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História Amor Marginal - Bagagens


Escrita por: EvilSwan10

Notas do Autor


VOLTEI!!
Galera esse cap está grande e meio tenso. Gostaria de saber o que vão achar dele e dos personagens que aparecem.

Capítulo 36 - Bagagens


Zelena entrou no restaurante procurando pelo rapaz que havia lhe convidado para jantar. Assim que o avistou sorriu, e foi até a mesa e o comprimetou.

 

— Nossa! Você está linda! - Will ficou realmente surpreso como a ruiva conseguiu ficar mais bonita.

 

— Obrigada! - sorriu sem jeito. — Você também está lindo! - Se sentaram e fizeram os pedidos.

 

— Eu não conhecia esse restaurante… - a ruiva disse após terminar o jantar dar um gole no vinho. — É muito bom!

 

— Eu achei que iria gostar… Gosto dele! Tem um ambiente mais pessoal… - sorriu.

 

— Chega a ser romântico… - riram e se encararam por algum instante. Não era certo dizer que havia algum sentimento ali mas, existia uma atração crescente.

 

— Mas… Me fala, você é daqui de Nova Iorque mesmo? -  Ele resolveu quebrar um pouco o clima.

 

— Sou sim! Eu não consigo me imaginar em outro lugar…  - mordeu o lábio e colocou o cabelo atrás da orelha. — Mas você não é daqui… De onde você veio rapaz bonito?

 

— Hum obrigado pela parte que me toca! - riu. — Eu cheguei aqui não faz muito tempo… Quase dois anos. Eu vim do Maine! - coçou a cabeça raspada.

 

— Eu tenho uma amiga que mora comigo que veio de lá também! Minha vó também é de lá...- sorriu empolgada. — De onde você é?

 

— Você não conhece! É uma cidade bem pequena…

 

— Storybrooke? - ao mencionar o nome os olhos do rapaz cresceram levemente por trás da taça de vinho.

 

— Não! - riu e Zelena acabou rindo junto. — Pensei que morasse sozinha…

 

— Ficou frustrado? - riram novamente. — Eu moro com uma amiga e as filhas dela… - percebeu que ele lhe ouvia atentamente. — Já fazem pouco mais de cinco anos… Como eu disse ela veio do Maine!

 

— Storybrooke? - disse em tom de adivinhação.

 

— Sim! - sorriu. — Mas acho que ela vai se mudar logo… A namorada dela está querendo que elas morem juntas.

 

— Melhor para você, não é?! - riu.

 

— Talvez!

*


 

— Emma! - repreendeu a loira. — Faz quase uma hora que eu estou te esperando aqui! - A loira havia dito que iria buscá-la no Trabalho e deixá-la na faculdade e até então a mesma demorou uma hora para chegar e agora estava atrasada.

 

— Perdão! - abriu a porta do carro para a morena entrar, deu a volta e ligou o carro rapidamente. — Desculpe, mas o carro da Anna quebrou e eu dei uma carona pra ela, e quando estava vindo para cá peguei um trânsito por causa de um acidente…

 

— Ah Claro, à Anna! - revirou os olhos. Era sempre ela, e Regina estava a muito tempo incomoda. — Me deixar esperando feito um idiota pode!

 

— Eu já pedi desculpa! O que mais você quer? - olhou rapidamente para a morena e voltou a encarar a rua.

 

— Eu quero que você faça as coisas quando e na hora que diz que vai fazer! - começou a ficar realmente brava. — Não é a primeira vez que você me deixa esperando por causa da Anna! Isso quando você não fura comigo por causa dela…

 

— Vem cá, esse estresse todo é porque eu deixei você esperando ou é por causa da Anna? - Emma estava dirigindo um pouco mais rápido para poder chegar mais rápido a faculdade da namorada.

 

— É os dois Emma! - se exaltou.

 

— Eu já disse que não tem motivo para esse seu ciúme bobo! - ela estava tentando não começar uma discussão.

 

— Não é bobo! Você sabe que não é ciúme! - Era sim! Muito ciúme. — E sabe que eu detesto ficar esperando! Você já passa o dia com ela Emma, a semana toda! E quando vem me ver, ou faze algo pra mim, me deixa esperando por causa dela! - se já estava irritada sua irritação triplicou quando viu um sorriso cortar o canto da boca da loira.

 

— E isso não é ciúmes? - sorriu debochada.

 

— NÃO é ciúmes Swan! - quase berrou e Emma achou melhor ficar quieta até chegarem à faculdade. Assim que chegaram, a loira mal estacionou e Regina já estava abrindo a porta mas, Emma foi mais rápida e segurou a porta.

 

— Eu venho buscar você! - Regina nem olhou na cara dela.

 

— Não precisa!

 

— Eu venho…

 

— Eu não… - quando ela ia terminar a frase Emma a beijou mas logo foi empurrada. — Emma, não me beije quando a gente estiver brigando! - olhou brava para a loira.

 

— Desculpe! - sorriu travessa, mas Regina não estava para sorrisos. Ela saiu do carro e Emma tornou a chamá-la.

 

— O que é? - disse sem paciência.

 

— Eu vou vir te buscar! - sorriu. E voltou a falar logo que Regina ia dizer algo. — Não discuti! Deixa pra fazer isso quando eu for te levar pra casa! - Regina ouviu e deu as costas, saiu pisando forte e conseguiu ouvir Emma gritar que a amava. Isso lhe fez sorrir.

 

*

 

— Pai? Eu estou indo embora… - David entrou na sala do pai e viu o mais velho preso em alguns papéis. — Não acha que está na hora de ir também?

 

— Eu estou acabando David. Pode ir! - continuou sem tirar os olhos do papel.

 

— Pai está tarde, é melhor…

 

— Eu estou acabando David e já disse que você pode ir! Quando eu acabar eu vou embora! - disse sem um pingo de delicadeza.

 

— Okay, não precisa ser grosso! - O loira sempre ficava chateado quando seu pai falava com ele daquela maneira. Isso ele tinha certeza que Emma e seu pai eram idênticos: não tinham dificuldade nenhuma em ser grossos com ele.

 

— Não fui grosso, você que é insistente! - olhou rapidamente para o filho por cima dos óculos.

 

— Eu não vou me dar o trabalho de responder! - se virou para sair da sala, mas lembrou de algo que lhe fez voltar. — Seu aniversário vai ter mesmo um almoço né?!

 

— Sim David, mas é só daqui a dois meses… - disse tirando o óculos.

 

— Eu gosto de me programar…

 

— Foi bom você ter tocado nesse assunto, eu… Gostaria que chamasse a sua irmã! - soltou de vez o papel e David percebeu. Pra falar da Emma ele lhe dava atenção.

 

— Eu não sei se ela vai querer ir… Principalmente porque ela está namorando! - cruzou os braços.

 

— Namorando? Uma mulher?

 

—Claro pai! - disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

 

— E quem é essa mulher? - apoiou o queixo na mão esquerda.

 

— Ela trabalhou pra Mary e eu por um tempinho… É Regina o nome dela! Um pedaço de mulher! Que mulher linda meu Deus! E tem uma bunda…

 

— David, me poupe das suas observações sobre essa mulher! - disse com completo desdém. Ela não estava nem um pouco interessado nos aspectos físicos que as mulheres com quem Emma se relacionava tinham. Na verdade nem das mulheres ele queria saber, mas essa deveria ser como qualquer outra que ele chegava saber que existia e logo não ouvia falar mais. Emma além de ficar com mulheres, se comportava como um homem e ficava com várias dela e isso lhe revoltava. Como a sua filha, que ele criou e fez questão de passar toda a moral e ética se comportava daquela forma?.

 

O senhor sentado na cadeira arrumou a gravata e coçou os olhos enquanto respirava fundo. Queria ver a sua filha, fazia bastante tempo que não se viam, mas tinha certeza que ela não iria se ele não convidasse essa tal namorada.

 

— David convide a sua irmã e namorada dela para o almoço, por favor! - encarou o filho.

 

— Pai antes de fazer o que o senhor está pedido, tem um detalhe sobre a namorada da Emma que você deveria saber… Ela tem duas filhas...então se você convi…

 

— Ela tem duas filhas? Emma está se relacionado com a mulher que tem duas filhas? Quantos anos tem essa mulher,afina? - apoiou as mãos sobre a mesa e forçou seu corpo levemente para frente.

 

— Acho que minha idade, ou a da Emma, eu sei lá pai! Você acha mesmo que eu faço essas perguntas para ela? A gente mal conversa, e quando isso acontece, ela faz questão de falar o mínimo possível da vida dela! Até porque, ela sabe que você me faz ligar pra ela. - põe as mãos na cintura.— E outra se você não convidar as filhas da Regina, às chance da Emma ir, que são loucas, serão zero!

 

— Okay, Okay! Chame essa mulher e as filhas dela! Mas insista David! Eu quero a minha filha no meu aniversário!

 

*

 

Regina ia saindo da faculdade completamente exausta. Seus ombros estavam tensos e doloridos e até sua cabeça parecia pesar no pescoço. Encontrou uma amiga da sala e foi com ela até o estacionamento porque sabia que Emma estaria lá.

 

— Você quer carona Regina? - Ashley perguntou enquanto abria seu carro.

 

— Não, Emma vai ver me buscar…

 

— A gente precisa marcar algo com o pessoal e a sua namorada, que conhece-lá hein!? - sorriu e se despediu da morena. A mesma avistou o carro da loira e a viu conversando no celular animada. Sabia que Emma só conversava daquele jeito com uma pessoa e apenas de pensar em qual ser humano era deixou Regina muito mais irritada.

 

Foi chegando perto arrumando forças para não discutir com Emma novamente, mas se tiú uma mão em seu braço e ao se virar teve uma surpresa.

 

— Arthur? - sorriu. Fazia muito tempo que nao via o moreno e mentiria se dizer que não sentia falta da companhia dele. Era um homem muito inteligente e aprendeu muito com ele.

 

— Oi Regina! Tudo bem? - sorriu sem jeito.

 

— Estou sim e você? Quanto tempo não é… - olhou rapidamente para Emma e viu que agora ela direcionava o olhar a eles. Não deu importância e voltou sua atenção para o moreno a sua frente. Conversaram por longos minutos e ainda marcaram de se ver novamente. Quando finalmente foi em direção a loira viu que sua cara não era das melhores. Então engolindo a raiva que estava desde que Emma lhe fez esperar e selou seus lábios docemente, mas a loira não contribuiu com o mesmo ímpeto.

 

— O que foi? - sussurrou com o corpo apoiado no da médica que estava apoiada no carro.

 

— O que aquele cara queria? - ergueu as sobrancelhas.

 

— Conversar! - se afastou da namorada. Sentia o corpo pesado e dolorido. Estava doida pela sua cama e cogitando a ideia de Emma nela como cobertor.

 

—Ah conversar… Claro! - deu um sorriso falso e entrou no carro sendo seguida pela morena. — Como foi a conversa com seu encantador ex-namorado?

 

— Ele não foi meu namorado Emma! E foi muito boa, fazia tempo que nós não conversamos… - respondeu Emma trocando mensagem com Zelena ao celular. Estava completamente irritada com a loira e ela where tirar satisfação naquele momento nao ria ajudar em nada.

 

— Estava com saudade? - disse ácida, mas nao contava cm resposta despreocupada da morena

 

— Sim… - ainda concentrada no celular lá escutou a loira suspirar alto. Emma sabia que Regina queria alguma coisa.

 

— Olay! Regina eu nao sei onde você quer chegar..  Eu sei que você quer falar, que brigar, sei lá… Então vamos conversar por favor! - olhou rapidamente pra ela e voltou encarar a rua. Esse tipo de discussão sempre chateou a chateou, por isso tentava ao máximo evitar, mas sabia que com aquela morena marrenta, ou discutia de vez ou seria pior depois.

 

— O único lugar que estou tentando chegar, é na minha casa Swan! - debochou e Emma odiava aquilo, odiava o deboche da namorada. Então a médicos fez o que sabia fazer melhor: se controlar. Olhou de novo para a morena e viu que ela permanecia digitando algo no celular.

 

— Dá pra você largar esse celular e conversar comigo? - Regina os menos se mexeu. — Porá Regina! Você ainda está brava por causa que eu te fiz esperar?

 

— Não Emma! - largou o celular e olhou com ódio para a loira. Aquilo já estava ficando insuportável. — Eu estou puta da vida Swan, porque a Anna está sempre no meio de nós duas!

 

— Claro que…

 

— Está sim! E se você negar e vir com esse papo de que é coisa da minha cabeça, a gente vai brigar feio dentro desse carro Swan… - avisou previamente e Emma preferiu permanecer calada. O resto do caminho foi feito em silêncio total. As ruas estavam livres e a noite um pouco fria, parecia que iria chover a qualquer momento. Emma podia sentir o ventos fresco entrar pela janela e bater em seu rosto e ouvir os trovões, já Regina estava com a cabeça apoiada no vidro fechado tentando de algum modo fazer com que aquela dor de cabeça insuportável que apareceu de repente cessasse.

 

Chegando próximo ao apartamento de Regina, Emma quase nem havia estacionada e Regina já estava descendo do carro, do outro lado da rua. Foi andando apressada até o prédio. Sabia que Emma viria atrás e teve a comprovação em seguida.

 

— Amor… - Emma teve que estacionar o carro de qualquer jeito e correr atrás da outra para poder alcançá-la. Teve um pouco de sorte já que morena estav de saltos. Segurou seu braço e a fez virar. — Meu bem vamos conversar… _ Respirou fundo e antes de continuar sua fala ela foi interrompida.

 

— Não quero mais falar desse assunto Emma…

 

— regina você não está vendo o quanto isso é ridículo?! - Se exaltou cansada de tudo aquilo. Sentia o corpo pesar e a exaustão da mente sobre aquele assunto tão irrelevante na opinião dela.

 

— Não é ridículo Emma! - soltou seu braço do \aperto da loira. quanto tempo mais emma iria desdenha dela daquela forma? Estava mesmo soando tão infantil daquela for,ma, para mesmo depois de tudo que discutiram, não só naquele dia, como em vários outros soar tão idiota para Emma? Já estava cansada daquele assunto, se sentia desgastada em falar com Emma sobre aquilo. Resolveu dar um ponto final naquele assunto. — Você insiste em não dar importância a isso emma, porque você sabe que uma hora vai ter que…

 

— Não termina! Não faça isso Regina! Não me peça para escolher… - Seus olhos marejaram de súbito com o tamanho da decepção que sentiu por Regina naquele momento. Se sentiu de alguma forma traída, como quando discutia com George e ele sempre lhe mandando escolher, sempre querendo por Emma contra parede. Emma odiava ser colocada contra a parede. Por que ela sempre tinha que escolher? Sua respiração falhou  ela sentiu o choro subir pela sua garganta e se transformar em um nó quando ela se negou a chorar. Por que ela teria que escolher entre as duas pessoas que ela mais amava? Não podia ter as duas? — Anna é a única pessoa que eu tenho… - sussurrou com a voz frágil e logo se corrigiu. — Você e a Anna, são as únicas pessoas que eu tenho… - tentou engolir  o grande nó que se insistia em dificultar sua fala. Piscou os olhos tentando impedir que as lágrimas que saírem. — Por que eu não posso ter as duas? Por que eu tenho que escolher? - A última frase foi dita semelhante a uma criança triste.

 

— Emma eu não quis…

 

— Olha Regina! Eu vou deixar uma coisa bem clara!- soltou com uma raiva que havia aparecido de um jeito que a médica saberia dizer. — Se você insistir com essa coisa de escolher, eu vou escolher a Anna! - Regina ouviu aquilo com o mesmo impacto que um tapa na cara, e não conseguiu esconder a surpresa e a dor que aquela revelação trouxe. — Porque ela sabe o quanto eu te amo! E nunca, nunca me pediria pra escolher… Ela sabe que… - limpou as lágrimas desobedientes que desceram pelo seu rosto. — Que eu amo ela, mesmo com meu jeito torto, mas ela sabe, mas você não! - chegou bem perto da morena. — Por que você duvida tanto do meu amor? - de raivosa, sua voz passou para chorosa.

 

— Eu não divido Emma… Eu… - Tentou falar, mas Emma estava decidida em não deixar.

 

— Duvida sim! - apontou o dedo em direção ao rosto da morena que o deixou com raiva. — Se não duvidasse você teria ido naquele aeroporto a dez anos atrás e dito VOCÊ, pra mim que estava grávida! E nao ter deixado tudo na mão daquela cretina!

 

— Voce nao ta dizendo que tudo que aconteceu é culpa minha Swan! - olhou com ódio para a loira. Ódio por ter feito crescer uma culpa nela que já existia a muito tempo.

 

— Eu estou dizendo que eu passei dez anos sofrendo por que você não confiou no meu amor! - Disse com raiva. Ela não podia negar que aquilo lhe incomodou por anos e durante todo esse tempo em que ela e Regina estavam juntas. — A culpa de tudo isso que nós passamos é sua e você não pode negar!

 

— VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SOFRI! - empurrou Emma com as duas mãos espalmada no seu peito. — VOCÊ ACHA MESMO ISSO? - Olhou para Emma com tanto ódio que não estava pensando direito. Se sentiu como uma se uma ferida abrir, que talvez nunca tivesse fechado de fato. — Eu perdi um filho me culpando achando que nao iria amá-lo por achar que era a gravidez a culpada por tudo que eu estava passando! E quando eu percebi que não era aquilo, que aquela criança não tinha culpa e eu era a culpada, você acha que não sofri? - engasgo com choro que lhe apertava a garganta. — Você acha que eu não me culpei, Emma Swan! - limpou o rosto. — Então eu não preciso que você me aponte o dedo Swan! - em seguida veio o silêncio. Um torturante silêncio externo. Os carros passavam e algumas pessoas também, mas o barulho interno das duas era muito maior, muito mais perturbador, e mais cansativo. — Eu não tenho culpa se você foi covarde e fugiu no primeiro sinal de dificuldade!

 

Um raio cortou o céu, fazendo um claro e um barulho enorme e veio acompanhado de um vento forte. As gotas de chuva começaram a cair, pingo grosso e pesados que doíam em contato com a pele. Apenas eles acabaram com troca de olhares tão magoados, cheios de uma bagagem tão pesadas e quase insuportável de se carregar sozinho.

 

— Eu vou embora! - Jogo as mãos para o alto em rendição. A médica não aguentava mais aquela discussão. Sentiu a cicatriz no seu coração, que ela achava estar totalmente fechada ser rasgada pelas palavras ditas naquela discussão.

 

— Vai! No final você sempre vai não é mesmo?! - deu um sorriso debochado. Parecia que cada vez que abriam a boca as coisas pioravam.

 

— Você não me conhece Regina! - disse chegando perto da outra. Sentia uma raiva crescendo junto a um misto de dor e decepção. Seu peito apertava e parecia que na sua mente piscava uma luz de pare.

 

— Exatamente! Eu não conheço você! Quem é você Emma Swan? O que você se tornou? -  invadiu o espaço pessoal da loira. Os narizes se tocavam e apesar de toda a raiva e ira aparente estavam frágeis como dois vasos taxados a espera de um toque para se quebrar totalmente.

 

— Eu não sou mais aquela menina que você conheceu! - suspirou. — Ela não existe mais! -levantou o queixo.

 

— Que pena! - passou as mãos pelo rosto. — Eu gostava mais dela! - check! Emma deu um passo atrás. Tencionou o maxilar e forçou a garganta a engolir aquele nó que insistia em tentar lhe fazer chorar. A morena realmente não sabia qual era o motivo da imensa vontade que sentia em machucar a loira, talvez se o fizesse amenizasse a extrema culpa que parecia apertar seu peito e sua cabeça

 

— É uma pena mesmo! Porque aquela Emma foi embora, morreu,mas essa continuou completamente apaixonada por você! - a última palavra saiu falhada ao ponto de quase não ser ouvida. Emma desistiu de tentar dizer alguma coisa e se virou para voltar ao seu carro. Foram três passos até ouvir a voz que tanto amava, mas que mesmo queria ouvir no momento. O que mais ela queria? Dizer que nao sentia mais nada por ela? Dar o golpe de misericórdia? Tanto faz, ela apena continuou andando.

 

— Emma! - ouviu o grito atrás de si. A loira apenas levantou a mão e continuou seu trajeto.

 

Já Regina sentia a respiração pesada do choro, junto as lágrimas pesadas passarem pelo seu rosto sem pedir permissão. O peito doeu parecendo ser pressionado por algo pesado. Foi Emma virar que  um balde de arrependimento inundar seus pensamentos, mas seus corpo não obedeceu, e sua boca não disse o que deveria. Decidiu que precisava dar espaço para ela.

 

Depois de chamar por ela repetidamente, na tentativa de se desculpar, achou melhor não tentar mais e decidiu entrar. Suas mãos tremiam e estavam frias e sua respiração pesava uma tonelada.

 

Encostou a cabeça no aço gelado do elevador e soltou todo que segurava fortemente para não chorar. Seu peito parecia doer mas enquanto chorava. E acontecia a mesma coisa com Emma em frente ao carro com a cabeça apoiada no teto do carro. A chuva já estava forte e molhava a loira por inteiro levando junto suas lágrimas.

 

Disseram o que precisavam dizer. Se havia uma certa ou errada, não tinha importância se no final ambas estavam sofrendo. Talvez seja preciso dizer coisas ruins, jogar o álcool na ferida e deixá-la arder até estar limpa o suficiente para colocar o curativo.

 

E talvez se Regina pensasse assim não estaria se sentido tão culpada pelas coisas que havia falado. Nem Emma se sentisse tão machucada, e decepcionada com algo que ela sabia que iria acontecer. Sempre soube, talvez por isso o medo que sentia daquela felicidade toda.

 


Notas Finais


Vou dar um leve spoiler aqui para incentivar os comentários.
— teremos Amorzinho
— mais Amorzinho
— personagens voltando aparecer e novos também
— e um pouco de drama pq o que seria de mim sem drama.
Isso nos próximos capítulos de Amor Marginal
Vamos lá pessoal estou sentindo falta de vcs nos comentários!!


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