História Amor livre - Conversando

Emma acorda com a luz do sol batendo em seu rosto. Sua cabeça latejava, ela então decide não se mexer, tentava juntar o máximo de memória da noite anterior. Ela e Regina competiram para ver quem virava mais. Depois de muitas rodadas e da participação dos amigos na competição, apenas de Ruby e KIllian, pois os outros foram dirigindo, Killian foi embora com o Peter e Ruby foi com o August. O que aconteceu com ela, Regina e Zelena? Zelena dirigiu, não? A dor de cabeça foi diminuindo e ela abriu os olhos lentamente. Ela estava no quarto de Regina. Vestia uma camiseta larga, batia no início de suas coxas. Ela olha para cama e ve que está sozinha, não estava vestindo nem sutiã e nem calcinha.

- Que merda eu fiz noite passada? Droga – ela falou se levantando.

- Só se divertiu muito – Regina responde, ela estava na porta e ouviu o questionamento da loira.

- Regina, eu ah – Emma tinha se assustado, não tinha visto Regina ali – desculpe, eu não lembro muito bem o que aconteceu depois que saímos da balada.

- Como assim? Você não lembra da nossa noite de amor ardente? – ela fazia um biquinho.

- Não... – Emma respondeu incerta. Regina gargalhou.

- Que bom, senhorita Swan, pois não teve uma – ela responde e se aproxima da namorada, sela seus lábios e se afasta um pouco, sentando na cama.

- Não?

- Emma, você estava bêbada! Acha mesmo que eu ia me aproveitar de você naquele estado? Sei que eu também não estava nada bem, mas nunca faria isso!  - ela sorri para a namorada – a nossa primeira vez será especial – Regina disse isso e estranhamente se sentiu meio constrangida.

- Está com vergonha, senhorita Mills? – Emma pergunta se aproximando.

- Achou mesmo que eu teria feito algo? – ela pergunta ainda olhando para o chão.

- Amor, não é isso. Olha para mim – ela puxa delicadamente o queixo de Regina, a fazendo lhe encarar – não pensei nada de mal. Nós duas bebemos muito ontem, e eu sei que se tivesse acontecido, é porque eu também quis. O que não é difícil já que eu sempre te quero na minha cama – ela ri, fazendo Regina sorrir.

- Palavras perigosas para quem está só com uma camisa, Swan –Regina sorria, enquanto Emma se aproximava lentamente e logo se sentou no colo da namorada.

- Eu gosto do perigo – ela diz, e logo morde o lábio inferior da morena – Regina, já que estamos falando disso... acho que tenho que te falar uma coisa.

- Diga, mi ángel. Estou toda a ouvidos – Regina colocou Emma sentada ao seu lado e se virou para ficar de frente para a loira que imitou seu ato.

- Bem na verdade são duas coisas, não sei até aonde vai o meu limite, sabe, sem você ficar constrangida ou irritada com as perguntas. Mas você pode me perguntar o que quiser, sou um livro aberto para você – a aluna falava rapidamente como sempre acontecia quando ela estava nervosa.

- Amor, você pode me perguntar o que quiser, sempre que quiser! Não quero esconder nada de você – ela a olhou e logo se aproximou e beijou a bochecha da namorada – pergunte e me fale o que quiser – Emma respirou aliviada.

- Tudo bem, você sabe que eu não sou mais virgem, certo? – Regina confirmou com a cabeça – eu perdi com o Killian, ele foi o único homem com quem transei.

- E mulheres? Quantas foram? – Regina a cortou, ela estava querendo saber aquilo a um bom tempo, mas tinha medo de ser muito intrometida e assustar a loira. Emma corou e automaticamente olhou para as mãos – olhe para mim, minha pequena – Regina levou sua mão ao queixo da loira a fazendo olha-la.

- Nenhuma – Emma falou, a olhando nos olhos.

- Como?

- Nenhuma, Regina. Eu nunca fui até o fim com uma garota. Eu queria esperar a pessoa certa na minha vida, ou o momento certo. Nunca quis só sexo sabe? Queria ter uma conexão com a pessoa, não algo carnal, algo de alma. Não sei se isso existe mesmo, mas ainda sim esperei – Emma estava constrangida confessando isso para sua namorada, era coisa boba, da menina sonhadora que Emma era. Mas ela não conseguia evitar, isso era quem ela era.

- E a cada dia que passa eu realmente acho que você á demais para mim, Emma – ela coloca a mão no rosto de Emma e se aproxima, dando um beijo de esquimó em nela, a fazendo rir.

- Não me acha idiota por ter tal pensamento? Ou sei lá inexperiente demais para você? – a loira pergunta, ainda não totalmente segura.

- Claro que não! Idiota? Emma, eu te admiro! Eu fiquei com tanto medo de admitir quem eu era para mim mesma, que na minha adolescência eu sai com vários homens, que só queriam se aproveitar de mim, e eu sabia disso. Mas o medo de encarar quem de fato eu era, era maior. Você é forte por ter admitido para si mesma e para seus pais. E eu te admiro muito por esperar a sua hora. E saiba que eu vou esperar a sua hora, não importa quanto tempo demore.

- Na verdade... – ela fez uma pausa, estava pensando em como falar aquilo – é você, Regina. Eu sei que é – a morena a olhou, sem entender muito bem – eu quero transar com você. E você já disse várias vezes que não quer fazer nada apressado e quer que seja perfeito, então eu confio em você.

- Emma, tem certeza? Eu não quero te pressionar em nada – ela se aproximou e passou o polegar na bochecha da loira – se quiser esperar mais um pouco, tudo bem.

- Bem, agora, tipo agora, eu não posso fazer nada. Tenho que tomar um banho e ir para casa pois prometi para a minha mãe que iria almoçar lá, lembra? – Emma disse rindo, fazendo Regina gargalhar.

- Sim, eu me lembro. Pode tomar banho, já deixei uma toalha separada para você - ela disse apontando para o banheiro de seu quarto.

- Tudo bem, já tomou banho? – a morena confirmou – então vá se arrumar, a almoço sai em – Emma confirmou em seu celular a hora – nossa, em 30 minutos.

- Me arrumar? – Regina questionou.

- Claro, almoço de domingo é em família! – a loira disse sorrindo – você e Zelena são da família. A dona Mary mesmo disse, não sou só eu falando, tá? – ela se aproxima e beija a namorada – já volto, se arrume – Emma foi para o banheiro, deixando uma Regina pasma para atrás. Então agora ela fazia oficialmente parte da família Swan?

- Porque a cara de retardada? – a voz de Zelena se faz presente no cômodo.

- Emma, ela chamou a gente para o almoço hoje – ela respondeu, ainda olhando para o nada.

- Está bem, e daí? Já comemos com os pais dela antes, aliás eles são nossos amigos, lembra? – Zelena entonava em sua voz como isso era obvio.

- Eu sei, sis. Mas a Emma disse que almoço de domingo é o almoço de família – ela falou sua preocupação. Para qualquer outra pessoa ainda seria meio confuso as coisas que Regina falava, mas não para a sua irmã. Ah, Zelena tinha entendido muito bem.

- Ah não! Você não vai se apavorar por essa palavra e surtar! Você não fez isso nem quando ela te pediu em namoro, nem quando ela disse que te amava e nem quando ela disse tudo aquilo para a Mary no restaurante na sexta – Zelena sabia o pânico que a irmã tinha de se envolver. Família para ela, era apenas ela e Zelena. Sempre foi, dês da morte de seu pai.

- Não, Zel. Esse não é o problema – Zelena a olhou confusa e se aproximou mais – eu não quero fugir. Eu não entrei em pânico quando ela disse isso.

- Não? – Zelena estava mais confusa ainda, a morena negou com a cabeça – então qual o problema?

- Eu não entrei em pânico quando ela disse isso – e novamente as falas da professora poderiam ser confusas para qualquer um, menos para a ruiva.

- Você realmente ama ela, não é – Regina confirma com a cabeça – você sabe que ela não vai te magoar, né? Eu conheço Emma a anos, ela não é assim. Não é igual aos outros do seu passado, sis. Ela está entrando pura nessa relação, não tem fantasmas do relacionamentos passados, então não é justo com ela que você entre com os seus. Largue a sua armadura, ela te ama.

- Ela veio me salvar da minha escuridão, não é? – a morena pergunta. Mas não precisava da resposta. Ela sabia, Emma Nolan Swan é a sua salvadora