POV Narrador
Pacífica estava confusa. Não só emocionalmente como também mentalmente. Afinal, não é todo dia que um triângulo sai de um portal no céu e promete realizar os seus sonhos. Mas ali estava ele. E com uma oferta quase irrecusável.
-Então, você está dizendo que, se eu apertar a sua mão, você vai me devolver a minha vida antiga? Tudo mesmo?
-Tudo. Mas com um preço que nós vamos discutir depois.
-Eu não sei...
-Imagine Pacífica -disse Larry, indo para perto de Pacífica e mostrando para ela uma imagem projetada em seu olho- Todo o dinheiro que você quiser -as imagens mostravam pilhas das mais caras pedras preciosas do mundo- Toda a comodidade- agora mudava para uma imagem de vários mordomos todos fazendo as mãos e pés da Pacífica- E talvez até... um outra chance com... ele - as imagens mostravam Dipper com o pôr do sol de fundo e Pacífica caminhando em direção à ele- Então, o que me diz?
A mão de Larry começou a pefar fogo em um tom de cinza claro.
-Eu ainda não sei...- ela não conseguia pensar direito. Em parte era por que estava completamente apavorada. Em parte por que não sabia se podia confiar no Larry. Depois de pensar um pouco, a última imagem passada por Larry em seu olho veio a mente de Pacífica- Eu aceito -então ela apertou a mão do triângulo sem pensar outra vez.
POV Dipper
Ontem foi o dia mais louco da minha vida. E olha que a minha vida não é das mais normais. Tudo o que eu precisava era de um banho de água gelada. Mas, infelizmente para mim, a Mabel chegou primeiro no banheiro. Eu esperei por uns dez minutos. Mas depois de quase UMA HORA, eu comecei a perder a paciência.
-Mabel, anda logo! Você já está aí há uns cinquenta minutos!
-Sério? -respondeu ela de trás da porta.
-Sério!
-Eu nem reparei. Fiquei pensando na vida e em tudo mais. É uma existência cruel. Tudo existe sem razão. Todas as coisas, planetas, estrelas, constelações... tudo. Se há uma razão para tudo estar aqui, qual é? E se não há, por que continuamos existindo? É tudo tão... tão...
-Mabel, corta o momento filosofia e me deixa entrar!
-Pode entrar se quiser.
-Mas... você ainda está aí.
-E o que é que tem? É alguma coisa que você ainda não tenha visto?
Eu pensei por alguns segundos mas não consegui achar uma resposta para retrucar esse comentário. Então eu só entrei
-Resolveu entrar?
Eu fiquei um pouco vermelho ao ver a Mabel nua.
-Você é muito fofo quando fica com vergonha. -disse ela.
Eu fiquei um pouco mais vermelho. Enquanto eu chegava mais perto do chuveiro, ia tirando as roupas e deixando no chão.
-Anda, não precisa ter vergonha. Eu não vou te morder. Ou será que vou?
-Ah, cala a boca e vem aqui.
Eu entrei em baixo do chuveiro já dando um beijo nela. Eu senti os lábios de Mabel junto aos meus. Um leve sabor de vodka misturado com chocolate envadiu minha boca e acho que o mesmo aconteceu com ela. Enquanto eu a beijava, pude sentir a água pingando em minha cabeça e em minhas costas levando todas as preocupações. Logo, eu só conseguia sentir quatro coisas: o gosto de vodka, o gosto de chocolate, a água gelada em minhas costas e os lábios dela. Nos por causa do ar de novo.
-Dipper... prometa que... você nunca... vai me abandonar. -ela disse para mim, um pouco arfante.
-Eu... prometo.
Dessa vez, no lugar de nos beijar, nos abraçamos e ficamos assim por um tempo até quase pegar uma hipotermia por causa da água gelada.
POV Narrador
Já era de madrugada e Ford continuava trabalhando freneticamente no terceiro andar subterrâneo da cabana. Hora montando uma máquina que ainda não revelara à ninguém, hora consultando novamente o único manuscrito que falava sobre o Larry. As coisas não iam tão bem.
-Não, não, não! Os cálculos estavam errados! Que droga! Por que o meu quatro tem que ser tão parecido com um sete?! Vou ter que começar tudo de novo!
A língua antiga que estava escrita no manuscrito é o que mais estava atrapalhando. Ford não conhecia essa língua. Pelos estudos que ele fez, descobriu que era uma língua de até o ano sete mil e quinhentos antes de Cristo. Nessa época, nenhum sistema de linguagem organizada deveria existir. Mas, pelo pouco que ele conseguiu entender, não só o mundo, mas o universo inteiro poderia estar em grande perigo. Em especial, seus dois sobrinetos.
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