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História Amor em Meio ao Apocalipse - Capítulo 19 - Chorando


Escrita por: WImpala67

Notas do Autor


Oi gente! Voltei aqui né?! A sumida! kkkk
Não tem graça nenhuma.
Estou achando essa fanfic uma bosta, vou excluir ela.
O título do cap é o nome da música que toca, ou seja, Crying, do Aerosmith, não o fato da Bloss estar chorando.

Capítulo 19 - Capítulo 19 - Chorando


*-- Buffalo (Kansas) – Domingo 09:10 AM

 

Houve um tempo

Quando eu estava com o coração tão partido

E o amor não era um amigo meu

Mas as coisas mudaram

Porque os nossos caminhos se dividiram

Aquele tipo de amor, era do tipo que mata

Escute-me

 

O vento calmo soava baixo subitamente, fazendo o fios vermelhos balançarem contra seu rosto. Que tinha um olhar bem vago, como se estivesse pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo.

Pra falar a verdade ela estava.

Brick ficou de costas para ela por um bom tempo, não querendo de jeito algum fazer contato visual com aquele estranha estúpida. Sua mente dizia que ela não valia qualquer esforço para comunicação.

Sua boca não proferira nenhuma palavra, mantinha os olhos vermelhos do mesmo jeito de sempre: Frios e raivosos.  Se conseguisse, já teria simplesmente quebrado aquelas algemas ao meio de tanta raiva. Seu plano era deixar a garota viva, mas sem interferir em sua vida.

Aquela pirralha.

Para fugir do castigo e dos olhos furiosos de Brick, Rebecca dissera que iria caçar comida para almoçarem naquela tarde. Visto que não tinham alimento e a dupla ruiva não estava “apta” para fazerem qualquer tipo de coisa. Ou acabariam se matando em meio a caçada.

“Melhor pra ela...” Pensou ele.

 

Eu estava chorando quando te encontrei

Agora estou tentando te esquecer

Seu amor é um doce sofrimento

Eu estava chorando só para ter você

Agora estou morrendo porque te deixei

Fazer o que você faz me machuca

 

E agora essa maldita música ficava tocando repetidas vezes em sua cabeça. Não conseguia tirar da cabeça nem que quisesse.  Nem combinar com a situação ela combinava.

Brick ouvia perfeitamente o som do roçar do seu corpo, sentia as costas frias dela tocarem nas suas ­- num contraste perfeito entre o quente e o frio – e sua respiração leve. Ele odiava aquilo, odiava sentir tudo daquela garota, ela era irritante e esquisita.

Tão esquisita a ponto de lhe provocar arrepios por todo o corpo. Tão irritante a ponto de seu toque o deixá-lo louco.

 

Agora não há sequer espaço para respiração

Entre o prazer e a dor

É, você chora quando fazemos amor

Mas deve ser a mesma coisa

 

Só queria que aquela situação acabasse o quão rápido ela começou. Queria que ela fosse embora, que fosse só mais uma.  Qualquer movimento dela lhe provocava reclamações em sua mente.

Brick estava tão inerte em seus pensamentos, que quase – repito, quase – não percebera no pequeno ruído que vinha dela. Um barulho sutil, que só ele podia ouvir, e sentia raiva por isso.

- Por que está chorando? – Falou com certa raiva. Ele não queria lhe dirigir a palavra. Mas ouvi-la chorando o fez ficar desconfortável e até um pouco afobado. O ruivo já ouvira muitas vezes mulheres chorando, mas o seu choro era insuportável.

Ela continuou chorando um pouco antes de falar, deixando Brick mais desconfortável ainda. Implorando em silêncio para que parasse.

- Não é da sua conta. – Respondeu ela da mesma forma. Arregalando de leve os olhos do ruivo, que não achara que ela responderia de forma tão fria.

Mas aqui se faz, aqui se paga.

 

Voltou para mim

É, eu tenho que te contar uma coisa

Está rondando a minha cabeça

Garota, eu tenho que dizer

Nós somos cúmplices

Você tem certamente alguma coisa

O que você me dá

Tira o meu fôlego

 

 

- Isso não é jeito de uma garota falar. – Disse impulsivamente. Ele sabia que não era verdade, tinha ótimos exemplos de mulheres independentes, como Rebecca, mas queria irritá-la. Queria ouvir aquela voz raivosa de novo.

Brick sempre gostou de discutir com meninas.

- Eu não ligo pro que você pensa. Eu falo como eu quiser, seu idiota. -  Dessa vez a resposta foi mais rápida e do jeito que ele queria. Carregada de raiva.  – Não vejo a hora de sair daqui e me livrar de você e dessa pirralha filha da p... – Com um reflexo altamente ágil e automático, Brick virou-se em sua direção e agarrou seu pescoço.

Apertando firmemente, ele agora encarava o rosto dela com mais detalhes. Querendo agora encará-lo e decorá-lo.

 

Agora o que dizem por aí

É que o diabo está no seu beijo

Se nosso amor pegar fogo

É um fogo que não posso resistir

 

 

 Ela segurava a mão que apertava seu pescoço e soluçava enquanto lágrimas saíam de seus olhos. - Vai... Argh... M-me mata... – Esse pedido irritou incansavelmente Brick. Com ódio acumulado, ele até pensou na possibilidade de matá-la logo. Trincou os dentes com a certeza de a enforcar até seu último suspiro, mas então ele viu. Viu uma coisa que dissipou a sua coragem.

 

Uma não. Melhor duas.

 

O ruivo que antes estava irado, agora se encontrava em um estado profundo catatônico. Sua mão ainda permanecia no pescoço dela, mas afrouxava lentamente conforme o tempo passava.  Enquanto encarava profundamente os seus olhos rosas.

 

Eles eram hipnóticos.

 

Eu estava chorando quando te encontrei

Agora estou tentando te esquecer

Seu amor é um doce sofrimento

Eu estava chorando só para ter você

Agora estou morrendo porque te deixei

Fazer o que você faz me machuca

 

O interior de Brick antes de encontrava tão remexido quanto uma tempestade, e agora, estava tão calmo quanto águas rasas. Foi tão de repente que pareceu até bipolaridade.

O rosto dela estava manchado em lágrimas e sujo de terra. Apenas com o receio de saber o que ele faria na hora seguinte. O jeito dele parar tão de repente assustou Blossom. Que nem percebeu que a mão áspera dele ainda percorria pelo seu pescoço.

Seus olhos vermelhos corriam devagar pelos seus olhos rosas, surpreendido pela aparência exótica, abaixando até o nariz fino vermelho pelo sol, as bochechas um pouco rosadas... E por último, pelos lábios entreabertos que pareciam mais interessantes que qualquer outra coisa no mundo.

Talvez seria carência ou desejo, achava ele. Aparentemente, ficar muito tempo sem transar ou até ver uma garota lhe deixara necessitado.

“Até demais.” – Ele pensou.

Brick parou um tempo naquela situação, até recobrar a consciência, recolher sua mão do seu pescoço e voltar com seu olhar frio e raivoso.  Não deixando ficar envergonhado.  

- Já falei dezenas de vezes para não chamá-la assim. – E para retirar o clima tenso do local, avisou uma última vez, furioso, antes de voltar a sua posição inicial. De costas para ela. Que ainda encarava com uma expressão duvidosa e desajeitada.

Aquele garoto a deixava mais confusa do que qualquer outra coisa em sua vida.

Blossom piscou um pouco recobrando a consciência, levou sua mão até o pescoço onde antes se encontrava a dele, e sentia um leve ardido. Como se estivesse sendo chamuscada em lava.

Ele era o fogo, mas ela não queria se queimar, embora seu corpo dissesse o contrário.

- Quero que vá embora. – Brick murmurou um pouco baixo, como se não quisesse realmente dizer aquilo. – Quando Rebecca chegar aqui, ela vai nos soltar e aí eu quero que você corra para bem longe, qualquer lugar, mas longe de nós. – Explicou duro.

Blossom fechou a boca completamente desta vez, abaixou a cabeça de modo que deixasse sua franja cobrir seu rosto e pensou um pouco, sem dar resposta alguma.

Ela entendia bem o desejo dele e faria com maior prazer, já que nem era da vontade dela permanecer ali com eles quando as coisas se resolvessem, porém, o jeito como ele falou com ela, como se a chamasse de “estorvo” ou “lixo inútil” pode ter ferido um pouco seus sentimentos.

A concentração dos ruivos pararam quando escutaram passos de uma certa garota saltitante.

- Cheguei!!!! Sentiram minha falta?! Eu sei que sentiram! - Ela exclamou com um sorriso enorme no rosto, sentando em frente aos ruivos, os fitando. Logo um malicioso sorriso e olhos semicerrados apareceu em seu rosto. - Conversaram bastante enquanto eu estava fora? - Disse em pensamentos descarados.

Mas quando viu o olhar mais repressor possível que Brick dera a si, logo arrependeu-se de sua fala.

- Tá, tá, desculpa... Parei. – Sorriu nervosa.  Tentou mudar de assunto para evitar discussões: – Olha só, eu pesquei quatro peixes, são pequenos mas dão pro gasto e achei uma caverna ao leste daqui que dá para ficarmos. – Falou. Mas logo estranhando o silêncio entre os mais velhos. – Tá tudo bem? – Perguntou preocupada.

Brick fitou seus olhos, meio inexpressivo.

– Estou esperando você nos soltar. – Disse um pouco frio. Rebecca olhou as algemas como se tivesse esquecido aquele pequeno detalhe.

Ela tinha dito antes que não iria soltá-los enquanto não fizessem as pazes. Porém, isso estaria longe de acontecer. Embora esse não fosse o real motivo, o problema era que a ruiva menor adorou a chance de poder ter uma nova amiga, uma no qual pudesse falar sobre coisas de garota e conversar quando estivesse brigada com Brick.

E achou Blossom a garota certa para isso.

Mas como não poderia prendê-la para sempre, o mais indicado seria que ela ficasse até se acostumar e até querer ficar com ela e Brick.

- E então? – O ruivo a despertou de seus devaneios, esperando uma atitude vinda dela.  Encarou Blossom, que não tinha dito nada até o momento, e nem olhava a situação.

Rebecca estava em um dilema, mas optou por o que veio a ser o certo em sua cabeça.

- Ah... Tudo bem. Eu desisto. – Ela pegou a pequena chave no bolso de sua jardineira e se abaixou. Destrancando e separando Brick de Blossom, que se sentiram aliviados. – Desculpa mesmo... Blossom. - Desculpou-se ela. Com um olhar pidão, para que pelo menos fizesse a ruiva ficar para o almoço.

Quem sabe durante a refeição, não poderia fazê-la mudar de ideia? O que se pode dizer, Rebecca Jojo tem muitas cartas na manga.

A ruiva mais velha não fitava um segundo sequer a pequena a sua frente, simplesmente não conseguia, por mais que tentasse, sua bile subia a boca só de olhar seu rosto.  Se Blossom tivesse o que vomitar, já teria vomitado.

“E pensar que eu já quis que Ellie fosse assim...” – Imaginou ela culpada. Culpa era um sentimento recorrente em seu coração, assim como a amargura. É uma dupla inseparável que vivia gloriosas aventuras e se divertiam as custas dos problemas da rosada.

A ruiva mais velha odiava admitir, mas aquela menina era talvez o exemplo que queria para Ellie quando ainda fosse viva. Rebecca era forte, independente com pouquíssima idade e bem habilidosa. Elizabeth era o total oposto: não conseguia levantar uma faca, odiava dormir sozinha e tinha uma incrível compaixão para os zumbis.  Acaso fosse isso que teria a condenado a morte.

Ela ainda não estava preparada para contar o que realmente causou a morte da sua irmã.  E talvez culpar os mortos-vivos pelas suas ações fosse ainda pior do que assumi-la.

O fato é que, até agora, passando-se minutos desde o lamento de Rebecca, Blossom ainda não dera uma resposta adequada. 

Bom... Nem pensou em respondê-la, mas a faceta do ruivo idiota com raiva lhe despertou de seus devaneios.

- Hum... É... Ok... – Não sabia como começar. Obviamente ainda sem encará-la nos olhos. – Eu tenho que ir. – Disse a primeira coisa que lhe viera a cabeça, rapidamente levantando-se do chão com um pouco de desajeito.

Teria saído sem fitar ninguém, se não fosse pelo dito da pequena ruiva:

- Espera aí, você vai embora? Mas já? Não quer almoç... – Rebecca pareceu surpresa com a ida da ruiva, que logo espantou levemente Blossom, que não suspeitava que a garota gostasse da sua companhia ou quisesse passar mais tempo com ela. Já que a desprezou tanto.

- Não. Ela já está de saída. – A voz estrondosa e um pouco grossa se destacou ao ar. Mostrando sem qualquer sutiliza o quanto ele desejava a partida breve da ruiva. Blossom se apedrejou por já ter sentido desejos sexuais com aquele ruivo idiota.

Nunca iria admitir, apenas Deus sabia o que já pensou.

E transar com uma pessoa que simplesmente lhe insulta, quase te mata e ainda lhe expulsa sem dó nem piedade como se fosse um lixo, não estava em seus planos a esta altura.

 

Então com toda a força de vontade que tinha, ou seja, quase nenhuma, Blossom partiu ao vento sem falar mais nada e sem olhar para trás. Enquanto Brick memorizava cada detalhe de suas costas, permitindo sua mente de se encantar com a beleza feminina mais uma vez.

 

Eu estava chorando quando te encontrei

Agora estou tentando te esquecer

Seu amor é um doce sofrimento

Eu estava chorando só para ter você

Agora estou morrendo porque te deixei

Fazer o que você faz me machuca

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Só não excluo agora pq seria um tremenda cara de pau, que esse seja seu último capítulo! 96 pessoas que gostam desta merda de fic!
Mas obrigado mesmo, aumentaram minha auto estima.
Hoje teve reds, não foi tão bom quanto eu pensei que seria, nem foi tão bom que valesse a demora, mas tá aí! Comentem!
Até depois, Hunters, Walkers ou qlqr coisa que vcs forem! <3


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