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História Amor entre Amigos - Conversa Chata.


Escrita por: Fdarlley

Notas do Autor


Olá leitores, estou de volta, com a continuação, a viagem só está começando e vamos de cara saber de muitas coisas, principalmente da vibe que é a família do Hobi e do que espera o Tae, não vai ser nada legal, pra ele, o que será obrigado a fazer.
Bem, boa leitura.

Capítulo 41 - Conversa Chata.


Fanfic / Fanfiction Amor entre Amigos - Conversa Chata.

 De olhos fechados eu relaxava ouvindo musica, ali na minha poltrona parecia que eu flutuava sentado naquele assento macio, era bom demais e o melhor é que o Hoseok segurava a minha mão e repousava a sua cabeça no meu ombro, volto a abrir os olhos e olho para a janela, coloco uma musiquinha lenta e admiro aquele infinito de nuvens e aquele céu azul. Subitamente o Hoseok puxa o meu fone e se ajeita na poltrona dele, eu fecho o music player e o encaro, dizendo:

Taehyung – O que foi mozão?

Hoseok – Tae precisamos conversar...

Taehyung – Hoseok uma idéia louca acabou de surgir na minha cabeça...

                                Ele franziu a testa confuso.

Hoseok – O que?

Taehyung – Sabe quando a gente transa, você me deixa no céu, mas agora estamos no céu de verdade, que tal fazermos uma transa aérea no banheiro, eu sempre quis fazer isso, só de pensar eu já fico todo arrepiado.

                                Mordo o meu lábio inferior e ele cai na gargalhada, atraindo atenção das pessoas ali, ele com uma mão tapa os olhos envergonhado com a minha proposta.

Hoseok – Tae pelo amor de Deus, não, não pode...

Taehyung – Quem foi que disse?

Hoseok – Ninguém precisa dizer, isso é imoral, não é ético e é muita falta de noção de quem faz isso, noção e respeito.

Taehyung – Qualé mozão, bora, eu quero aventura, bem selvagem, ninguém vai perceber.

Hoseok – Não conte comigo, se quiser pode ir bater uma sozinho.

Taehyung – Seu chato.

                                Ameaço colocar os fones e ele me repreende.

Hoseok – Ei, precisamos conversar.

Taehyung – Ai, o que é?

Hoseok – Antes dessa sua proposta indecente eu ia te falar uma coisa.

Taehyung – Desembucha.

Hoseok – Lembra que eu te falei, que da minha família só quem sabe que eu sou gay é a minha prima e os meus pais, mais ninguém, então nesse casamento vamos encontrar toda a minha família e...

Taehyung – Pode parar por aí, você não vai me pedir o que eu to pensando...

Hoseok – Tae...

                                Ele baixou o rosto triste.

Taehyung – Não, sem chance, eu não vou fingir pros outros que eu sou hetero e que nós não temos nada.

Hoseok – Por favor Tae, por mim, eu prometi ao meu pai que não mancharia o nome dele.

Taehyung – Qualé mozão, eu não consigo estar perto de você e não poder ter abraçar, te beijar ou dizer que te amo,é a morte em vida.

                                Passei a mão no seu braço e a subi para o seu queixo.

Hoseok – Tambem não exagera, eu só estou te pedindo pra se comportar como antes, quando éramos só amigos.

Taehyung – Mas nada é como antes, eu mudei, não dá Hoseok, eu não posso esconder o que sinto.

                                Cruzo os braços, amarro a cara e ele acaba beijando a minha bochecha.

Hoseok – Por favor, Tae, esse assunto é muito sério pro meu pai e se eu estragasse os planos dele, ele nunca me perdoaria.

Taehyung – Que planos? Porque os seus pais querem tanto esconder a sua sexualidade da família...

Hoseok – Bem, primeiro tem a minha avó, eu já te falei dela, ela é a matriarca da família, muito idosa e muito preconceituosa, ela não aceita o homossexualismo, diz que é sem-vergonhice.

Taehyung – Que chata.

Hoseok – Mas é porque ela é de outra época e também tem os meus tios, irmãos do meu pai, que cercam a minha avó como abutres, só esperando ela morrer para usufruir da herança e o pai tem medo que eles façam a cabeça da minha avó para ela deserdar o meu pai, só porque um neto dela “desencaminhou”, a culpa cairia toda em cima dele e ele tem planos pra essa herança.

Taehyung – Nossa, eu não sabia que o seu pai era assim tão mesquinho e interesseiro, caramba. Então todos só esperam a sua avó morrer, então você só vai se assumir quando ela morrer?

Hoseok – Eu não sei cara, eu só não posso ir contra o meu pai. A minha avó detém todo o patrimônio da família e todos bajulam ela querendo se beneficiar.

Taehyung – Poxa, já vi que só tem discórdia na sua família, discórdia e falsidade, um perfeito ninho de cobras gananciosas, ai, ai aonde eu fui me meter.

                                Não consegui olhar pra ele quando disse isso, fixei olhar no assento a minha frente e assim fiquei.

Hoseok – É realmente, você não vai encontrar nada além de sorrisos falsos, intrigas, mentiras, muita antipatia e soberba, os meus tios brigam muito entre sim e é claro pelas costas da minha avó. Apesar de todos se reunirem para ficarem juntos como uma grande família que se ama, não é assim, a única coisa que os uni é o dinheiro.

                                Volto a olhar pra ele e ele falava com olhar distante e ainda triste.

Taehyung – Você devia ter me falado isso antes, eu nunca teria aceitado vir sabendo disso, eu não suporto gente assim, interesseira, que conta com a morte dos outros para se beneficiar.

Hoseok – Foi mal... Eu também não gosto, mas era o casamento da You Su e ela é diferente.

                                Eu aperto a sua mão e sorrio.

Taehyung – Não tem problema mozão, vamos passar por isso juntos.

                                Ele também abre um sorriso e aperta a minha mão, com a sua outra, olhando pra mim.

Hoseok – Te amo.

Taehyung – Tudo bem, eu vou me sacrificar e vou fingir pra todo mundo que não somos nada além de amigos.

Hoseok – Obrigado Tae.

                                Ele me dá um breve beijo.

Taehyung – Mas vai ser um inferno, não poder te beijar a cada minuto.

                                Seguro o seu rosto e o beijo.

Hoseok – Ah, mas a gente pode se beijar quando ninguém estiver olhando.

Taehyung – Menos mau, mas a You Su sabe disso, que vamos fingir?

Hoseok – Sabe sim.

                                Assenti com a cabeça.

Hoseok – Ai que bom que contei, tirei um peso da minha consciência.

Taehyung – Devia ter contado antes.

Hoseok – É que eu tinha medo...

Taehyung - Oush, por quê?

Hoseok – De você terminar comigo, por causa que a minha família é assim.

Taehyung – Disse bem, a sua família, não você.

                                O beijei.

Hoseok – A cada dia te amo mais sabia...

Taehyung – Sim... Aproveitando que você tocou nesse assunto, a família da minha mãe não sabe que eu sou gay, pra eles eu sou um hetero pegador, não um gay pegador.

                                Rimos.

Hoseok – Sério? Então estamos no mesmo barco...

Taehyung – Não exatamente, no meu caso não tem nenhuma herança envolvida.

                                Rimos mais uma vez.

Hoseok – E porque escondem?

Taehyung – A família do meu pai sabe, que eu sou gay e não dão importância, muito pelo contrario me adoram do jeito que eu sou, mas a família da minha mãe é diferente, é muito homofóbica e a minha mãe tem medo de cortar relações com eles só porque o seu filho é gay, ela tem medo de represália, que o irmão dela, o meu tio, é muito homofóbico mesmo e até já foi preso por agressão. Eu nunca dei importância pra eles e nós quase não visitamos eles.

Hoseok – O medo de perder quem amamos nos faz ter cautela.

Taehyung – Mas eu já falei pra minha mãe, que se for o caso, ela não vai ficar sozinha. Eu disse a ela que não podia guardar esse segredo por muito tempo e ela decidiu contar pra família, mas só que ainda está procurando as palavras.

Hoseok – Nossas historias são muito parecidas Tae, não sei por que demoramos tanto para ter esse conversa.

Taehyung – É, mas vamos deixar esses assuntos ruins de lado, que já que eu vou ter que ficar sem os seus beijos por dois dias eu quero aproveitar agora.

                                Não deixei ele falar nada, abocanhei sua boca e começamos aqueles intenso beijo, que me fazia perder o ar e não me importa com isso. Depois de algumas horas de vôo chegamos ao nosso destino, o que era uma pena, pois eu queria que o vôo durasse mais, quando desembarcamos, fomos pegar as nossas malas e nos dirigimos para frente do aeroporto, o aeroporto daqui era diferente, a estrutura era maior e tinha muito mais gente, que percorria o lugar, o Hoseok disse que esse era um ponto de escalas, mas eu não entendi o que ele quis dizer. Quando chegamos na frente do aeroporto pegamos um taxi e o Hoseok disse ao motorista para que nos levasse até uma locadura de carros, eu perguntei o porque e ele disse que se sentia melhor estando no controle e não queria depender de ninguém para se locomover, nossa ele gostava de ficar no controle, pensei, mas eu já sabia muito bem disso, ele falou também que a casa da avó dele ficava no interior e não era bom ir de taxi, já que era muito longe.

                                O motorista obdeceu e nos levou até uma locadora, não demorou muito e chegamos, era perto do aeroporto, mas o Hoseok demorou a escolher um carro, não entendi o porquê, ele não estava comprando e sim alugando, se fosse eu escolheria qualquer um, ele até pediu a minha opinião e apontei para o primeiro que vi, um sedân vermelho compacto, mas ele riu e disse que nunca andaria nisso e eu bufei. Ele acabou escolhendo um camaro preto, não sei pra que, só para esbanjar dinheiro, já que devia ter custado os olhos da cara, mas fazer o que né, se ele tem pra gastar, ele pagou com o cartão, pegou a chaves, colocamos as nossas bagagens na mala e fomos embora, agora naquele carro luxuoso.

                                Enquanto ele dirigia, eu via a sua cara de satisfação, por está dirigindo aquele maquina, ele devia estar se sentindo um garanhão com a sua “garota” do lado, mas tenho que admitir, o carro era incrível, tanto por dentro, como por fora, ele transbordava luxo.

                                Antes de irmos para a casa da “vóvó”, ele parou num shopping, para comprar o presente de casamento da You Su, eu estanhei, como é que ele ainda não tinha comprado esse  presente, mas ele disse que tinha esquecido; o shopping também era muito diferente do que eu frequentava lá na cidade, esse era maior, mais amplo e não tinha toda aquela multidão de gente indo e voltando, nem toda aquela poluição visual e sonora, esse era mais arejado e mais tranquilo, não sei se era só hoje assim, mas geralmente apartir de sexta feira os shoppings lotam, só que o que eu frequentava sempre era lotado, é claro que tinha outros shoppings na minha cidade, que eram diferentes, mas eu ia mais ao do centro, pelo fato de ter tudo.

                                Deixamos o carro no estacionamento e subimos até o terceiro andar, onde havia uma loja chamada “a casa”, com esse nome devia ter tudo para a casa ali, penso. Desde que saímos do aeroporto eu percebi o Hoseok estranho, ele estava diferente, ele não me abraçou, não me beijou e nem pegou na minha mão, mas eu me lembrei que ele já devia ter começado a fingir, porque eu tentei pegar a mão dele e ele me deixou no vácuo, segurando as mãos para trás e se afastando, ai era horrível, machucava muito fingir, eu queria jogar tudo pro auto e gritar que o amava, mas não podia fazer isso.

                                Entramos na loja e percorremos pelos corredores dela, a procura de alguma coisa, eu estava triste, de cabeça baixa olhava não para o chão, mas para as pratileiras mais baixas, quando ele fala:

Hoseok – Tae e aí eu to perdido, o que você me recomenda?

Taehyung – Pra que você quer saber, se você não dá à mínima pra minha opinião.

                                Falei grosso, sem levantar a cabeça e ele ficou em silêncio por um tempo.

Hoseok – O que foi meu amor? Você ta assim por causa do carro? É que eu queria o camaro...

Taehyung – Não é por causa do carro.

                                Olhei pra ele sério.

Hoseok – O que foi então?

Taehyung – Nada!

                                Falei rispidamente.

Hoseok – Você está muito estranho Tae.

Taehyung – Eu só estou fingindo, não é isso que você queria?

Hoseok – Mas a gente nem parece que é amigo pó.

Taehyung – Hoseok, é muito difícil pra mim.

                                Lagrimas escorrem pelo meu resto, ele olha ao nosso redor, pra ver se não tinha ninguém por perto e me abraça.

Hoseok – Eu sei amor, eu sinto muito, mas preciso de você.

                                Sentindo o seu abraço, me acalmei um pouco e o apertei, fechando os olhos e dizendo:

Taehyung – Eu vou tentar ser mais forte.

Hoseok – Agora não chora...

                                Ele segura a minha nuca e faz as nossas testas se encontrarem, me encarando.

Taehyung – Eu te amo.

Hoseok – Eu também te amo.

                                Ele me dá um breve beijo e nos separamos, do nada um sorriso de alivio surgiu no meu rosto e fez toda a angustia ir embora, pois eu sabia que mesmo não podendo beija-lo ou toca-lo, ele estava comigo e ele era meu.

Taehyung – Ok, ok,ok, já melhorei.

                                Ele riu.

Hoseok – Que bom, que eu não gosto de ver você triste.

Taehyung – Bem, você não tem uma lista do que ela quer ganhar?

Hoseok – Quem?

Taehyung – A You Su, besta.

                                Ele riu e balançou a cabeça.

Hoseok – Não...

Taehyung – E se der um presente repetido?

Hoseok – Ah ela nunca vai ter presentes demais.

Taehyung – Que tal um jogo de faqueiro?

Hoseok – Boa idéia.

                                Fomos no setor de utensílios e tinha vários tipos de faqueiros, de várias cores, com mais de sem peças, escolhemos um que era branco, bem legal e bem moderno, era um conjunto completo, que também era muito caro, mas o Hoseok disse que não tinha problema, eu ria com a despreocupação dele para valores, mais uma vez ele pagou o faqueiro com o cartão e embrulharam, depois voltamos para o carro, eu queria comer alguma coisa antes, mas o Hoseok disse que não dava tempo e já estava escurecendo.

                                Enquanto percorríamos a cidade no carro, eu observava como ela era diferente, as pessoas eram diferentes, pra onde se olhava se via prédio arquetetonicos, bem diferentes, percebia-se que a cidade era bem desenvolvida. Quando saímos da cidade começamos a percorrer vastas campinas verdes, que iam até onde a vista alcançava, com algumas arvores expalhadas, o clima ficou mais frio, pois a noite se apoderou de tudo, o ar que entrava com velocidade pela janela do carro me fazia tremer, a estrada só era iluminada pelos faróis do carro, eu olho pro Hoseok e vejo a felecidade em seu rosto, devia ser muito nostálgico pra ele estar ali de novo, eu aperto o seu ombro e ele pisca pra mim, ainda tinhamos muito caminho pela frente e o meu estomago roncava.


Notas Finais


Ai ai, esse Tae continua safadinho, poxa Tae no banheiro do avião kkkk.
Mas o bichinho, vai ter que fingir, ter que reprimir o seu amor na frente dos outros, que chato, como é que o Hoseok tem coragem de pedir isso a ele, não ta vendo que só vai causar sofrimento ao Taehyung, será que ele vai consegui esconder o que sente, não sei, do jeito que o Tae é impulsivo.
Muitas surpresas aguardam, até a próxima.


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