História Amor Em Família - Olhos esmeralda...

Camila Pov

Acordei com um chorinho vindo do berço que ficava ao lado de minha cama, me sentei na cama e senti todos os ossos do meu corpo estralarem. Ser mãe tão nova, não estava nos meus planos, porém acabou acontecendo, Maggie havia acabado de completar 3 dias de vida. Isto mesmo, ela sou tinha 3 dias ainda. Eu cheguei do hospital com ela ontem, então estava muito cansada, ainda não havia me acostumado a acordar de madrugada para dar de mama e trocar fralda. Isto não era tão fácil assim, pois não tinha ninguém para me ajudar nas madrugadas e não queria atrapalhar senhor e senhora Jauregui, tirando as noites de sono deles e nem de seus filhos, Taylor e Chris.

Não eu não moro com meus pais, eles haviam morrido quando completei 18 anos, dês de então eu cuido de minha irmã Sofia que tem apenas 12 anos. Os Jauregui nós abrigaram depois que Shawn o filho deles e meu ex namorado, não assumiu a paternidade de nossa filha. Quando contei pra ele que estava grávida, ele me mandou tirar a criança e falou que eu estava estragando a vida dele, nunca na minha vida, depois de 3 anos de namoro, pensei que ele agiria daquela forma, mas foi o que ele fez, me jogou na rua com minha irmã a Deus dará e mandou eu me virar, disse que não me queria mais por perto e que não contasse pra ninguém da mídia que eu esperava um filho dele, aquilo me doeu tanto, nunca havia imaginado aquilo vindo da pessoa que eu considerava o amor da minha vida. Os pais dele quando ficaram sabendo me acolheram, Shawn não vem mais ver a família e não fala mais com eles, não aceita o fato de eles terem me acolhido. Se não fosse por eles, hoje estaria na sarjeta, junto de minha irmã e minha filha pedindo esmola na rua.

— Camila, sua filha vai estoura meus tímpanos.

Ouvi a voz de irritada da minha irmã e me virei para ela, que tampava o rosto com seu travesseiro. Como se aquilo fosse adiantar alguma coisa.

— Não se esquece que ela também e sua sobrinha, irmãzinha.

Disse ironicamente me levantando da cama e indo até o berço, olhei para dentro dele, vi minha pequena com os olhos arregalados e rostinho rosado de tanto chorar. A peguei no colo com cuidado e a balancei levemente, imediatamente ela parou de chorar e olhou com seus olhos esverdeados feito duas esmeraldas para mim. Não entendia porque minha pequena tinha os olhos daquela cor, já que os meus olhos eram castanho escuro e o de Shawn castanho claro, mas Clara me explicou que aquilo era uma herança de família.

— Não me arrependo de ter tido você minha filha.

Sussurrei para ela que me olhava atentamente. Este pequeno ser em meus braços, ainda tão frágil era meu bem mais valioso, não deixaria que nada de mal aconteça com ela.

Fui até a poltrona me sentei e aninhei Maggie nós meus braços, ergui minha blusa e ela fez questão de abocanhar o bico de meu seio e o sugar com força. Com toda certeza, ela estava morrendo de forme e mamava com certa força, segurei a pequena mão pela e ela envolveu meu polegar com ela.

Em toda minha vida, nunca havia pensado em ser mãe tão nova, quando fiquei grávida aos 18 anos ainda, 6 meses depois dos meus pais terem morrido. Foi bem difícil para mim, ainda mais depois que Shawn simplesmente me abandono, como se tudo que vivemos fosse um mero nada. Ninguém da mídia sabia sobre minha filha, eu sempre escondi minha gravidez muito bem, se era isto que ele queria não ser o pai de Maggie, ele já mais iria ser.

Acabei de dar de mama para Maggie, depois de a fazer arrotar e colocar ela para dormir a coloquei no berço. Fiquei a observando e por mais estranho que pareça, ela não tinha traços meus e nem de Shawn, Maggie tinha a pele branca, os traços do rosto e o nariz eram diferentes. Lembro-me que quando Michel viu ela pela primeira vez ele chorou muito, parecia que ele estava vendo alguém que não via a anos, foi uma cena emocionante de se ver.

Me deitei de volta na cama e abracei meu travesseiro. Estava rezando mentalmente para que Maggie dormisse por pelo menos 3 horas para mim descansar um pouco, sabia que uma hora teria que acostumar com ela acordando tão tarde da madrugada.

Eu não sei quantas vezes acordei de madrugada, mas sabia que havia dormido poucas horas. Mesmo com o corpo todo dolorido resolvi me levantar, olhei para cama ao lado e minha irmã ainda dormia pesadamente. Entrei no banheiro espaçoso, olhei meu rosto no espelho, estava com uma enorme cara de sono e olheiras, nunca imaginei que ser mãe era tão difícil, lavei meu rosto, escovei os dentes e terminei minha higiene matinal. Sai do banheiro e encontrei minha irmã sentada em minha cama, segurando Maggie em seus braços cuidadosamente.

— Ela estava chorando.

Deu de ombros enquanto me olhava, mas passou a olhar a pequena em seus braços novamente. Tinha que assumir, minha irmã tinha um dom de acalmar Maggie impressionante.

— Obrigada por acalmar ela e a fazer dormir de novo Sofi.

Fui até ela e dei um beijo em sua testa, minha irmã sorriu para mim e entregou Maggie com cuidado em meus braços, para ela não acordar. Sofi era super protetora com a sobrinha, dês de que ela estava em meu ventre.

— Agora pode voltar a dormir, ainda são... - olhei para o relógio no criado mudo. - 5:53am pode ir.

Falei de forma calma e ela se levantou da cama, veio até a mim e deu um beijo no rosto de Maggie e foi para sua cama. Eu e Sofi, temos uma relação de irmãs muito boa, porque além de irmãs, também eramos amigas, apesar da diferença grande de idade.

Sai do meu quarto com Maggie em meus braços, desci as enormes escadas e fui para a cozinha, coloquei ela no carrinho que estava ela. Peguei algumas coisas na geladeira e comecei a preparar um lanche natural para mim, fiz um suco de laranja e me sentei em uma das cadeiras da bancada para comer.

Depois de já ter comido, dei mama para Maggie, fui para a sala me sentei no sofá com ela em meus braços e fiquei vendo um desenho na TV que passava pela manhã. Se passou alguns minutos e a campainha tocou, procurei pela hora na TV e não passava das 6:40am, quem será que era a está hora, ainda mais porque todos estavam dormindo.

Me levantei do sofá com cuidado e ajeitei Maggie em meu colo, caminhei até a porta e a campainha tornou a tocar novamente. Juro que se a pessoa tocasse mais uma vez a campainha arriscando acordar minha filha eu quebraria o dedo dela. Abrir a porta e dei de cara com uma mulher poucos centímetros mais alta que eu, ela estava fardada em um traje da aeronáutica, conseguir identificar isto por causa de um símbolo na roupa, os cabelos negros um pouco para baixo dos ombros, pele brancas e olhos verdes como duas esmeraldas.

Espera ai, está mulher me lembra muito algum, claro Maggie as semelhanças eram muito grandes e aquilo me deixou totalmente confusa.