História Amor livre - Conhecendo a família Nolan Swan

Emma estava uma pilha, sua professora iria jantar em sua casa. Ela sentiu algo dentro de si tão grande quando Regina a encarou depois que ela se apresentou, que ela simplesmente não queria ficar longe. Então começou a falar com sua professora pelo corredores, até que Regina a chamou de anjo. Seu coração quase parou quando ouviu isso. E ela ainda foi escolhida para ser a representante de turma pela professora.

Regina e Zelena saem e ela fica conversando com a mãe, combinando o que faria para o jantar dessa noite, e sua mãe fala que Zelena contou que sua irmã fazia uma sobremesa deliciosa e iria leva-la. Logo o sinal toca e ambas vão para a sala da loira, já que sua mãe daria aquela aula. Em um piscar de olhos as aulas do dia acabaram, e Emma ficou na escola ajudando sua mãe a organizar as aulas dos alunos mais novos. Ela não era fã de números, mas sabia que ajudar sua mãe era um ótimo exercício para si mesma. Ela trabalha durante a tarde na escola, cuidando dos mais novos, mas hoje não teria aula para eles. Seu pai foi busca-las as 16:30. Correram para casa. Emma foi tomar um banho enquanto Mary e David compravam algumas coisas que faltavam para o jantar. Logo Emma e Mary começaram a preparar a janta. Optaram por um Fettuccine Alfredo, uma massa leve e saborosa. Mary e Emma foram se arrumar. A loira estava nervosa, queria impressionar a professora nova. Colocou um vestido branco, ele ia justo até sua cintura e depois ficava rodado, indo até o meio de suas coxas. Colocou uma sapatilha e um laço branco no cabelo, que ela deixou solto, em ondas perfeitas. Muitos diriam que ela estava infantil, mas na verdade ela estava angelical. Queria muito parecer um anjo para sua professora, fez uma maquiagem leve e logo ouviu a campainha.

- Pode deixar, mãe! Eu atendo! Pode terminar de se arrumar – Emma gritou enquanto corria para a porta – Boa noite, professoras! Entrem, por favor – Emma deu passagem para ambas entrarem.

- Boa noite, minha estrelinha! Sempre educada– Zelena cumprimentou – trouxemos vinho e torta de maça – Zelena já conhecia a casa da amiga então foi em direção a cozinha levando os alimentos. Deixando aluna e professora sozinhas.

- Boa noite, querida – Regina lhe beijou o rosto, fazendo ambas corarem – você está linda, Emma. Impossível não dizer que você parece um anjo agora – Emma sorrio com essa afirmação. Olhou Regina da cabeça aos pés. Ela estava com um salto preto e um vestido vermelho colado ao corpo, o decote muito chamativo, a loira teve que reparar e um batom igualmente vermelho na boca.

- Adoraria dizer que você parece um anjo – Emma diz um pouco mais baixo, se aproximando da professora – mas acho que anjos não podem ser tão sedutores e provocativos assim – a menina não sabia o porquê estava falando isso, mas queria ver a reação de sua professora com a fala. Regina sorriu e se aproximou de seu ouvido.

- Acho que isso não é uma regra, pois se for, você acaba de quebra-la – ela sussurrou no ouvido da aluna, fazendo a menina se arrepiar. Sorriu com isso e se afastou. Elas ficaram se olhando, e novamente se perderam uma no olhar da outra.

- Professora Mills... – Emma começou, mas foi interrompida por Regina.

- Regina, por favor – falou.

- Tudo bem, Regina – ela suspirou – você tem namorado? – Regina se surpreendeu com essa pergunta, mas sorriu logo em seguida.

- Não, Emma – ela suspirou e logo continuou – Não sou hetero, meu último namorado foi na adolescência quando me assumi – ela riu. Emma se surpreendeu muito com essa resposta. Ia perguntar algo mais, mas Regina foi mais rápida – E não tenho namorada também – Emma não segurou a felicidade que sentiu com aquela afirmação.

- Então quer sair comigo tomar um café um dia desses? – Emma perguntou, de onde tinha tirado coragem para isso era um mistério para ela.

- Emma, você é só uma menina! E é minha aluna – Regina começou mas Emma a cortou.

- Mas você quer, não quer? Eu sinto que você quer tanto quanto eu- a menina se aproxima de sua professora.

- Eu não sei porque mas sim eu quero muito te conhecer, Emma – Regina respira fundo, tentando recobrar a consciência mas sentir aquele cheiro de canela que Emma exalava, não ajudava em nada – mas você é de menor, sou sua professora e você namora – quando Emma ia responder, ambas escutam passos e se afastam. Zelena e Mary se aproximavam.

- Vocês duas não vão sair da entrada? – Mary perguntou se aproximando e cumprimentando Regina. Elas vão até a mesa de jantar, e Mary arruma a mesa.

- Nossa isso está uma delícia, Mary! – Zelena diz – casa comigo?

- Só se você me der um anel maior que o que David me deu – ela responde. Fazendo todos rirem.

- Emma, sua mãe está me provocando, você está de prova que se eu coloca-la para dormir no sofá a culpa foi toda dela – David entra na brincadeira. Ele se levanta e serve vinho para todos, inclusive para a afilha. Regina olha aquilo e se espanta.

- Vocês deixam sua filha, menor de idade beber? – A morena pergunta.

- Regina, digamos que não somos pais muito convencionais – Mary começa a falar – Eu nunca proíbe Emma de nada. Sei que tudo que é proibido é melhor para adolescentes. David e eu sempre fomos abertos com ela, a idade dela, não é um pretexto para ela fazer ou não algo. Se ela chegasse hoje falando que está apaixonada e vai casar, nós a apoiaríamos, claro, se não fosse com o atual namorado dela – Emma tentou segurar uma risada, mas falhou – Eu sei que ensinei minha filha a ser correta e madura, as vezes ela é tão madura que me dá medo, pois acho que ela é mais responsável que seus pais – ela ri.

- Eu disse que essa família era especial – Zelena fala – e posso te falar com convicção que Emma é muito mais madura que sua irmã, Regina.

- Ah isso não é difícil, não é mesmo Zel? – Regina ri e todos a acompanham, Zelena lhe mostra a língua – viu só? – ela ri mais – mas, Mary, porque você diz que não daria apoio para Emma com Killian? Ele pareceu um rapaz muito querido.

- Ele é gay – Emma disse rápido, fazendo Regina engasgar – é eu sei, mas nós começamos a namorar no meu aniversário de 15 anos, depois que nós... ãhn – Emma ficou meio corada – depois que tivemos a nossa primeira vez – Regina arregalou os olhos ouvindo a menina falar isso na frente dos pais – bem, tiramos todas as dúvidas que tínhamos. Ele gostava de garotos e eu de garotas. Conversei com meus pais e eles nos deram muito apoio, mas os pais de Killian, não. Então para seu pai para de ficar em cima dele, decidimos fingir um relacionamento.

- Uau, não sei o que me deixa mais surpresa – fez uma careta contida – você falar abertamente sobre sexo assim com seus pais ou a aceitação tão fácil de vocês, Mary e David. Parabéns. Se minha mãe tivesse aceitado tão fácil assim, nossa como minha vida teria sido mais fácil.

- Você é lésbica?  - Mary pergunta curiosa – O que sua mãe fez quando contou para ela?

- Bem, eu namorada com um rapaz, Daniel, ele era muito querido, mas no dia que fiz 18 anos, ele me pediu em casamento. E eu não consegui aceitar, sabia que não era isso que queria para mim. Eu tinha contado da minha sexualidade apenas para Zelena, que me apoiou. Mas quando Cora veio me perguntar o porquê de eu ter recusado, eu contei que não sentia atração por homens – Regina olhou para Zelena, que dava um sorriso triste – e ela me expulsou de casa. Zelena brigou com nossa mãe junto comigo e nós duas saímos juntas de casa. Devo tudo a ela – ela aperta a mão da irmã que estava sentada a sua frente.

- Meu Deus! Sinto muito – Emma coloca a mão em cima da de Regina que estava sobre a mesa e dá um leve aperto, passando segurança. As duas tentaram fingir que não, mas quando suas mãos se tocaram, sentiram uma corrente elétrica passar por seus corpos. Emma tirou a mão, vendo o incomodo da professora, mas Regina pegou na mão da mais nova por de baixo da mesa, sem que ninguém visse.

- Isso é horrível Regina! Mas eu te entendo. Minha mãe também me expulsou de casa, quando eu tinha 15 anos – Mary falou.

- Porque? – Regina perguntou.

- Porque eu estava gravida. Por isso eu falo, Emma com 16 anos é o meu orgulho. Eu com essa idade já era casada e era mãe. Nós tivemos que criar responsabilidade na hora da necessidade, então eu e David criamos Emma para ela ter responsabilidade por si mesma nessa idade. Sem o marido e um bebe. Até porque eu sei que tive muita sorte do David ter assumido e largado tudo para ficar comigo – ela sorri para o marido, se aproximando e selando seus lábios.

O resto do jantar se desenrola com conversar mais leves e tranquilas. Os quatro contavam histórias e mais histórias do colégio para Regina, que ria com cada uma delas. Elas comem a torta de Regina, que segundo todos, estava divina. Regina estava perdida, ela teve algumas namoradas, mas nunca tinha sentido aquilo que seu pai lhe falava quando era criança, não até aquele momento com Emma. Mas ela era tão nova! Mas como a própria mãe falou, super madura para a idade. Regina não sabia o que ela queria exatamente com a aluna, mas estava disposta a conversar com ela.

Já Emma, sabia que pedir para Regina arriscar seu emprego era pedir demais. Mas sabia que queria isso. Queria se jogar naqueles braços e nunca mais sair de la.

- Todos terminaram? – Emma pergunta se levantando – vou lavar os pratos, com licença – ela recolhe todos e vai para a cozinha. Regina recolhe o que sobrou na mesa que a menina não tinha conseguido levar e se direciona para a cozinha, alegando que iria ajudar a mais nova.

- Emma, deixe eu te ajudar.

- Não precisa, Regina. Você é visita! – Emma sorri docemente.

- Ainda quer tomar aquele café? – a professora pergunta rapidamente, parecia que se ela não perguntasse logo, não teria mais coragem. Emma parou de lavar a louça, secou suas mãos e se aproximou.

- Está falando sério? – perguntou sorrindo, teve uma confirmação silenciosa com a cabeça, então continuou – claro que sim! – ela colocou sua mão perto da de Regina que estava na bancada, começaram a brincar com suas mãos por uns minutos.

- Sis, vamos embora! Já esta tarde e amanhã damos aula! – Zelena gritou da sala de jantar. Emma olhou para Regina, se aproximou e deu um beijo no canto da boca de Regina.

- Vai, amanhã conversamos mais, está bom? – Regina confirmou com a cabeça e saiu. Se despediu dos colegas de trabalho e saiu de la com sua irmã, indo direto para casa.