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História Amor Encarcerado - Begin.


Escrita por: SugaSugaSsi

Notas do Autor


Oii gente! Primeiro capítulo, fanfic nova, espero que gostem!
Aproveitem a leitura <3

Capítulo 1 - Begin.


Fanfic / Fanfiction Amor Encarcerado - Begin.

“Você mexeu com a pessoa errada garoto! Agora veja eles pagarem pela sua burrice!”

“Você é um bom menino Jeongguk, se cuide...”

“Lembre-se sempre de nós filho...”

“Foi ele! Eu cheguei e ele estava com a arma apontada para eles! Foi horrível!”

“Você está preso por duplo homicídio doloso!”

“O júri decidiu e o réu está condenado a 18 anos de cadeia pelo homicídio duplo dos próprios pais, será encaminhado agora para a prisão estadual.”

Todos esses pensamentos voltavam e ecoavam na cabeça do jovem Jeongguk, enquanto ele ia naquela enorme viatura cheia de criminosos de alta periculosidade, como se ele fosse um deles, mas o menino era apenas uma vítima fatal das escolhas erradas que as pessoas as vezes fazem, ou são levadas a fazer. Ele se encontrava agora sozinho e perdido, sentado ao lado de todos aqueles homens, mas sentia como se não houvesse ninguém, ele se deixava levar pelos próprios pensamentos e lembrava de quando era criança, de quando seus pais o levavam para passear nos bosques de cerejeiras, de quando ele conseguia sorrir e de repente  acordava novamente naquele dia cinza e chuvoso, com todas aquelas caras amarradas e todos aqueles dedos apontados para ele, parou para ouvir a conversa entre dois dos homens que estavam mais próximos a ele, eram assustadores, altos, cheios de músculos e tatuagens, a barba mal feita e um sarcasmo e maldade sem igual.

-Não pretendo ficar dois meses naquele inferno, meus advogados vão me tirar daqui ou eu vou esmagar todos aqueles policiais ridículos- um dos homens falava cheio de fúria e deboche.

-Ser um homem perigoso tem suas vantagens Glenn, eles tem medo de nós e se não tiverem, eu vou fazer com que tenham!- o outro gargalhou após depositar um forte soco na “parede” da viatura.

Ele sentiu o corpo estremecer com o soco, ele não tinha medo de todos aqueles homens, ele tinha medo de ser afetado por eles, apesar de não ser um cara sentimental ou pelo menos um cara que expressa sentimentos, ele se sentia ameaçado, não queria ser levado a cometer os erros que o levaram a chegar ali novamente, ele seguiu calado por mais alguns quilômetros, aquela prisão parecia ser no inferno, as horas pareciam se arrastar e ele sentia como se nunca fosse chegar, sua garganta já estava seca e seu estômago já começara a doer por causa da fome. Ele sentou-se novamente no chão com as costas apoiadas na parede e as pernas encolhidas, passou os braços em volta dos joelhos e ficou parado, sem nenhuma expressão, fitando o nada, mas enxergando muito além disso, pensava como seria sua vida naquele lugar, as terríveis coisas que ele enfrentaria, a sua vida mudaria para sempre depois que entrasse naquele lugar, ele abaixou a cabeça e a encostou nos joelhos, acabou cochilando devido o cansaço e depois das duas semanas que sucederam tudo o que aconteceu ele dormiu pouco mais de duas horas. Acordou com o barulho de uma grande movimentação, os homens conversavam sem parar, quando sua mente focou no que estava acontecendo ele ouviu alguns homens falarem claramente.

-Chegamos em casa Yuri!- um deles que estava mais próximo a porta gargalhava junto com o provável amigo.

-Bem vindo de volta Woohan- todos riam e pareciam não se importar de estarem indo para aquele lugar, como se fosse algo natural, talvez, para eles fosse mesmo.

De repente aquele enorme carro para e começam a ser ouvidas vozes do lado de fora, alguns minutos depois aquelas duas portas se abrem, permitindo a entrada dos últimos raios solares do fim de tarde, os homens começam a ser tirados do carro por vários policiais com toda a agressividade possível e com certeza desnecessária. Jeongguk que estava na parte final da carroceria, foi um dos últimos a ser retirado, um policial alto, de cabelos escuros e feição assustadora o pegou bruscamente pelos dois braços e praticamente o jogou para fora do carro, os presos foram enfileirados e ganharam uma etiqueta laranja com um número para identificação, um homem baixo de expressão séria que usava uma farda com várias condecorações e uma coloração diferente da dos demais policiais se posicionou a frente das quatro fileiras que foram formadas, ele segurava uma espécie de documento e após alguns minutos começou a falar.

-Atenção! Os nomes que eu for chamando se posicionem à direita de suas fileiras! E se alguém tentar fazer algum tipo de gracinha, eu mesmo vou aplicar a punição!- o homem parecia ser temido, todos os policiais haviam adotado uma postura impecável e os presos mesmo que não o temessem, se calaram após ouvir sua voz grave e imponente- Ahn Do Gyu, Ahn Suk Hwa, Byun Glenn, Park Yong Woo e Jeon Jeongguk- a medida que o homem ia listando os nomes, os homens iam se posicionando ao lado de suas fileiras, Jeongguk se espantou ao ouvir seu nome, seu coração acelerou e ele ficou pálido, estático, até um dos outros presos empurrá-lo para o lado.

-Ficou louco idiota? Acabou de chegar e já tá querendo morrer!- o preso que até agora lhe havia parecido o mais simpático, sussurrou com a expressão irritada, Jeongguk o encarou rapidamente, mas teve novamente sua atenção colocada no general que voltava a falar.

-Homens! Solitária!- ele gritou para os soldados e os cinco mais altos e mais fortes saíram de seus lugares e foram um para cada preso.

Um homem se aproximou de Jeongguk e segurou seus dois braços para trás rapidamente com uma das mãos, com a outra tratou de abaixar a cabeça dele com um forte empurrão e segurou seu pescoço para que o mesmo não pudesse levantá-la, ele se assustou com tudo isso e queria saber para onde estavam o levando, tentou relutar, mas recebeu um belo tapa do soldado que o levava.

-Aish! Pra onde você está me levando? Eu tenho o direito de saber!- ele lutava contra o homem tentado soltar seus braços, mas sem sucesso.

-Você não tem direito aqui seu inútil! Você é só mais um verme imprestável! Cala a boca e anda!- o soldado lhe deu mais um tapa e começou a empurrá-lo em direção a parte interna da prisão.

Eles caminharam por um tempo por entre as celas, os outros presos gritavam e batiam nas grades, como uma espécie de “boas-vindas” assustadora e estrondosa, eles chegaram a uma cela toda de concreto, a porta era de aço e havia apenas uma janela pequena na parte superior, o soldado tirou as chaves de seu bolso e abriu a porta que tinha quatro enormes cadeados em tipos diferentes de fechaduras, após isso, o pegou novamente pelos dois braços e o jogou dentro da cela úmida e escura, Jeongguk caiu de joelhos no chão e arfou baixo por conta da batida de seu corpo contra o chão, o policial fechou a porta com força e a trancou novamente, deixando a cela outra vez quase que completamente escura, lá não havia cama, apenas um vaso sanitário e um banquinho pequeno, mais inútil impossível. Jeongguk se levantou e começou a andar pela cela, deu três voltas e olhou pela pequena janela na porta, sentou-se no chão e encolheu as pernas, finalmente a ficha de que estava preso caiu e ele se perdeu nas próprias lágrimas, ele chorou como jamais havia chorado antes, nem ele mesmo tinha conhecimento de que podia chorar tanto, as lágrimas rolavam com facilidade e ele soluçava como uma criança longe da mãe e ele realmente era uma. Após rios de lágrimas derramados, um coração ainda mais quebrado, o corpo suado pela adrenalina de liberar seus sentimentos, ele deitou-se no chão, fitou o teto por alguns minutos e apagou, apagou por tantas horas que ele não lembrava, acordou com o barulho de sua cela sendo aberta, com certa dificuldade ele se sentou no chão e abriu melhor os olhos para atender quem estava chegando em sua cela, a porta se abriu e ele viu um homem alto e magro, não conseguiu ver seu rosto de início, mas quando viu, por mais estranho que pareça, seu coração se confortou por um instante, ele trazia o que parecia ser o seu almoço, ele fitou o homem enquanto ele se aproximava e em sua mente não deixou de pensar o quanto ele era bonito, seu cabelo castanho claro, o rosto bem afilado, seus lábios finos e rosados, os olhos eram marcados e ele mantinha uma expressão calma e tácita. A farda preta e aqueles coturnos rústicos, realçavam seu rosto de alguma forma, Jeongguk o fitou piamente por todo o caminho, que não era de nenhuma forma longa, quando o homem chegou ao pé dele, se ajoelhou e lhe entregou o prato nas mãos.

-Eu não quero comer- Jeongguk disse desviando o olhar e fitando o chão.

-Aí já não é problema meu, o meu trabalho é trazer, agradeça pelo menos- o homem falou sério, mas sua expressão estava mais para irônica do que para brava.

-O-obrigado – ele disse encarando o homem assustado.

-Não é bem a comida da sua mãe, mas dá pra sobreviver- o policial levantou e quando ia se afastar, viu as lágrimas rolarem novamente nos olhos do moreno assustado, ele correu num impulso para ajuda-lo, afinal, ele não era um homem ruim como os outros- não chore, por favor me desculpe – ele novamente se ajoelhou ao lado de Jeongguk e levou a mão direita até seu rosto, enxugando lhe as lágrimas.

-Por quê você se importa? Eu não sei nem onde eu estou e eu sou um criminoso! Você deveria me bater e me maltratar como todos os outros fizeram!- de repente o moreno foi tomado por um enorme ódio e ele alterou a voz e encarou bravo o policial.

-Eu deveria mesmo, mas sabe, as vezes nós não temos que fazer o que nos mandam, não quando fere o que nós acreditamos e eu acredito que você não faz mal a ninguém- ao ver que Jeongguk não chorava mais o policial novamente se levantou e se dirigiu a porta da cela.

-Espere! Quando eu vou sair daqui?- ele perguntou num súbito e se levantou indo em direção ao homem.

-Provavelmente em duas semanas, mas eu não sei com firmeza- ele respondeu pacientemente.

-Eu posso saber o seu nome?- ele perguntou novamente, dessa vez envergonhado.

- Policial Kim Taehyung- o homem respondeu rapidamente e saiu da cela, enquanto a fechava Jeongguk se dirigiu até a janela e o olhou uma última vez.

-Você vai voltar?- o moreno lhe perguntou com a expressão triste, ele havia sido a primeira pessoa que lhe tratou de certa forma boa desde o acontecimento.

O policial apenas lhe deu um pequeno sorriso e foi embora, deixando Jeongguk novamente abalado, o policial que lhe foi tão gentil, provavelmente nunca mais o veria, ele sentia que podia confiar nele, mas não se deixou levar por aquele sentimento, afinal, não se deve confiar nas pessoas, elas são todas frias e mentirosas, segundo ele.

No outro lado, os presos “normais” transitavam pelo pátio aberto, durante a hora de lazer que se sucedia a hora do almoço, vários deles preenchiam todo o espaço, mas em um dos cantos, 4 rapazes conversavam, eram eles integrantes de uma das duas gangues mais temidas que existiam naquela prisão, os Bulletproof Killers, após alguns minutos, chega até eles o quinto integrante, mais baixo e loiro, chamado por eles de Chim, com algumas poucas tatuagens e a expressão séria, mas de maneira nenhuma perigosa, traz notícias sobre os acontecimentos do dia.

-Chegou carne nova chefe! Cerca de 40, cinco deles foram para a solitária, provavelmente vão se misturar daqui duas semanas- ele falava animado para o líder, conhecido por todos como Retaliation Monster ou apenas Ret Monster.

-Ótimo, um desses deve nos ser útil para a guerra- ele falou frio e sério.

-Se não for útil para a guerra, pelo menos será para diversão- o membro conhecido por eles como J-Death, riu psicótico.

- Será bom descarregar as energias da guerra nos novatos medrosos- o membro mais velho da gangue, apelidado de beast,  acompanhou o amigo nas gargalhadas.

-Eu só quero uns batedores novos, os meus tão desgastados demais- D Killer, o segundo mais velho, deu um sorriso maligno e indiferente, era conhecido por torturar os presos que ele não gostava, ou os que gostava demais.

-Eu vou tentar coletar mais informações sobre os da solitária- Chim levantou-se e tentou sair, mas foi impedido por D Killer.

-Primeiro nós vamos dar uma voltinha- ele segurou no braço do loiro com força e juntou seu corpo ao dele.

-Eu não quero agora- ele falou tentando se defender, mas claramente não iria conseguir.

-Quem disse que eu ligo? Se eu quero agora, você tem que me obedecer- ele lhe deu um forte puxão nos cabelos e começou a lhe arrastar para “o local”.

-Só não deixa ele sem andar como da outra vez- J-Death riu irônico e Beast o acompanhou.

-Vai se foder Death- Chim falou e depois seguiu o mais velho já por vontade própria.

-Esse lance deles ainda vai dar merda- Beast falou ainda rindo.

-Você não tem nada a ver com isso Beast- Ret Monster o repreendeu.

-Desculpe Monster- ele abaixou a cabeça envergonhado.

-Tem algum trabalho pra mim chefe?- J-Death perguntou com uma animação maligna.

-Os vermes ainda não chegaram, vá espionar e não seja burro, eu não vou salvar sua pele outra vez- ele falou com a mesma expressão fria que ele nunca deixava e rapidamente J-Death deixou o local, ficando apenas Beast e ele.

-E eu líder?- Beast perguntou sério.

-Me faça uma massagem, mas faça  direito, aquela última foi horrível- ele falou indiferente e também foi atendido rapidamente.

Todos veneravam o líder, ele era um espelho de maldade e inteligência, os outros quatro sonhavam em ser como ele um dia, ele era temido por todos ali, até  mesmo por alguns policiais mais fracos, todos menos os Gentlemans, ou melhor, os “vermes”. A vida por ali era basicamente uma guerra entre essas duas gangues rivais, como uma guerra fria, onde eles se matavam indiretamente, e diretamente apenas se necessário, ou no caso dos Bulletproof Killers, se D Killer estivesse disposto. A morte os rondava constantemente e as vezes até era sua aliada, ali, eles só podiam contar com ela. 


Notas Finais


Aiii! To feliz, muito feliz, bom, tá aqui, eu vou desenvolver mais sobre as gangues e a rivalidade e sobre os crimes deles também, teve um pouquinho de Vkook por que né, são maravilhosos kk
Eu espero muito que vocês tenham gostado, se você favoritou muito obrigado ^-
Se tiverem algum pedido, ou sugestão, eu sempre adoro saber :)
Até o próximo e
Saranghaee <3


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