História Amor entre Amigos - O Jantar parte 1

Subimos as escadas e percorrermos grandes corredores longos, de paredes brancas e luzes incandecentes a cada cinco metros, o chão era revestido por um tapete vermelho e a cada dez metros se encontrava uma mesinha com um vaso de rosas vermelhas, rosas de verdade que emenavam um delicioso perfume, eu perguntei a empregada, que nos guiava, de onde tiravam tantas rosas e o Hoseok respondeu que ali existia uma estufa onde elas eram cultivadas; surpreso fico com muita vontade de conhecer, uma outra coisa que eu adorava era apreciar e sentir a fragrância de rosas, flores de verdade, a galera falava que era muito gay isso, mas eu não ligava.

                                Nos corredores haviam muitas portas, que eram dos quartos, era possível se perder se não houvessem nas portas números, eram portas brancas cheias de detalhes artesanais. Infelizmente eu e o Hoseok não ficaríamos juntos, no mesmo quarto, ficaríamos separados e eu estava morrendo de vontade de abraçá-lo e beijá-lo, até agora eu estive me segurando para não pular nele, bem, mas eu descobrir um macete, era só não pensar em nós como namorados, mas sim como amigos, porém de vez em quando a vontade vencia o pensamento e eu acabava me lebrando do gosto da boca dele.

                                Ele andava na minha frente e eu queria muito encarar os seus olhos, tocá-lo, mas tinha que ser forte, só havia silêncio entre nós, devido à empregada e nesses quartos não chegávamos. Quando finalmente chegamos, ele ficou no quarto quinze e eu fiquei mais adiante, muito mais, no quarto vinte e três, antes de ele entrar no quarto dele, ele me olha e pisca, isso acaba aliviando um pouco toda a tensão que eu sentia. A “Gerundina” me acompanhou até o meu quarto e depois se retirou, me deixando sozinho então entro no quarto.

                                O quarto era bem grande e espaçoso, existiam duas grandes janelas ali de vidro, que no momento estavam fechadas e uma grande cama de casal, com uma colcha bem grossa e listrada que se contrastava com o papel de parede das paredes, que era também listrado, existiam também alguns armários antigos e escrivaninhas, perto da janela havia uma poltrona, eu logo vou até ela e me sento, relaxando o meu corpo que estava cansado e me espreguiçando, eu fecho os olhos e suspiro, era ela muito confortável; volto a abrir os olhos e percebo que a minha mala estava em cima da cama, levanto, tiro o meu casaco e deixo na poltrona, então me dirijo para o banheiro, que também era muito espaçoso, ele era todo branco e parecia que nunca tinha sido usado, ali havia uma banheira e ao vê-la muitas idéias passaram pela a minha cabeça, será que daria tempo de tomar banho nela, não, demoraria muito, rapidamente começo a me despir e entro nela, penso em liga uma das toneiras pratedas, que enchiam os olhos e enche-la, estava tentado a ficar horas e horas ali, mas ficaria para depois; eu sempre quis ter uma banheira, mas o meu pai sempre disse que era desnecessário, só que quando eu via uma ficava excitado a tomar uma banho imerso numa água bem gelada, a família do Hoseok era mesmo bem rica, penso e rio; acordo desses pensamentos e ligo o chuveiro, que tinha sobre a banheira, ao sentir a água quente tocar na minha pele, toda uma tensão vai passando, mas ela rapidamente volta, pois ainda tinha que encarar toda essa gente esnobe, mas desta vez eu não ia baixar a cabeça pra eles, pelos menos a vovó uranai gostou de mim e isso era o mais importante pro Hoseok acho.

                                Quando termino o banho pego um roupão que tinha ali e visto, agora sim me sentia num hotel de granfino, rio, enquanto sacudia o meu cabelo molhado, saio do banheiro e nessa hora batem na porta, era o Hoseok, ele entra e fecha a porta, quando ele se vira pra mim eu não perco tempo e me atiro nele, abocanhando a sua boca e o precionando contra a porta, ah como eu queria aquele beijo, eu queria devorá-lo e parecia que ele também a mim, ele segura a minha nuca e aprofunda ainda mais o beijo, enquanto as nossas línguas se tocavam num movimento selvagem, ficamos um bom tempo assim, até ficarmos sem ar, ele queria parar o beijo, mas eu não deixei, não ligando para o ar, entretando ele me afasta bruscamente rindo e ofegante:

Hoseok – Calma menino...

Taehyung – Calma nada, eu quero você.

Hoseok – Eu também Tae, mas você prometeu fingir...

Taehyung – Eu não prometi nada, só disse que faria.

                                Falei sério.

Hoseok – Mas não foi tão ruim, não é?

Taehyung – Claro que foi! Eu não podia te beijar, te tocar...

                                O abraço e continuo.

Taehyung – Te morder...

                                Dou uma leve mordia em seu pescoço e ele se arrepia.

Hoseok – Não faz isso amor, também é uma tortura pra mim.

Taehyung – Não parece!

                                Falo e me afasto dele.

Taehyung – Quem era aquela Tania?

Hoseok – Ai Tae é minha prima ué!

Taehyung – Ah eu sabia.

                                Sorri quadrado e ele apertou a minha bochecha rindo.

Hoseok – Vai se vestir pra gente descer. O que você vai vestir?              

Taehyung – A mesma roupa que eu estava.

Hoseok – Não, não pode... Tem que ser uma roupa social pra ocasião.

Taehyung – Agora pronto, tem que se vestir bem para jantar?

Hoseok – Não é só um jantar, é um jantar social em família.

Taehyung – Grande coisa.

                                Agora que eu tinha reparado que ele estava bem arrumando, com uma calça social verde escuro, uma camisa branca e um blazer preto, que combinava com o sapato social preto, de cabelos bem penteados exalava uma doce perfume forte.

Taehyung – Você fica ainda mais gato assim, assim eu não me controlo.

                                Lhe lancei um sorriso saliente e ele balançou a cabeça rindo.

Hoseok – Ai Tae para, vai se vestir.

Taehyung – Mas o que é que eu visto? Me ajuda mozão.

                                Ele abre a minha mala e tira uma calça social preta e uma camisa social azul de mangas compridas e me mostra.

Hoseok – Isso aqui fica legal.

Taehyung – Nossa como ele tem bom gosto.

                                 Debochei.

Hoseok – Vai cagar!      

Rimos.

Hoseok – Anda se veste.

                                Ele fala isso, abro o meu roupão e mostro meu corpo nu pra ele, fazendo uma pose sensual e o olhando pevertidamente.

Taehyung – E aí gosta do que vê?

                                Falei com a voz grossa, ele não responde, mas fica olhando pra todo o meu corpo com um olhar de desejo.

Hoseok – Eh... É... Eh...

                                Ele se levanta com a roupa na mão e vem até mim, dizendo.

Hoseok – Temos que nos comportar lembra.

                                Bufei e ele me deu a roupa.

Taehyung – Viado!

Hoseok – Mas se fose em outro lugar, tu ia ver o que era bom, seu safado.

                                Ele volta a se sentar na cama e eu reviro os olhos.

Taehyung – Falta a cueca.

                                Ele pega uma de dentro da mala e cheira. Eu não aguento e gargalho dizendo.

Taehyung – Essa cueca é limpa só vai ter cheiro de amaciante...

                                Ele desvia o olhar sem graça e eu rio mais ainda e ele acaba jogando a cueca na minha cara.

Hoseok – Se veste logo!

                                Comecei a me vestir, na frente dele mesmo, era impossível não notar o seu olhar de desejo percorrer pelo meu corpo, mas eu comecei a falar no intuito de querbrar esse clima.

Taehyung – Mozão, a sua avó é legal, gostei dela.

Hoseok – Que bom, parece que ela gostou de você também.

Taehyung – Ela parece ter a mente aberta, você tem certeza que ela não te aceitaria se você falasse que é gay pra ela?

Hoseok – Você fala isso porque não viu como ela fala dos gays.

Taehyung – Ta, mas só ela gostou de mim, porque os outros...

Hoseok – Que é isso que exagero.

Taehyung – Exagero? Você não percebeu os olhares de desprezo que eu recebi, principalmente das suas primas, só a Tania que foi simpática.

Hoseok – Elas são assim mesmo.

Taehyung – Sei, é como você falou; aqui é um ninho de serpentes.

                                Quando terminei me voltei pra ele e tive uma surpresa, ele segurava o seu penis, por cima da calça, o volume que se formava ali era incrivelmente destacado, eu ri e balancei a cabeça.

Taehyung – Ora, ora, você não disse que era pra gente se comportar.

Hoseok - Ai é que eu não aguentei, você é muito gostoso Tae...

Taehyung – Ah... Então deixa que eu te ajudo com esse seu probleminha aí.

                                Me aproximo dele e ele se levanta se esquivando de mim.

Hoseok – Não, não precisa, eu só preciso esvaziar a mente e não pensar em nada, fica aí.

Taehyung – Porra Hoseok!

                                Bufei, ele vai para o banheiro e fecha a porta, me deixando ali frustrado. Me sento na cama, pego o meu celular e vejo que tinham duas mensagens, mas antes de tudo eu mando uma mensagem para a minha mãe, dizendo que estava tudo bem, que eu e o Hoseok estávamos bem e já na casa da família dele, e que eu só não tinha falado antes porque não tinha dado tempo; depois fui ver as mensagens que eu tinha recebido, a primeira mensagem foi do Jimin, que dizia:

                                 – Oi, Tae, espero que tenha chegado bem, sobre aquilo que eu ia te falar... Esquece, não era nada importante, na verdade era um favor e eu já resolvi, bem, um beijo.

                                Eu achei muito estranha essa mensagem dele, mas seja lá o que fosse que ele queria me contar, ainda não estava pronto e não iria presioná-lo, respondi:

                                 – Ah cara, eu cheguei bem, sim, tudo bem eu entendo, então que bom que resolveu o seu lance, olha tu não sabe a figura que é a avó do Hoseok, e a família, toda antipática, mas depois eu te conto tudo. Tchau.

                                Enviei e fui ver a outra mensagem, era do Yoongi e dizia:

                                 – Ainda está vivo?

                                Eu gargalhei, pra mim mesmo, esse boy era cheio de onda, respondo colocando varias carinhas rindo e dizendo:

                                 – Esse homem é doido, é claro que sobrevivi, graças a Deus, agora é só sobreviver à viagem de volta... Tchau.

                                Enviei ainda rindo, depois fui pentear os meus cabelos e coloquei perfume, nessa hora o Hoseok sai do banheiro, ele não estava mais excitado e eu ri.

Taehyung – Ai cara, eu podia ter te ajudado com isso numa boa...

Hoseok – Eu sei muito bem o que você faria, uma coisa leva outra e íamos acabar transando. Podemos ir?

                                Mas uma vez ri, pois era verdade, assenti com a cabeça e fomos. Descemos juntos, eu via no rosto do Hoseok uma grande felicidade, por eu estar ali com ele e por ele eu ficava feliz, trocavamos olhares e sorrisos, e era muito bom, porque eu sentia o seu amor e quando ficávamos em silêncio isso era mais evidente; decemos a grande escadaria e fomos até a sala de jantar, já estavam todos ali, alguns sentados na mesa, outros em pé conversando. A sala de jantar também era muito luxuosa, uma sala bem extensa com uma mesa bem grande, que parecia caber todo mundo que estava ali presente, no canto do salão haviam varias mesinhas com mais jarros de flores sobre elas e no teto, no centro, existia um enorme lustre cintilante de cristal; a mesa já estava arrumada para o jantar, totalmente posta com todos os utensílios nescessarios, talheres que pareciam de prata, louça branquinha de porcelana e taças longas de vidro, sobre os pratos haviam guardanapos dobrados em forma triangular, espalhados pela mesa haviam alguns candelabros com velas acessas e mais alguns mini-jarros com flores, tudo isso sobre uma toalha de mesa, estava tudo ali menos a comida, ou será que iríamos comer as flores, penso rindo comigo mesmo. Ao nos ver a vovó uranai gritou:

                                 – Estavamos esperando por vocês. Vamos todos, se sentem que está na hora...

                                Todos obederceram e cada um foi para o seu lugar, aqueles olhares de desprezo ainda eram presentes e isso me incomodava, não queria comer com essa gente, o Hoseok sentou e eu sentei ao lado dele e ao meu lado um senhor, que não parecia primo Hoseok, ainda bem que não fiquei perto das primas, mas mesmo assim ficaram na minha frente, me encarando como sempre e eu tentei ignorar. Os filhos da vovó uranai, ficaram perto dela, lado a lado, frente a frente e ela na cabeceira, como a chefe da família, percebo que a mesa seguia seguinte hierarquia, primeiro vinha à vovó uranai, depois os filhos, os netos, que era onde eu estava e depois eu não sei, só sei que ainda tinha varias pessoas ali na mesa, eu pergunto ao Hoseok se eram todos tios ou primos dele e ele diz que não sussurrando, só a maioria era e eu balancei a cabeça surpreso.

                                 – Olha só quando eu acho que o meu neto não podia ficar mais bonito, ele me aparece assim. – Falou Uranai sorrindo pro Hoseok.

                                 – Obrigado vovó. – Ele respondeu e todos ali riram, pois ele estava vermelho.

                                 – Já vai começar vovó? – Falou uma das primas revoltada. – A senhora baba demais o Hoseok.

                                 – Né isso magoei. – Falou o primo do Hoseok, o mesmo que me olhou estranho na outra sala, parecia que ele e o Hoseok eram os únicos netos homens da vovó uranai que tinham a mesma idade.

                                 – Ai Nataniel, você esta muito recalcado ultimamente... – Disse uma outra prima rindo para ele, então ele se chamava Nataniel, era um belo nome, eu olho pra ele enquanto ele olhava para a sua prima, mas de repente ele olhou pra mim e engoli seco, nossos olhares tinham se encontrado e ele sorriu pra mim, eu queria desvia o olhar, mas não desviei.

                                 – Vocês meus netos parem com isso, eu gosto de todos igual. – Falou vovó uranai.

                                 – Ai mãe, deixa é divertido. – Falou uma das tias do Hoseok.

                                 – Parecem que vocês ensinaram direitinho os filhos de vocês, vivem brigando entre si, como vocês... – Falou um homem que estava mais afastado, se referindo aos filhos de Uranai.

                                 – Por favor, o senhor não se meta... – Disse um dos tios do Hoseok, de forma bem arrogante, mas a vovó uranai lhe lançou um olhar bem sério, repreendendo o filho e ele falou. – Bem, me desculpe senhor.

                                Eu fique surpreso, apesar da idade ela mantinha os filhos na linha, não entendo como podem achar que ela possa ser manipulada; ela se voltou para o senhor que tinha falado e falou.

                                 – O senhor acha que eu não sei, esses meus filhos e os meus netos querem me enlouquecer, mas comigo, menino chora e papai não vê.

                                Todos riram menos os seus filhos.

                                 – O que é isso mamãe, o que as visitas vão pensar. – Falou um dos seus filhos já de barba.

                                 – Vão pensar... A verdade, que vocês são carrapatos, sugando o meu dinheiro. – Disse a senhora rindo e todos riem também, mas era evidente o risso forçado e as caras preocupadas dos filhos dela.

                                 – Mamãe, por favor, as coisas não são assim. – Disse outra filha e a vovó uranai acabou falando mais nada.

                                 – Vovó, por favor, a verdade é que você não gosta da gente. – Disse a prima loira do Hoseok.

                                 – Que é isso minha filha. – Defendeu-se Uranai.

                                 – É sim, a senhora prefere mais os outros do que os seus próprios netos. – Ela olha pra mim e entre abre os olhos. – Ta vendo ali, um estranho junto com os seus netos...

                                Estava demorando pra ela implicar comigo.

                                 – Nada haver, eu que pedi pra ele ficar do meu lado. – Disse Hoseok.

                                 – Mas, priminho Hoseok, o lugar dele não é aí! – Disse outra prima e eu já estava ficando nervoso.

                                – Vocês não vão brigar por causa disso não é... – Disse um dos tios.

                                 – Taehyung, querido, você pode mudar de lugar, você está incomodando ficando neste lugar. – Falou uma das tias sorrindo, eu sem ação assenti com a cabeça e já ia me levantar, entretanto de súbito o Hoseok segura o meu pulso e me impede.

                                 – Não fica aqui Tae. – Disse Hoseok sério. – Você não vai a lugar nenhum, vó ele pode ficar aqui não é?

                                 – Mas é claro que pode. – Disse Uranai. – Eu já disse Tae meu filho, fique a vontade, a casa é sua e vocês minhas netas tratem bem o Tae!

                                Eu sorri vendo o sorriso de contentamento da prima loira desaparecer e ela ficar vermelha de raiva.

                                – Nossa Tae você está muito bonito, elegante, gostei. – Disse Tania me deixando sem graça.

                                – Pelo menos isso nê, pelo menos ele sabe se vestir adequadamente. – Disse outra prima.

                                – Ah... Não quem escolheu essa roupa pra mim foi o Hoseok. – Falei e olhei pra ele, que de cabeça baixa balançava a cabeça.

                                – Ta explicado, ele não teria esse toque de refinamento, não tem essa capacidade. – Disse a prima loira rindo com as outras.

                                – Nadja, deixe o garoto em paz! – Falou um dos tios do Hoseok; então o nome dela era Nadja, até que combina, penso, me lembra naja, rio pra mim mesmo, ela vê o meu sorriso e me lança um lhar raivoso.

                                 – Então, meus queridos, podemos começar o jantar. – Fala vovó uranai, pegando um sino dourado e o balançando.