… algumas horas antes
P.O.V. Seth
Acordei e já estava quase atrasado para a escola, apercebi-me que tinha dormido muito, mas também tive ronda ontem á noite e o Sam quer aumentar a segurança, visto que, os sanguessugas tinham voltado e por isso tinha outra ronda á tarde, depois da escola.
Vesti-me, peguei na minha mochila e desci as escadas.
Encontrei a minha mãe e a minha irmã já a tomar o pequeno-almoço.
- Bom dia mãe.- disse dando um beijo na testa da minha mãe, que fazia panquecas.
- Bom dia filho.
- Bom dia mana.- cumprimentei a minha irmã Leah, e também lhe dei um beijo na bochecha.
- Bom dia irmãozinho.- ela respondeu, usando um apelido como se eu fosse uma criança.
Sentei-me á mesa, no preciso momento em que a minha mãe colocou um prato de panquecas cobertas de mel na minha frente, contendo uma discussão entre mim e a Leah.
A verdade era que a minha irmã já não era a mesma, desde que o Sam sofreu o imprinting pela Emily, a nossa prima, ela ficou destruída e tudo piorou quando o nosso pai morreu e nós nos transformámos em lobos. A minha irmã tornou-se uma pessoa amarga e eu não a podia culpar, uma vez que ela era obrigada a ver os pensamentos do Sam e o quanto ele amava a Emily.
Comi rapidamente, despedi-me da minha mãe e fui para a escola.
Quando cheguei avistei o Jacob, o Quil e o Embry, fui a até eles e juntos fomos para dentro.
As aulas passaram num piscar de olhos, ri muito com os meus amigos e divertimo-nos imenso com as tentativas do Embry para conquistar as miúdas.
Apanhei boleia do Jake para voltar a casa, ainda tinha algum tempo até ser hora da minha ronda e para passar o tempo fui ver televisão. A Leah estava lá sentada no sofá a ver um jogo de beisebol e eu sentei-me ao seu lado.
- Então quem é que está a ganhar?- perguntei.
- Ninguém, estão empatados a zero, mas o jogo só começou agora.- a minha irmã respondeu dando de ombros.
Permanece-mos um tempo em silêncio, até a Leah se virar completamente para mim e perguntar:
- Então, como é que correu a escola?
- Bem. Eu, o Jake e o Quil divertimo-nos imenso a assistir aos fora que as raparigas deram ao Embry. – eu ri com a lembrança, acompanhado com a minha irmã.
Conversámos mais algum tempo sobre coisas banais e rimos bastante, exatamente como antes.
- Mana, estás bem?- perguntei sério.
- Sobrevivo. Não te preocupes.- respondeu, fazendo-se de forte.
- Como é que não me ia preocupar com a minha maninha?- questionei com um meio sorriso, fazendo-a sorrir.
Deitei a minha cabeça no seu colo e ela começou a brincar com os meus cabelos, era nestes pequenos momentos em que sentia a minha irmã antiga de volta, a mesma Leah que existia antes do Sam e da sua traição.
- Não tinhas uma ronda para fazer? – perguntou-me.
- Sim. Que horas são?
- São 16:00 horas em ponto.- respondeu-me, fazendo com que me levantasse num salto.
- Está na hora da minha ronda.- disse para a minha mana, que me olhava intrigada.
- Então vai, não quero sanguessugas mal cheirosos a passear pelas nossas terras.- a Leah disse sorridente, fazendo-me rir e assentir.
Quando estava quase a sair pela porta, virei-me, olhei para a minha irmã, corri até ela e abracei-a.
- Eu adoro-te, mana.- sussurrei ao seu ouvido.
- Eu também te adoro, maninho.- a Leah disse.
- Vá, vai lá fazer a ronda.- ela disse, depois de eu a ter soltado, mas eu sabia que ela só estava armada em durona.
Sai de casa e corri rapidamente para a floresta, escondi-me atrás de uma árvore e preparei-me para me transformar. Logo, comecei a sentir o calor que subia pela minha espinha e em menos de um segundo era um grande lobo cor de areia.
Correr trazia-me uma reconfortante sensação de liberdade, eu adorava tudo em ser um lobo, gostava do vento a bater no meu pelo, de sentir todos os cheiros e sons ao meu redor, do chocalhar das folhas que pisava, era tudo maravilhoso, exceto ouvir os pensamentos dos outros lobos, às vezes isso podia ser horrível. Ainda havia o imprinting, eu ainda não o tinha sofrido, mas esperava que quando acontecesse não trouxesse problemas.
Estava a fazer a ronda quando um doce cheiro a morangos e rosas silvestres me atingiu deixando-me embriagado com aquela fragrância maravilhosa, senti-me atraído e confuso, visto que aquele cheiro não era normal, nem humano logo havia um vampiro no nosso território.
Num átimo de segundo os meus instintos de lobo ficaram alerta com o meu próprio pensamento e com a possibilidade de existir um vampiro na área dos lobos, se fossem os Cullen eles tinham quebrado o tratado, logo ia haver uma guerra ou uma enorme confusão.
Não havia ninguém na forma de lobo, então corri o mais rápido possível em direção aquele cheiro, encontrei uma vampira e rosnei-lhe, mas quando ela se virou e eu a olhei nos olhos, o meu mundo parou, todos os cabos que me prendiam á terra soltaram-se e um único cabo mil vezes mais forte ligou-me a ela, agora era ela que me segurava á terra, ela era o centro do meu universo agora e o amor que sentia pela mãe, pela minha irmã, toda a lealdade para com o meu bando e para com os meus amigos, não se comparava com o gigantesco sentimento que nutria por esta vampira.
Ela encarava-me confusa, enquanto eu me perguntava se ela também tinha sentido a nossa conexão.
Ambos olhávamos nos olhos um do outro e eu pela primeira vez reparei que os seus olhos eram dourados e lindos. Afinal, ela era uma Cullen o que era bom queria dizer que esta vampira era “vegetariana” e isso facilitaria a aceitação dos outros lobos, quando eu lhes contasse que ela era a minha marca, no entanto ela tinha quebrado o tratado e eu não ia deixar que eles soubessem, nem que a magoassem.
Eu iria sempre protege-la com a minha própria vida, se fosse preciso.
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