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História Amor Literário - Capítulo 17


Escrita por: Vacuum

Notas do Autor


Obrigado mais uma vez por toda a paciência que vocês tiveram e tem para comigo. Agradeço também os 26 favoritos *-*, os comentários e a todos que leem. ♡
Sem mais prolongações, sirvam-se. Kkkk

Capítulo 17 - Capítulo 17


Afastamos nossas bocas em busca de ar e sorrio quando ele me aperta contra si, abraço firme sua cintura o prendendo mais a mim. Ficamos apenas escutando a respiração e coração um do outro enquanto aproveitamos o silêncio do estacionamento.

O alarme de um carro apita algum ponto a frente ao ser destravado e logo o ronco do motor ligado alcança meus ouvidos. Nos soltamos e dou um selinho nele antes que ele se afaste e monte na outro.

– Vamos passar na sua casa ou vamos direto para a minha? – Pergunto só para quebrar o silêncio momentâneo.

– Vou passar lá para pegar umas roupas e depois eu pego o resto. – Ele fala acabando com o assunto.

Gastamos poucos minutos para parar em frente a casa do pai dele, que é perto da biblioteca. A casa não é muito grande, mas é bem cuidada e bonita, o portão de grades que cerca toda a frente é preto, as paredes da casa têm porcelana acinzentada mais ou menos até um metro e vinte centímetros de altura, para cima, é pintada de cinza escuro. Em um dos cantos tem um pequeno jardim com alguns vasos de flores e uma roseira plantada no chão ocupa a maior parte do pequeno recanto verde. O chão é de cimento queimado e posso ver um corredor que leva para os fundos da casa. Gabriel destranca o portão me deixando entrar, depois apenas encosta e segue para a porta de entrada.

Assim que entramos e a luz está acesa, consigo botar o trabalho caprichoso que eles tem. Seguimos pela sala, passando pela estante com vários livros e porta retratos da família, na saída da sala, tem três portas, dois quartos e um banheiro, ele me diz que é o quarto do pai e da irmã dele. Passamos por esses cômodos, e chegamos à cozinha, grande, espaçosa e com uma mesa de seis lugares no centro, em um dos lados da pia tem uma porta que dá acesso ao quintal dos fundos e do outro um corredor que dá acesso a uma pequena despensa e finalmente o quarto dele.

Entramos em seu quarto, sinto seu cheiro e noto coisas que já percebi que ele gosta. Em um lado tem uma estante de livros, em cima dela, tem alguns troféus de basquete (denunciados pelo jogador que está em um salto com a bola na mão). A cama fica abaixo de uma janela grande, em frente a cama tem uma TV e uma cômoda comprida com oito gavetas e duas portas, em cima da cômoda tem coisas aleatórias, o cantinho da bagunça dele. Jogo-me na cama dele enquanto o mesmo avança para a cômoda, começa a pegar algumas peças de roupa e deposita na cama.

Fico deitado apenas sentindo o seu cheiro no travesseiro, sabendo que ele vive aqui e, que agora, por minha causa, ele foi expulso da própria casa. Não consigo não me sentir um tanto culpado pela situação. Desperto de meus pensamentos culposos ao escutar um barulho vindo de algum outro cômodo da casa. Fico em silêncio focado em escutar qualquer som.

– Gabriel, acho que tem alguém na casa. – Falo saindo da cama e aproximando-me dele. Que me olha confuso por alguns instantes até entender.

– Fica quieto que eu vou ver. – Ele se encaminha para a porta, deixando-me sozinho no quarto, sem pensar duas vezes, me armo com um capacete e o sigo de perto.

Andamos pela cozinha escura, a luz da sala está acesa e uma sombra se aproxima da entrada da cozinha, Gabriel encosta numa das paredes e eu me escondo do outro lado. Assim que o cara entra na escuridão da cozinha, Gabriel o agarra pelo pescoço e eu desço com o capacete na cabeça do cara. Assim que o puff do capacete encontrando a cabeça se faz audível, um au o acompanha em alto e bom som.

– O que é isso? Por que estou sendo atacado? – Ao escutar, Gabriel solta o cara e se afasta um pouco.

– O que faz aqui, Rafa...el? A última vez que o vi, pensei ter deixado claro que não quero falar com você.

Gabriel anda até o interruptor e acende a luz da cozinha, enquanto isso, Rafael o segue tentando chamar sua atenção. Se Gabriel tem uma aura forte e implacável, Rafael parece ser de riso fácil e alegre, do tipo que anima a todos. Pele bronzeada, cabelo preto e olhos castanhos, meio sem jeito, ele é quase do meu tamanho, mas é mais musculoso do que meu Olhos Verdes.

– Biel – ele começa, como se estivesse tentando se desculpar. – Eu gosto da Jéssica, você sempre soube, ela tinha me falado que vocês brigaram e terminaram, ela me seduziu. Não estou dizendo que não tenho culpa, só que...

– Rafa, não importa, você transou com minha namorada...

– Ex-namorada. – o corrijo.

– Isso, você transou com a Jéssica enquanto eu estava com ela e mesmo que tivéssemos terminado, você nem pensou duas vezes antes de dormir com ela.

– Eu não resisti, sabe como ela é quando quer ser sedutora. E depois daquele dia, eu nem tenho a visto por sua causa, porque nossa amizade vale mais do que ficar com ela. – Ele tateia o topo na cabeça e faz uma expressão de dor.

– Não vou te desculpar só por ter apanhado um pouquinho e por me pedir desculpas. 

Aproximo-me deles e falo:

– Vai o desculpar porque é o que quer, pare de se fazer de durão. – Pela primeira vez na conversa, eles olham para mim, Rafael — o melhor amigo traidor — me encara sem saber quem sou e perplexo por eu meio que ter acabado com o assunto de uma vez. – Prazer amigo traidor, sou William, namorado do machão aqui.

Ele fica me encarando sem esboçar reação alguma, até que direciona o olhar para o Olhos Verdes, ainda sem nada falar.

– Você é gay.

– Bem, eu namoro um cara.

– Desde quando você é gay?

– Desde que conheci o Will.

– Seu pai sabe? E a Ali?

– Sabem, Ali gostou do Will, meu pai... nem tanto, ele me expulsou de casa.

– O que? Sério? Você pode ficar lá em casa.

– Valeu, mas vou ficar com o Will na casa dele.

– Com o Will, né... – Ele sorri de modo sacana alternando o olhar entre nós dois.

– Pare de idiotice ou o Will te acertar outra vez. – Ele fala sorrindo, e vejo como ele sentiu falta da amizade do amigo.

– Não quero ser estraga prazer, mas não é melhor você pegar logo suas coisas antes que seu pai volte?

– É, tem razão...

Após isso, voltamos ao quarto e os ouço falarem das peripécias que aprontaram na infância, dos micos e de como as garotas sempre davam em cima do Gabriel e não do Rafael e que agora elas iriam ter que se contentar com ele, já que eu “converti” o Gabriel. Recebi até um abraço por este feito incrível, palavras do Rafael.

Por fim, Gabriel acabou de arrumar a mochila e decidimos ir embora, nos despedimos do amigo do meu namorado e fomos para minha casa. Onde proporcionamos prazer um para o outro mais uma vez, e, só paramos ao ficarmos sem forças e ofegantes. Deito sobre o peito dele, onde recebo um cafuné gostoso e acabo por adormecer.


Notas Finais


Desculpem-me mais uma vez pela demora e espero que tenham gostado do capítulo.


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