História A.m.o.r - 07, março 2016

Capítulo – Quatro.

07, março 2016...

  A primavera chegou e com ela veio o primeiro dia de aula. O último ano do colegial, depois disso é adeus à escola e olá universidade, isso foi assunto na minha casa hoje, na mesa de café-da-manhã. Minha mãe se empolgou um pouco e cozinhou para comemorar o início de uma finalização... Eu também não entendi o nome que ela usou, mas entendi o que quis dizer com isso.

Era muito bom ter um assunto diferente para conversar na mesa depois de tudo o que vinha acontecendo. Eu sou muito apegado aos meus pais e não escondo nada deles, então eles meio que sempre souberam os meus sentimentos pelo Jin, eles estavam tentando me distrair do fato de que eu e ele não nos falávamos direito há alguns dias, isso é: desde que ele teve alta.

— Talvez os tios dele tenham decidido levar ele até a escola, é um grande dia para vocês. — Minha mãe falou, eu estava olhando para o meu celular há um tempo.

— Eu acho que não. — Respirei fundo e coloquei o aparelho em cima da mesa.

Eu e o Jin vamos para a escola juntos desde o meu aniversário de dezesseis anos, quando eu tirei a carteira e ganhei uma moto dos meus pais. Costumávamos ir e voltar todos os dias, eu tomava café na casa dele e ele almoçava na minha.

Não era novidade para ninguém que eu não ia mais poder tomar café na casa dele com ele e com os pais, mas ainda podíamos ir para a escola juntos, só que não conversamos sobre isso durante as férias e nem depois que ele saiu do hospital, eu só queria que ele me desse mais informações.

— Eu já sei! — Meu pai falou animado, eu comecei a comer. — O que você acha de deixar a moto em casa hoje? Eu posso levar, buscar você e nós almoçamos fora. — Tudo bem vai... Eu sorri com a iniciativa.

— Eu acho uma ótima ideia, faz tanto tempo que não saímos em família, podemos almoçar algo nada saudável e ir ao cinema. — Minha mãe parou ao meu lado e começou a fazer carinho no meu cabelo. — Tem aquele filme que você queria assistir, o que acha?

— Ótimo, mas não acho que vocês vão gostar de Deadpool. — Ela deu um beijo barulhento na minha bochecha e se sentou do meu lado.

— É só pra gente passar um tempo com você, filho. Você merece.

— Passou para o último ano com louvor, cuidou tão bem do seu amigo e não bateu com a moto nenhuma. Também não ficou grávido aos dezesseis anos, sou um pai orgulhoso.

Nós rimos todos juntos.

— O senhor é impossível. — Falei baixinho negando com a cabeça e voltando a comer.

— Mas o que me diz? — Meu celular apitou e eu peguei. — Vai querer carona?

Jinnie:

Então...

Me encontra na esquina de casa?

Eu sorri como nunca.

— Vou deixar a carona pra outro dia pai. — Me levantei rápido e corri pra deixar um beijo no rosto da minha mãe. — Mas o almoço e o cinema estão de pé, eu posso encontrar com vocês no shopping, o que acham?

— Ele mandou mensagem? — Concordei com a cabeça, estava com medo de ele ficar triste pela carona, mas ele riu. — Certo. Duas horas no shopping! Convide o Jin para ir também. — Eu sorri de novo.

— Vocês são incríveis. — Peguei minha mochila perto da porta com tudo dentro e corri. — Até mais tarde!

Isso foi o suficiente para animar ainda mais o meu dia. Eu coloquei o meu capacete e fui rápido para o endereço do hyung, até peguei um caminho mais curto para chegar logo. Então não demorou muito para encontrar com ele na esquina da casa dele. Parei com a moto ao seu lado e tirei o capacete.

— Oi... — Ele disse meio hesitante.

— Oi, como você tá? — Ele olhou para outro lugar, franzindo o rosto por conta do sol.

— Bem... É. — Respirou fundo. — Me... Me desculpa por ter sumido, eu...

— Não, hyung, sério. Eu entendo.

— Entende? — Voltou a me olhar.

— Sim, isso é coisa dos seus tios, não é? — Ele riu e concordou com a cabeça.

— Eles não querem que eu ande com você e com os meninos.

Eu olhei pro guidão da moto e respirei fundo. Não posso ser hipócrita, já imaginava que isso ia acontecer e até poderia ficar chateado, mas ele estava aqui então ficava óbvio que não ia obedecer.

— Imaginei que isso fosse acontecer.

— Hoje eu acordei bem cedo pra fugir da casa deles. — Ele olhou para a casa dos pais do outro lado da rua e sorriu. — Eu tomei café aqui e me arrumei pra aula, disse que ia mais cedo para conhecer os novos professores, então vim te esperar. — Eu ri.

— Não sabia que você era tão rebelde assim.

— Eu não sou, você que tem a moto, nessa relação eu sou o mocinho inocente que está sendo influenciado pelo cara mal. — Nós começamos a rir.

— Anda logo, menino princesa. — Ele contorceu o rosto em uma careta e colocou o capacete.

— Me chama de príncipe logo, por que tem que ficar inventando essa de menino princesa? — Reclamou enquanto subia na moto comigo.

— Se não te irrita, não tem graça. — Ele me empurrou e eu quase deixei o capacete cair no chão. Meu objetivo da manhã estava concluído.

O restante dela foi bem tranquilo, eu e o Jin recebíamos alguns olhares e sussurros em nossa direção, mas por incrível que pareça, o hyung não estava deixando isso abalar, bom... Era o que parecia.

Estamos só no primeiro dia e eu já vi como vai ser esse ano, os professores pegaram duro com a gente, no horário antes do intervalo passaram um simulado de nivelamento, com o assunto do ano passado e pelo o que eu vi, foi para todos os anos. Nós chegamos no refeitório e estava um silêncio só, todo mundo concentrado em fazer o simulado para entregar no fim do dia na direção.

Eu e o Jin fomos para a mesa que sempre usamos e encontramos o Jimin, nos sentamos com ele, mas ele não percebeu, ficava murmurando várias coisas e lendo o simulado com muita calma. Eu e o Jin nos olhamos sem entender, ele quase nunca surtava tanto com alguma atividade.

— Jiminie? — O hyung falou e ele pulou na cadeira, eu segurei minha risada. — Meu deus, Jimin. Você tá em outro mundo.

— Ashi! Desculpa... Eu tô enrolado com esse simulado, eu não posso errar nada.

— Desde quando você fica catando ponto extra desde o início do ano? — Perguntei estranhando essa reação e ele ficou calado, terminando de escrever uma das respostas na folha.

Jimin estava triste e eu sei que não era só por conta do simulado, ele estava assim há dias, uma provinha de ponto extra não tinha o poder de deixar ele desse jeito. Jimin sempre foi muito estudioso e parte disso era a culpa do pai dele ser diretor, mas essa cobrança nunca atrapalhou a vida dele de qualquer forma.

Ele respirou fundo, jogou o cabelo pra trás e arrumou os óculos no rosto. Tinha um sorriso fraco também, mas não me parecia ser muito sincero.

— Não liga para isso. — Ele desconversou. — Como vocês estão?

— Eu estou bem. — Comecei, queria amenizar um pouco o clima. — Meus pais piraram de manhã, estão felizes com o último ano.

— Queria estar no último ano. — Jimin lamentou e apoiou o rosto em uma das mãos.

— Aproveita o segundo, porque pelo o que a gente viu, vai ser um ano bem difícil. — Jin falou folheando o simulado e sem muita expressão, acho que ele não estava falando só da escola.

— Eu sei reconhecer os meus privilégios. — Jin riu. — Sei lá, acho que só... — Ele parou de falar e olhou para alguma coisa atrás de mim, eu e o Jin olhamos para o mesmo lugar e vimos o que era.

Jungkook estava vindo na nossa direção, ele também não parecia de muito bom humor, até empurrou uma menina que só teve o azar de passar na frente dele. Eu olhei para o Jin com a esperança de que ele soubesse o motivo, mas ele só me olhou de volta e negou com a cabeça. Já Jimin...

Ele abaixou o rosto e respirou fundo, voltando a escrever no simulado com pressa.

— Agora você pode parar de agir assim e falar comigo? — Jungkook disse olhando pro Jimin, mas ele não respondeu. — JIMIN!

— Jungkook, calma! — O Jin falou. — Você tá chamando atenção.

— Que se fodam eles. Eu não ligo pra esse bando de mesquinhos esnobes. — Jimin riu. — Não quer falar na minha cara? — Finalmente olhou pra ele. — Eu te liguei a semana toda! Você fingiu que eu nem existia quando fui falar com você no início da aula! Por quê?

— Eu não tenho nada pra falar com você, Jungkook.

— Isso é por causa do Yoongi? — Foi aí que eu entendi tudo. — Jimin, você sabe que você não tem nada a ver com quem eu fico, não é?

— Eu caguei pra quem você fica, Jungkook. Por mim você podia ser amante da tia da cantina que eu ia continuar não ligando! O meu problema é com o Yoongi e a turminha dele!

— Exatamente! O seu problema é com eles! Por que fica me envolvendo nisso?

— Porque você faz parte dela. — Jungkook se calou e eu faria o mesmo se fosse ele. — Eu sempre levei as nossas brigas na brincadeira, nunca me importei com isso, mas você é igualzinho a eles.

— Não é a mesma coisa e você sabe!

— A é? — Jimin debochou. — Eles me usam como desculpa por todas as merdas deles acabarem na diretoria, eles me batem porque eu sou filho do diretor e me forçam a fazer as lições deles só porque eu sou estudioso, isso não é familiar para você?

— Tá dizendo que eu diminuo as pessoas? Eu não sou assim!

— Sério? Então acho melhor você abaixar o tom porque o bando de mesquinhos esnobes está olhando pra gente! — Essa doeu em mim, eu fiz um barulho alto por conta disso e Jungkook me olhou com raiva.

— Você sabe que as nossas brigas eram só brincadeiras, eu nunca levaria para um lado ofensivo.

— Eu achava isso também, mas vendo você com o bando de aproveitadores, não sei mais dizer quanta sinceridade tinha nas suas “brincadeiras” — Jimin fez aspas com os dedos e Jungkook deu uma volta no lugar, acho que estava se controlando pra não gritar.

— Olha, eu não quero deixar de ser seu amigo, poxa Jimin, você sabe que eu gosto de você! Eu nunca levei ninguém pra me ver correr! — Ele tinha um ponto e o Jimin sabia que isso era verdade, ele estava perdendo a pose de durão. — Foi por isso que eu não falei nada de mim e do Yoongi, eu também gosto de andar com ele e os meninos, e eu te juro que, se em algum momento nas férias eles tivessem dito alguma coisa de você, eles não estariam vivos agora. — Jimin riu de novo, revirando os olhos. — Eu não tô pedindo para você ser amigo deles, mas... Dá uma chance, por mim?

— Jungkook, você tá forçando a barra. — Eu disse.

— Eu só não quero que vocês pensem que eu sou igual a eles por andar com eles, vocês não precisam fazer o mesmo, só quero que ignorem isso, é um novo ano, eles podem ter mudado.

Jimin se levantou da mesa com raiva, pegou as coisas que estavam espalhadas e colocou todas na mochila que eu nem tinha percebido que ele segurava. Quando ele ficou de pé, o simulado que ele estava respondendo se transformou em três, eu e o Jin nos olhamos assustados, não tínhamos visto que ele estava com mais de um.

Ele deu a volta e parou na frente do Jungkook com um sorriso muito forçado que chegava a assustar.

— Não vem com esse papo de que eles mudaram pra cima de mim, tá bem? Eu sei muito bem o tipo de pessoa que eu tô lidando.

— Isso também não é menosprezar? — Jimin o olhou assustado. — Você tá cobrando deles e faz o mesmo? Julgando que eles não são capazes de mudar? — Jimin respirou fundo.

— Jun, me faz um favor? — Jimin pegou mais duas folhas na mochila e empurrou contra o peito de Jungkook cinco simulados. — Entrega isso para os seus novos amigos e nunca mais fala comigo. — Ele bateu no ombro do Jungkook e foi andando pra fora do refeitório.

Eu estava assustado, então era por isso que o Jimin estava surtando com o simulado, não era para ele. Eu olhei pro Jungkook e ele estava em choque, passava as folhas com raiva e quando olhou a última, jogou todas em cima da mesa.

Eu peguei as folhas enquanto ele andava em círculos e mostrei pro Jin, o Jimin tinha elaborado cinco formas diferentes de responder cada pergunta, para que não percebessem que era cola, e no topo da folha tinha o nome de cada um dos meninos do grupo do Yoongi.

— Jun... — Jin tentou a sorte, chamando ele.

— Que ódio! — Ele quase gritou e nos assustou um pouco. — Eu pedi pra eles! Eu pedi pra eles não mexerem com o Jimin!

— Você pediu? — Perguntei surpreso.

— Quer saber? Isso não vai ficar assim. — Ele recolheu os papéis com raiva e começou a andar para dentro do prédio.

— Jungkook espera! — Eu corri e consegui segurar o braço dele. — O que você vai fazer? — Ele puxou o braço e voltou a andar.

Nós resolvemos seguir ele, do jeito que estava não podia ficar sozinho. Jungkook é bolsista, não pode ficar se metendo em confusão o tempo todo como ele costuma fazer e é claro que não vai ser bom para ele já começar o ano com alguma advertência.

Por sorte, ou não, não corremos muito. Yoongi e os amigos dele estavam no corredor dos armários ao lado da diretoria. Jimin estava conversando com o pai na porta e todos estavam em um clima muito agradável até Jungkook aparecer.

Foi muito rápido, eu nem consegui impedir, ele empurrou alguns dos meninos e fechou o armário do Yoongi com força. Chamando a atenção de todo mundo, inclusive do Jimin e do diretor.

— Jun... O que...

— Aqui. — Ele empurrou os simulados contra o peito dele, as fazendo cair no chão logo depois. — Aproveita bem a excelente nota, porque vai ser a última! — Yoongi riu.

— Ele te contou...

— É contou! — Gritou interrompendo a fala do Yoongi. — Qual é a sua? Eu te disse pra parar de pegar no pé dele, seu imbecil! O que ele fez pra vocês?

- Jung... Ele é só um nerd.

— ELE NÃO É SÓ UM NERD! Ele é muito mais do que isso e você vai começar a respeitar e vai parar de mexer com ele, escutou? — Yoongi riu.

— Você só pode tá ficando louco.

— Ou você deixa ele em paz, ou eu conto pro diretor quem foi que fez os seus trabalhos nos últimos dois anos, acho que isso é o suficiente para anularem os seus créditos extras e te reprovarem de novo. — Nessa hora eu olhei pro Jimin e ele estava segurando o braço do pai dele, tentando o acalmar. — E se você ou qualquer pessoa a mando seu levantar um dedo pra ele, eu conto muitas outras coisas suas pra todo mundo.

Mais um segundo de silêncio e Yoongi levantou as mãos como se estivesse rendido. Dando dois passos para trás.

— Ok, você venceu, não mexo mais com o seu nerdzinho.

— Se você chamar ele assim de novo, eu vou...

— Jung! — Jimin chamou quando Jungkook ia avançar nele. — Não faz... Tá tudo bem. — E como se tivessem acertado um dardo tranquilizante, Jungkook se acalmou na hora.

Ele se afastou e pegou as folhas do chão, depois rasgou uma por uma e jogou no lixo mais próximo.

— Seu!... O meu simulado, seu idiota! — Yoongi foi até o lixo e pegou as partes que estavam lá.

— Se é seu, você já sabe como fazer, Yoongi! — Falei mais alto e todos me olharam. — Acho que o senhor Park não vai se importar em dar um em branco para vocês, certo senhor Park?

— Eu vou adorar. — O diretor sorriu, óbvio que ele tinha entendido o que estava acontecendo. — Os cinco na minha sala agora! E você, Jimin. A gente conversa depois. — Jimin concordou com a cabeça e se afastou da sala, indo para perto do Jungkook.

Eles se encontraram na frente dos armários, o Jun parecia muito envergonhado e o Jimin tinha aquela expressão de superior que ele sempre usa quando o Jungkook faz besteira. O Jin hyung se apoiou em mim e eu olhei para ele, estava rindo.

— Eu daria tudo pra ver esses dois juntos.

Jungkook e Jimin? Eu nunca parei para pensar nisso.

— Eles são um desastre! Acha que eles funcionariam bem juntos? — Jin revirou os olhos e depois olhou para mim.

— Você pensa demais, Namjoon. Eles já funcionam, sabem os limites. — Apontou para os dois, eles estavam rindo e dava pra ver o quanto Jungkook estava sem graça. — Sabem quando estão errados.

É... Ele tinha razão. Por agora eu sei que os dois não se olham com outros olhos, são de mundos bem diferentes, mas pelo menos se depender de Jungkook, nada fica entre eles. Eu sorri, ia gostar muito de ver os dois juntos, eles dão muito o que falar e é óbvio que não ia ser diferente hoje.

— Talvez você tenha razão. — A risada que ele deu me chamou atenção.

— Eu sempre tenho razão. — Olhou para mim de novo e sorriu.

O sorriso do hyung é uma das poucas coisas que eu guardo e provavelmente nunca vou esquecer, o ver sorrindo me faz querer sorrir junto. Ele levantou a mão que ainda estava apoiada no meu ombro e tocou em uma das minhas covinhas, depois fez carinho no meu cabelo enquanto me olhava.

— Muito pretensioso.

— Um dia você me aceita. — Eu ri alto e o empurrei.

Não que eu não gostasse dessas palavras e desse carinho, eu só fiquei muito sem graça, então me virei para ir para a sala e aproveitei para o puxar junto comigo, segurando em sua mão.

O que aconteceu na hora do intervalo foi assunto para o resto do dia, eu e o hyung ficamos conversando sobre os dois no nosso tempo livre e sobre os novos professores, já tínhamos matéria para estudar e um novo professor favorito, isso ajudou para que o tempo passasse mais rápido.

Quando o dia acabou, nós fomos juntos para a garagem em que eu deixava a minha moto e sabe? Eu fiquei muito feliz em ver que o hyung estava bem comunicativo, fazendo piadas e até tirava com a minha cara quando tinha a oportunidade.

— Vem logo, menino princesa. — Ele revirou os olhos e parou do meu lado. Eu levantei o banco e entreguei um dos capacetes para ele. — Então, qual é o esquema?

— Pode me deixar na minha casa, eu quero almoçar lá.

— Você não vai mesmo ao cinema comigo? — Ele respirou fundo.

— Não dá. — Isso me deixou triste. — Eu queria muito, mas eu tenho que voltar pra casa dos meus tios antes de anoitecer. — Eu peguei a mão que ele não estava segurando o capacete e entrelacei com a minha.

— Você tá mesmo bem, hyung? — Ele deu uma risada cansada e olhou pra outro lugar.

— Eu vou ficar... É só até eu fazer dezoito, eu consigo aguentar até lá. — Eu sorri junto com ele.

Ele tinha razão, as coisas não pareciam estar tão pesadas, se ele conseguiu lidar com o dia de hoje, eu sei que ele vai conseguir com os próximos.

Eu espero que ele consiga lidar com os próximos...