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História Lágrimas de São Pedro - Resposta


Escrita por: CandyVanD

Notas do Autor


Olha a Solzinho aí <3 hahahahaah

Boa leitura!

Capítulo 8 - Resposta


Fanfic / Fanfiction Lágrimas de São Pedro - Resposta

Victor não se conforma por não conseguir chegar perto da esposa. Procura por Caetana e Armando, mas só encontra o segundo, o mesmo aparenta uma feição cruel. O empresário conversa, desabafa, diz ainda estar muito confuso.

 – Vamos fazer um acordo, Sr. Alcântara! Você me ajuda e eu te ajudo.

– É só me dizer o que tenho de fazer!

– Me acompanhe, por favor. Já viu alguém se matar? Feche os olhos, não vai gostar muito.

[...]

Os rapazes adentram uma pequena casa, a mesma encontra-se nojenta, cheia de louças na pia e roupas jogadas no chão. Possui apenas dois cômodos, é bastante simples. Nela reside uma mulher de aparência sofrida, pele pálida, olheiras profundas. O cheiro que exala de seu corpo mostra que não toma banho há dias, toda sua estrutura aponta que também não come há muito tempo.

– Quem é essa?!

– Ela foi minha esposa. – ri. – Quis me fazer de idiota, me traiu e depois fugiu com o amante. Consegui encontrar os dois depois de um tempo. Dei um tiro nele, a matei enforcada, depois me matei. Fiquei algum tempo na Última Camada do Mundo Espiritual.

– O Vale dos Suicidas? Como conseguiu sair de lá?!

– Minha santa mãezinha rezava por mim. – continua rindo, parece contar uma piada. – Reencontrei os dois traidores na Camada Inferior, e não sei como, mas aqueles malditos Espíritos de Luz conseguiram tira-los de lá. Um pouco depois reencarnaram, desta vez como marido e mulher. Rapaz, você não imagina o ódio que me deu! Ainda por cima, tiveram um filho. – morde o lábio inferior, o olhar aparenta revolta. – Eu o matei, quer dizer, auxiliei pra que se matasse. Fiz isso com o filho e agora estou fazendo o mesmo com ela.

– Onde entro nessa história?!

– Você só precisa passar sua energia pra ela! Fique aqui enquanto cuido de outras pessoas que me devem. É muito simples o que tem de fazer. Coloque a mão no peito dela e grite que precisa morrer, que é uma traidora. O nome dela nessa encarnação é Monique. Pode fazer isso por mim?

– C-claro.

– Está gaguejando, Sr. Alcântara? – outra risada. – Tome cuidado com aquele pessoal maldito do Kardecismo que vem visitá-la. Quando eles chegarem, saia imediatamente. Se quer sua mulher morta, primeiro ajude com a minha.

[...]

Stela passara o dia dormindo, acorda quando Roberta chega acendendo a luz do quarto. Limpa o rosto, esfrega os olhos.

– Solzinho, que horas são? – boceja, coça o cabelo. – Já é noite?

– São oito e meia! – ri. – Oh meu Deus, estou tão empolgada! Saí do trabalho e comprei biquínis, óculos de sol, um protetor térmico pro meu cabelo... – abre a bolsa. – Comprei um chapéu e...

– Nossa! – sorri. – É bom te ver assim, amorzinho. – senta na beira da cama. – Como foi seu dia?

Antes que a mais nova possa responder, Joana grita para que desçam pra comer.

– Conto na mesa de jantar!

[...]

Após a caçula relatar seu dia com empolgação como se narrasse uma emocionante novela, Joaquim toma a frente da conversa:

– Stelinha, por que não conta pra sua irmã como foi com o advogado?

– Eu assinei os papéis, vou ficar com tudo que era de Victor. – fala sem nenhuma empolgação. – Deixarei o bar com o papai e a mamãe. Vou vender um dos carros, vou aprender a dirigir pra usar o outro. Vou administrar a loja de discos e pensei em te dar de presente o estúdio de música pra investir no seu próprio estúdio de dança, Solzinho. – finalmente dá um sorriso. 

– Que isso, bebê! – ri. – Ostentando! – abraça a mais velha. – Estou tão feliz que nem sequer consigo dizer algo que preste! – beija-a na bochecha. – Obrigada, luazinha! Eu ainda estou incrédula que... – coloca as mãos sob o peito. – A ficha ainda não caiu! Meu Deus do céu, vou ter meu estúdio!

Após dizer isso, levanta e sai correndo pela casa, gritando com lágrimas nos olhos, não consegue esconder tamanha euforia ao ver as coisas finalmente se resolvendo.

[...]

Após a saída de Armando, Victor permanece incrédulo com tamanho sofrimento vindo da mulher. Tentou fazer algumas vezes o que lhe foi orientado, mas ao chegar perto dela, sentiu vontade de chorar. Por fim, senta-se na janela, a ficha finalmente cai. Sua energia é ruim, ele se tornara o tão falado espírito sem luz que sua mãe sempre falara.

Abaixa a cabeça, sente vergonha de si mesmo. Pensa que não é porque Deus é Injusto que ele também deve ser. Ouve alguém batendo na porta, num gesto irracional, se esconde atrás da cama, esquece por alguns instantes que está morto.

Ouve passos, a luz do cômodo é acessa. Uma senhora acompanhada de dois rapazes e mais quatro espíritos de luz adentram, chegam perto da moça que finalmente abre os olhos. A mais velha pede gentilmente que os garotos arrumem a casa enquanto Monique come. Entrega a dona da residência uma pequena marmita, a mesma pega com dificuldade, suas mãos tremem.

[...]

A conversa após o jantar consegue dar uma injeção de ânimo em Stela. Joana segue alegre tomando sua cerveja e contando algumas histórias de quando as meninas eram pequenas. Joaquim pede que conte uma de Roberta, esta ele tem enorme gosto de ouvir, poderia escutá-la mil vezes, se comove em todas elas.

– Solzinho tinha dois anos quando veio dizendo que pediu pra Jesus que pudesse cuidar da Stelinha. – sorri, dá mais um gole na bebida. – Até os cinco anos falava sempre a mesma coisa: “Mamãe, pedi pra Jesus me deixar ficar com a minha irmã. Eu pedi muito pra ele me deixar cuidar dela. Eu tô aqui só pra cuidar dela!”. Sinceramente, Roberta tem feito muito bem esse papel. É uma pena que as duas tenham nascido branquelas que nem tu, velho! – ri. – Poderiam ter vindo duas morenas tropicanas que nem a mamãe, mas não, vieram que nem o pai!

– Todo mundo diz que pareço com a senhora! – a caçula acompanha a risada dos demais. – Nem vem com esse papo quando tentou me fazer modelo de passarela. Vive dizendo que sou a garota mais linda do mundo!

– Tome vergonha! – rebate. – É obrigação de mãe achar o filho bonito. Eu só me pergunto como é que uma loira chique dessa ainda não arrumou um marido!

[...]

Após dar a comida na boca de Monique, a senhora chama os rapazes para rezar. Fecham os olhos, dão as mãos. A mais velha abre a boca, mas antes de entoar a prece, nota a presença de alguém. Rapidamente abre os olhos, larga dos rapazes e questiona:

– Você está sofrendo, não está?

– Estou. – Victor responde.

– Se aproxime. – volta a fechar os olhos. – O que aconteceu? Posso rezar para que algum Espírito de Luz cuide de você?

O falecido não consegue responder. A mulher puxa uma reza e os demais a seguem. O Sr. Alcântara apenas fecha os olhos e chora. A luz começa a tomar conta daquele lugar, a mesma invade o peito do amargo homem. Sente que alguém o abraça e o puxa pra cima.

[...]

Richard se pega pensando na Stela, no sonho que tivera. Questiona a si mesmo o porquê da moça sentir tanto medo dele. Lembra das palavras da cartomante que lhe abordara. E se tudo aquilo for verdade? Um misto de angustia e ansiedade invadem o peito. Olha no relógio e vê que são vinte e duas horas. Tira o cartão da médium de dentro do jaleco, avisa que vai tomar um café ao lado de fora.

Disca rapidamente seu número assim que sai do hospital, chama duas vezes, ela atende.

– Lúcia? Aqui é Richard, eu...

– O homem da Pedra do Sal? Fico feliz que tenha ligado! Como posso ajudá-lo?

[...]

Cercado por flores, Victor tenta digerir tudo que acaba de ouvir de um espírito que se apresenta como Maria Clara.

– A única certeza que eu tinha certeza é que Stela me abandonou no Bataclã pra fugir com aquele idiota do Francisco! Recordo-me perfeitamente de seu nome, ela se chamava Maria Clara! Agora, os dois reencarnaram e ele é médico. – bufa. – Por que não consigo nem ao menos lembrar de você e da Luíza?! – deita no meio das rosas.

– Eu me chamava Lívia. – sorri. – Voltei como esposa do Richard, mas desencarnei devido a uma leucemia.

– Não posso acreditar! – brada. – Você era a esposa do Francisco! As coisas estão começando a fazer sentido.  – respira fundo. – O que aconteceu com aquela velha nojenta que era dona do prostíbulo?

– Reencarnou com mãe de Stela e Roberta. Tem certeza que não sabe nada sobre minha irmã?

– Não, não faço ideia! 


Notas Finais


Deu pra entender algumas coisas ou tudo ficou mais confuso ainda? hahahahahaha


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