História Amor improvável - O pequeno Dean

Sam ON

Eu preciso focar, não posso encostar no Dean novamente, ele não entenderia, porém necessito do diário, tenho que ir em sua casa novamente,antes disso acredito ter algum fantasma na escola, ouvi fracos relatos. Eu estava dando aula para uma turma barulhenta, deu vontade de chamar todos de retardados, mas isso não ajudaria em nada, quase corri quando bateu a campa. Cheguei perto da biblioteca e achei ter visto algo, fui até lá com a mão sobre a arma.

– Olá? – Falei no caso de ser apenas uma pessoa culta e meio desconfiada.

– Você não entende – Disse uma mulher assustada, ela estava como uma projeção, era um fantasma, levantei minha arma e apontei – Não, você não entendeee – gritou vindo em minha direção, sumindo em seguida.

– Senhor Bryan? – Reconheci a voz de Dean e escondi a arma.

– Oi, o que faz aqui? – Perguntei me arrumando.

– É o intervalo, então queria falar com o senhor nesse tempinho livre, aí achei que estivesse aqui procurando livros – Ele sorriu um pouco sem graça.

– Ah sim, o que deseja falar? – Ele caminhou até a mesa de leitura e se sentou.

– Sobre o que aconteceu ontem – Eu gelei e me juntei a ele, não tinha ninguém na biblioteca, mas poderia entrar a qualquer instante.

Narrador ON

– Dean, eu não sou assim, me desculpe por ontem, não deveria ter beijado você – Aquilo soou tão arrependido, mas não mudou o brilho nos olhos do Dean.

– Eu quis, eu quero – O loiro tocou na mão do maior.

– Não posso Dean e não vou continuar, sinto muito – Sam se levantou e caminhou até a porta de saída, então ele foi segurado por Dean, ele apertou tão forte o pulso de Sam que nem parecia a força de um menino de 14 anos.

– Eu preciso do senhor – Disse com uma voz meiga.

– Não posso – Repetiu.

– Vamos para minha casa e conversamos – O moreno não poderia recusar, se conseguisse o diário poderia partir.

– Ok, me encontra no estacionamento – O menor sorriu e deu um beijo de leve no rosto de Sam.

Momentos depois…

– Nada suspeito – Falou Sam do seu irmão em cima de seu carro.

– Desculpa – Sam abriu a porta para Dean e depois entrou no carro.

Já na casa de Dean, nada havia mudado do dia anterior, seus pais ainda não tinham chegado.

– Tem suco de frutas, algo me diz que você gosta – O moreno riu e estendeu a mão.

– Você é focado, quando quer algo corre atrás – O loiro sentou do lado de Sam.

– E o senhor? Não corre atrás do que quer? – Ele perguntou de um jeito sugestivo.

– Eu penso antes de tudo – Disse colocando o copo em cima da mesinha.

– Isso só serve para não engravidar garotas, usar camisinha, o restante a gente faz na marra – O moreno pensava que isso seria a resposta de seu brodi.

– Então vai pensar muito, pois daqui à pouco vai começar a fazer amor – Dean concordou.

– Mas não com garotas – O loiro colocou a mão na coxa do mais velho e se sentou ao outro ajeitando-se no sofá.

– Dean… não – Falou levantando, o loiro foi atrás.

– Para de fugir de mim – Ele tocou Sam e o virou rapidamente, puxando e jogando-o no sofá, Sam não sabia como ele tinha tanta força.

– Você está muito forte – Falou vendo o menino se aproximar.

– Desculpas, o senhor se machucou? – Ele parecia um garoto carinhoso novamente.

– Estou bem, calma – Sam resolveu ignorar, tinha que se concentrar na missão – Vamos assistir um filme? Qualquer um, você escolhe – Dean o levou a seu quarto novamente pelo segundo dia seguido.

Eles assistiram o filme, conversaram tanto, jogaram banco imobiliário e passaram a brincar de “manja esconde”, Sam contou até 20 e foi procurar Dean, ele entrou no quarto e pensou que ele estava no guarda-roupa, ele chegou perto e abriu com tudo.

– Te achei – Falou e um livro caiu em seus pés, Dean não estava lá, ele pegou para colocar de volta no lugar e percebeu que era o diário de John.

– Senhor Bryan? O que houve? – Sam se virou e estava com o livro na mão – Ah ta, esse livro é estranho, me dê aqui, deixa eu guardar – O moreno segurou firme – Pode me dá professor – Ele finalmente soltou e viu onde o loiro colocou – Eu ganhei, você não me encontrou, quero meu prêmio – O mais velho sorriu e sentou na cama.

– O que quer? – Perguntou Sam.

– Quero tocar em sua barriga – Ele falou como um garoto curioso, não insano.

– Isso é um prêmio? – Questionou e Dean ficou um pouco vermelho.

– Sim, não questione o que eu quero como prêmio uai –  O mais velho sorriu e ficou em pé, levantou a blusa mostrando seu tanquinho ao mais novo.

– Posso? – Perguntou e o moreno confirmou, a mão dele foi de encontro ao seu corpo.

– Acho que já está bom – Disse Sam abaixando sua blusa.

– Posso lhe dizer uma coisa? – O mais velho assentiu – Eu sinto sua falta, eu gostei tanto de ir para o colégio como agora – As covinhas perfeitas se fizeram no rosto de Sam.

– Escuta, eu preciso pegar meu terno na lavanderia – O pequeno loiro se afastou um pouco triste – A gente vai lá rapidinho, depois volta – Completou o mais alto, vi o sorriso de Dean.

– A gente pode parar em um lugar para lanchar? – Perguntou o menor quando pararam em frente à lavanderia.

– Depois vemos isso – Falou ativando o alarme de seu carro e esperando Dean para entrarem na loja.

– Boa noite – Sam respondeu e deu o número à moça – Não mexa aí, por favor – Falou olhando para Dean revirando a lista de clientes.

– Para Dean, para de mexer aí menino – O loiro parou de mexer e fez beicinho.

– Seu filho é um amor – A mulher entregou o terno a Sam e apertou as bochechas do Dean enquanto ele pagava a conta.

– Ela me chamou de velho na minha cara – Sam estava um pouco com raiva, ficou um tempo pensativo antes de ligar o carro.

– Fica tranquilo – Dean colocou a mão na coxa do maior e ele estremeceu.

– Vamos comprar algo e voltar pra casa – O mais velho sentiu-se bem em falar “casa”.

O mais novo não parava de sorrir ao olhar para o moreno, Sam não sabia o que estava acontecendo, mas preferiu não perguntar.

– Vem comer – Chamou Dean, logo que chegaram em sua casa.

– Seu vizinho é suspeito – Disse Sam olhando pela janela.

– Ãh? O quê? Quem? – O loiro colocou o hambúrguer na boca e comeu rapidamente – Eu não me importo com isso – O mais alto se aproximou e sentou na cadeira de frente para Dean.

– Não estou com fome – Dean colocou o hambúrguer no prato e olhou triste para seu professor.

– Se quiser ir embora, pode ir – Os dois se olharam e encontraram-se em um único sentimento.

Dean avançou para cima de Sam e o beijou, seus pequenos braços abraçavam o maior, eles andaram cuidadosamente até o quarto, Sam se sentou na cama e o loiro por cima dele, depois de alguns minutos se pegando fervorosamente, o maior tentou desistir, afastou o menor de si.

– Dean não, eu não posso – O loiro continuava beijando-o – Saia de cima de mim Dean – Ele não atendeu e então foi empurrado novamente.

– NÃO, EU TE QUERO – Suas mãos seguraram a mãos de Sam de um jeito que ele não conseguia se soltar.

– Está me machucando – Falou o maior e o loiro parou de apertar tanto.

– Eu preciso lhe tocar – Dean passou a amassar a barriga do mais velho, deixou muitas marcas facilmente identificáveis, o moreno sentia as dores e apenas suspirava, até que o loiro passou a beijá-lo loucamente sem ser correspondido, uns minutos depois ele parou, parecia ter voltado à si – Desculpe, eu não sei o que aconteceu – Sam tinha uma dúvida em si e não queria que o que estava pensando fosse verdade – Poderia ir embora? – Pediu Dean e foi atendido pelo maior.

– Como ele está? – Perguntou Castiel.

– Está muito forte, demais, ele poderia me massacrar facilmente – O anjo olhou seriamente para Sam.

–  Você acha que…

– Sim. Eu acho – Sam se sentou na cama do motel e suspirou.

– Afaste-se! – Disse o anjo de olhos azuis – Esqueça o diário, saia da cidade, HOJE – Ele não estava dando uma alternativa à Sam, era uma ordem, o mais alto sabia que teria que fazer isso, mas não aquela noite.

Ele pegou seu carro e voltou a casa de Dean, tocou a campainha, declarou seu amor e ambos se beijaram apressadamente.