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História Amor fraternal: Boko Makolin - Pesadelos pt. 5 Fenix


Escrita por: Anttonny

Notas do Autor


Pra quem nunca assistiu ATla recomendo verem o ep O guru. Esse capitulo fala sobre Chakras, mesmo eu tendo explicado sobre é capaz de ter deixado um ou dois furos, qualquer duvida só perguntar. Agora sobre essa capa: Fanart incrível. Créditos na imagem. (editei a imagem para dar mais realismo.)

Capítulo 11 - Pesadelos pt. 5 Fenix


Fanfic / Fanfiction Amor fraternal: Boko Makolin - Pesadelos pt. 5 Fenix

Caminhar pelo mundo espiritual era de certa forma agradável. A vista — assim como a temperatura, — era ótima. Mas o único problema era: Mako estava cansado de andar. Queria encontrar logo a mulher  que supostamente poderia ajuda-lo a se recuperar e quem sabe, uma forma de derrotar Vaatu, já que não estavam na convergência harmônica e não existia forma conhecida de derrota-lo nessas circunstâncias.

Mako parou quando uma caverna natural se estendeu a sua frente. Ela parecia úmida, escura e provavelmente teria um monte de mofo lá dentro. Um jardim natural de flores se estendia em sua frente. Continuou andando, indo em direção à caverna. Enquanto pisava no chão firmemente,  a grama emitia um craquelado sob seus pés.  Mako tomou cuidado para não pisar nas flores, já que eram tão bonitas que pareciam ter sido cultivadas por alguém, mas eram puramente naturais.

Quando chegou a entrada da caverna se assustou por não ser nada do que pensava. Ali era tão... aconchegante. Cristais pendiam na parede, uma luz florescente verde saia deles e inundava a caverna com aquela cor. Algumas tochas em pedestais de madeira ajudavam a manter a caverna mais aquecida.

Os olhos de Mako começaram a pender e ele sentiu que acabaria dormindo caso se deitasse ali.

—Vejo que encontrou o seu caminho até aqui. — Uma voz lhe chamou a atenção.

Mako se virou na direção na qual veio a voz.

—Então, — prosseguiu a voz — oque faz aqui?

A dona daquela voz era uma mulher de meia idade, ela possuía cabelos pretos lisos e sedosos que caiam até pouco abaixo de seu ombro. Seus olhos eram de um dourado brilhante, de um âmbar profundo e intenso. Seu rosto possuía traços leves e muito bem desenhados, como se tivessem sido desenhados por um artista muito experiente. Ela era linda.

Mako hesitou ao responder. Pensou se dizer que um espírito o havia levado ali faria algum sentido, mas era essa a verdade por isso decidiu arriscar;

—Um espírito me mandou aqui.

A mulher deu de ombros, como se aquilo acontecesse o tempo todo.

—Isso significa então que você tem algum problema e precisa de ajuda para resolve-lo, ou algo assim?

Dessa vez foi Mako quem deu de ombros. 

—Algo assim...

—Entendo... — A mulher deu de costas e começou a andar até uma coberta que estava estendida no chão.  Se sentou ali e fez um gesto para Mako se aproximar.

Mako se aproximou de forma lenta e incerta.

—Você pode me ajudar...?

—Isso ninguém pode fazer por você. Somente uma pessoa pode resolver seus próprios problemas. Tudo oque posso faze é lhe mostrar o caminho.

Mako soltou um suspiro.  Já ouvira essa frase demais. Na realidade a ouviu desde que fora torturado por Koh e procurou pelo auxilio de seus amigos.

—Maravilha...

—Bom... eu lamento dizer mas não existe formula mágica para se melhorar em algo. É necessário esforço e trabalho duro para isso. Posso lhe ensinar e mostrar o caminho mas eu paro por aí, você tem que escolher se vai seguir ou não.

—Certo, e qual o primeiro paço? — Mako perguntou meio contrariado.

A mulher se levantou e caminhou até um grande caldeirão de ferro que estava sob uma fogueira. Um vapor branco subia da panela e inundava o lugar com um cheiro delicioso de ensopado. Com um certo tipo de  movimento ela fez o fogo abaixo da panela se apagar, Mako logo reconheceu aqueles movimentos, ela tinha dominado o fogo. Depois a mulher serviu uma generosa porção da sopa em uma tigela de cerâmica e voltou a se sentar no mesmo lugar.

—Primeiramente é preciso aceitar suas limitações. Aceite que coisas ruins podem voltar a acontecer com você e que recaídas são possíveis.

—Tá... é só isso? — Disse Mako tentando mascarar sua frustração. Será que ele teria caminhado até ali só para ouvir isso? Não é possível.

A mulher balançou a cabeça e sorriu, como se se divertisse com a ingenuidade de Mako.     

— Isso pode parecer fácil mas não é bem assim... aceitar suas limitações é uma tarefa difícil. Na realidade acho que é uma das coisas mais difíceis a se fazer.

—Que legal... — Mako sentiu o desanimo crescer dentro de si.

—Bem,— a mulher estalou o pescoço.— Eu estou meio entediada. Por isso se quiser posso te ajudar.

—Serio?! — A animação voltou com tudo para Mako. Foi como uma onda de revitalização que renovou toda a sua energia. A ansiedade ficou tão forte que ele começou a dar pequenos pulinhos.

—Sim. Mas só depois do jantar.

Mako suspirou.

                                                                 [...]

 

—Quero ver do que é capas primeiro. — Disse a mulher passando a mão nos fios negros de seu cabelo, os prendendo em um coque apertado. — Agni Kai.— Ela gritou animada. Mako pôde perceber que a palavra era usada com muita frequência por ela, talvez não nos dias de hoje mas há algum tempo.

Se afastaram alguns passos e se preparam para a luta.

Mako lançou uma rajada de fogo. A mulher facilmente desviou do ataque e retribuiu com uma bola de fogo.

Mako constatou incrédulo a identidade da mulher quando percebeu que a bola de fogo era azul.

Por pouco não conseguiu desviar.

—Azula. — Disse ele ao compreender que era aquela estranha e misteriosa figura.

A mulher sorriu ao receber tal reconhecimento.  Mas sequer deu tempo para Mako ficar surpreso.

—Vamos ver do que é capas. — Disse ela. Seus movimentos de dobra eram rápidos e precisos. Laminas de chamas azuis passavam diretamente na frente de Mako. Ele bloqueava seus ataques com seu fogo amarelo-laranja mas não era o suficiente.

O primeiro raio quase o atingiu. Se ele não tivesse pulado para o lado e usado uma rocha para se impulsionar para o lado provavelmente tria morrido.

Mako percebeu que não conseguiria vencer daquele jeito então usou a pericia, a estratégia para descobrir uma forma de vencer.

Começou a rolar no chão, se esquivar, pular e correr. Deu uma volta ao redor de sua oponente e tentou procurar um ponto fraco,  uma brecha. Se impulsionou pra cima usando a dobra de fogo e atirou raios em Azula.

Os ataques de Mako sequer surpreenderam Azula, a garota desviou de todos os ataques e seus contra-ataques foram muito mais efetivos.

Mako aterrissou num rochedo mais elevado.  Usou o terreno elevado para disparar rajadas de fogo com velocidades impressionantes em Azula. Pela primeira vez, desde que a luta começou, Azula pareceu surpresa.

Agora peguei você , pensou Mako quando a fez recuar até estar bem na sua frente. Lançou um raio.

Azula girou em vertical. Com o fogo azul em seus pés. Depois o lançou no rochedo onde seu oponente estava. A rocha se quebrou em vários pedacinhos e Mako foi lançado longe.

O garoto aterrissou, por sorte, em um arbusto. Seu raio sequer foi um desafio para Azula. Ele sequer foi um desafio para ela. A garota era muito boa.

—Você foi melhor do que eu esperava. —Disse Azula estendendo a mão para lhe ajudar a se levantar. —Eu me diverti.

Mako aceitou a mão que lhe foi estendida.

—Não sei se algum dia conseguirei chegar ao seu nível.

—Ah, mas isso você nunca conseguirá mesmo. — Azula disse com um tom presunçoso.— Mas eu posso lhe ajudar a se curar.

                                               [...]

 

—Primeiramente você deve abrir seus chakras. Assim a sua alma, mente e corpo irão se interligar e você estará pronto para o ultimo passo.— Explicou Azula.— Você sabe oque são chakras?

Aquela palavra não era estranha para Mako. Estava em um cantinho no seu cérebro. Algo lhe dizia que tinha haver com a cultura dos nômades do ar.

—Tem algo haver com os nômades do ar.

Azula assentiu.

—A energia flui pelo nosso corpo de forma igual e equivalente. Mas com o tempo isso muda, ela fica presa em pontos específicos que a impedem de fluir como deveriam.

—Então... eu preciso faze-la fluir pelo meu corpo de forma correta?

Azula não o respondeu.

—Os chakras são rodas por onde a energia passa antes de serem espalhadas pelo nosso corpo. Existem 7 no corpo humano, cada um em um lugar especifico do corpo. Cada chakra rege um sentimento e é bloqueado pela sua emoção oposta. Vou te ajudar a abrir os sete.

Mako se sentiu animado novamente. Finalmente o caminho ficou claro para ele.

—Mas saiba que abrir os chakra é uma experiência dolorosa. Não é tão simples quanto parece.

—Vamos lá.

Azula assentiu.

—Sente-se em posição de lótus.

Mako imitou a posição em que Azula estava sentada. Colocando um de seus pés sobre a coxa oposta.

—Feche os olhos e relaxe.— Mako obedeceu. — O primeiro chakra é o da raiz. Ele se localiza no ultimo osso da coluna vertebral. Ele representa a sobrevivência e a vida. É bloqueado pelo medo. Agora me diga, Mako, do que você tem medo?

Imagens surgiram na mente de Mako. Ele viu a si mesmo puxando Bolin com a mão para fora de sua casa no dia em que seus pais foram mortos. Ele viu imagens de sua luta com Amon, junto de Korra. E por ultimo viu a luta contra Zaheer; Ele quase perdeu Bolin na luta contra Gazan, assim como Korra quase foi morta nesse processo.

—Eu tenho medo da perda.— Mako disse quando a verdade surgiu em sua mente.

—Muito bom. — Disse Azula, de forma aprovadora. — Você abriu o primeiro chakra.

Mako começou a se sentir muito mais leve depois de assumi aquela verdade para si mesmo. Claro ainda tinha medo de perder seus amigos ou as coisas que eram importantes para ele, mas aceitar aquele fato tornou as coisas de certa forma mais fáceis.

—O segundo chakra está localizado no baixo ventre e rege o prazer, as vontades e os sentimentos.  É bloqueado pela culpa. Sobre oque você sente culpa?

—Não consegui salvar meu pais... — as imagens apareciam em sua mente enquanto ele falava.— Tudo oque fiz foi fugir... — lagrimas escorreram de seus olhos.— Não consegui dar a Bolin uma boa vida... Não pude dar a ele oque merecia...

—Algumas vezes não podemos fazer tudo oque queremos, ou deveríamos, mas se prender ao passado não resolve nada. Você não pode consertar oque aconteceu antes. Só que agora você possuí todas as chances de fazer o melhor daqui pra frente. Use isso.

Mako respirou fundo e limpou as lagrimas que escorriam pelo seu rosto. Novamente se sentiu leve. Agora ele finalmente conseguiu entender que algumas coisas não podiam ser controladas por ele.

—Agora chegamos ao terceiro chakra. Ele se localiza no estomago. Rege a ação e é bloqueado pela vergonha e raiva. Agora me diga: Oque bloqueia a sua vontade de agir? Do que você sente raiva?

Dessa vez não foi preciso parar para pensar muito, a imagem de Koh logo veio a sua mente.

—Koh... — Mako trincou os dentes.— Esse maldito espírito me torturou e me colocou nessa situação. Isso é tudo culpa dele. Eu o odeio com todas as minhas forças.

—Eu lhe entendo...  Passei quase toda a minha vida com uma raiva me cegando. Mas enquanto não a deixei se dissolver, não encontrei paz. Ter raiva é saudável mas é preciso aceitar que você não pode mudar oque aconteceu e que aquilo já passou e nunca acontecerá de novo, ao menos não da mesma maneira. Aceite que os outros também tem suas falhas e os perdoe. Mostre que você é melhor do que qualquer dor.

Mako sentiu como se uma pedra tivesse sido tirada de suas costas. Ele notou que guardar rancor das pessoas não resolvia o problema, pelo contrario, só o agravava. Enquanto não perdoasse Koh ele estaria perdendo por que para onde fosse carregaria o espírito consigo em sua mente e em seu coração.

—O quarto chakra é o cardíaco. Localiza-se no coração e rege o amor. Bloqueado pelo pesar. Me diga, Mako: Do que você ente remorso?

Mako pensou em Bolin. Desde que o irmão o havia confessado seus sentimentos para si Mako tinha aquela duvida: Aquilo que estavam fazendo era certo? Se seus pais, caso estivessem vivos, aceitariam aquilo? E seus amigos?

—É normal ter duvida em algumas coisas; Se aquilo que estamos fazendo é certo, se é errado.  Mas lembre-se: não é possível mandar no coração. O amor surge de formas diferentes, das mais variadas formas mas o sentimento é o mesmo. Aceite o amor, aceite sua beleza e seu poder. Aceite a única resposta ao mundo.

Aquela respiração foi a mais leve e tranquila que Mako liberou desde... nem se lembrava. A paz o invadiu.

—O quinto chakra é o laríngeo. Ele rege as palavras, a vontade de comunicação e a verdade. Se localiza na garganta e é bloqueado por mentiras contadas a nós mesmos. Quando a negação surgiu sobre você?

Mako teve um lampejo de antes de começar seu relacionamento com Bolin. Ele se reprimia ao máximo e tentava evitar o irmão a qualquer custo. “ Você não está apaixonado por ele” “ você não gosta dele dessa forma.” Dizia a si mesmo.

—Aceite isso. Negar um momento difícil de sua vida pode lhe dar um certo alivio mas acredite, isso não dura. Aceite oque sente.

Mako respirou fundo e aquela sensação de paz novamente se apoderou dele.

—O sexto chakra é o do terceiro olho. Localiza-se no centro da testa. Rege nossos pensamentos e é bloqueado por ilusões. A principal ilusão é a ilusão de separação. Medite sobre oque você acha que é separado, mas na verdade está conectado com tudo.

—O mundo... —Mako dizia lentamente, conforme a ideia lhe ocorria. — As nações. O mundo. Ele é completamente ligado.

—Exatamente. Agora interligue-se com ele.

As imagens inundaram a mente de Mako. Ele viu seus amigos, os animais nativos de cada nação e de repente sentiu um forte laço com cada um deles.

—O sétimo chakra é o coronário. Localiza-se no alto da cabeça. Sua função é nos conectar com o universo e seu bloqueio está nas ligações terrenas excessivas. Me fale sobre oque o mantem ligado no mundo.

—Bolin... Meu trabalho... amigos.

—Isso é muito bom, tudo isso. Mas é preciso entender que não é necessário ter excessos de apego a essas coisas. Liberte-se.

Assim que abriu os olhos Mako se sentiu eximiamente bem. Sentiu-se leve como uma pluma. Capaz de fazer qualquer coisa.

—Você abriu todos os seus chakras. — Azula disse de forma aprovadora.

—Eu... eu me sinto ótimo. — Mako virou as palmas das mãos para cima e olhou para elas, como se sentisse que estavam diferentes de antes.

—Certo. Agora você está pronto para a fase dois.— Respondeu-lhe Azula.

—Qual é? — Mako perguntou animado.

—Essa. — Azula juntou as mãos e jogou uma grande quantidade de fogo em Mako.

O garoto fechou os olhos. Pronto para ser queimado vivo. Mas então percebeu que o fogo não o consumia.

Quando abriu os olhos percebeu que as chamas azuis dançavam ao seu redor como um grande redemoinho de fogo.  Mas estas não o feriam.

Assim que as chamas baixaram Mako se encantou com a visão de um grande pássaro-dragão pousado bem perto de si. Ele tinha asas gigantes, quase cinco metros de envergadura. Sua pele era coberta por escamas douradas. O pássaro-dragão olhava para Mako de forma terna, carinhosa.

—A fênix é o símbolo da mudança e da transformação. — Explicou Azula. — Ela se apaixonou por sua mudança. Pela sua nova vida.

—Nova vida?!

—Quando você foi atingido pelo meu fogo seu corpo foi destruído. A fênix reconstituiu outro corpo para você, em outras palavra; você renasceu.

Mako não compreendeu direito oque aquilo significava mas ele se sentia diferente, só que aquele era um ”diferente” bom. Ele não se sentia tão bem assim desde... desde nunca.

Mako encarou a fênix a sua frente.

—Então... ela quer que eu monte nela?

—Porque não descobre sozinho?— Azula abriu um sorriso.

Mako se aproximou do grande animal e tocou levemente seu focinho.

Se aproximou dele e o montou.

A fênix alcançou voo. Um grande voo. Mako viu o mundo espiritual do alto. Os espíritos lá embaixo pareciam pontos luminosos e o céu tão imenso e intenso quanto Mako imaginou.

Uma voz falava na mente de Mako, como se a fênix estivesse falando por telepatia com ele.

O avatar recebe o espírito de Raava dentro de si, ele deve trazer equilíbrio para o mundo. Sua amiga, assim como todas as suas vidas passadas, fez isso usando a luz em seu interior. Aquele que recebe o espírito da fênix deve fazer mudanças acontecerem. Agora você é um dos poucos avatares da fênix.

Eles foram se aproximando do chão até pousarem. Assim que a fênix tocou o solo ela desapareceu. Um forte energia laranja tomou conta do corpo de Mako. Ele foi tomado por um forte ímpeto, e então o obedeceu. Fez uma pequena bola de fogo, mas esta era dourada.

Mako agora era o portador da fênix.       


Notas Finais


Azula voltou <3 Mas eu meio que me sinto um pouco mal em ir contra oque os autores da serie fizeram, tipo eles sequer colocaram a Azula no mundo espiritual. E também tem o lance da fênix e coisa e tal, Se bem que isso é uma fanfic então F*da-se.


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