História Feitos um pro outro - Lembranças

Enfim... já faz 6 anos desde que estive lá pela ultima vez... Desde que o vi pela última vez... Desde aquele dia horrível.

            Hoje acordei sonhando com aquele dia novamente. Minha mente faz mil e uma suposições do que podia ter acontecido, mas, não podemos mudar o passado, infelizmente.

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            Depois do que aconteceu a noite passada, eu acordei decidida. Ia contar o que sentia.

            Enquanto me arrumava pra sair, fui relembrando a dia anterior.

            Eu havia marcado um encontro com Dake, ele havia voltado de viajem  e me ligou. Não vi mal algum em não recusar. Marcamos numa sorveteria perto da praia, as 17:00. Quando eu cheguei ele já estava la. E eu escolhi o meu sorvete de sempre, menta com chocolate.

            Ele me contou como era lindo o Havaii, e que gostaria de voltar em breve. Fez muitos amigos e algumas peguetes. O que eu podia fazer? Eu o dispensei a muito tempo. Nunca quis ser mais que amiga dele.

            Ele sorria tempo todo durante a nossa conversa. E depois fomos andando pela praia enquanto o sol se punha. Foi ai que ele tentou, pela milionésima vez, me beijar. Tentei me esquivar, como sempre, mais ele era mais forte. E foi ai que percebi que ele tinha bebido. Estava com um cheiro horrível de vinho barato. E não desistia de tentar.

            - Me solta, Dake! – falei empurrando ele. Mas eu não tinha força suficiente. – Agora!

            - Ah vai, deixa de ser careta. – ele falou e fez beicinho. E eu dei uma cabeçada nele. E vi que acertei o nariz dele. Estava descendo um filete de sangue. Enfim, ele me soltou e segurou o nariz. – QUAL O SEU PROBLEMA? – ele me gritou, indo pra cima de mim. – Todas as garotas querem ficar comigo, mesmo você. Que merda é que você quer afinal? Aquele loirinho de merda? Ou aquele ruivo oxigenado? Nenhum deles vai poder lhe dar o que eu tenho pra te dar.

            Dito isto foi me arrastando pra parte mais vazia e escura da praia. Eu gritava e me esperneava, mais ele não largava. Enfim, chegou ao ponto que queria. Ninguém podia nos ver, estávamos na orla da floresta. Eu não tinha muito o que fazer. Ele me puxou, e me beijou grosseiramente. Depois me jogou no chão, foi quando eu bati minhas costas numa pedra e perdi o ar.

            Tudo que eu pensei foi, em que merda de confusão eu me meti dessa vez.

            Respirando com dificuldade, olhei pra cima. Vendo-o arrancar a camisa, e desabotoar o short. Foi ai que quase tive um treco. Ele não podia fazer aquilo? Podia?

            - Por quê? – perguntei arfando.

            - Por quê? Que pergunta idiota. Vou lhe mostrar o que todas as outras quiseram, e só você poderá ter. Não se sente sortuda? – perguntou rindo.

            Dos meus olhos começavam a brotar lagrimas silenciosas. Eu estava perdida.

            Pensei e tentei alcançar meu celular. Dake estava olhando um casal que passeava com seu cachorro se afastar, e não me viu ligando. Vi que Castiel atendeu no segundo toque. Só eu podia ouvir.

             - Alô? – atendeu com sua voz rouca. – Akemi?

            Eu não podia responder ele. Mais ele poderia ouvir o que falávamos.

            - Dake, por favor, me deixe ir. – falei, choramingando.

            - Tá louca? Que garota ingrata. Vou te dar o melhor presente no mundo, e você quer ir? – ele riu. – Ahh, coitadinha. Vamos nos livrar dessa sua virgindade. Vai ser bem melhor depois que acabar.

            - Eu não quero. – respondi fraca, soluçando.

            - Há, você não tem mais querer. Podia ter sido diferente, se tivesse me escolhido ao invés daquele ruivo. – ele se abaixou e tocou meu rosto, segurou meu queixo e forçou-me a olhar pra ele. – Ah, meu amor. Não se preocupe. Eu vou ser gentil. – e me beijou.

            Ele me soltou. E começou a tentar tirar minha blusa. Minha mente estava a mil.

            - SOCORRO! SOCORRO! – gritei, e ele me deu um tapa.

            - Cale a merda da sua boca, ou vai ser pior. – vociferou.

            Eu não sabia se a ligação ainda estava rolando. Mais ele arrancou minha camisa, rasgando ela. Foi quando viu meu celular no chão. Com a tela ligada. E pegou.

            - O QUE VOCÊ FEZ? - ele me deu outro tapa. E começou a olhar as mensagens e viu as ultimas ligações. – Ah, quer dizer que você ligou pra ele? – riu. – Isso vai ser divertido.

             Eu soluçava muito, e não vi o que ele fazia com o celular.

            - E ai ruivinho? – eu olhei pra cima assustada, ele ligou pro Castiel? – Calma, calma. Ela está ótima. Por enquanto.