História Amor é... - Capítulo 4 - No amor de Taekwoon e Wonshik

23h, na noite do Dia da Família na Escola.

Taekwoon beijou a testa de Ladiss assim que a cobriu com os cobertores felpudos. Fora uma luta fazê-la deitar, já que ainda estava animada e muito orgulhosa de si mesma por ter dançado o clássico de Girls Generation para toda a escola. Também se sentia muito orgulhoso da filha linda que criou, mas Wonshik estava na sala de estar esperando-o para tivessem uma conversa de adultos. Conversa que já faziam suas pernas tremerem sem sequer ter começado.

- Eu amo você, papai Taekwoon – a menina sussurrou, ostentando um doce sorriso nos lábios. Pouco a pouco assumia uma face sonolenta, também tomada pela felicidade de saber que seu outro pai ainda estava ali.

- Eu também amo você, minha princesa – o homem sussurrou de volta, antes de apagar as luzes e deixar o cômodo. Desta vez deixou a porta fechada, já que não sabia o teor da conversa que teria com o homem que o aguardava.

Quando adentrou a sala de estar, viu que Wonshik estava sentado no sofá. Havia aberto alguns botões da elegante camisa azul que trajava, expondo a tatuagem tão bela que tinha no colo. Perde alguns segundos observando-o, desde as longas e sensuais pernas até os fios bagunçados de cabelo. Quando sorriu ao ver que mesmo depois de anos ele não perdia o hábito de bagunçar o cabelo.

- Shikkie – chamou-o pelo apelido carinhoso que costumava usar quando sozinhos, fazendo-se notar no cômodo.

Wonshik se levantou num salto ao ver o marido ali. Caminhou até ele e abraçou-o com toda a força que possuía, como se tivesse medo de perdê-lo novamente. Não se arrependia de tê-lo beijado mais cedo, de ter demostrando fisicamente tudo que sentia, mas sabia que ainda havia coisas que deveria dizer.

- Me perdoe, Taekwoonnie – murmurou ao aninhar o rosto na curva do pescoço dele. Sua voz soava abafada com conta da proximidade, mas tão carregada de emoções que era facilmente compreendido – Eu te amo mais que tudo. Fui um cretino por ter te feito chorar, por não ter sido suficiente pra você. Mas prometo me esforçar, prometo passar mais tempo a sós com você.

Taekwoon então se permitiu retribuir o abraço. Colocou o queixo sobre o ombro dele conforme passava os braços ao redor da cintura, sentindo as pernas tremerem ainda mais. Era tudo que queria ouvir desde o início, desde o dia em que ele saiu de casa e lhe deixou com um vazio enorme no peito.

- Eu também fui um cretino. Eu gritei com você e te induzi a sair daqui – respondeu, a voz falhando pelo choro que insistia em vir. Lutou bravamente para conter as lágrimas nos olhos – Vou tentar não ser tão ciumento, te ouvir mais. Eu te amo tanto, senti sem chão ao imaginar como seria minha vida sem você.

Os dois se olharam intensamente por breves instantes, sentindo-se leves por finalmente ter verbalizado tudo que sentiam. Sorriram um para o outro e então iniciaram um beijo repleto de saudade.

Os acontecimentos seguintes se desenrolaram numa velocidade surpreendente.

O casal buscava um beijo seguido de outro, enquanto as mãos trabalhavam para se despir, também apertando cada pedaço de pele que expunham. Estavam sedentos um pelo outro como há tempos não acontecia.

Quando os beijos deixaram de ser suficientes para seus corpos suplicantes, Taekwoon passou a explorar a pele do marido com a boca. Beijou o pescoço dele, descendo para o peito e abdome até chegar ao baixo ventre. Não pensou duas vezes antes de abocanhar o membro já ereto, sugando-o com toda a habilidade que possuía.

Wonshik jogou a cabeça para trás e agarrou os cabelos dele, sentindo o prazer percorrer seu corpo. Sabia que um pouco mais de intensidade o faria se derramar naquela boca quente, e foi exatamente o que aconteceu. Gemeu o nome dele embora tentasse empregar um tom baixo, logo sendo guiado pelas mãos no momento seguinte. Foi colocado de quatro sobre o sofá confortável e sentiu a boca que anteriormente o chupava preparando-o com o líquido de seu próprio prazer.

Taekwoon o desejava tanto que não conseguia empregar um ritmo lento. Lambia aquela entrada rosada em seguida a alargava com os dedos, usando a mão livre para masturbar a si mesmo. Quando viu que o marido já rebolava contra seus dedos e gemia colocou-se de pé e penetrou-o com rapidez.

Curvou-se para tapar a boca dele e impedi-lo de gritar, já que não poderiam acordar Ladiss. Começou a mover-se em firmes e profundas investidas, que enviaram aquelas deliciosas sensações para todo seu corpo.

Ambos gemiam, no puro contentamento por estarem completamente unidos. Seus corpos moviam-se em sincronia, procurando proporcionar prazer um ao outro.

Taekwoon beijava o ombro do marido, sentindo-o estremecer abaixo de si. Aumentou o ritmo das estocadas, atingindo uma velocidade surpreendente até para si mesmo. Permanecia com a mão sobre a boca dele, o que não o impediu de ouvir os gemidos que ele deu ao atingir o ápice pela segunda vez sem sequer ter o falo tocado.

Em seguida focou no próprio prazer. Adorava a sensação do interior dele se contraindo ao seu redor e gemer o nome “Wonshik” contra a pele quente. Se entregou por completo ao orgasmo, investindo com ainda mais força ao jorrar seu líquido esbranquiçado dentro dele.

Esperou que o mais novo se deitasse no sofá para deitar ao lado, colocando a cabeça sobre o peito que subia e descia com a respiração acelerada. Ouvia as batidas do coração dele, sorrindo para si mesmo.

- Eu te amo – disse, ao imaginar que se seu coração também batia acelerado era por ele. Batia por ele a todo instante, sempre seria – Eu te amo. Eu te amo. Eu te...

O mais novo interrompeu a infinidade de “eu te amo” com um beijo. Colou seus lábios aos do pai de suas filhas, tentando demonstrar toda a paixão que sentia através daquele toque.

Assim que encerrou o ósculo reuniu toda a força que possuía para se erguer e procurar pelo celular na calça que jazia jogada ao chão. Voltou a deitar-se e abriu a câmera do aparelho, tirando uma foto sua e do marido. Sempre gostou de registrar momentos como aquele, embora acredita-se que os melhores registros sempre seriam as memórias.

A foto retratou seus rostos corados pelas recentes atividades, fios emaranhados de cabelo que se grudavam ao suor das testas e sorrisos cúmplices. O alcance da imagem ia até seus ombros, deixando claro que ambos estavam sem as camisas.

- Deveríamos manda-la para Anah e Moon. Elas merecem saber que nos reconciliamos – comentou Wonshik, voltando a aninhar o marido no peito. Beijou o topo da cabeça dele, antes de deixar o celular de lado e se concentrar apenas na companhia que possuía.

- E traumatizarmos elas? Nem pensar – riu com a resposta do mais velho, sentindo-se relaxado. Imaginou a reação de suas filhas, que estavam na casa dos avós, ao ver tal foto. Pouco a pouco o sono o atingiu, juntamente com a calmaria de estar de volta a sua casa, a seu lar – Contamos amanhã.

Taekwoon sorriu ao vê-lo balançar a cabeça em afirmação. Deveria levantar-se e apagar as luzes, já que estava evidente que dormiriam ali mesmo, mas sentia-se tão aconchegado que simplesmente deixou o sono vencer.

No entanto, antes de dormir pensou nas palavras escritas pela filha mais cedo. O que era amor ante aos olhos inocentes dela. E assim pensou em sua própria definição para aquele sentimento tão intenso.

Amor era sentir-se pleno em felicidade. Era a família linda que possuía. Era Ladiss, Moon e Anah.

Amor era Wonshik.