas a parte, voltei....

Capítulo 30 - Especial - Dylhie


Sophie (Point Of View)

O sol acabara de se erguer quando Sophie acordou. Uma luminosidade dourada e difusa, filtrada através das persianas das janelas, entrava no quarto. Tateou o colchão ao seu lado, sentindo o espaço vazio e frio. Dylan já devia ter se levantado.

Deslizou para fora da cama, sentindo-se um pouco dolorida. Deliciosamente dolorida. Imagens dispersas da noite anterior passaram por sua mente. A pele dele contra sua. Sua voz de comando. A pulsação erótica do desejo. A mão dele descendo por sua carne suave. O ardor. O prazer requintado. A mão dele entre suas coxas. Seu retumbante clímax, depois outro.

Deus do céu!

Seu corpo estava vibrando de desejo mais uma vez. Ela o desejava. A ponto de se submeter a ele como uma seda, na noite anterior. Queria fazer aquilo de novo. Como era possível?

Achou a jaqueta dele jogada no chão, pegou e a cheirou antes de se vestir com ela e prender seus longos cabelos loiros em um rabo de cavalo simples.

Assim que pisou no corredor, ouviu a voz de Dylan. Sentiu um pequeno arrepio percorrer seu corpo quando percebeu que ele estava irritado. Seu tom de voz era seco e grave.

Seguindo o som, finalmente encontrou-o em sua varanda. Estava prestes a anunciar sua presença quando ele se exaltou no telefone:

– Eu não dou a mínima para o que ele disse. O canalha alterou os números de modo que não estou fazendo mais o negócio. Diga a ele para encontrar outro otário. – notou que ele tinha o telefone apertado contra seu ouvido e sua mão livre estava fechada em um punho. Esse era um Dylan que ela não conhecia. De repente, seu corpo inclinou-se para frente, como se estivesse na frente da pessoa com quem estava falando. – Olha, eu tenho uma meia dúzia de outros negócios que estão sendo feitos agora, então só tenho quatro palavras a mais para gastar. Ele que se foda!

Ela prendeu a respiração e inclinou-se até que a testa bateu no vidro. Murmurando, ela se recompôs e esfregou a testa. Ele vestia as mesmas calças da noite anterior. Seu corpo era tudo o que se lembrava e muito mais. Era musculoso, forte, não havia um grama sequer de gordura sobre o corpo dele.

O moreno se virou, girando elegantemente sobre os pés para encará-la com seus olhos verdes, quase cinzas. Dylan sabia que ela estava lá, olhando para ele. Havia uma energia no ar quando chegava perto um do outro, uma espécie de tensão nervosa que lembrava o silêncio que precede um trovão.

Ainda que olhassem um para o outro, sua expressão não se amenizou, e ele não parou nem por um instante de falar com o pobre coitado do outro lado da linha, mas a irritação implacável em seu olhar foi substituída por um sentimento diferente. Seus olhos ardiam de desejo enquanto percorriam seu corpo de cima a baixo. Foi então que ela se lembrou que estava praticamente nua. Quando pensou em cobrir, fechando a jaqueta, Dylan se aproximou, segurando seu queixo.

– Eu quero comê-la assim, do jeito que esta. – ela nem o ouvira despedindo-se no celular, se é que ele o fez. Seus olhos ardiam com uma promessa sombria. – Você acredita em destino, Soph? – a ponta de seu dedo correu pela sua barriga, pelo seu ombro e pescoço, até chegar à parte de trás da sua orelha.

– Não sei. – respondeu com sinceridade.

– Eu acredito. – Dylan abaixou o braço e tocou seu sexo, sua mão quente deixando-a tensa. – Acredito que é seu destino estar aqui comigo. – com a outra mão ele torceu um dos seus mamilos entre o polegar e o indicador, alongando ainda mais o bico duro. Fechou os olhos, dividida em duas ondas de prazer.

Lentamente, ele inseriu dois dedos.

– Deuses! – deu um gemido alto, a cabeça pendendo para trás, enquanto segurava os ombros de Dylan.

Ele tirou vantagem do acesso ao seu pescoço e se inclinou, lambendo dali até o seu queixo, enquanto seus dedos desenhavam um grande círculo dentro dela, abrindo-a, preparando-a para ele.

– Vou comer você até fazê-la gritar, Soph. – sua voz era macia como seda, mas séria e assertiva. Dylan segurou seu rosto para fazê-la encará-lo. – Quero você ajoelhada no pé da cama. Olhos virados para a cabeceira.

– O que? – ela não conseguia entender o que ele estava planejando.

Dylan a virou de costas para ele, pressionando suas costas contra o peito dele. Lentamente ele levantou suas mãos até os seus seios, circulando seus mamilos, apenas roçando a ponta dos bicos.

– Você não disse que preferia os demônios? Que tal descer mais um círculo? – ele sussurrou no seu ouvido com aquela voz rouca que a matava. – Confia em mim?

– Tudo bem. – confirmou, um pouco confusa.

– Pé da cama, Soph. Faça o que eu disse. – ele ordenou novamente, e dessa vez ela apressou-se em obedecer. Dylan tirou a jaqueta, deixando-a totalmente exposta. – Já foi presa, menina bonita? – O quê? Antes de ter tempo para registrar o que estava acontecendo, o moreno puxou seus braços para trás, amarrando seus punhos. – Queiro que deixe seus braços parados. – falou, deixando as mãos dela pousarem sobre seu traseiro.

Puta que pariu!

Ela não imaginara que Dylan seria desse tipo. Isso era tão inesperado e tão mais forte que o sexo de verdade. A loira não conseguia decidir se queria ou não seguir em frente.

Ficou imóvel e tentou ao máximo relaxar os braços, se perguntando se ele já havia feito aquilo antes. Tudo indicava que sim.

O moreno inclinou-se sobre ela, beijando seu pescoço.

– Boa menina. Isso mesmo, relaxe. – roçou a ponta de um dedo na sua coluna, seguindo para baixo e depois ele enlaçou seu quadril. – Abaixe. – ordenou, suavemente, enquanto levava o corpo dela ao encontro do colchão. – Você não imagina o quão deliciosa esta nessa posição. – seu tom estava cheio de aprovação.  – Respire, Soph. – ele diz enquanto beija sua nuca, com a ponta de seu pênis roçando em sua intimidade.

Respirou fundo, três vezes. E então ele a invadiu, segurando seus quadris com força.

– Não se mexa. – Dylan diz por entre os dentes, e ela se forçou a ficar parada. – Quer que eu enfie tudo? – sua voz era grave e sombria, irreconhecível. Mas estava desesperada demais pela penetração total.

– Sim. – respondeu, sem pensar. Ele retirou o pênis outra vez, fazendo-a soltar um gemido ao sentir a ausência. Precisava dele. Empurrou o quadril para trás impulsivamente e então sentiu o golpe da mão dele em seu traseiro. – Merda! – gritou, sentindo a nádega acertada arder. Dylan penetra até a metade mais uma vez.

– Eu mandei não se mexer, menina bonita. – perdeu a respiração quando a dor do tapa misturou-se à deliciosa sensação da semi-invasão.

– Dylan... – implorou.

– Eu sei. – o moreno deslizou a mão pela sua nádega enquanto retirava o pênis de dentro de si mais uma vez. Fechou os olhos, incentivando-se a atender às instruções do cérebro para relaxar.

– Não tenho certeza se posso fazer isso. – choramingou para o colchão, puxando os pulsos presos. Aquilo tudo era demais para ela e havia surgido do nada. Ou quase. Sophie conhecia o jeito de Dylan, ele sabia ser romântico, gentil e amoroso, e ela amava muito isso. Mas essa parte, a parte que podia ser um tanto selvagem durante o sexo? Ela não tinha certeza do que sentia.

– Sei que pode, Soph. Lembre que você esta comigo. – penetrou-a com toda a força, preenchendo-a e arrancando o ar de seus pulmões com um grito. O moreno afastou-se lenta e controladamente. – O que eu disse que você faria? – perguntou enquanto a invadia novamente.

Não havia ar em seus pulmões, e com ele a preenchendo tão fundo seu cérebro estava desfazendo. Era impossível qualquer tipo de pensamento, ainda mais a capacidade de falar.

– Responda! – ordenou, dando mais um tapa em sua bunda.

– Gritar! Disse que eu ia gritar! – engasgou com as palavras enquanto ele enterrava mais uma vez.

– Você está gritando? – Dylan repetiu o movimento enlouquecedor.

– Sim. – ele gemeu, dando mais uma estocada, e mais outra, e outra e outra, levando-a até as estrelas.

– Está gostando, Soph? – Céus! Estava adorando. A dor das palmadas, unida ao poder de seu membro estava levando-a a um novo nível de prazer. – Diga! – deu mais uma palmada feroz.

Tinha vontade de chorar. Chorar de dor, de choque, de desejo... chorar em pleno e inexprimível prazer. Seu cérebro estava surtando, não conseguia pensar direito. Tudo aquilo era selvagem, intenso e incrível, mas outros pensamentos, indesejáveis, estavam embrenhando-se em sua mente.

Com quantas mulheres ele já havia feito aquilo? Quantas mulheres já haviam tido esse tipo de prazer?

– Droga, Soph, responda! – ele pontuava cada palavra com um ataque dos quadris. Estava dormente. Mas dormente de êxtase, absoluto, intenso, sensacional. – Não me faça perguntar novamente.

– Sim! – berrou. – Malditamente sim!

– É bom ouvir isso. – sua mão atingiu o seu traseiro outra vez antes dele apertar seu quadril e a puxar para si a cada duro golpe.

Faíscas começaram a aparecer, a pressão dentro dela pronta para detonar com um estrondo. Soltou um grito de delírio desesperado. Estava ficando sério, não conseguiria andar direito, muito menos ficar em cima de um salto por horas.

Sentiu a mão dele colidir com sua bunda mais uma vez, e esse último tapa a lançou ao orgasmo mais poderoso e alucinante que já havia experimentado.

– Caralho! – Dylan grunhiu. Sentiu-o primeiro se retesar e depois ondular o quadril contra seu traseiro. Ele deu um gemido.

Todo seu corpo tremia. Tremores no melhor sentido da palavra, alucinantes, incontroláveis.

Os seus punhos foram libertados, levantou um dos braços acima da cabeça enquanto ele caía sobre ela, deixando-a deitada de bruços na cama sob o seu peso. Dylan continuava dentro dela, ainda em espasmos e pulsando, ainda mexendo o quadril, ainda no propósito de extrair todo o prazer que podia dela. Os braços dele cobriram os seus, e o moreno encheu sua nuca de beijos, enquanto gemia e continuava girando os quadris preguiçosamente.

– Satisfeita? – Dylan suspirou baixinho no seu ouvido, mordiscando sua orelha. Sua voz de veludo estava bilhões de jardas do senhor do sexo que acabara de encontrar.

– De onde veio isso? – ele prendeu o lóbulo de sua orelha entre os dentes enquanto retirava-se de dentro de si. Depois a virou, segurando seus punhos dos dois lados da sua cabeça.

– Gosto de ouvir você gritar. – ele sorriu. – E gosto de saber que sou eu quem está fazendo você gritar.

Missão cumprida.

– Minha garganta esta doendo.

– Vou pegar água para você. – o moreno depositou um beijo em seus lábios antes de levantar. – E depois tomaremos um banho, que tal?

– Ótimo. – rastejou até os travesseiros, feliz em sentir o cheiro dele nos lençóis.

Virou na cama e olhou para o teto. Tentou afugentar os pensamentos desnecessários que invadiam sua mente. Quantas mulheres? Será que fora com todas as que Martin havia mostrado nas fotos? Ou havia mais?

Fechou os olhos, tentando desviar o rumo de seus pensamentos. Não queria saber.

Era o que dizia a si mesma, pelo menos.

– Deixei você inconsciente? – o colchão afundou um pouco e logo sentiu o corpo quente e firme ao seu lado. – Aqui esta. – ele estendeu um copo de suco de laranja, com um sorriso no rosto.

– Do que esta rindo? – perguntou antes de pegar o copo e beber.

– Nada. – ele inclinou a cabeça e a beijou. – Eu realmente gostei disso. Laranja e você. – a beijou mais uma vez. – Me faz lembrar nossa primeira vez. – inclinou-se para beijá-la com a boca faminta, doce. Exigente.

Beijou-a até que ela começou a tremer, o sexo ardente e cheio de desejo. Encharcado.

– Para. – ela empurrou o seu peito para trás, na intenção de afastá-lo. Não que ela tivesse força para isso, mas ele entendeu. – Você esta animadinho demais. – falou depois de recuperar o ar. Podia sentir a sua ereção já firme como uma rocha. – Vou tomar um banho.

– Vou com você.

– Não vai não. Preciso de um tempo para me recompor. – o empurrou para o lado, levantando-se vagarosamente da cama enquanto sentia seus músculos protestarem.  Dylan ri animadamente, e quando olhou para trás ele estava de braços cruzados atrás da cabeça, olhando-a maliciosamente.

– Eu vou esperar ansiosamente, menina bonita. – falou com uma nota de excitação na voz.

– Sei que vai. – passou os olhos por seu tórax, que estava com seus músculos rijos por causa da posição de seus braços. Balançou a cabeça, tentando esquecer-se do deus grego que estava deitado em sua cama apenas de cueca e entrou no banheiro. – Sei que vai. 

Julia (Point Of View)

A primeira coisa que fez quando caminhou através da porta de seu antigo quarto foi parar. Havia passado tantas coisas ali. Tantas coisas boas e ruins. Sorrira diversas vezes com seus amigos ali, mas também chorara sozinha, ou acompanhada de seu irmão, no mesmo lugar. Tudo seria diferente daquele dia em diante. Ela não seria mais a mesma pessoa. Não seria mais Julia Jackson.

Seria Julia di Ângelo, esposa de Kevin di Ângelo.

Andou em linha reta até o armário para a prateleira que continha o que ela estava procurando. Pegou uma caixa fechada e despejou tudo na cama. Peneirando por tudo, tentou descobrir por onde começar. Havia tanta coisa.

Era o dia de seu casamento e seus votos ainda não estavam prontos. Nada lhe viera à cabeça até naquela manhã, quando ela se lembrara daquela caixa, onde guardava todas as recordações de sua adolescência. Incluindo algumas cartas que Kevin lhe mandara. Pegou uma das notas de aparência velha dirigida a si – algo que Kevin lhe enviara. Pela data, concluiu que fora quando ainda tinha quatorze anos.

Sentou-se na cama e encostou-se à cabeceira, e começou a ler.

Julia,

Você consegue se lembrar da única vez que fomos de férias sem o outro? Eu estive pensando nisso hoje. Sobre como nunca é só a minha família imediata e eu. Sempre são os dois conjuntos de nossos pais, Dylan, Alex, você e eu.

Uma grande família feliz.

Não tenho a certeza se já passou um feriado em que não estávamos juntos, também. Natal, Páscoa, Ação de Graças.

Nós sempre partilhamos tudo, seja na minha casa ou na sua. Talvez seja por isso que nunca senti como se fosse apenas eu. Eu sempre senti que tinha um irmão e mais duas irmãs. E eu não posso imaginar não me sentindo assim, porque você faz parte da minha família.

Mas eu estou com medo de ter arruinado isso. E eu nem sei o que dizer a você, porque não quero pedir desculpas por beijar você na noite passada. Eu sei que deveria me arrepender, e sei que deveria estar fazendo tudo o que puder para compensar o fato de que poderia ter oficialmente arruinado a nossa amizade, mas eu não me arrependo. Eu quero errar por um longo tempo agora.

Eu venho tentando descobrir quando meus sentimentos por você mudaram, mas percebi hoje à noite que eles não mudaram. Meus sentimentos por você como minha melhor amiga não mudaram, eles apenas evoluíram.

Sim, eu amo você, mas agora eu estou apaixonado por você. E, em vez de olhar para você como se fosse apenas a minha melhor amiga, agora você é a minha melhor amiga que quero beijar.

E sim, eu te amei como um irmão ama sua irmã. Mas agora eu te amo como um cara ama uma garota. Assim, apesar daquele beijo, prometo que nada mudou entre nós. Ele acabou de se tornar algo mais. Algo muito melhor.

Ontem à noite, quando você estava deitada ao meu lado nesta cama, olhando para mim com um riso ofegante, eu não pude ajudar a mim mesmo. Tantas vezes você me deixou sem fôlego ou me fez sentir como se meu coração estivesse preso dentro de meu estômago. Mas ontem à noite foi muito mais do que qualquer menino de quatorze anos de idade poderia segurar. Então eu peguei seu rosto em minhas mãos e te beijei, assim como tenho sonhado fazer por mais de um ano.

Ultimamente, quando estou perto de você, me sinto muito bêbado para falar com você. E eu nunca mesmo provei álcool antes, mas tenho certeza de que beijar você é como estar bêbado. Se esse é o caso, eu já estou preocupado com a minha sobriedade, porque posso ver-me cada vez mais viciado em te beijar.

Eu não ouvi nada de você desde o momento em que saiu de debaixo de mim e andou em linha reta para fora de meu quarto ontem à noite, então estou começando a me preocupar que você não se lembra do beijo tanto quanto eu. Você não atendeu ao telefone. Você não respondeu aos meus textos. Então, eu estou escrevendo esta carta no caso de você precisar ser lembrada de como você realmente se sente sobre mim. Porque parece que você está tentando esquecer.

Por favor, não se esqueça, Julia.

Nunca permita que sua teimosia te deixe acreditar que nosso beijo foi errado.

Nunca esqueça a forma certa que sentiu quando meus lábios finalmente tocaram os seus.

Nunca pare de precisar me beijar daquele jeito de novo.

Nunca se esqueça do jeito que você me puxou para mais perto — querendo sentir como meu coração estava batendo dentro do seu peito.

Nunca me impeça de te beijar no futuro, quando um de seus risos me faz desejar poder ser uma parte de você novamente.

Nunca pare de querer me abraçar como eu finalmente consegui prendê-la ontem à noite.

Nunca se esqueça de que eu fui o seu primeiro beijo. Nunca se esqueça de que você vai ser a minha última.

E nunca deixe de me amar entre todos eles.

Nunca pare, Julia.

Nunca se esqueça.

Sorriu ao terminar. Era doce. Ele era um menino doce, um menino que se apaixonou por uma menina pela primeira vez. Ela ainda podia se lembrar como foi o primeiro beijo.

Passou os dedos levemente sobre os lábios, sorrindo com a lembrança.

Quando levantou a cabeça, Kevin estava parado no batente da porta, olhando-a. Imediatamente sentiu-se quente em todas as partes.

– Por que você está me olhando assim?

– Porque me surpreendo em como posso apaixonar-me a cada dia mais por você. E como eu adoro isso.

Dylan (Point Of View)

Assim que ela entrou no banheiro um enorme sorriso de comedor de merda tomou conta do seu rosto. Rolou na cama, enterrando o rosto em seu travesseiro, sentindo seu cheiro. Foi nessa hora que seu celular começou a tocar. Levantou-se da cama e foi até onde o deixara. Era um número desconhecido.

– Alô?

É bom falar com você de novo, Jackson. – disse à voz que ele não esperava ouvir por um bom tempo: Gregory Miller.

– Gostaria de poder dizer o mesmo, Miller.

Não precisa ser tão frio. Achei que fossemos amigos. – ele deu uma risada que fez ferver o seu sangue.

– Diga o que você quer.

Tenho algo que possa te interessar.

– Há única coisa que me interessa vindo de você seria sua morte.

Assim você me magoa, Dylan. – o desgraçado fez uma voz inocente antes de rir novamente. Fechou a mão livre em um punho, lembrando-se de que o filho da puta rira enquanto apanhava após Megan ser tirada nua de sua cama. – Tenho umas fotos bem interessantes de algumas amigas suas que se fosse para a mídia...

– Você está mentindo.

Você sabe que isso não é verdade. Como será que Becca e Liesel reagiriam ao serem vistas em momentos... hmmm, como podemos classificá-los? Íntimos? Será que Samantha ficaria bem com isso? Ver suas duas mães nuas na internet para todos verem? Pobrezinha da garota, como se já não bastasse ser criada por duas lésbicas nojentas, ter tudo...

– Chega! Já entendi. Quanto você quer?

Nem tudo é questão de dinheiro.

– Vindo de você, é sim. – respirou fundo, espalmando a mão na parede, controlando-se para não socá-la. – Vamos, diga-me, você sabe que posso torná-lo rico.

Já sou rico, esqueceu? não, ele não havia esquecido.

– Posso deixá-lo mais. Só com uma ligação e você será um milionário. Fale sua quantia.

Não quero seu dinheiro. Ainda não. Deixemos isso para mais tarde. Quero encontrá-lo.

– Onde e quando?

Agora. O endereço eu vou mandar por mensagem.

– Se você prefere assim. – desligou o telefone.

Não podia acreditar que isso estava acontecendo. Não com ele, nem naquele momento. Não agora que as coisas pareciam estar dando.

– Porra! – socou a parede, machucando-se. O que foi bom, porque a dor permitiu que pensasse em meio à raiva.

Voltou ao quarto de Soph e vestiu as suas roupas. Caminhou rapidamente para a saída. Quanto mais rápido resolvesse isso e quando mais longe mantivesse Greg de Soph, melhor.

– Eu sinto muito. – disse para a sala vazia antes de fechar a porta atrás de si.

 

Cerca de quarenta minutos depois ele estava estacionando sua moto num armazém abandonado no Brooklyn. Mandou uma mensagem à Miles, avisando-lhe que Greg estava em Nova Iorque e que não precisaria mais se preocupar com a segurança de Megan. Desmontou da moto, sentindo um peso revirar em seu peito.

Ele não deveria estar surpreso que era assim que Miller queria jogar. Mas esse era o seu jogo, e ninguém ganhava em seu jogo.

O pensamento o distraiu quando entrou no armazém. O distraiu dos passos atrás de si e as vozes sussurradas. O distraiu até que alguém disse seu nome.

Virou-se e viu três caras, um dos quais tinha um taco de beisebol. Mal teve tempo para registrar a situação antes que ele estivesse balançando o bastão e batendo no seu estômago.

Dor irrompeu do ponto de impacto, jorrando quente e rápido enquanto a sua respiração era arrancada de seus pulmões. Despreparado para tal golpe, seu corpo desabou no chão. Socos e chutes choveram em cima. Enrolou-se em posição fetal, tentando proteger o rosto e cabeça, tanto quanto possível.

O bastão conectou-se com seu quadril e acabou gritando, quebrando a posição quando arqueou as costas. Chutes acertaram sua lateral, então um chicoteou a sua cabeça na direção oposta e foi aí que as coisas ficaram confusas.

– Já chega! Não podemos matá-lo. – uma voz mais ao fundo disse. – Pediram que só o apagassem. – eles soavam tão distantes.

Se não estivesse deitado de lado e olhando para os seus pés borrados, pensaria que estava imaginando toda a conversa no seu delírio induzido pela dor. Fez uma careta, pressionando a palma da mão no chão enquanto tentava deitar de lado. Suor e sangue cobriam sua pele quando um líquido acobreado encheu sua boca. Cuspiu, meio que esperando que um dente ou dois saísse com ele, mas não havia nenhum.

– Maldição, ele ainda esta acordado. – passos se aproximaram, depois alguém o puxou pela jaqueta, levantando-o. – Tenha bons sonhos. – o desconhecido disse antes de socá-lo no rosto e mandá-lo para os braços de Morfeu.

Seu último pensamento foi que iria acabar se atrasando para o casamento. E que sua mãe ficaria muito puta por isso.



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