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História Amor Literário - Capítulo 15


Escrita por: Vacuum

Notas do Autor


Hey, hey, mais um capítulo para vocês!
Perdoem-me pela demora. ×.×
Boa leitura.

Capítulo 15 - Capítulo 15


Descemos da moto quando ele encontra um lugar para estacionar e andamos para a entrada da biblioteca, selo seus lábios de leve antes de entrarmos e nos separarmos. Vou para a sala dos empregados e começo a guardar minhas coisas em meu armário, após ter tudo guardado, bebo um pouco de água e vou trabalhar. Vejo algumas pilhas de devoluções de livros e encaminho-me para atualizar no sistema. Trabalho organizando o mais rápido o possível, sendo interrompido algumas vezes por alguém querendo informações ou pedindo para que eu registre algum livro como empréstimo, por fim quando termino, falta pouco para o EDL (encontro da leitura), então vou para a sala de sempre. 

 Desta vez iremos ler uma peça do Mágico de Oz, onde planejo que cada um possa ser uma personagem a cada dia, o que deve ajudar, além de elaborar e praticar a leitura, a se expressarem de melhor forma o que sentem. Espalho os puff's pela sala, dessa vez em forma de círculo e coloco a pilha de manuscritos da peça no centro do círculo. Estou a organizar alguns papeis na escrivaninha, de costas para a porta, quando sinto mãos circundarem minha cintura e lábios beijarem abaixo da nuca. Contenho um gemido ao tempo que giro para encarar os olhos verdes, assusto-me quando vejo os olhos cinzas tempestuosos de Christian. Liberto-me das mãos dele, quase subindo na escrivaninha para conseguir isso. 

— O que diacho acha que está fazendo, Christian? — Exijo saber mantendo um braço meio esticado entre nós para manter a distância. 

— Relaxe, ninguém vai nos pegar, Lucas vai avisar caso alguém chegue. — Ele torna a se aproximar, com mãos ágeis. 

— Não é isso, eu... só não quero... — Falo sem saber o que posso falar de minha relação com Gabriel. Ele se aproxima ainda mais, meu braço em seu peito é tudo o que impede ele de se aproximar mais. 

— Atrapalho algo? — Escuto vindo da porta, tiro o olhar de Christian e vejo Gabriel parado perto da porta e Lucas na abertura da mesma, com olhar assustado.

Gabriel nos encara com a mandíbula cerrada, braços esticados e postura empertigada, no olhar uma fúria gélida. Christian vira para o encarar, sua postura é relaxada e casual, ele não se afasta nenhum centímetro de mim.

— Não! — Respondo.

— Sim. — Diz Chris ao mesmo tempo. Saio de trás dele e me distancio um pouco antes de voltar a falar.

— Entre Lucas, seu irmão já está de saída. — Falo olhando para o Chris, tentando ser frio. Ele sorri divertido e contradiz.

— Na verdade, hoje vou esperar o encontro bem aqui — ele fala caminhando para uma cadeira numa das quatro mesas da sala, a puxa e acomoda-se nela.

Gabriel assiste a cena enquanto Lucas entra, ao ver que não faço nada, ele se vira e sai da sala. O acompanho com o olhar até que a porta fica apenas uma brecha e logo se fecha por completo. Finalmente caio em mim e começo a ir em sua direção, abro a porta e olho uma vez para trás.

— Volto já. — Digo a Lucas tentando sorrir.

Procuro ele com o olhar, sem o ver, saio andando pela biblioteca. Não o encontro na área das mesas, nem próximo ao balcão da entrada ou nos corredores por quais eu passei, estou preocupado pensando se ele não foi embora, quando sou puxado para um corredor e bato com as costas na estante. Paro a reclamação que está na ponta da língua ao notar duas esferas de fogo verde me encarando, acompanhadas por um rosto nada amigável.

— Que merda foi aquela na sala? — Sua voz sai baixa, porém com carregada de raiva. Fico sem resposta, apenas encarando seus olhos e sua boca que exigem algo de mim.

— Ele apareceu, chegou por minhas costas, pensei que fosse você... — minha voz sai baixa quando finalmente o respondo, sentindo-me culpado por algo que não tenho culpa.

— Vocês estavam agarrados, ou, está me dizendo que é a maldita princesa Peach e precisa de alguém para estar te salvando? — Ele faz a mesma analogia que fiz alguns dias atrás.

— Não, eu estava para me livrar dele quando você chegou. Eu não sou a maldição de uma princesa.

— Will, eu não vou te dividir com ninguém, se quiser ser meu, também vai ter que aceitar isso.

— Eu na... — Ele me corta falando.

— Se algum maldito ousar te agarrar, não vou me controlar como fiz hoje, entendeu? — Ele fala perto do meu rosto.

"Chama isso de controle? Santo Deus."

— Uhum — digo e tenho meus lábios tomados sem nenhum cuidado, ele beija forte quase me machucando, resmungo no começo, mas me entrego a esse beijo tão frenético. Estamos com a respiração entrecortada quando nos separamos, sua boca está mais vermelha do que sempre e a minha deve estar igual, se não, pior. — Agora eu tenho que ir, as crianças já devem ter chegado... você vem?

— Sim, com aquele cara lá, acho melhor.

Caminhamos até a sala e ao entrar, a maioria das crianças já estavam em um puff e algumas mães estavam espalhadas entre as mesas. Gabriel escolhe uma cadeira numa mesa no lado oposto ao de Christian e fixa o olhar em mim, sem notar como as mulheres lhe olham famintas.

Digo para que todos peguem um dos manuscritos da peça e que abram. Assim que o fazem, peço para que se apresentem pelos papéis que vão ter. O manuscrito com o papel selecionado de Doroty acaba com Bruno, mas ele insiste em trocar com Joana que pegou o Leão Covarde. Eu fico sendo o narrador e então começamos, do lado de fora da roda de puff's, fico narrando enquanto as crianças se levantam na hora de suas falas e tentam ler com as expressões, o que causa riso entre elas e em mim.

Divirto-me com a leitura, esquecendo dos outros que estão nos assistindo. Eles entendem a brincadeira e engajam com vontade, se divertindo fingindo ser outra pessoa. Os minutos passam muito mais rápido do que nós, que estamos nos divertindo, percebemos. Somente quando as mães e responsáveis começam a se aprumar, guardando seus pertences e arrumando suas bolsas nos ombros, é que noto o tanto que o tempo correu, confirmo que já está na hora de acabar por hoje e, digo assim que Leo (o homem de lata) termina sua fala:

 — Certo crianças, por hoje acabou, continuamos na quinta. — Bato o manuscrito na mão, sorrindo para eles.

— Ahhhhh. — Recebo de volta o coro desanimado das crianças que soltam ou batem o manuscrito no chão, outras apenas se levantam quietas e saem com seus responsáveis, me dando tchau antes de partir.

Começo a recolher os manuscritos do chão e os organizar em cima da escrivaninha. Em seguida junto todos os puff's num canto e me viro pronto para sair, Lucas e Christian ainda estão na sala, assim como Gabriel, suspiro pesado sem querer ter de lidar com eles dois.

— Eu disse que por hoje acabou, a menos que precisem de algo, peço que se retirem para que eu possa sair. — Olho para Gabriel, ele fica imóvel, olho para os irmãos e noto o desconforto de Lucas pedindo silencioso para o irmão sair. Suspiro levando a mão aos cabelos e a passo entre os fios. — Por favor, somente saiam — Lucas desce da cadeira e Christian o segura desviando o olhar de mim alguns instantes para o manter ao seu lado. — Tudo bem, então fiquem aí, quando saírem encostem a porta, te vejo na quinta, pequeno. — Falo para Lucas e caminho para a saída, já irritado com toda essa infantilidade.

Assim que saio, saco meu celular do bolso do meu jeans e começo a teclar uma mensagem para Gabriel.

[Will]: Nos falamos mais tarde, cabeça dura.

[Gabriel]: Okay.

É tudo o que recebo alguns minutos depois, forço-me a focar em meu serviço e saio dali, para evitar problemas com Christian.






Notas Finais


Mais uma vez, desculpem toda essa demora.


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