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História Amor Incondicional - Mãe


Escrita por: Aivy

Capítulo 5 - Mãe


Fanfic / Fanfiction Amor Incondicional - Mãe

Ashlee – Amiga! Ele é tão lindo! Vou registrar o momento (Posicionei o celular filmando). Miguel que nasceu com dois quilos de bochecha e um de pinto está mamando com fúria total (“Você é louca” disse Camila com um sorriso fraco). Não atrapalhe minha narrativa, você não pode ficar falando (Falei pausadamente arrancando outro sorriso dela) Primeira mamada do Miguel, a mãe incrivelmente “organizada” não trouxe as luvas e ele está de meias nas mãos, mas a dinda avisou! (Shawn entrou na sala e ficou observando escorado na cama encantando). O pai chegou e só dá para ver metade dele. Abaixa um pouco que está cortando sua cabeça aqui na filmagem (Ele riu e simpaticamente posou ao lado deles e após um tempo saí dando privacidade ao casal).

Shawn – (Eu estava morrendo vendo a cena dos meus dois amores em cima daquela cama. Camila acariciava-o enquanto ele se alimentava observando-o). Você não imagina como está linda agora (A ficha não tinha caído para mim ainda, aquela mulher incrível que amo e admiro tanto era agora a mãe do meu filho. Sinuhe em breve estaria presente, ela vai me ajudar cuidando de Camila e do bebê durante o primeiro mês, isso me tranquilizava um pouco. Após sua chegada no hospital fui para casa, onde organizei tudo para recebe-los, mesmo sabendo que alta, só daqui a quatro dias por causa da recuperação da cirurgia).

Camila – (O primeiro mês foi estranho e difícil de se adaptar, estávamos caminhando para o segundo mês e as mudanças continuavam. Me senti tão estressada, tão cheia de coisas para fazer, mil e uma preocupações com o bebê estávamos em uma fase feliz, mas cansativa. Shawn reiniciou suas atividades na gravadora e não sobrava quase tempo livre para nós, ele até tentava se dedicar, mas estava difícil e cada vez mais nos distanciávamos como casal, maioria dos dias ele saía quando eu estava dormindo e voltava com a mesma situação e quando eu acordava, era ele quem estava dormindo. Nossos horários totalmente desencontrados abriam um abismo entre nós e enquanto pensava na vida tentando dormir mais um pouco, Miguel começou a chorar). Shawn.. Shawn (Chamei até que ele despertasse) Seu filho tá chorando (Ele resmungou algo que não entendi “Ah não Camz, pega ele só essa vez vai” Shawn protestou na cama). Ah.. por favor, to tão cansada.

Shawn – Por que você não deixa o papai dormir hein? (Falei acariciando o rostinho dele com o indicador, Camila me observava cheia de ternura, acho que durante toda essa semana era o primeiro dia que tínhamos um momento juntos. Um tempo nosso, já que não marquei nada para amanhã eu poderia ficar acordado. Entreguei o bebê a ela e deitei na cama vendo-o se alimentar “Que bocão! Tão guloso papai!” ela brincava e conversava com Miguel enquanto ele mamava e eu me apaixonava por mais um de muitos lados de Camila Mendes). Que mãe linda! (“Muito bobo” disse Camila timidamente com um sorriso. Andei com Miguel pelo quarto por um tempo, Camila me olhava atentamente, não costumava me ver com ele, porque quando cuidava dele era o momento que ela podia aproveitar para dormir um pouco melhor, após colocá-lo no berço, uma vontade incontrolável de beijá-la tomou conta de mim). O que eu faço pra não me apaixonar por você todos os dias? (Me ajoelhei próximo a ela, suavemente acariciando seu rosto, meus dedos deslizaram entre seus cabelos espalhando ainda mais o cheiro adocicado do seu shampoo, desde o quinto mês de gestação estávamos fisicamente separados, nunca estivemos tão perto e tão distantes ao mesmo tempo, o desejo de uma reaproximação nunca se fez tão forte como agora). To com tanta saudade.. (Sussurrei em seu ouvido beijando tudo que encontrava “Não, espera.. Deixa ele dormir” ela falou se afastando enquanto eu a cercava). Por que acha que o coloquei no berço? Ele está dormindo.. Só um beijinho vai (Continuei insistente, o que fez Camila rir finalmente permitindo que eu a beijasse, não foi só um “beijinho” como havia dito, foi um beijão cheio de saudade que ela interrompeu empurrando meu peito devagar, observei suas reações vendo que não sentia o mesmo desejo que eu e tentei entender o porquê disso). Quanto tempo mais vou ficar de castigo? (Perguntei sabendo que já havíamos ultrapassado os 40 dias de repouso indicados pelo médico, eu a conhecia bem o suficiente para saber que estava com medo de se machucar e apesar de toda a necessidade que sentia do seu corpo compartilhávamos em silencio esse mesmo medo. Eu não queria pressioná-la, não queria que fizesse para me agradar, queria sentir seu desejo, sua paixão por mim como sempre acontecia quando nos amávamos).

Camila – (Mesmo quando estava subindo pelas paredes Shawn não perdia aquele cavalheirismo europeu herdado de seus pais me tratando sempre com muito carinho e paciência, ele estava respeitando meu espaço, tentando ser prestativo para não me deixar sobrecarregada com o bebê e era a primeira vez que expressava objetivamente seus desejos depois do nascimento de Miguel. Eu estava sensível com aquele assunto, mudanças demais para pouco tempo, a fadiga, os horários desencontrados, o tempo e a atenção que dedico ao nosso bebê, as noites em claro cuidando dele, a recuperação do meu corpo a cirurgia cesárea, me sentia muito inchada e feia, tinha milhões de tipos de inseguranças diferentes com meu corpo agora e um medo absurdo de sentir dor durante a relação, tantas coisas entre nós.. Sexo não era algo que sequer havia se passado pela minha cabeça. Eu estava um pouco assustada com isso, o medo de magoá-lo rejeitando-o se fazia presente e eu não sabia como falar que não sinto vontade alguma. Por que me sentia assim sem tesão algum se o amo tanto? Me senti muito confusa e sem pensar fiz a pior das coisas naquele momento deixando-o se aproximar com aquelas intenções que eu não queria. Como o esperado ele não pulou em cima de mim, gentilmente suas mãos tocaram meu rosto envolvendo meu pescoço, seu polegar deslizava suavemente pelos meus lábios, os beijos no pescoço sem nenhuma pressa trilhando em direção a minha orelha que ele mordiscou devagar me causaram um leve arrepio, suas mãos escorregaram pelas minhas coxas levantando minha camisola, todas aquelas caricias me fizeram paralisar, em uma outra época certamente estaria enlouquecida no colo dele suplicante por mais, mas eu não conseguia me concentrar, minha mente estava em outro lugar e eu só conseguia pensar no nosso bebê que estava ali a poucos metros de nós, fato que ao ser lembrado me fez pedir que Shawn parasse imediatamente). Não..  (Falei afastando suas mãos um pouco ríspida com ele, talvez um muito, vendo sua expressão frustrada me encarar). Desculpa.. É difícil explicar (Ele continuou com os olhos fixos em mim aumentando meu sentimento de culpa). Não estou pronta ainda... (“Quer conversar comigo sobre isso?” ele perguntou jogando-se sobre a cama abraçando um travesseiro). Meu corpo está diferente, não parece feito pra isso... Meus seios não são para o prazer sexual, são pra alimentar meu filho. Minha pele não é para ser tocada ou beijada, ela parece exclusiva pra aquecer nosso bebê, tudo que eu penso está voltado para ele. Como posso fazer sexo me sentindo desse jeito? Nesse momento eu só consigo ser.. (Fiz uma pausa procurando a palavra adequada “Mãe” Shawn disse antes que eu mesma pudesse definir).



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