*P. O. V yohan*
Seria um dia Comum de inverno como qualquer outro. Sem nada de anormal. Pena que nem tudo saiu como o planejado. Mal abri os olh os e já ouço algo vindo da cozinha: "Ele parte hoje mesmo, precisa tomar rédeas"
Talvez estejam discutindo sobre a minha punição. Espero que não seja nada muito severo.
Continuo tentando ouvir o que estão dizendo, quando escuto a maçaneta girar, era ela, minha mãe.
-Vamos Yohan, levante, seu vôo sai hoje mesmo.
-Para onde eu vou desta vez ?
-Para casa De sua Tia, na Inglaterra.
Como disse antes, nada muito severo.
-Uma modesta casa na Inglaterra, nada mal.
{Falo em tom sarcástico }
-Estarei esperando por você lá em baixo, seu vôo sai às 10:00Am, não demore.
Sinalizo que sim com a cabeça, e ela vai embora. Quando a porta se fecha, deito-me novamente e imagino Como será viver com minha tia.
Não tenho muito tempo para me arrumar, afinal, já são 8:45 Am, e não quero ter que ouvir os sermões da D. Olga novamente.
Levanto-me, tomo um banho, troco as roupas e desço. Para minha surpresa, minha mala já está pronta na sala.
-Já sabe o seu destino Yohan ?
-Sim pai, Já fui intimado.
-A Inglaterra será um ótimo lugar para te por na linha.
-Algumas mudanças não vão me fazer abaixar a cabeça para quem quer que seja.
-Já chega Yohan, Tome logo o seu café, quanto mais rápido você for melhor será.
{Diz o General enquanto estapeia a mesa}
Conviver com esses dois não é nada fácil. De um lado Minha mãe, uma mulher incapaz de conciliar casa e trabalho. De outro, um ditador. talvez, por trabalhar nas forças armadas,Ele se ache no direito de nos forçar a viver um regime militar.
Sinceramente, ir para Inglaterra está mais para um presente do que para um castigo.
-Pegue suas malas, já está na hora de irmos.
O tom De deboche de minha mãe me irrita.
Não a respondo, apenas pego minha mala, viro as costas para os dois e ando em direção à porta.
-Ei "Muleque", não vai se despedir?
Dou de ombros, não me interessa o que quer que seja que eles vão me dizer.
Entro no carro,ligo a rádio, está tocando "Agora eu quero ir" da "Anavitória", mero acaso ? Talvez.
De casa até o aeroporto não se foi dita uma apalavra, os sons que vinha do interior do carro eram apenas a rádio, e o som que faz os meus dedos batendo contra a porta no ritmo da música.
Não demorou muito para chegar, afinal, eram apenas 20km de casa até o aeroporto.
Quando entramos, meu vôo já estava sendo chamado. Não me deu tempo de tomar o delicioso Cappuccino do aeroporto. Fui correndo em direção ao portão de embarque. Embarquei sem ao menos olhar pra trás para conferir se ela ainda estava lá.
E agora ? Agora, vida nova, ares novos, Paz.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.