1. Spirit Fanfics >
  2. Amor excessivo pela vizinha! >
  3. Contra-tempo

História Amor excessivo pela vizinha! - Contra-tempo


Escrita por: Biah-India

Notas do Autor


Boa leitura...

Capítulo 1 - Contra-tempo


Ali estava eu, correndo feito um ladrão como se estivesse fugindo da polícia. Por mais que seja cômico, eu realmente estava fugindo da polícia e por uma razão no mínimo ridícula.

Sasuke Uchiha, 28 anos, moreno e quase solteiro.

Faz muito tempo que eu moro em Konoha, desde os 5 anos quando meus pais decidiram que seria melhor nos mudarmos para cá. Eu costumo dizer que Konoha é uma cidade fria e impessoal ao estremo, então se você morava em uma cidade pequena onde todos se conhecem e são amigos, não venha aqui!

Sendo a maior cidade do Japão e a Capital, ela habita mais de 10 milhões de pessoas e a maioria moram em apartamentos. Além disso, com mais 40 milhões de turistas vindo aqui todo ano, é quase impossível você ver a mesma pessoa mais de uma vez.

Aqui as pessoas não dão bom dia, nem mesmo nos encaramos. Cada um está ocupado olhando seu próprio celular nas ruas.

Mas temos coisas lindas aqui, parques de diversões, praias, bons restaurantes, faculdades, cinemas e lojas internacionais. Tudo é de alta qualidade e impecável.

Eu morava em uma das poucas casas que tinham na cidade, a rua era grande e com algumas casas luxuosas e medianas espalhadas.

Em meio a toda essa indiferença, eu conheci a diferente Hinata. Nós éramos vizinhos e digamos que nosso primeiro encontro não foi o mais pacifico.

Vivendo mundos totalmente distintos logo houve um atrito. Eu não escondo que sempre fui festeiro e barulhento e mesmo tendo consciência de que incomodava outros, eu admito que não me importava.

Eu fazia festas quase todo final de semana, aumentava todo o som da caixa e ficava até às 04:00. Eu estive nessa rotina por algum tempo até a minha vizinha aparecer na história e se queixar comigo.

Era um sábado agitado quando me disseram que alguém havia mandado me chamar. Pensei que fosse o homem da pizza querendo ser pago, então levei um dinheiro comigo. Quando eu cheguei no portão havia uma guria pequena, pálida e revoltada. Me encostei na minha moto e sorri.

- Posso ajudar? – Perguntei limpando a neblina que estava embaçando o espelho do retrovisor.

Ela estava usando um pijama de coelhinhos coloridos e tinha um celular na mão esquerda. Os olhos dela eram estranhos, meio intimidadores.

Não fui com a cara dela!

- Pode sim. – Ela deu um sorriso cínico – Por favor, eu vim pedir para o senhor abaixar o volume ou encerrar a festa. Eu vou trabalhar amanhã e preciso dormir – Ela acenou para a pequena casa ao lado – Eu moro ali e o barulho vai todo pra minha casa.

- Amorzinho – Eu provoquei e ela ficou mais séria ainda – Eu vou ver o que posso fazer aqui.

 - Obrigada – Ela desfilou até a casa dela com aquele pijama ridículo.

Entrei em casa e pedi para o DJ aumentar o som e colocar músicas mais dançantes. Em menos de 5 minutos o barulho havia duplicado e todos estavam dançando e cantando mais alto.

Como um ladrão, a menina invadiu a minha casa com aquela roupa de retardada e começou a puxar os fios das caixas de sons. Num momento eu estava na cozinha comendo uns tomates com cerveja e no outro eu escuto que alguém ousou mexer nas minhas coisas na cara de pau.

Quando cheguei no salão e vi ela, fiquei com mais raiva ainda por que era mulher e eu não podia simplesmente dar um murro na fuça dela. Meus braços estavam tremendo e cerrei os dentes, maldita!

Fui até uma mesa próxima e peguei uma latinha de cerveja, abri e despejei o liquido todo nela. Ela rugiu por dentro e por um segundo ficou sem reação. Ela parecia assustadora e sexy molhada daquele jeito.

Ela voltou a consciência depois do banho e puxou todos os fios, derrubando meu notebook, caixa de som e equipamentos de músicas. Caiu tudo no chão e ela foi arrastando pela casa.

Quando eu vi que minhas coisas que eu havia pagado um preço absurdo estavam se quebrando, juro que fiquei possuído pelo capiroto, eu estava suando e não era de frio!

Que se dane o fato dela ser mulher!

Fui até aquela desgraçada e agarrei-a pelo braço. Eu conseguia escutar as risadinhas das pessoas que estavam ali. Ela tentou se desvencilhar de mim. Sacudi aquela sem noção. Queria enforcar ela com os fios. Arrastei ela até a rua com ódio até os fios do cabelo e a soltei.

Entrei em casa em disparate e não me dei o trabalho de olhar pra trás, sem dúvidas ela estava com os olhos fulminantes.

Obviamente a festa não continuou. A guria conseguia destruir minha festa. Expulsei todos que estavam na minha casa e fui dormir com tudo bagunçado e cheirando a álcool e suor.

Tratei de comprar novas caixas de som via bluetooth sem fios e logo comecei a fazer festas novamente e mais altas. Enquanto minhas curtições se tornavam cada vê mais frequentes, eu nunca mais havia visto a minha vizinha.

E como se estivesse perdendo a graça, em questão de meses eu comecei a diminuir as festas até que foram todas canceladas. As pessoas me perguntavam o que havia acontecido, mas nem eu sabia explicar... Só sabia que tudo estava tão sem graça e aborrecedor.

Depois de quase 2 anos sem ver ninguém na casa ao lado, eu cheguei à conclusão que estava abandonada ou vendida. Então quando eu escutei um som de batida no portão, fui checar. Ainda mais sendo de madrugada.

E fiquei ainda mais certo de que era um ladrão, quando vi o cadeado quebrado e as portas arreganhadas. Entrei em casa de novo e peguei um martelo que eu guardava de recordações da faculdade.

 

Entrei na casa nas pontas dos pés. Eu escutava um barulho de passos no andar de cima. Procurei as escadas e quando as achei, subi devagarinho e sem fazer ruído algum.

Percebi logo em qual cômodo o ladrão estava e preparei o martelo para acertar as costas dele. Cheguei mais perto para olhar e.... PÁ!

- O que você está fazendo na minha casa?

- Hã... Eu... Er... E o ladrão?

- Que ladrão? Você está bêbado?

Caramba! Eu paguei um mico desses e ainda fico parecendo um idiota sem falar nada.

Tratei de me recompor e olhei para a dona da voz. Merda! Ela parecia estar achando graça da minha vergonha.

- Eu entrei aqui por que ouvi uma batida e vi o cadeado quebrado, aí pensei que fosse um ladrão – Expliquei.

- Aí no caso, se fosse um ladrão – Ela gesticulou – Você atacaria ele com esse martelo do Super Mario?  - Bufou – Fala sério...

- Esse martelo... – Disse baixo me aproximando – Faria um galo enorme na cabeça do ladrão aí depois eu imobilizaria ele.

- Ahã – Concordou sarcasticamente – Com certeza.

- Faz tempo que não te vejo – Frisei – E não se preocupe, por que esta perdoada.

- Eu? Perdoada? Não me faça xingar – Riu amarelo – Eu estava cogitando mandar alguém decapitar você.

- E eu cogitei eu mesmo cortar sua cabeça, gosto de sujar as mãos – Respondi risonho – Você está diferente. Fez plástica?

- Não sei de onde tirou essa intimidade comigo – Retrucou – E fiz plástica sim, no mesmo dia que tu injetou testosteronas.

- Bruxa – Gargalhamos juntos – Por que sumiu e por que voltou?

- Agora eu tenho que explicar minha vida pra você é? Nem te conheço – Murmurou – Eu agradeço a intenção, mas não gosto de ter estranhos na minha casa.

Fiquei meio constrangido por que ela estava certa. Eu só tinha visto aquela menina 2 vezes na vida. Talvez eu estivesse um pouco carente e só quisesse conversar um pouco naquele dia.

- Certo – Me espreguiço e aceno – Boa madrugada aí e lembre de trancar o portão para um bandido de verdade não entrar.

- Grata – Respondeu.

 


Notas Finais


Obrigada por chegar até aqui! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...