Durante a estrada,notei que Klaus me observou durante um bom tempo,porém sem trocar uma só palavra.
__Vai falar alguma coisa ou ficar desviando o olha da direção à toa? –Falei quebrando o silêncio
__Vejo que seu poder incrível de observação aumentou.
__Exato,aparentemente o seu também. Para onde iremos primeiro exatamente? –Perguntei
__Você irá conhecer minha filha,lembra-se que lhe falei dela?
__Oh,sim,lembro-me perfeitamente. A esperança do Klaus,não sei,mas não consigo lhe ver com um espírito paternal.
__Para lhe falar a verdade,nem eu.
Continuamos em silêncio,até chegarmos à Nova Orleans,onde paramos em uma casa,muito bonita,porém bem simples.
__De quem é essa casa?
__É aqui onde está minha filha,com a mãe dela.
Entramos na pequena casa,e entramos num quarto,onde estava Hayley ao lado de um berço.
__Por que a trouxe aqui,Klaus? –Disse Hayley
__Não que seja algo que lhe interesse,minha pequena loba,mas Caroline é uma velha amiga,nada mais justo que apresentar-lhe a Hope. Lembra-se dela,Caroline? –Disse Klaus
__Ah,então é assim que se encontra a loba vadia que um dia quebrou meu pescoço? Como esquecer.
__Lembro bem de você,Caroline. Talvez poderemos recriar aquele dia,foi emocionante. Vou sair,cuide bem da Hope,Klaus.
Klaus pegou a pequena criança em seu colo.
__Quer segura-la?
__Sim,é claro. –Falei com a voz em tom baixo
__Não se preocupe,ela não vai acordar mesmo que faça movimentos pouco bruscos.
__Klaus...ela é linda,e tem uma rosto tão singelo. –Falei
__Sim,ela é linda. Sabe,Caroline,te olhando desta forma,bem que você tem um espírito materno.
__Você acha? Minha mãe já me disse isso uma vez,porém agora não será possível.
__Ninguém acreditaria se eu contasse que você aceitou vim comigo para Nova Orleans.
__Por incrível que pareça,você não está sendo a pior companhia do mundo.
Deixamos Hope dormindo em seu berço,e Klaus me levou para o lugar onde ficaríamos “hospedados”. Era uma pequena cabana,rústica,mas confortável.
__Nós vamos ficar aqui durante o tempo que você passará nesta cidade. –Falou Klaus
__Nós?
__Sim,não quero ficar naquela mansão onde só há problemas.Afinal aqui tem dois quartos,e outra coisa,quem iria acordar mais cedo para fazer um café para você?
__Aprecio sua preocupação. Então NÓS iremos dormir aqui? –Perguntei,só para mudar o assunto.
__Sim,porém duvido que eu a deixarei dormir. –Falou Klaus com um ar sarcástico
__O que quer dizer com isso?
__Que passaremos a noite assistindo filmes,e falando sobre os pontos turísticos que lhe levarei no dia seguinte.
__Sim,é claro.
Deixamos nossas coisas na cabana,e fomos viajar muitos lugares,primeiro fomos à um restaurante,muito colorido e com comida boa,mas era bem longe e pouco caro,assumo.
__Sempre que vinha aqui,eu lembrava de você. –Disse Klaus
__Sério? Por que?
__Aqui é bonito,é bom de se estar,mas é difícil,assim como você.
__Klaus,não pense que iremos virar melhores amigos depois dessa viagem.
__Acredite,essa nunca foi minha intenção,porém não minto que gostaria que fosse verdade.
Senti alguém se aproximando lentamente,e com a respiração pouco ofegante.
__Klaus? – Disse a pessoa que se aproximava.
__Minha querida,Camille,deixe-me lhe apresentar a Caroline,uma velha amiga.
__Amiga? Duvido que seja apenas isso,deve ser mais uma mulher devota. –Disse em tom de ciúmes
__Está falando sério? Olha,sempre soube que Klaus tinha uma obsessão por garotas loiras,mas nunca pude imaginar que seria por vadias loiras. Desculpe,é muita apelação. –Respondi sarcasticamente
__Por favor,meninas,não briguem por mim. Camille,lamento te dizer mas a Caroline não é devota à mim quanto você,percebo que está em mais um de seus dias difíceis,vou relevar. –Klaus falou calmamente,enquanto saia do restaurante e eu o seguindo.
__Caroline,cuidado com ele,saiba que ele é a pior pessoa com que se pode estar. –Falou Camille enquanto já estávamos de saída.
__ Tomarei cuidado,obrigado pelo aviso,se é que foi necessário. –Falei e saí
Entramos no carro e ficamos em silêncio durante uns instantes.
__O que você fez para essa moça? –Perguntei
__O de sempre. Você sabe,não a tratei como a rainha de Nova Orleans,a hipnotizei para fazer-me uma biografia minha,digamos que isso a deixou raivosa.
__É claro,eu imagino,você contou todas suas atrocidades e a deixou desta forma. –Falei pouco indignada.
__Quer mesmo falar da Camille? Podemos conversar sobre um lindo jardim aqui por perto,você vai amar.
__Não me trate como uma garota boba e inocente,Klaus.
Klaus deu partida no carro,e saímos. Passamos um belo dia em Nova Orleans,visitamos o Bairro Francês e vimos muito jazz.
No cair da noite,chegamos a cabana e ficamos sentados no sofá descansado do ótimo dia.
__Klaus,logo quando cheguei aqui notei uma coisa. Lembra de quando falei que não te via com espírito paterno? Me enganei. Quando chegamos observei seu olhar para sua filha,foi a primeira vez que senti tanta sinceridade no seu olhar.
__Eu lhe agradeço por isso,de verdade. Bem,agora vou te deixar descansar,boa noite. –Klaus falou e ia saindo
__Imaginei que dormiria aqui.
__Era uma brincadeira,você me suportou durante todo o dia,seria pedir demais. Boa noite,amor. –Disse Klaus e saiu.
No dia seguinte acordei com o sol indo a encontro do meu rosto,era uma ótima sensação,mesmo isso parecendo muito irônico.
Tomei um banho quente,sentindo uma sensação de relaxamento,até ouvir alguém batendo na porta,provavelmente era Klaus. Vesti-me e fui atender.
__Bom dia,amor. Trouxe seu café,como prometi,Elijah me ensinou isso de cumprir palavra.
__Aonde iremos hoje? –Perguntei
E ouvi um ruído dizendo “A lugar nenhum”,e senti uma pequena faca sendo atirada em minha testa,me fazendo desmaiar. Acordei desnorteada no banco de trás do carro de Klaus.
__O que aconteceu? –Falei me sentindo tonta
__Camille,a boba e sonsa Camille. Atacou você e correu,eu preferi te ajudar à ir atrás dela,em nenhum momento cogitei te deixar caída sangrando no chão. –Respondeu Klaus com sangue em suas mãos
__Por que ela fez isso? Ela mal me conhece.
__Não faço ideia,Camille só pode estar beirando a loucura te atacando e achando que vou deixar barato.
__Klaus,por favor. Esqueça isso,ela deve estar confusa.
__Caroline,depois resolvemos isso,acho melhor você se alimentar. –Klaus falou e me jogou uma bolsa de sangue tipo B+. __Sei que esse é seu tipo preferido.
__Como sabe disso? –Perguntei
__Eu sei bastante sobre você.
Fomos para uma loja de roupas,e Klaus comprou uma nova blusa para mim.
__Não seria mais simples ter me levado à cabana para eu trocar?
__Quero que todas as vezes que veja essa camiseta,lembre-se de mim. –Disse Klaus e sorriu.
Estava de noite novamente,e nós dois ainda estávamos na rua,em um parque de diversão.
__Está frio aqui,não é? –Falei
__Sim,está. Tome. –Disse Klaus entregando-me seu casaco.
__Está brincando? Não precisa,sou vampira esqueceu?
__Mesmo assim,vista. –Ao terminar de falar Klaus colocou seu casaco sobre meus ombros.
Fomos na montanha russa,e foi incrivelmente bonito,parecia que cada brisa,cada folha,cada ruído estavam em completa sintonia.
__Klaus,o dia foi incrível,nunca pensei em dizer isso,mas obrigada.
Ficamos parados em frente a cabana e alguém ligava para Klaus,era Camille.
Usei minha audição de vampira,e ouvi cada respiração.
__Camille,você verá as consequências. –Disse Klaus ao telefone.
__Ela significará sua morte,sua dor,não haverá como fugir. –Disse Camille e só restou o silêncio.
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