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História Amor é... - Capítulo 2 - No silêncio de Moon


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos!
Eu nem ia postar capítulo novo hoje, mas como é Dia do Irmão e essa fic é praticamente um presente pras minhas irmãzinhas, decidi postar.
Assim como o anterior, este também tem o foco nas ações de uma de nós. Espero que gostem.
Nos lemos nas notas finais?~

Capítulo 2 - Capítulo 2 - No silêncio de Moon


13h, duas semanas depois de Wonshik ter ido embora.

Wonshik bateu à porta e aguardou, irritado consigo mesmo por estar tão nervoso. Seu coração batia forte no peito, mas tentava lembrar-se que estava ali apenas para buscar as meninas para um passeio. Um passeio no belo sábado ensolarado que fazia naquela tarde.

No entanto, aquele seria um dia especial: o dia em que ele e Taekwoon completariam 15 anos de casados. Ainda que não houvessem se separado legalmente, sentia-se estranho por não estar comemorando com ele e a linda família que formaram.

Bateu à porta mais uma vez e tirou os óculos escuros que usava. Colocou as mãos nos bolsos da calça e continuou aguardando, imaginando o que Taekwoon estava fazendo para não atendê-lo com rapidez. Ainda tinha a chave da casa, mas não entraria sem ser convidado, aquela já não era a sua casa.

Pouco depois Taekwoon abriu a porta. Segurava Anah entre os braços, que imediatamente se jogou na direção do pai quando o viu.

Wonshik a abraçou forte, contente por ser recebido de forma tão calorosa. Depois da conversa que tiveram e anunciaram que não seriam mais um casal, imaginou que as crianças se tornariam um pouco frias consigo por ter saído de casa, o que não aconteceu com Ladiss e Anah.

- Me desculpe – Taekwoon disse em sua costumeira voz baixa, ao dar espaço para que ele adentrasse a casa. Aparentava estar um tanto cansado, por estar aprontando as meninas para o passeio – Ladiss está terminando de se vestir e Moon está almoçando.

- Eu tô pronta! – Anah exclamou, fazendo com que ambos os homens sorrissem com sua agitação.

Wonshik seguiu o marido até a cozinha, tomando cuidado para não analisa-lo demais. Adorava aquelas calças justas que ele usava, que sempre o deixavam incrivelmente desejável. Ele era tão lindo que mal parecia ter 40 anos de idade.

Mas não deveria sentir-se tão atraído por alguém que já não queria mais dividir a vida, por alguém em quem não conseguia mais enxergar tantas qualidades como fazia há poucos anos. Não suportava o silêncio dele, aquela face inexpressiva quando se sentia irritado com algo. Mas, ainda mais que o silêncio, não suportava as cobranças que sempre resultavam em brigas e gritos de ambos os lados. Não suportava a falta de incentivo dele ao seu trabalho e as crises de ciúmes que ele tinha por causa de suas funcionárias. Não queria insistir num casamento que só se mantinha vivo pelas filhas e pela atração que resultava apenas em sexo.

Conversaram com calma um dia após ter deixado a casa, pouco antes de anunciarem às meninas que estavam se separando. Concordaram que precisariam conviver por causa delas e entraram num acordo: elas continuariam morando com Taekwoon que manteria sua rotina de cuidar delas e passariam os finais de semana no novo apartamento de Wonshik, que não era muito longe dali e jamais deixaria de ser um pai dedicado.

Wonshik balançou a cabeça quando percebeu que estava olhando os quadris do mais velho por muito tempo, repreendendo-se por sentir-se tão sedento ainda que o houvesse visto há menos de seis dias quando foi buscar parte de suas coisas na residência. Sorriu ao ver Moon sentada à mesa e colocou Anah no chão, para se aproximar da filha do meio. Depositou um beijo no topo da cabeça dela e a cumprimentou, recebendo apenas o silêncio como resposta.

Então, notou que havia algo errado. A garotinha estava com as mãos sobre as coxas e encarava um prato intocado de comida exatamente a sua frente. Ostentava sua típica face inexpressiva, mas os olhos vermelhos indicavam que esteve chorando.

Moon era terrivelmente parecida com Taekwoon, desde os olhos pequenos até as bochechas que inflava constantemente com ar. Era quieta e só falava no meio de adultos quando lhe perguntavam algo, demorava a permitir-se gostar das pessoas. As únicas pessoas a quem se abria eram as irmãs e uma amiguinha do colégio, mas ainda assim mantinha-se reservada quanto aos próprios sentimentos. Os pais sempre enxergaram tais características como qualidades, até que perceberam que poderiam causar problemas em situações de problema. Ela nunca falava quando algo a incomodava, simplesmente se fechava e deixava as coisas acontecerem, tanto que por vezes parava de comer por pura preocupação.

- Não está comendo? – Wonshik questionou ao olhar para Taekwoon, que pegava algo dentro da geladeira. Conteve um sorriso ao ver que ele pegava dois cupcakes que muito provavelmente havia feito no dia anterior, admirava a forma com que ele dedicava-se à culinária apenas para agradar as filhas.

- E nem falando – o mais velho respondeu, antes de dar um cupcake para a caçula e dizer para comer sem se sujar. Ofereceu um para o marido, que aceitou prontamente. Ele nunca recusava doces.

- Ela fala comigo e com a Ladiss de vez em quando – Anah comentou, com a boca cheia de glacê e bolo. O rosto já estava todo lambuzado na cor vermelha do chantilly, mas as roupas permaneciam intactas.

Wonshik suspirou e sinalizou com a cabeça para Taekwoon para que fossem conversar na sala, chateado ao notar o quanto a separação estava afetando sua preciosa menina.

- Anah, vá chamar a Ladiss e diga a ela para te ajudar a limpar o rosto – disse Taekwoon para a filha, enquanto se encaminhava para fora do cômodo – Moon, você não vai sair da mesa enquanto não comer pelo menos metade desse macarrão.

Rumou a passos firmes até a sala, sendo seguido por Wonshik. Parou frente a frente com ele no centro do ambiente, contendo um sorriso ao vê-lo sujar o canto da boca com glacê. Exatamente como Anah havia feito.

Respirou fundo antes de começar a falar.

- As professoras do colégio ligaram ontem e disseram estar preocupadas com a Moon – explicou ao cruzar os braços no misto de emoções que estava sentindo. Queria se concentrar apenas na preocupação que tinha com as filhas, mas uma crescente vontade de tocar o mais novo estava tomando conta de seu corpo – Lá ela come normalmente, mas não responde nem as perguntas referentes às aulas. Conversa pouco com as outras crianças e demonstra sempre estar com os pensamentos em outro lugar. As professoras disseram que se não melhorar em um mês, que é o tempo no qual as crianças passam a superar os casos de separação, irão encaminhá-la a um psicólogo.

Wonshik engoliu em seco, sentindo o coração apertar com as palavras que ouviu.

- Ela é tão parecida com você... Então, tudo que podemos fazer é esperar? – disse num tom de voz anormalmente baixo. Começou na girar o papel que embrulhava o cupcake, vendo o marido assentir à sua pergunta. Quase sorriu ao ver que ele tinha as bochechas coradas diante do comentário que fez – Vou tentar conversar com ela, quem sabe possa ajudar.

- Obrigado – viu o mais velho responder e dar um passo em sua direção.

Seu corpo se tornou alerta instantaneamente. Não conseguia desviar os olhos do rosto dele, apreciando a beleza e doçura que sempre o fariam chama-lo de “hamster”. Desejava enroscar os dedos nos cabelos macios dele, pegá-lo no colo para leva-lo ao quarto e fazer amor com ele até ficar sem forças. Ainda mais ciente de que aquela data eram seus 15 anos como esposos. Sentia-se queimar em desejo por alguém que não poderia ter mais.

Ele se aproximava lentamente, como se fosse um caçador seguindo sua presa, fazendo-o com que ficasse completamente sem forças de fugir. Desejava aquela aproximação, seu corpo implorava por um toque, tanto que não se afastou quando sentiu os dedos dele em sua nuca. A pele sempre tão quente em direto contato com a sua.

Taekwoon sabia que era errado. Não deveria estar tocando aquele homem, mas o glacê ainda estava no canto da boca dele e quando notou já estava lambendo a área.

Seu objetivo era apenas limpá-lo, coisa que poderia ter feito com as mãos. Se deixou levar pelas vontades que possuía, pela saudade que parecia cada vez maior em seu peito. Lambeu-o até que se livrasse de todo o glacê e então, sem pensar duas vezes, colou os lábios aos dele.

Ambos entregaram-se às sensações de estar juntos novamente. Fecharam os olhos e se abraçaram ao passo em que as línguas se entrelaçaram na mais perfeita união que havia entre eles. Provavam do sabor um do outro, dos toques que conheciam bem e que jamais seriam o suficiente. Sempre iriam querer mais.

Até que Taekwoon sentiu um forte aperto em sua cintura e recobrou a consciência.

Espalmou as mãos sobre o peito do marido e o empurrou, também dando um passo atrás para se afastar. Levou uma das mãos aos próprios lábios, onde ainda sentia o gosto dele. Queria chorar por ser tão fraco e cometer um erro tão grave.

Wonshik teve uma estranha sensação de vazio quando se viu longe dele, o mesmo vazio que sentia todas as noites na cama sozinho. O mesmo vazio que sentia quando pegava o celular e ficava olhando as fotos dele ou ouvindo as músicas que já fizeram juntos. O vazio seguido daquela dor no peito, do desespero que não havia sentido desde que deixou aquela casa. Estivera apático e então todas as emoções que reprimiu caíram sobre si em poucos segundos.

Não aguentou sustentar o olhar de Taekwoon, do homem que ainda amava incondicionalmente. Virou as costas e mal ouviu o pedido de desculpas que foi feito por ele.

- Vou aguardar as meninas no carro – murmurou, antes de deixar o ambiente sem olhar para trás.

Sentia-se covarde por fugir da própria dor, mas deveria ficar lá mais tempo ou faria ainda mais loucuras das quais se arrependeria depois. Deveria manter distancia de Taekwoon, caso contrário seria traído pelo próprio corpo e pelo amor arrebatador que sentia por ele.


Notas Finais


Entããão, o que acharam?
Eles estavam errados em se beijar daquela forma? Deveria beijar mais?
Digam para mim o que pensam que vai acontecer nos comentários.
Até o próximo. Beijinhos açucarados~


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