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História Amor em Poucas Palavras - Pequenos Momentos


Escrita por: GataRica

Notas do Autor


Não me matem!!
Eu imploro.
Eu só passei esses meses sem conseguir escrever nada e hoje eu consegui escrever, não tenho ideia se ficou bom, mas queria compartilhar com vocês, isso se alguém ainda vai ler essa fic.
Desculpa por minha falta de criatividade e por abandonar essa fic por tanto tempo.
Boa Leitura!!

Capítulo 12 - Pequenos Momentos


Hinata

 

    Conviver com Sasuke não é fácil, por mais que tenhamos aprendido o valor de dizermos o que estamos sentindo. Às vezes ele se esquece que quero dividir com ele muito mais do que momentos felizes, que quero também os momentos ruins. Não gosto quando ele se afasta, quando sei que está revendo o passado, mas aprendi que preciso dar espaço a ele.

 

    Ficar ao seu lado, esperar ele superar os seus piores momentos. Então oferecer o calor da minha mão a sua, um sorriso de compreensão, o abraçar apertado e dizer que não importa o que aconteça, sempre estarei ao seu lado. E isso é o que funciona, já sei que não posso alcançar seu caos, seu inferno particular, só tentar com que divida o peso de tudo comigo.

 

    Hoje é um desses dias, Sasuke está rabugento. Fica mais silencioso que o normal, remoendo seus antigos atos, caminhando distraído e fico sentindo que não sou uma boa companhia. Voltamos da margem do rio mais cedo do que o comum.

 

—Hinata —ouço a voz de Naruto uma rua depois que me separei de seu amigo.

 

—Sim. —Parei para o esperar, está correndo entre as pessoas.

 

—Vamos comprar um presente para o Kakashi quer ir conosco? —É estranho esse convite, posso pensar que foi obra da Sakura novamente.

 

Um tempo depois estou caminhando por Konoha com Sakura e Naruto. Passamos de loja em loja, comprar um presente para Kakashi parece mais complicado do que pensamos, nada parece se adequar para presentear um ninja como ele.

 

—Olha quem está ali. —Sakura diz melosa.

 

Sasuke está caminhando sem rumo com as mãos no bolso, tem uma expressão fria, parece cansado, mas na verdade só está estressado. Naruto gritou para ele, a idade não tirou dele o ar de menino travesso e tagarela. É uma situação estranha, de certa forma planejada por Sakura ou só um acaso.

 

—Você já comprou um presente de aniversário para Kakashi? —Sakura pergunta tímida para ele.

 

—Não gosto dessas coisas. —Ele diz emburrado olhando para o outro lado, está evitando olhar para mim.

 

Sinto vontade de fazer careta para ele, quando ele me olha estou sorrindo de maneira boba. Desviei o olhar para o chão, apertei meus dedos, minha face acaba de ganhar uma coloração avermelhada, sinto o ardor das minhas bochechas.

 

—Naruto chamou Hinata para nós acompanhar. —Sakura diz quando pensa que ele acabou de notar minha presença.

 

—Vamos escolher algo junto, Sai está em missão e por isso não pode vir. —Naruto dá a ele um sorriso enorme de “vai ser divertido”.

 

Sem responder Sasuke começa a caminhar ao nosso lado, enquanto discutimos sobre comprar uma panela ou um par de sandálias para Kakashi. Sakura acha que deve não deve ser algo para casa, Naruto que coisas do lar parecem mais fáceis.

 

Gosto quando os dois estão em uma discussão sem fim. Caminhei até o corredor onde Sasuke está, não que ele esteja prestando atenção no que vê. Está muito longe de tudo, pensei em dizer algo, em segurar sua mão e dizer que devíamos correr de seus companheiros de time.

 

—Elas são realmente fofas —falei a respeito das bonequinhas de porcelana usando  kimonos floridos, seus rostinhos quadrado e bochechas pintadas.   

 

    —Não acho que Kakashi iria gostar. —Sasuke olhou para mim sério.

 

    —O que vocês estão olhando? —Sakura está irritada quando para entre nós.

 

    —Estamos esperando vocês pararem de fazer escândalo. —Ele diz antes de começar a andar como se nós duas tivéssemos o irritado.

 

    —Melhor irmos em outra loja. —Naruto está bravo, não ganhou a discussão com a Sakura.

 

    Quando estamos passando por uma rua mais calma, ouvimos o choro de gatinhos. Uma senhora está sentada ao lado de uma caixa de papelão com vários gatinhos para doação. Naruto começa a falar como não gosta de gatos, da época que éramos genins e nossas missões eram capturar animais perdidos.

 

    —Eles precisam de uma casa e amor. —A senhora coloca um gatinho preto no meu colo.

 

    E um animal tão indefeso, pequeno e parece de saúde frágil. Seu miado é baixo, está chorando com medo de mim. Sakura e Naruto estão discutindo quem naquela época era melhor em pegar gatos. Sasuke pela primeira vez no dia olha para mim e está mais calmo.

 

    —Acho que ele precisa de um lar. —Ergui o pequeno gatinho no ar, coloquei seus olhos amarelos na direção do olho negro de Sasuke.

 

    —Não vou levar um gato pulguento para meu apartamento. —Ele fez sinal de negação com a cabeça.

 

    —Vou ser um bom gatinho. —Coloquei as patinhas do gato em seu peito.

 

    —Vou precisar de ajuda. —Sorriu de canto sem acreditar que estava fazendo aquilo.

 

    —Vão ser ótimos pais. —A senhora falou feliz, nós deixando constrangido.

 

    Sasuke pegou o gatinho das minhas mãos, que parou de miar quando se acomodou nas mãos dele. Seus companheiros de time ficaram incrédulo com sua decisão de ter um gato.

 

    —Você não pode ir embora sem antes nos ajudar com presente do Kakashi. —Naruto gritou.

 

    —Desde quando o conhecemos só tem uma coisa que ele gosta mais do que qualquer outra coisa, porque não compram um livro para ele. —Sasuke se virou com o gatinho no colo e nós deixou.

 

    —Tenho que ir embora —disse apressada antes mesmo que eles começassem a falar que tipo de livro deviam comprar.

 

    Quase não vou ao apartamento de Sasuke, porque parece suspeito demais e por medo de ficar sozinha em um lugar fechado com ele. Mas não resistiria a vontade de saber como ele o gatinho estão, ativei o byakugan para saber se não estou sendo seguida.

    

    Aceito que ele fique distante, mas nunca vou parar de tentar o fazer ver que pode fazer isso e me ter ao seu lado. Estou ofegante quando ele abre a porta, sabia que eu viria, é horrível ver a pessoa que gosta em um abismo que você não é capaz de alcançar.

 

    —Quer um chá? —Sasuke perguntou depois de um silêncio incômodo entre nós.

 

    Balancei a cabeça que não, ele veio se sentar ao meu lado no sofá. Nesse momento ele deixou o ar sair de sua boca com força, respirou como se assim fosse se livrar de tudo que pensava. Fiquei olhando seus lábios finos, a pele branquinha do seu rosto, os cabelos negros lisos em sua face, a face de um garoto mal, arrogante, às vezes me assusto com tudo isso. Parece que ele não é feito para mim, parece superior a todo o mundo.

 

    Se as pessoas soubessem que estamos juntos diriam que é impossível, como o ninja renegado, o vingador do clã Uchiha, foi acabar com a primogênita do clã Hyuuga que deixou o posto de herdeira. Diriam que nunca daremos certo, que não podemos ficar juntos por nossas diferenças.

 

    Mas o que ninguém vê é que carregamos muita coisa em comum, até mesmo o modo de sabermos compartilharmos essa névoa de problemas passados. De saber que o peso da morte nunca nos abandona, passei minha mão sobre a sua, segurei seus dedos longos e magros entre os meus. O problema é que já pertenço a ele, e sei que isso já não pode mudar.

 

    —Eu estou aqui. —Não sei como resolver seus problemas, mas o toque de sua pele me trás paz e espero que o meu faça o mesmo.

 

    —Vou pedir autorização para construir  no antigo distrito Uchiha. —Então seu olhar se perde dentro do meu. —Preciso de um lugar maior agora que tenho um gato.

 

    E bom o ter de volta, ter o alcançado dentro de seus pensamentos. Entendo a importância da reconstrução do clã para si, como essa decisão é importante, voltar a morar onde se tem boas e más lembranças. Dei um sorriso de apoio a ele, quero que saiba que vou estar ao seu lado.

 

    Finalmente ele fala, despeja todos seus pensamentos com franqueza. Porque conhecer Sasuke Uchiha é ter paciência para saber que cada parte de si é muito complexa. E esperar até que ele queira dizer o que tem de errado, não adianta implorar por suas palavras, é preciso saber que ele ainda não está pronto para elas.

 

    Mas quando o faz é sincero, profundo, mostra o lado verdadeiro de sua alma. De uma tristeza inimaginável, não enxerga as próprias qualidades, é preciso o puxar de volta a realidade. Dizer a Sasuke que ele é muito melhor do que um dia pensaria, que mesmo que tenha trilhado o caminho das sombras, agora encontra se no da luz.

 

    O tempo vai passando, o sol deixa a sala quando ainda estamos falando. Sasuke transforma suas últimas palavras em silêncio antes de aproximar o rosto do meu, de tocar meus lábios com o seu. E bom o ter como parte de mim, como parte de um beijo sincero, um momento de leveza e certeza de que somos um do outro.

 

—Já está tarde —digo quando seus lábios tocam a pele do meu pescoço.

 

—Não precisa ter medo Hinata. —Ele se separa do meu corpo e tem um sorriso bobo nos lábios.

 

Deitei minha cabeça em seu peito, seu aroma é forte e marcante. Seus braços envolveram meu corpo,  ficamos naquele abraço longo e quente. Sasuke beijou meus cabelos, fechei os olhos com a certeza que estar presa a si é a melhor coisa da minha vida.

 

—Ele acordou. —Sasuke disse quando o gatinho se levantou do tapete, sem conseguir abrir os olhos direito.

 

—Ele deve estar com fome. —Minha barriga também me lembrou que estou.

 

—Porque não fica com ele quando vou comprar alguma coisa para todos nós. —Ele se separa de mim.

 

—Como vai o chamar? —Fiquei olhando o gatinho preto se espreguiçar.

 

    —De gato? Pode dar um nome para ele se quiser. —Ele se levanta e também estica os braços, passamos tempo demais no sofá.

 

    —Não pode o chamar de gato. —Os dois parecem que vão se dar bem.

 

    —Fuinha. —Sasuke diz depois de o olhar brincando com a ponta do tapete.

 

Como se fosse apenas uma bolinha de pelo saí correndo pelo apartamento. E um gatinho sapeca, vou o seguindo e ouvindo seu miado assustado por não saber onde está. Entra no quarto onde nunca entrei, o segui mesmo insegura sobre isso.

 

É organizado como o resto da casa, tem um cama de casal com uma colcha azul marinho. Fuinha se esconde debaixo da cama, não acendi a luz e o cômodo está escuro. Ouço os passos de Sasuke, mas não me virei, logo em seguida ele passa os braços por mim, fiquei imóvel diante do seu abraço, não sei o que fazer e estou com medo.

 

Sinto o toque de sua boca em meu pescoço. Meu coração dispara, não sei no que ele está pensando, mas sinto que estou em território inimigo. Com cada movimento que faz, me faz ter certeza que não vou conseguir dizer não.

 

—Fuinha está debaixo da cama. —É a única coisa que consigo dizer.

 

—Ele vai ficar bem. —Com a ponta dos dedos tirou o cabelo da minha nuca.

 

Meus olhos se fecharam com seu toque, meu corpo todo se arrepiou com os beijos fortes entre minha nuca e pescoço. Sasuke sabia muito bem o que estava fazendo, enquanto me senti indefesa em seu quarto.

 

—Sasuke... —Foi tudo que consegui dizer antes dele virar meu rosto para sentir seus lábios nos meus.

 

Quero dizer que não podemos, que devemos parar. Mas ao mesmo tempo estou o beijando de volta, virando meu corpo ao seu. Sentindo suas mãos subirem pelo tecido do meu moletom, tocando cada vez com mais pressa. Minhas mãos entraram por sua camiseta, e a cada beijo o medo vai desaparecendo.

 

—Quer que eu tire isso? —Sasuke perguntou a respeito de sua camiseta, quando estou enfiando a mão por dentro dela.

 

—Quero —sussurrei baixinho ao morder o nódulo da sua orelha.

 

—Assim está melhor? —Ele tirou a camiseta e pude sentir cada parte de seu peito nu. —Posso tirar sua blusa? —perguntou já com a mão no zíper do meu moletom.

 

Minha boca secou, ainda não acredito que estamos mesmo fazendo isso. Quando fiz sinal afirmativo com a cabeça ele desceu minha blusa, estava diante dele apenas com meu top preto, meu rosto ficou quente. Nossos olhos já estavam acostumados com a pouca luz que vinha da porta do quarto, sabia que ele podia me ver.

 

Sasuke se afastou um passo de mim, levei meus braços em forma de x ao meu peito, olhei para o chão, sabendo que ele estava olhando cada detalhe do meu corpo. Ele caminhou até a cama e sentou se, pensei em pegar minha blusa e deixar o quarto.

 

—Vem até aqui. —Com o silêncio do quarto pude ouvir que foi preciso ele juntar saliva na boca para ser capaz de falar.

 

Caminhei até ele na penumbra do quarto, Sasuke está sentado na borda da cama com a respiração nervosa. Guiou me mais perto de si tocando minha cintura, meus braços caíram por meu corpo quando sua boca tocou a pele nua da minha barriga. Minhas mãos procuram por seus cabelos, todas aquelas sensações eram novas.

 

—Não vou te forçar a nada Hinata. —Ele subia cada vez mais o beijo por minha pele.

 

Não havia nada que eu quisesse dizer, apenas o deixei me guiar. Sasuke colocou uma perna minha de cada lado do seu corpo, sentei sobre seu colo. Sua boca encontrou a minha em um toque quente, suas mãos se perderam entre meus cabelos e a curva da minha cintura.

 

Cada toque foi se tornando mais intenso, mais quente e algo gritava dentro de mim. Minha pele se arrepiou com os beijos fortes que ele desceu por meu pescoço até o decote do meu top.

 

—Eu te quero Hinata. —Sasuke gemeu ao tomar meus lábios. —Te quero tanto.

 

Seus olhos negros se abriram devorando toda minha sanidade. Tomada pelo desejo do momento deixei meu corpo cair sobre o seu em seus lençóis, tremi sobre seu toque por toda minha pele enquanto ele ficou sobre mim na cama.

 

E o tempo parou quando ele me olhou nos olhos dentro da pouca luz do quarto, quando entrelaçou nossos dedos e farejou minha pele em febre por ele. Sasuke fez daquele silêncio nossas palavras mais profundas.

 

—Eu te amo Hinata Hyuuga. —Sasuke colocou sua testa sobre a minha.

 

A primeira vez que ouvi essas palavras foram de seus lábios trêmulos e sua respiração ofegante.

 

—Eu também te amo Sasuke Uchiha —disse ao roubar o medo de seus lábios aos meus.

 

Tentando decorar para sempre seu sabor, o tom da sua voz nessas palavras e a velocidade que nossos corações são capazes de bater.

 

O miado do gatinho chamou nossa atenção assim que ele foi capaz de escalar o lençol e nós encontrar. Sasuke beijou a curva do meu pescoço antes de sair de cima de mim, de pararmos antes da consumação do nosso desejo.

 

—Tem razão Fuinha vou comprar algo para comermos e já volto. —Sasuke se levantou e vestiu a camiseta.

 

Sentei na cama abraçada ao meu corpo envergonhada. Fuinha correu até minha mão na tentativa de carinho e calor, ele acendeu a luz fazendo meu rosto ganhar ainda mais vermelhidão.

 

—É melhor que eu apresse a construção da nossa casa. —Sasuke disse ao colocar meu moletom ao meu lado. —Eu já volto.

 

E antes de ir ele beijou minha testa, voltei a deitar em sua cama brincando com seu gato. Gosto do cheiro de seus travesseiros, da textura de sua colcha em meus pés. Fuinha morde meus dedos pela fome, e tudo que quero é passar a noite aqui.

 

Sabendo que logo Sasuke vai voltar e me acolher em seus braços e que isso tudo é real.

 


Notas Finais


Talvez tenha ficado meloso demais ou minha escrita esteja estranha.
O que vocês acharam?


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