História Amor Literário - Capítulo 2

Assim que Lucas viu seu irmão, ele saiu correndo para o mesmo, pulando e o abraçando. Fazendo parecer um garoto totalmente diferente do que aparece toda terça, quinta e sábado no encontro. Já seu irmão, quase não lhe da atenção, bagunça um pouco os cabelos do menor com a mão e fica a me encarar de um jeito incômodo.

— Oi, está entregue, caso for vim buscar ele quinta, não se atrase a menos que tenha um bom motivo. — Digo mexendo em uns papéis apenas para não ficar sem fazer nada.

— Certo, desculpa o atraso e desculpe deixar ele com você,  não queria incomodar.

— Tudo bem, ele não incomoda. Com licença, eu tenho que trabalhar. — Sorrio de leve, dou tchau para o pequeno e vou fazer minhas coisas.

O resto do dia corre normalmente, quando vejo, já está na hora de eu ir embora. Pego minhas coisas no armário e me encaminho para a saída. Antes de ir para o metrô eu passo rm um MC para comprar um sorvete e finalmente ir embora.

"Amanhã tenho que chegar cedo." Fico com esse pensamento até chegar em casa. Sinto como se estivesse sendo observado enquanto destranco e tranco a porta, mas deve ser só paranóia minha.

Descongelo e frito dois hambúrgueres para comer, esquento o arroz e o macarrão com queijo. Coloco tudo em um prato e vou comer na sala, enquanto assisto minha série favorita.

Acabo por dormir estirado no sofá com a TV ligada. Desperto horas depois com o toque do meu celular, acusando ter chegado uma mensagem.

[Número Desconhecido]: Oii, boa noite. ;)

[Will]: Olá, quem é?

[Número Desconhecido]: N salvou o meu número... 

[Will]: Não sei quem é você! ;-;

[Número Desconhecido]: Christian.

[Will]: Christian de onde?

[Will]: Espera, o irmão super responsável do Lucas?

[Christian]: Isso, n fale assim, n fiz por querer... :-/

[Christian]: E n sabia q vc é tão bonito. 

[Will]: Uhum, isso é bom certo? Pq assim você chega na hora certa na próxima vez. =)

[Christian]: Certo, tá bravo cmg? :(

[Will]: Pq estaria? Não m fez nada.

[Christian]: Vc trabalha todo dia?

[Christian]: Saí q hrs de lá?

[Will]: Pq o interesse?

[Christian]: Vc é interessante, qro te conhecer.

[Will]: É só ir com seu irmão nos dias do encontra da leitura, fácil não?

[Will]: Encontro*

[Christian]: Mas lá n posso fazer o q eu qro. :-P

[Will]: Já pensou que talvez seja por isso que sugeri lá, espertão?

[Christian]: Wil, n faz assim, qro te conhecer. :'(

[Will]: ...

[Will]: Okay, vou te dar uma oportunidade para tentar me convencer, para onde pretende me levar?

[Christian]: Além de pra cama?

[Will]: Idiota. -_-

[Christian]: Estou brincando, calma. Rsrs

[Christian]: Q tal sairmos para comer? Eu pago. ;-)

[Will]: Comer? Isso é o melhor que pode fazer?

[Christian]: Poxa, então o q qr fazer? Õ.ô

[Will]: Você que quer sair.

[Christian]: Então vamos em uma rave? B-)

[Will]: Se sairmos para comer, depois você me deixa em paz? 

[Christian]: N prometo nada.

[Will]: Então, não. :)

[Christian]: ~imagem~

[Christian]: Vai perder tudo isso?

[Will]: Narcisista, não preciso e nem quero isso.

[Christian]: ~áudio~

[Will]: VOCÊ É UMA PESSOA HORRÍVEL, USANDO SEU IRMÃO, QUE GOLPE SUJO!!!

[Narcisista Oportunista]: E então?

[Will]: Próxima quinta, no meu horário de almoço, vamos nós três no MC e pode se retrarar com seu irmão lá.

[Narcisista Oportunista]: Combinado.

[Will]: Agora me deixa dormir, boa noite.

[Narcisista Oportunista]: Boa noite meu lindo. ;-*

Reviro os olhos, coloco o celular no silencioso, desligo o celular e vou para a cama.

Quarta passa rápido e cheio, não paro por um momento. Observo que o olhos verdes não veio hoje,  o que é estranho, já que ele sempre vem quarta. E não somente isso, hoje cheguei vinte minutos adiantado. É uma vitória.

Depois do trabalho, passei no antiquário da minha tia, já que ela tinha me dito ter algo para mim, que é um vaso antigo, feito de barro, com entalhes dourados, e com uma tampa igual, parecendo até uma urna.

Ao chegar em casa, o deixo em cima do móvel da sala e vou para o quarto trocar de roupa  ou seja, caminho até o quarto, me dispo ficando só de boxer. Volto andando para a sala e vejo Dylan no sofá, um gato amarelo avermelhado que volta e meia aparece em minha casa.

— Hey Dylan, o que acha de um pouco de sardinha? — Como se ele me entendesse, ele mia e vem atrás de mim, entrelaçando-se por minhas pernas. Pego uma das latas de sardinha que comprei para ele e coloco aberta no chão. — Como seria bom se você fosse humano.

Deixo ele comendo e pego leite e cerea, coloco numa tigela funda e como encostado na bancada da pia. Sinto a mesma presença que senti ontem. Então me afasto da janela e fico do lado de Dylan, o que de algum modo me conforta. Quando ele termina de comer, o pego no colo, passo na sala para fechar a janela e vou para meu quarto, onde jogo Dylan em cima da coberta, pulo embaixo e deixo Dylan se ajeitar onde quer. E com a segurança que um gato doméstico grande de uns seis quilos me dá, eu acabo dormindo.