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  3. 26, fevereiro 2016

História A.m.o.r - 26, fevereiro 2016


Escrita por: KimMinRyong

Notas do Autor


Oieee, como prometido, segunda-feira att especial para vocês. Vocês não fazem ideia da luta que foi conseguir wi-fi para postar kakak.

Bom, vamos nessa.

Capítulo 4 - 26, fevereiro 2016


Fanfic / Fanfiction A.m.o.r - 26, fevereiro 2016

 

Capítulo – Três.

26, fevereiro 2016...

Eu acordei cedo nos últimos três dias. Eu criei uma rotina em acordar, chamar os médicos para trocar o soro do hyung, alimentarem ele, ir em casa comer alguma coisa com os meus pais e voltar para o hospital. Eu não podia passar muito tempo em casa, os tios do Jin resolveram se apoiar em mim e não iam ao hospital. Na verdade, eles foram uma vez e me deixaram responsável pelo resto.

Eu sei que odeio quando me tratam como um simples adolescente, mas eles não entendem que eu só tenho dezesseis anos e eles têm que cuidar do sobrinho? Certo, se eles não são pessoas decentes o suficiente para entender o lado do hyung, eu vou ser e não ligo para isso. Eu sempre pude cuidar do hyung, não vai ser diferente agora.

Meus pais estão preocupados com isso, comigo, com o hyung, com toda a situação! Quando eu vou para casa tomar café da manhã com eles é sempre o mesmo interrogatório e a tristeza  de não poderem fazer mais nada para ajudar. Eles estavam preocupados com a quantidade de dias em que o Hyung estava desacordado e não era para menos.

Já fazia três dias.

Três dias que ele não acordava.

Esse foi o tempo certinho, porque quando eu voltei para o hospital, o quarto dele estava uma correria só, eu fiquei com muito medo de algo ter acontecido, afinal ele está indo tão bem, o corpo dele não tinha rejeitado o sangue, a pele dele estava voltando à cor natural e a enfermeira passava uma pomada para curar as queimaduras do desfibrilador, não podia ter tido uma recaída do nada!

Quer dizer, podia sim, ele ainda estava em risco, mas ele aguentou muito para não resistir agora.

Não me deixaram entrar e eu tive que ficar do lado de fora da sala esperando e me remoendo para saber o que estava acontecendo no quarto do hyung, isso estava me deixando louco então eu liguei para os meninos e fizemos uma chamada a três, Jimin tinha ido passar o fim de semana em Busan com os pais e Jungkook estava na casa de um carinha que ele costumava ficar de vez em quando.

E como sempre era quando o assunto é Jungkook e Jimin, eles começaram a se alfinetar assim que atenderam. No fundo da ligação de Jimin estava tocando uma música clássica, nós podíamos escutar o barulho de brindes, isso foi o que Jungkook precisava para começar o inferno naquele telefonema,

Eles me deram forças pelo telefone mesmo, mas tudo o que eu queria era notícias e explicações do hyung.

— O que me deixa com mais raiva é que se algo ruim aconteceu, eles vão primeiro contar pros tios dele!

— Namjoon, se acalma um pouco. — Jimin falou, ele estava sussurrando para seus pais não descobrirem que estava fugindo. — Eles podem estar fazendo algum exame íntimo.

— O caso dele não pede por isso.

— Jungkook!

— O que? Eu estou sendo realista, Jimin! — Jungkook respirou fundo. — Olha hyung, algo ruim pode ter acontecido e você sabe disso, mas ele também pode ter melhorado. Então não pensa só pelo lado ruim.

— Até que não falou tanta besteira... — Jimin falou mais baixo.

— É tão difícil me elogiar?

— Você nunca me elogiou pra eu fazer o mesmo.

— Claro, você pode pagar alguém pra isso... — Respirei fundo.

— Eu não faço ideia porque eu liguei pra vocês dois ao mesmo tempo. — Me encostei no banco e finalmente os dois ficaram em silêncio, percebendo que esse não era bem o momento.

— Desculpa... — Falaram juntos.

— Eu posso fingir que o Jimin não está na ligação, eu só não quero que você fique triste, hyung. — Eu ri.

— Obrigado, meninos..., mas eu acho que...

— Jun? — Ouvi uma voz diferente e fiquei quieto pra reconhecer. — Oi... — Jungkook respondeu um pouco nervoso. — Espera só um pouquinho gente.

Nós ouvimos parte da conversa do Jungkook com a outra pessoa e bom, eu não queria realmente ter reconhecido a voz de quem estava com ele. Quando você é o filho do diretor, você costuma ter algumas pessoas que pegam no seu pé e te chamam de tudo que é nome, Jimin tinha uma lista e no topo dela, em letras brilhantes, estava Min Yoongi.

— Me diz que eu tô ficando louco... — Jimin pediu com muita raiva e eu fechei os olhos com força, estava torcendo pra ele não reconhecer.

— Sinto muito, Jiminie. — Ele riu.

— Tudo bem. — Ele falou baixo e suspirou.

— Você está triste...

— Sim! Eu achava que ele era meu amigo e que só gostava de me zoar, mas é claro que ele anda com essa gente, ele é igual a eles mesmo. — Jungkook estava demorando muito para voltar e isso era desesperador. Eles dois eram bem amigos e eu sei que por trás dessas brigas bobas eles se dão bem. — Desculpe hyung. Eu vou desligar agora, tá? Eu já fugi bastante do almoço.

— Tem certeza de que não quer esperar para falar com o Jungkook?

— Falar com ele é o que eu menos quero fazer agora.

— Certo... — Sorri sem mostrar os lábios. — Qualquer coisa eu te aviso.

— Vai ficar tudo bem. Me liga.

Ele desligou e eu fiquei um tempinho esperando Jungkook voltar, fiquei pensando no que eu ia falar para explicar o motivo do Jimin ter saído, mas eu não tive tanto tempo assim porque o Jungkook voltou.

— Oi. Desculpem, eu tive que fazer uma coisa.

— Eu imagino o que foi... — Respirei fundo.

— O Jimin desligou? O que aconteceu? O mordomo dele caiu na piscina?

— Não, foi uma coisa bem pior. — Falei mais sério, ele não conseguia mesmo levar as coisas a sério. — Ele reconheceu a voz do teu casinho...

— Oh... — Eu ri sem acreditar.

— É só isso que tem pra dizer? — Ele respirou fundo.

— Olha, eu não tenho nada a ver com a treta do Jimin e do Yoongi, eu tenho uma coisa com o Yoongi e sou amigo do Jimin, não apoio nenhum dos lados e não me oponho também! — Eu ri, não acredito que ele estava mesmo fazendo isso.

— Jungkook! O Yoongi bateu no Jimin ano passado só porque o pai dele suspendeu ele! Ele obriga o Jimin a fazer a lição dele toda semana... O Jimin odeia ele.

— Isso é entre eles, Namjoon, não sou eu que faz essas coisas é o Yoongi e eu não quero deixar de ser amigo do Jimin e nem de ficar com o Yoongi.

— Bom, com o Yoongi você ainda vai poder ficar, mas eu não acho que o Jimin vai querer voltar a falar com você. — Ele ficou em silêncio, pensando. Eu olhei pro lado e vi alguns médicos saindo do quarto do Jin. Será que já vão poder me dar notícias?

— Por que você acha isso? — Me assustei.

— É... — Certo, ele e o Jimin. — Pensa comigo, você sempre implicou com ele e ele sempre achou que era brincadeira, mas então ele descobre que você tá andando com o grupinho que humilha ele há três anos. — Jungkook respirou fundo. — Mas se você ama o Yoongi...

— O que? Amor? Tá maluco? — Me interrompeu. — Eu e ele ficamos quando convém e a gente se dá bem, só isso.

— Então não vai ser difícil escolher entre eles, né? — Jungkook riu.

— Eu não vou escolher entre eles, hyung. Pode deixar que eu sei lidar com o Jimin, isso é só drama, o Yoongi nem pega tanto no pé dele.

— Eu não acho que seja drama, Jungkook. Eu...

— Namjoon? — Chamaram o meu nome ao meu lado e eu me assustei, era aquela mesma enfermeira que me pediu as informações do hyung quando chegamos, ela estava em pé ao meu lado com o médico responsável pelo Jin.

— Kookie, a gente se fala depois, me chamaram...

— Tudo bem, me avisa depois.

Desliguei o telefone e fiquei em pé, me curvei para os dois e eles riram do meu nervosismo. Eu estava com medo de terem vindo me dar notícias ruins. O homem mais velho que eu respirou fundo e olhou para a enfermeira, ela o empurrou com o ombro e ele deu um passo à frente. Acho que eles devem ser bem próximos.

— O que aconteceu? — Eu perguntei um pouco baixo.

— O doutor tem algo para te falar. — O médico riu.

— Garoto, o que eu vou fazer fica só entre a gente, combinado? — Eu nem sabia o que era, só concordei com a cabeça várias vezes. — Quando esse tipo de coisa acontece, nós somos obrigados a contar primeiro para os responsáveis do paciente, mas todos nós vimos o quanto você está preocupado com o Seokjin, talvez até mais que os tios dele.

— Eu estou mais preocupado que eles, eles não ligam pro hyung. — Falei frio, era a verdade e talvez minha sinceridade tenha assustado os dois.

— Sim, você está... — Ele tocou no meu ombro. — Seu amigo acordou.

— O... O que?

— Ele perguntou por você assim que acordou. — A enfermeira falou. — Eu conversei um pouco com ele, ele está bem, mas ainda em choque.

— Você pode falar com ele e quando você sair de lá, nós ligamos pros tios, mas esse tem que ser o nosso segredo. Concorda?

— Sim! Sim! Claro! Eu preciso falar com ele! — Já fiquei com vontade de chorar, meu hyung estava vivo!

Eles me guiaram até a porta do quarto e abriram. Eu ainda não podia ver a cama por conta do pequeno corredor que tinha antes de chegar ao centro do quarto, o médico fechou a porta atrás de mim e eu fiquei sozinho ali. Eu respirei fundo e entrei devagar.

Ele ainda não tinha me visto, ele estava olhando pras mãos em cima de sua barriga, brincando com a pulseira do hospital. Ele parecia tão bem, estava bem esperto e olhando tudo com muito cuidado, prestando atenção em todos os detalhes até chegar em mim. Ele sorriu.

— Joonie...

Eu não aguentei, abaixei a cabeça e comecei a chorar. Escondi meu rosto com as mãos e chorei muito. Ele me chamou mais uma vez e eu coloquei uma mão na frente do meu corpo, pedindo para que ele esperasse um pouco. Era tão difícil, eu achava que tinha perdido o hyung e agora vinha esse alívio de que ele estava bem e sorrindo.

Ele sorriu pra mim!

Depois de uma situação tão conturbada, ele acordou, olhou para mim e sorriu!

— Joonie... — Ele chamou de novo, pelo tom que usou eu sabia que não estava mais sorrindo.

Eu fui pra perto dele e abracei com todo cuidado do mundo, eu não sabia se ele estava fraco demais para aguentar o meu abraço então tentei ficar calmo, mas ele me abraçou de volta com força, estava tremendo, acho que ele não estava pronto pra exigir tanto de si e o seu corpo respondia tremendo, mas ele não me soltava.

E eu também não queria nem um pouco que ele me soltasse.

— Não tão forte... — Sussurrei pra que ele não fizesse tanta força ao me abraçar.

— Me desculpa...

Eu estava abraçando ele como se nossas vidas dependessem disso, e do modo como as coisas estão indo, não duvido que dependam. Beijei o topo de sua cabeça quando ele soluçou contra o meu peito e molhou minha camisa.

Ele me segura como se eu fosse sair dali a qualquer instante, mas eu não seria capaz de fazer isso com ele, eu passei esses três dias esperando que ele acordasse, eu não iria embora tão cedo! Nada me faria deixar ele.

Tiveram muitos momentos na nossa vida em que nós pudemos provar que sempre estaríamos ali um para o outro e agora não seria diferente. Eu conheço o hyung desde que tínhamos treze anos, eu o levava pra casa sempre que ele caía de bicicleta, eu vi ele beber demais no aniversário de quinze anos do Jimin e fiquei fazendo massagem nas costas dele enquanto ele vomitava no banheiro do quarto de visitas, eu ajudei ele a dar o primeiro beijo dele com um menino da nossa sala...

... É, desse último eu não me orgulho muito.

Mas o mais importante é que nós passamos por tudo isso juntos e eu posso ser um grande trouxa apaixonado, mas isso tudo faz de mim um grande amigo e era isso que eu queria ser, um grande e verdadeiro amigo para ele nesse momento.

Apenas um amigo.

— Porque você fez isso Jinnie? — Saiu quase como um sussurro, falhando minha voz e me fazendo apertar o abraço um pouco mais.

— Desculpa... — Ele soluçou alto.

— Está tudo bem, hyung. Eu só quero te entender... — Nós nos separamos um pouco, mas ele segurou as minhas mãos para que não ficássemos distantes.

— Me parecia o certo... Eu, eu só queria os meus pais. — Gaguejou. — Eu não pensei direito, mas. Eu não sei... Eu fiquei desesperado.

— Você foi longe demais, Jinnie! Estamos em um hospital! Você está dormindo há três dias! Você não faz ideia do quanto me preocupou!

—... Sei... Eu sei sim. — Disse olhando no fundo dos meus olhos. Ele me puxou e abraçou meu pescoço, eu retribuí meio sem jeito e sem entender muito bem. — Obrigado por ter ficado aqui todo esse tempo.

— Como você... — Me soltou e riu.

— A enfermeira me falou. Você não precisava fazer isso.

— É claro que eu precisava. — Me sentei no espaço vago de sua cama. — Jungkook e Jimin também ficaram aqui no dia que você chegou.

— E você aguentou os dois? — Ele riu. Eu concordei com a cabeça rindo.

— É, mas a merda explodiu cedo.

— O que aconteceu? — Perguntou preocupado.

— Lembra do ficante misterioso do Jungkook? — Ele concordou com a cabeça. — É o Yoongi.

— Eu vou conversar com o Jimin depois, ele deve estar mal...

— Sim e o Jungkook, como sempre, levando isso como se não fosse nada, mas agora eu acho que ele não vai querer o Jungkook por perto. — Apertei nossas mãos juntas e entrelacei nossos dedos, ele sorriu. — Você está sentindo algo?

— Tô... Muitas coisas na verdade, mas nada que você deva se preocupar.

— Eu me preocupo com tudo...

— Eu sei disso. — Ele respirou fundo. — Onde os meus tios estão?

— Eu não sei direito, eles... Não vêm aqui há alguns dias. — Ele riu.

— Imaginei que não. — Puxou minha mão para mais perto e começou a brincar com os meus dedos. — Eu... Não sou muito apegado a eles.

— Você pretende contar? Sobre ser gay? — Jin respirou fundo.

— Eles sempre desconfiaram, por isso não me deixavam brincar com o meu primo. — Falou bem baixinho. — Vai ser um inferno...

— Você só precisa esperar fazer dezoito anos. — Jin me olhou. — Não deve ser tão difícil... O pior já passou. — Ele sorriu.

— Eu posso contar com você? — Foi a minha vez de sorrir, eu levei nossas mãos entrelaçadas até meus lábios e beijei os dedos dele.

— Sempre, hyung.

 


Notas Finais


LINK DO CVV.
https://www.cvv.org.br/

A quem leu, muito obrigada ^^ . Comentem, eu quero interagir com vocês.

Para quem acompanhou a primeira versão já começou a notar que algumas coisas estão mudando hehe. O próximo cap é completamente diferente dos da primeira versão e eu estou ansiosa para postar.

ATÉ SEXTA-FEIRA
Bjs da Kim ;u;


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