História Amor livre - Emma, quer me contar alguma coisa?

Regina permanecia sentada, em choque, tentando disfarçar que tinha chorado. Aquela música significa realmente o que parece? Emma estava disposta a dar mais um passo? Sair apenas da amizade? E ela estaria? Não precisou nem de um segundo pra responder essa pergunta que corria em sua mente, claro que sim! Era o que Regina mais queria. Mas como Emma era mais nova, ela preferiu dar para a loira o tempo dela.

- Regina, você está bem? – Mary perguntou, tirando a morena do transe – chorou com a voz da minha filha? É linda, não é? Falo para ela investir! – Mary se fazia de boba, queria ver até onde isso ia. Ela confiava na sua filha, e também sabia que Regina era uma pessoa maravilhosa. Mas tinha dúvidas, elas já tinham algum tipo de relacionamento? Ou aquele seria, talvez, uma tentativa de sua filha de ter algo a mais? Mas tinha algo que ela tinha certeza, tanto sua filha quanto sua colega e amiga tinham um sentimento puro e verdadeiro uma pela outra. O brilho que via no olhar de Regina enquanto Emma cantava fez ela lembrar dela e do marido, um verdadeiro caso de amor verdadeiro. Daqueles que só quem tem ou já viveu sabe como é, e para os outros é mito de conto de fadas.

- Ah, é... é muito linda, me emocionei com sua voz – Regina tentava recuperar os sentidos, sua tentativa de fazer sua voz soar firme, falhou miseravelmente, arrancando um sorriso de canto de Zelena.

- Vamos sair jantar? Tem restaurante maravilho que todos estão falando, vamos descobrir se é bom mesmo? – Zelena fala para as duas mulheres e David.

- Isso é uma ótima ideia! Chamarei Emma e se ela quiser algum amigo, e já vamos – Mary responde. E vai atrás da filha. Encontra ela a caminho de onde Regina está – filha, vem aqui rapidinho. Vamos sair jantar, nós, Regina e Zelena. Chame o Killian e a Ruby, te esperamos lá fora, ok? – ela sorri para a filha e volta para seu marido e amigas. E Emma vai chamar seus amigos, estava louca para falar com a Regina, mas esperaria alguma brecha do jantar, Killian poderia até ajudar.

- Minha mãe está chamando a gente para jantar, vamos? – ela fala para os dois amigos. Killian concorda na hora e Ruby liga para avisar a avó. Eles vão direto para o estacionamento.

- Estavam demorando! – David fala – Regina e Zelena foram buscar seu carro, Emma, vocês três vão com elas, está bem? Elas não sabem onde é, vamos indo para reservar uma mesa – a filha concorda com o pai e elas entram no carro e vão.

- Ems, você falou com ela já? – Killian perguntou.

- Não, quando fui falar e minha mãe me chamou para o jantar, ainda nem olhei para ela – ela suspira e olha para os amigos – será que ela entendeu a mensagem? Será que gostou?

- Patinha, até eu, que não sei de toda essa história, entendi. Ela é professora, de uma moral para ela né?! – Ruby riu, fazendo Emma sorri um pouco, por alguns segundo se distraiu. Mas logo viu o carro de sua professora se aproximando e tremeu – Calma Ems, tudo dará certo – eles entram em silencio no banco de trás do carro.

- Olá queridos, nos guiem até o restaurante – Zelena pede. Eles passam as informações do local e Regina arranca com o carro – Emma, você está linda, e sua voz então... nossa fiquei arrepiada!

- Obrigada, Zelena. Fico muito feliz que tenha gostado – ela fala – Regina, o que você achou? – Emma pergunta na esperança de saber se ela tinha entendido que a música falava o que ela teve medo de dizer, e se ela entendeu, ela concorda que já está na hora ou ainda acha muito precipitado?

- Tem alguma coisa que você faça que não é perfeito, Emma Swan? Sua voz foi perfeita, eu falei que você devia cantar hoje, que bom que ouviu– Regina responde com outra pergunta. Ela sabia o que Emma queria ouvir, e iria lhe torturar um pouco por pega-la de surpresa. Já Emma, mesmo amando o elogio, se desapontou um pouco, não queria ouvir só isso. Elas logo chegaram, Ruby e Killian desceram rápido – Zelena entre com os dois, vou estacionar com Emma e já vamos.

- Ok, mas sem transar nesse carro, vou voltar com ele – a ruiva responde, fazendo ambas corarem e ela sai rindo de suas caras. Regina vai estacionar o carro e o silencio paira entre elas.

- Pode vir aqui para frente? – Regina pede sorrindo, se ela está sorrindo não deve estar brava, pensa Emma e sai do carro, logo entrando novamente na parte da frente. Elas se olham um pouco, não estavam constrangidas. Estavam com medo da reação uma da outra.

- Regina, eu... – Emma começa mas é interrompida por Regina, que rapidamente lhe puxa para um beijo. No começo era apenas um selinho demorado, mas logo Emma pede passagem com a língua e a morena aceita de bom grado esse gesto, elas só pararam quando o ar se fez muito necessário – acho que você entendeu o que eu quis te dizer – a loira fala recuperando o folego, o que faz Regina gargalhar.

- Mas é claro que eu entendi, Emma! – ela fala ainda sorrindo – foi a coisa mais linda que alguém fez para mim. Tentei não chorar, mas foi impossível. Você é meu anjo mais lindo e perfeito.

- Regina, eu quero dar mais um passo. E acho que está no momento exato, aquela música foi para te dizer isso, mas se você ainda não se sente preparada me fale, não quero forçar nada se ainda quiser mais um tempo – a aluna fala, fazendo o sorriso de Regina aumentar mais ainda.

- Ver você se preocupando me derrete, querida. Mas não se preocupe, está mais que na hora de andarmos um pouco – ela passa a mão no rosto da mais nova – obrigada por dar esse passo, mas o que exatamente é esse passo para você? – ela faz a pergunta que estava lhe incomodando – quer dizer que agora ficamos? Que somos amigas coloridas? O que... – agora foi a vez de Emma interromper.

- Quer dizer que quero namorar com você. E futuramente, noivar, casar e ter uma família com você Regina! – ela sorri, e coloca a mão no bolso e tira de lá um caixinha – comprei, caso você gostasse da apresentação, eu te daria – ela abre a caixa e tem dois anéis iguais, simples porém para Regina não poderiam ser mais perfeitos – Regina Mills, quer namorar comigo? – a morena começa a tremer, isso realmente estava acontecendo – e antes de responder, quero que saiba que seremos discretas, você namorar uma aluna, não só trará sua demissão, como manchará seu nome. Os únicos que iram saber vão ser aqueles que estão nos esperando dentro do restaurante. Eu não tenho muita coisa a perder me aventurando nesse relacionamento, mas você tem. E se você estiver disposta a arriscar, quero que saiba que esse sacrifício não passará em branco nem um dia. Agora perguntarei novamente, Regina Mills, quer namorar comigo? – A morena nada disse de início, estava absorvendo as palavras da menina a sua frente, ela tinha razão. Mas não nisso que Regina se prendeu. Foi ao nível de maturidade que Emma demonstrava cada dia mais latente. Lagrimas silenciosas caiam no rosto de ambas.

- Claro que eu aceito namorar você, minha pequena! – Regina se jogou nos braços de Emma, e logo voltaram a se beijar, dessa vez um beijo calmo e apaixonado. Elas se separaram e Emma colocou a aliança em Regina, e ela fez o mesmo gesto em Emma – vamos entrar, ou logo eles viram atrás de nós – elas riram e saíram do carro, se encaminhando para dentro do restaurante, logo encontrando seus amigos e parentes em uma mesa isolada.

- Finalmente apareceram! Já estava ficando preocupada – Mary diz – podemos pedir?

- Claro, podemos – Regina responde, ela pega na mão de Emma e as duas se sentam, lado a lado, sorrindo. Elas não combinaram a hora que iriam falar, mas as duas queriam ouvir eles perguntarem, então não falariam nada. Eles começam a ver o cardápio – Emma, esse prato aqui parece delicioso, mas é para casal, divide comigo ou quer pediu outra coisa? – ela fala baixo, apenas para a loira ouvir.

- Esse está ótimo, peça um vinho para acompanhar – ela fala, uma verdadeira mulher. David chama um garçom e cada um faz seu pedido.

- As duas senhoritas? – ele pergunta para Emma e Regina que estavam meio que em transe enquanto brincavam com suas mãos. Regina volta a si e faz o pedido.

- O prato do dia, especial de frutos do mar e o vinho que o chef recomendar para acompanhar o prato, por favor – ela pede. O garçom anota e sai, e as duas reparam que todos estavam olhando para elas – o que foi?

- Porque a Emma não pediu nada e você pediu um vinho a parte? Já tínhamos pedido as bebidas – Zelena é a única a se manifestar.

- Por que o prato que ela pediu é para duas pessoas e o vinho é para acompanhar os frutos do mar – Emma da de ombros.

- Ta bom, estou fingindo a tempo demais que eu não sei que está acontecendo algo – Mary fala – Emma! Quer me contar alguma coisa? – tanto Emma, quanto Regina engoliram em seco, ela não parecia muito feliz.