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História Amor entre Amigos - Dor e Lagrimas


Escrita por: Fdarlley

Notas do Autor


Olá leitores, está na hora de continuar a historia. neste capitulo o jovem Taehyung, ainda vai sofrer, ainda vai chorar, ainda vai sentir o resultado dos seus atos nada corretos. Boa leitura.

Capítulo 17 - Dor e Lagrimas


Fanfic / Fanfiction Amor entre Amigos - Dor e Lagrimas

                Meus amigos foram embora e fiquei deitado na cama pensando nos meus a atos, estava cheio de remorso e com fome, queria contar a verdade pra eles, pra todo mundo e mostrar o quão leviano eu fui, porém eu tinha medo, de que depois de contar, eles me odiassem e deixassem de ser meus amigos, pois era o que eu faria se um amigo meu mentisse, me enganasse e me manipulasse, como eu manipulei o Jimin, estava com medo de enfrentar as consequências dos meus atos, mas como eu poderia conviver com essa culpa contida em mim, como eu poderia olhar na cara deles e voltar a fingir, como eu voltaria a encarar o Jimin, sabendo que ele sofre por causa do Jungkook, porque eu sei que ele está sofrendo, ele mascarou a tristeza com ódio e isso todos nós sabíamos, ele faz muito isso, leva toda a tristeza pra raiva, nós conhecíamos ele muito bem, éramos amigos a anos, mas eu o traí, como eu vou conviver com isso, sabendo que posso ter estragado a vida dele por egoísmo meu. Não podia deixar as coisas assim do jeito que estavam, é como Jin falou temos que aprender com os nossos erros pra fazer o que é certo, ele pode ficar com ódio de mim, mas eu tenho que falar pro Jimin a verdade, sempre existe perdão para quem amamos, eu vou confiar nessas palavras e contar tudo, eu não podia ser mais egoísta, tinha que pensar nos meus amigos.

                Eu refletia no quarto já há alguns minutos e minha mãe ainda não tinha voltado, subitamente a porta do quarto se abre, eu arregalo os olhos surpreso, pois era o Jungkook, ali na porta parado, ele entra e se aproxima de mim, quando o vejo melhor, tenho o susto ao ver o seu estado, ele parecia mal, tinha emagrecido, seu rosto estava cheio de olheiras, parecia não dormir a dias, seu rosto estava inchado e seu olhos vermelhos, parecia também que chorava a dias, ele estava abatido e cabisbaixo, tinha os cabelos bagunçados e suas roupas amarrotadas, não parecia se importa o quanto mal estava, esse não era o Jungkook que eu conhecia, onde estava aquele rosto inocente e confiante que cativava a todos, ele estava acabado, tinha uma expressão triste de desespero e culpa. Ele se aproximava mais e mais de mim e eu comecei a me encher de medo e aflição, o que será que ele queria. Eu grito:

Taehyung – Jungkook! O que você quer? Veio acabar de me matar.

                Ele para e lagrimas escorrem de seu rosto avermelhado, porque eu tinha dito isso, pensava, eu queria concertar as coisas não piorar, pois as minhas palavras pareciam ter lhe ferido mais, ele agora me encarava ainda com um olhar receoso e diz:

Jungkook – Taehyung... Não... Eu não queria nada disso cara, eu vim aqui te pedir perdão...

                Eu franzi a testa e meu queixo caiu, com a surpresa, eu não espera por essa, pedir desculpas, por algo que eu causei e ele sabia disso, ele se aproxima mais e com calma toca a minha mão, eu me arrepio e ele continua.

Jungkook – Você quase morreu e foi por minha culpa, você é meu melhor amigo e se acontecesse alguma coisa com você, eu nunca iria me perdoar.

                Ele não olhava mais pra mim, olhava pra minha mão, mas eu ainda via e sentia as lagrima caírem de seu rosto até a minha mão, eu queria dizer pra ele parar, que não era culpa dele, eu que deveria está pedindo desculpas, mas da minha boca nada saia, eu queria abraçá-lo, esquecer tudo e dizer que tudo iria ficar bem, mas meus músculos estavam travados, eu estava com medo e aflito. Ele continuou:

Jungkook – Não tem um dia que eu não pense, o quão louco eu fui, eu espanquei você, eu queria te matar, eu não consigo encarar a mim mesmo no espelho, estou cheio de remorso, eu quero seu perdão.

                Ele aperta a minha mão com força e me olha, eu estremeço com a dor, mas não ligo e o encaro, o seu rosto agora estava pior do que quando entrou, ele chorava e soluçava, enquanto derramava suas lagrimas, eu o vendo assim começou a chorar também, o que eu fiz com meu amigo, pensava, eu era a pior pessoa do mundo, dissimulado, egoísta, mal, ele estava assim por minha causa, a dor que ele sentia parecia ser intensa e devia ser a mesma dor que estava começando a sentir, por causa da culpa. Ele continua.

Jungkook – Olha Taehyung eu nunca mais vou te fazer mal, não quero que você sofra, eu amo o Jimin com todas as minhas forças, mas eu vou abrir mão dele por você, você pode ficar com ele, eu só quero que vocês sejam felizes... Eu só quero que saiba que eu me arrependo muito, o mais importante nas nossas vidas é a amizade e eu não vou passar por cima da nossa.

                Eu não acreditava no que ele tinha dito, ele estava realmente disposto a abrir mão do Jimin, as lagrimas do meu rosto ainda caiam, ele era realmente meu amigo, nunca me trairia como eu tinha o traído, que espécie de ser eu sou, eu não merecia amizade dele, ele nunca passaria por cima da amizade, mas eu tinha passado, uma dor forte surgiu no meu coração, era como se uma faca o tivesse perfurado, Jungkook era incrível, ele era melhor do que eu, era bom e não esse ser desprezível que eu sou por lhe fazer sofrer assim. Eu não merecia sua amizade, essas palavras ecoavam na minha cabeça fazendo ela doer, era a triste realidade, eu era uma pessoa horrível.

                De repente minha mãe adentra o quarto, junto com o meu pai, que ao ver o Jungkook se enche de raiva, agarra o seu pescoço e o pressiona contra a parede, a minha mãe e eu gritávamos para ele parar, Jungkook nem reagia só fecha os olhos com medo, meu pai acaba o soltando e ele sai dali desesperado, ainda chorando e esbarrando nas coisas do quarto, meu pai o xingava e gritava pra ele não voltar, eu nunca tinha o visto assim com tanto ódio, meu pais nunca foi violento assim, minha mãe o abraçava e tentava acalmá-lo, vendo tudo aquilo eu estava nervoso e enxugava minhas lagrimas. Quando ele finalmente olhou pra mim, desfez sua cara de ódio, para uma de alivio, ele corre e me abraça, me aperta forte como se eu fosse fugir, ele chorava e aos soluços falava:

Pai do Tae – Meu filho, eu fiquei tão preocupado...

Taehyung – Calma pai, tudo vai ficar bem.

Pai do Tae – Ele fez alguma coisa com você? Você ta chorando.

Taehyung – Não ele não fez nada...

Pai do Tae – Por causa desse infeliz, eu quase perdi o meu menino!

                Ele falava com orgulho, ele tinha orgulho de mim e eu tinha orgulho de tê-lo como pai, não consegui segurar e voltei a chorar, de felicidade agora, pelo amor que eu tinha da minha família, minha mãe também chorava emocionada por nos ver ali.

                Nós ficamos ali abraçados por muito tempo, ele não queria me soltar, mas acabou me soltando e sentou do meu lado na cama, nós falamos de tudo que havia acontecido e de planos pro futuro, mas uma vez eu tive que ouvir o sermões sobre a noitada, sobre o Jimin e sobre o Jungkook e ele acabou falando:

Pai do Tae – Olhe você não vai mais ver esse garoto!

Taehyung – Jungkook?

Pai do Tae – Sim! Esse marginalzinho, eu conheço esse menino desde quando era moleque, como ele pode fazer isso com você, vocês eram amigos.

                Ele aumentou o tom de voz.

Taehyung – Pai a culpa não é dele

Pai do Tae – Mas é claro que é! Se não fosse por causa dele, você não tinha corrido para o meio da rua!

                Gritou rigidamente.

Taehyung – Mas não é culpa dele, ele é meu amigo, só tivemos uma briga.

Pai do Tae – Amigo? Um amigo que espanca outro sem motivo, não é amigo de verdade.

Taehyung – Pai tem muita coisa que você não sabe...

Pai do Tae – Então pode começar a contar!

Mãe do Tae – Filho somos seus pais, você pode se abrir com a gente.

                Eu estava com muita vergonha de encará-los, tinha medo de desapontá-los, mas era à hora de abrir o jogo e contei tudo a eles, tudo o que eu tinha feito, todas as mentiras, todas as conspirações e todo o meu promiscuo plano, coloquei tudo em pratos limpos e ao voltar a encará-los, pude ver em seus rostos o desapontamento e isso me fazia sentir além de um péssimo amigo, um péssimo filho. Eles ficarão calados e não contive minha tristeza, que se contrastava nas minhas lagrimas, mas nesse momento meu pai me abraçou dizendo:

Pai do Tae – Filho tudo bem, o que você fez foi errado, mas a vida não é feita só de acertos, mas de erros também, você seguiu seu coração e por amor nós somos capazes de tudo... Mas filho não a nada mais precioso do que uma amizade.

                Ele me abraçava e isso amenizava minha dor, porque eu sentia que eu não estava sozinho e podia contar com eles, eu falei e minha voz falhou, eu ainda chorava.

Taehyung – Eu sei pai, eu devo ser a pior pessoa do mundo.

Mãe do Tae – Não filho, você é jovem é normal errar, você tem a vida toda pela frente ainda e muitos erros ainda virão.

Taehyung – Eu sou monstro, essa dor aqui dentro de mim, não passa, é a culpa, é o remorso, é a tristeza e é o arrependimento, eu que traí meus amigos, eu que devia pedir perdão ao Jungkook, mas para o que eu fiz não a perdão.

Pai do Tae – É claro que há Taehyung, sempre a perdão, pra quem está arrependido.

Taehyung – E o Jungkook veio aqui me dizer que abre mão do Jimin por mim e eu podia ficar com ele, como eu posso viver com isso.

Pai do Tae – Meu filho você sabe o que fazer, o que é certo...

                Eu olho nos olhos deles e enxugo minhas lagrimas, ele estava certo, eu sabia o que fazer.

Taehyung – Sim pai eu sei o que fazer, eu vou contar a verdade pro Jimin e aguentar as consequências, vou pedir perdão a todos os meus amigos.

Pai do Tae – Esse é meu garoto!

                Ele abre um sorriso.

Taehyung – Eu amo Jimin, eu não quero abrir mão dele, mas é o certo, ele e o Jungkook se amam, mas mesmo assim dói muito pai, parece que parte do meu coração vai morrer, ele se contrai aqui dentro do meu peito.

Pai do Tae – Filho não é fácil desistir de um amor assim, mas você tem que pensar no que é melhor pra você e para os seus amigos. Só você pode decidir isso...

Taehyung – Se eu não contar eu nunca vou me perdoar, porque eu sei que eles vão sofrer se não ficarem juntos e... Eu também sou sofrer se eles ficarem juntos, mas é melhor assim, eu quero que eles sejam felizes, mas mesmo assim dói.

Mãe do Tae – Pense que o Jungkook já fez isso, ele escolheu a amizade e foi duro pra ele...

Taehyung – Tem razão mãe, eu tenho que ser forte como ele.

                Meu pai que ainda me abraçava desfaz o abraço, se levanta e minha mãe toca em meu ombro dizendo.

Mãe do Tae – Filho sabe o que você vai fazer... Você vai naquele espelho do banheiro, vai se encarar no espelho e vai repetir pra si mesmo, “ele nunca foi seu”, o Jimin nunca foi seu.

Taehyung – O que?

Mãe do Tae – Taehyung eu já fui jovem e já me apaixonei, por um amor impossível, antes de conhecer o seu pai.

                Ela olha para ele envergonhada e continua.

Mãe do Tae – E esse foi o conselho da minha mãe, sua avó e me ajudou a superar, espero que também te ajude.

                Eu a abraço fortemente e suspiro aliviado, o choro estava indo embora, era bom poder contar com a família num momento como esse, eles me davam força pra fazer o que é o certo, ela desfaz o abraço e me ajeito na cama, já era tarde e o meu pai tinha que ir embora, ele me dá mais um abraço e um beijo e vai pra casa, volto a ficar a sós com a minha mãe.

                Horas depois, o quarto estava escuro, somente sendo iluminado pelo monitor, que media meus batimentos e pela tela da televisão, na qual passava um programa chato que a minha mãe gostava de assistir, ela dormia profundamente na poltrona com um coberto sobre si; eu não conseguia dormir, só pensava como iria contar tudo ao Jimin, enquanto olhava para o teto, não tinha forma fácil de contar, eu poderia só dizer e pronto, eu conheço o Jimin ele vai me odiar pra sempre, por ter o manipulado, mas eu tinha que falar assim mesmo e ser justo com ele e comigo mesmo.

                Como minha mãe estava dormindo, eu resolvo ir ao banheiro, queria ir sozinho, eu tiro os eletrodos do meu peito, fazendo o monitor apitar, como um apito continuamente, eu olho pra minha mãe ele nem se mexia, o som da TV abafava o som do monitor, com muita dificuldade eu viro o meu corpo para beirada cama, arrasto minha perna engessada e me sento ali, levo minha mão direita até a minha boca e puxo a mangueira do soro. Lentamente eu coloco os meus pés no chão e me levanto desengonçadamente, me apoiando na minha perna direita, a perna esquerda estava muito pesada devido ao gesso, eu me equilibro e começo a andar até o banheiro, um passo de cada vez, arrastando a perna engessada, por muitas vezes eu quase caí, mas conseguia me segurar nas paredes e assim cheguei até o banheiro, chegar até a pia seria outro desafio, pois não tinha onde me segurar, mesmo assim fui, perdendo o equilíbrio varias vezes, mas consegui chegar.

                Quando cheguei já era hora de me encarar no espelho, mas eu não conseguia me olhar, meu olhar não conseguia sair da pia, eu não conseguia enfrentar a culpa, não conseguia encarar a pessoa fraca que eu tinha me tornado, eu tinha medo e devo ter ficado ali naquela duvida por alguns minutos, até que tomei coragem e levantei meus olhos e pude finalmente me encarar, uma vertigem percorreu o meu corpo, eu queria desviar o olhar, mas não podia, eu tremia e a tristeza me sufocava, eu tentava falar, mas nada sai da minha boca, tentei de novo e falei encarando meus olhos vermelhos cheios de ressentimento.

                  – Ele nunca foi meu...

                Falei da primeira vez e as lagrimas começaram a cair, comecei a repetir, a repetir e a repetir, mas não adiantava a dor só aumentava, era torturante a sensação e eu queria parar, mas não conseguia, eu fecho meu punho e dou um soco no espelho, mas quem mais sofrer é o meu punho com a dor do impacto, o espelho nem chega a trincar, ou ele era muito resistente, ou eu estava muito fraco, a minha mão latejava e sangrava por uma parte do tubo do soro que ainda estava conectado nela, com isso eu perco o equilíbrio e caio no chão fazendo uma dor aguda e forte percorre o meu corpo e passar pelos meus pontos, mas eu não grito e fico ali mesmo jogado no chão, por algum tempo até que minha mãe aparece confusa e me ajuda a levantar.


Notas Finais


Então ele será perdoado, pelo Jimin? quando o sofrimento desse homem vai acabar, posso dizer que está próximo. mas ele colheu o que plantou.

Até a próxima.


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