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História Amor Literário - Capítulo 3


Escrita por: Vacuum

Notas do Autor


Olá, bom dia, tarde, noite ou madrugada.
Sou eu outra vez, para o desânimo (ou não) de vocês. Minha fic foi favoritada por duas pessoinhas e uma delas ainda deixou um comentário. ❤😬
Eu estava indo deitar quando pensei. Por que não escrever o terceiro capítulo? Afinal, amanhã você só tem que acordar cedo para ir a sua consulta! Coisa boba. Kkkk
E então eu comecei, espero terminar antes de dormir.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Depois de dormir aos olhos atentos de Dylan, um gato que mal conheço e já considero tanto, acordo bem e renovado. Quando desperto, Dylan já não está na cama, o traidor me abandonou no meio da madrugada, que audácia!

Saio da cama e vou para o banheiro, preciso de uma boa chuveirada antes de ir para o trabalho. Esfrego bem o corpo e depois lavo o cabelo, que por algum motivo, se não o lavar por um dia sequer, ele parece criar vida e personalidade própria. De banho tomado, seco o corpo enquanto corro para meu quarto tremendo de frio. Paro na cama somente o tempo de pegar minha manta e a enrolar em mim. Pego uma boxer listrada, uma calça jeans escura, uma camiseta cinza e uma camisa xadrez preta com branco. Visto-me o mais rápido possível e vou a procura de meias na lavanderia. Arranco uma do varal e saio pulando casa adentro tentando as calçar. Paro na cozinha para comer algo. Como dois pães com requeijão, um copo de suco de abacaxi e um pedaço de bolo de leite (meu favorito). Depois corro de volta para arrumar minha bagunça em meu quarto e pegar minha mochila na sala antes de ir.

Saio de casa no mesmo horário de ontem, faço o já decorado trajeto até o primeiro metrô, depois pego o trem e torno a pegar um outro metrô. Chego no serviço ainda mais cedo. Tenho tempo até de tomar um café antes de ir para a biblioteca.

Faço tudo como sempre, passo o cartão no leitor e bato o ponto.  Guardo minhas coisas e começo a trabalhar. Checo as devoluções e vou atualizando os cadastros respectivos cada uma. Antes que eu termine, uma garota chega com sete livros nos braços, me entrega cinco e pede para renovar os dois maiores. Os renovo para ela e pergunto se posso fazer mais algo, ela diz que não e agradece, indo embora em seguida. Aproveito para marcar como okay os devolvidos e passo para outro cadastro.

Com a parte da informáticaresolvida, pego os livros para devolver a suas estantes. Estou no final do corredor P, quando alguém se aproxima por minhas costas.

— Ei.

— Sim? — Digo sem me virar. — No que posso ajudar?

— Bem, sabe... Queria me desculpar por terça-feira — reconheço a voz firme e me viro para o encarar. Ele estava olhando para minhas costas, quando me viro, seu olhar sobe para o meu e sinto minha face quente. — Então, foi mal.

— O que, acha que um foi mal — digo imitando o seu tom — é o suficiente? Nenhum agrado, comida ou flores?

— Sério? — Ele pergunta confuso.

— Não, relaxa, acontece. Deixa pra lá. E então, precisa de mais algo? 

— Não. — Diz e saí andando normalmente. Me pego olhando para o traseiro farto dele e ruboresço.

— Droga Will, se concentra no trabalho e não na bunda sexy do olhos verdes. — Falo baixo para mim.

Volto a trabalhar e quando vejo, já está na hora das crianças chegarem, levo o carrinho de volta ao balcão, ainda com alguns livros em cima e corro para arrumar a sala.

As crianças começam a chegar quando estou terminando de ajeitar os puff's. A cada um que entra, entrego um livro e um envelope colorido. Comprimento alguns pais e peço para se sentarem. Não vejo Lucas em meio as crianças, o que me chateia um pouco, já que preparei algo mais interativo para hoje. Encosto as portas e caminho para meu lugar, na frente de todos.

— Dentro do livro de cada um, tem um envelope, peço que não abram ele agora. O livro de hoje... — ouço baterem na porta e fico quieto esperando. Lucas coloca a cabeça na porta e fica vermelho quando percebe que todos estão olhando para ele. — Entre Lucas.

Vejo ele e Christian entrarem. O menor senta perto da amiguinha e Christian, vendo os pais, senta-se em uma mesa vazia. Entrego um livro ao pequeno e torno a falar.

— Como estava dizendo, dentro do livro tem um envelope, que não deve ser aberro agora. Primeiro iremos terminar de ler o livro e aí sim, cada um vai escolher alguma frase do livro para escrever e vão colocar os envelopes aqui no centro, depois vocês vão escolher um amigo para trocarem os envelopes... Vejamos, paramos na página 62, capítulo XVIII. Luana, pode ler esse capítulo para a gente?

— O pequeno príncipe atravessou o deserto... — ela começou a ler, depois passando para outro e outro. Assim fomos lendo, um por um, até terminarmos o livro.

O tempo todo, Christian se manteve atento a mim, quase me desidratando de tanto me secar. Coisa que eu fingi não notar. Pouso meu exemplar de O Pequeno Príncipe na mesa atrás de mim e começo a entregar cartões de cartolina e canetas para escreverem a frase que escolheram. Todos começam a escrever e a guardar, quando todos acabam, autorizo a troca.

— Agora, abram os envelopes que ganharam, vejam a frase que escreveram para vocês e o número que tem dentro do envelope. Depois procurem o número pela sala e o que acharem em seus números, é um presente para vocês.

As crianças saem revirando a sala, cada uma em busca do próprio número. Até os adultos entram na brincadeira, ajudando a procurar e pegando os saquinhos marcados com os números. Ao abrirem, eles encontram doces, chocolates e sementes de flores.

— Tem uma sementinha de flor em cada saquinho, quando vocês chegarem em suas casas, peçam aos seus pais para ajudaren vocês a plantarem. Para que vocês cuidem e amem, igual o Pequeno Príncipe fez com a rosa dele. E antes que vocês saíam, este sábado não irei vir, portanto, quem vai fazer o encontro com vocês será a Bianca. — Eles resmungam reclamando que gostam mais de mim, que a Bianca não dá doce e nem brinca, mas acabam saindo sem nem se despidirem, intertidos com os doces.

Quando todos saem, guardo dos puff's e os livros, também recolho os envelopes e papéis que deixaram no chão, na agitação. Christian empurra a cadeira em que estava, para baixo da mesa e se junta a mim e a seu irmão.

— Podemos ir? Estou doido para comer — ele fala com um sorriso sacana, me olhando de cima a baixo.

— Só tenho que falar com meu supervisor, aí podemos ir.

Encontro Marcos perto do outro lado da biblioteca, onde ficam as mesas de estudos. O inforno rapidamente e saio com ambos os irmãos para o fast food. A caminhada até lá é curta, Christian não para de me fazer perguntas, sobre o que gosto, como sou e coisas mais pessoais. Tipo, muito pessoais mesmo. Também faço algumas perguntas para ele, que responde com vontade. Descubro que ele é um ano mais novo que eu, tendo dezoito anos; seus pais são divorciados e que ambos vivem com a mãe ; que ama sair de noite e se descobriu gay com quatorze anos.

Entramos no prédio do MC Donald's e sentamos em uma mesa na janela. Um homem na casa dos quarenta se aproxima e pega nossos pedidos, Lucas pede um MC Lanche Feliz (só pelo brinquedo) e um milkshake de chocolate, Christian pede um Big MC, uma coca e uma batata grande, peço como Lucas, com a mudança que peço um suco e o novo sorvete.

Ficamos conversando sobre nossos planos para o futuro enquanto nossos pedidos não chegam, falo que quero fazer uma faculdade na área da natureza, mas não escolhi ainda se com animais, ecoturismo, ambientalismo ou botânica.  Chris me fala que cursa publicidade e propaganda, numa universidade cara do centro. E Lucas diz querer ser igual a mim ou a seu irmão, o que nos faz rir.

Quando nossos pedidos chegam, dou meu boneco para o menor e começo a comer um pouco com pressa, tenho que voltar ao trabalho logo. Enquanto comemos, fico observando Christian, ele é charmoso e bom de papo, e quando falo, ele me observa de tal forma, que parece degustar cada palavra boba que saí de minha boca. Ele é alguns centímetros menor do que eu, tem um sorriso bonito e um riso gostoso, seus olhos cinza são penetrantes e quentes, tem um bom corpo e porte.

“Aposto que deve ser bom na cama” penso vendo ele sorrir e coro depois.

— Tudo bem, Will? — Ele pergunta com um meio sorriso, o sacana deve saber que pensei besteira.

— Uhum, estava aqui viajando um pouco nos pensamentos.

— Deve ter sido pensamentos muito bons. — Ele coloca o canudo na boca e chupa refrigerante por ele, sem desgrudar os olhos de mim. — Delícia — diz largando o canudo.

“Caralho, que calor.”

Como tudo mais rápido, deixando o sorvete por último e peço a conta. Christian insiste em pagar tudo, mas não deixo e acabamos dividindo. Assim que saímos, dou tchau para eles. Christian segura meu braço e quando viro, ele me puxa e dá um beijo, quando sinto sua língua, o empurro saindo de seu alcance.

— Por que fez isso?

— Porque queria o fazer desde terça, quando te vi.

— Você não devia ter feito isso, tchau Christian. — Dou-lhe as costas e esbarro em alguém, que só vejo ser o olhos verdes depois de me desculpar.

O resto do dia, eu trabalho no modo automático. Com o beijo e o olhar confuso do olhos verdes na cabeça. Acho que ele não tinha notado que eu sou gay.

Estou terminando de colocar os livros nas estantes para de ir embora, quando alguém me chama. Viro e me deparo com ele e seus olhos verdes intensos.

— Quero falar com você. — Ele diz em tom autoritário, seco e direto. Olho para ambos os lados a procura de alguém, mas o corredor está vazio.

— Cla-claro, o que foi?


Notas Finais


Aaaaah, eu finalmente terminei. Kkkkkk
Comecei a escrever esse capítulo no domingo, quase onze horas da noite. 😅
Ontem não consegui postar, pois passei o dia inteiro com dor de cabeça. Só espero que tenha ficado bom. E desculpem por qualquer erro. Não que seja uma desculpa, mas a dor estava realmente forte, mas já melhorei. 😬


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