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  3. 22, setembro 2018

História A.m.o.r - 22, setembro 2018


Escrita por: KimMinRyong

Notas do Autor


oier hehe, voltei.




Boa Leitura ;u;

Capítulo 17 - 22, setembro 2018


Fanfic / Fanfiction A.m.o.r - 22, setembro 2018

Capítulo – Dezesseis.

22, setembro 2018...

E quem disse que não se pode ter um recomeço perto do fim do ano?

Hoje é fim de outono, o inverno chega cada vez mais perto e com ele o fim do ano. Mas aproveitando esses últimos momentos de frio suportável e estradas seguras de utilizar, eu e todo mundo ao meu redor estamos nos mobilizando para a minha nova fase. A fase na qual eu e Taehyung moramos juntos em um apartamento pequeno e simples.

Eu saí de casa todo feliz. Meu pai estava colocando algumas caixas no porta-malas do meu carro enquanto eu trazia as duas últimas que consegui separar. No meio do caminho eu vi o Mark se aproximando. Ele acenou para mim e andou um pouco mais rápido para tirar uma das caixas da minha mão e me ajudar a carregar até onde meu pai estava.

Quando cheguei mais perto, pude ouvir minha mãe rindo, ela estava parada ao lado do carro, falando que meu pai não ia conseguir fazer alguma coisa e ele já estava ficando irritado com isso.

- Pode parar?

- Não, eu quero aproveitar cada segundo da sua teimosia.

- O que está acontecendo? – Perguntei quando cheguei. Coloquei a caixa no chão e Mark colocou a outra em cima.

- Eu disse para o seu pai planejar onde ele ia colocar cada caixa e agora ele não está conseguindo guardar tudo.

Meu pai largou tudo o que fazia e soltou um suspiro longo.

- Eu vou beber água. – Foi em direção a casa e minha mãe foi atrás, falando muito nos ouvidos dele.

Eu e o Mark nos olhamos e começamos a rir. Acabei de perceber que nem o cumprimentei direito. Com essa coisa de mudança eu estou agindo muito no automático, mas ele é compreensível e eu soube disso quando se aproximou com o sorriso mais lindo e passou os braços pelo meu pescoço, me dando um abraço descente.

- Como está se sentindo?

- Muito bem. – Nos afastamos para que pudéssemos olhar um para o outro, mas ainda estávamos abraçados.

Ele fez carinho na minha bochecha enquanto olhava para mim com pura admiração, isso me deixou um pouco tímido, acontece quando ele começa a me tratar assim.

- Estou orgulhoso de você. – Eu não sabia o que dizer, então só me aproximei mais e o beijei.

Desde o meu aniversário, o que foi há poucos dias, as coisas começaram a evoluir muito rápido para mim e para o Mark. Eu não diria que estamos namorando porque nunca falamos sobre isso assim, mas coisas demais aconteceram, coisas suficientes para que fosse muito normal está o beijando a luz do dia e bem na frente da minha casa, sem receio se os meus pais iriam ver.

Ah! Sim! Quando eles descobriram foi um pouco constrangedor demais. Eles não sabiam que o Mark estava em casa comigo, então foram ver por que passei o dia todo no quarto e nos pegaram aos beijos na cama. Isso me rendeu em mais um trauma familiar e o meu pai pensativo por uns dois dias.

Ao que parece, ele tinha em mente que o filho dele é gay e gosta de meninos, mas ele percebeu que nunca tinha visto o filho dele beijando outro garoto. Nesse dia tive medo dele ficar estranho sem motivo algum, mas entendi que isso era o momento “choque de realidade” dele. Hoje ele não só sempre me vê beijando Mark, como de vez em quando tira alguma brincadeira com isso.

- Boa tarde para vocês também. – Paramos de nos beijar para dar atenção a quem chamava. – Arrumem um quarto. – Jungkook e Jimin chegaram. Jimin estava descendo da moto aos risos dos comentários de Jungkook.

- Isso é inveja?

- Solteiro por opção! Já tivemos essa conversa.

- As madames já acabaram? – Jimin nos interrompeu. – Hyung. Vim levar a sua moto.

- Vem comigo. – Deixei um selinho nos lábios do Mark e fui para a garagem com Jimin.

Eu pensei muito sobre a minha moto, se eu devia mesmo levar comigo. Agora eu tenho um carro, mas eu não sei, sempre que eu penso em me livrar dela eu me sinto mal. Me lembro de todas as minhas fugas e de como eu me sentia livre dirigindo, me faz lembrar da escola e do Jin hyung, então eu conversei com o Taehyung e nós conseguimos um vizinho muito gentil que nos cedeu parte da vaga dele na garagem do prédio.

Jimin ia levar para mim enquanto eu e Mark íamos de carro, nessas horas é bom ter um amigo que dirige, mas costuma usar nosso outro amigo como motorista particular. Jimin sempre foi apaixonado pela minha moto e já até tentou me convencer a vender, então quando eu precisei, ele nem pensou para aceitar.

- Oi Julieta, sentiu a minha falta? – Sim, ele estava falando com a moto. Se abaixou e começou a analisar cada canto como se hoje fosse o meu dia de vistoria. Eu me encostei na parede e só ri da cena que ele fazia. – Então, você e o Mark...

- O que quer saber? – Ele deu de ombros e se levantou, finalmente olhando para mim.

- Nada que eu já não tenha visto. Você mudou para melhor, estou gostando de ver. – Revirei os olhos, é estranho quando ele e o Jungkook começam a me dar lição de moral ou tomam a pose de “imagem paternal”

- Vamos logo com isso. – Ele subiu na moto e deu partida com a chave que já estava presa na ignição.

Ele saiu da garagem e encontrou com Jungkook na calçada. Pegou o capacete com ele, colocou e os dois arrancaram, apostando corrida para ver quem chegava primeiro. Não que eu duvide das habilidades do Jimin, mas Jungkook corre nas corridas clandestinas desde os dezesseis, ele não tinha chances.

Os meus pais estavam do lado de fora, Mark fechou o meu porta malas quando o meu pai colocou a última caixa. Eu me aproximei deles e a minha mãe me atacou com um abraço apertado, eu tentei segurar ela direito para não machucar o bebê. Ela começou a chorar e eu fiquei sem saber o que fazer, só abracei ela de volta.

- Mãe... Não precisa chorar.

- O meu filhinho está se mudando! – Ela se afastou um pouco e segurou o meu rosto com as duas mãos. – Você se lembra de tudo o que eu disse, não é?

- Mãe, eu não estou me mudando de cidade! – Ela respirou fundo. – Eu também vou sentir saudade, mas assim que vocês quiserem, eu apareço. Tá bem? – Ela concordou com a cabeça várias vezes e deixou beijos nas minhas bochechas.

Quando ela finalmente me soltou, eu fui me despedir do meu pai. Ele bateu na minha mão e me puxou para um abraço apertado. Sei que quando eu precisar posso correr para ele ou só o chamar para um almoço e café da manhã em uma cafeteria da moda em que ele não sabe como fazer o pedido. Posso voltar para casa e isso sempre vai ser uma possibilidade.

- Não faça nada que eu não faria.

- O senhor sabe que eu beijo meninos, não é? – Ele gargalhou alto e me soltou.

- Isso você pode fazer. – Eu sorri concordando e ele tocou no meu ombro. – Qualquer coisa... – Não completou.

- Eu sei.

Ele se afastou e eu chamei o Mark com a cabeça, para entrar no carro. Acenei uma última vez e entramos. Mark me olhou rindo enquanto eu colocava o cinto de segurança. Quando eu terminei, ele pegou na minha mão direita e entrelaçou os nossos dedos. Nessa hora eu fiquei feliz pelo meu carro ser automático, fomos desse mesmo jeito o caminho todo.

Era um momento bom para relaxar. Dirigindo no meu tempo, ouvindo uma música legal com o Mark e só aproveitando isso, até porque quando eu chegar em casa, o meu quarto vai ser uma bagunça horrível de caixas e coisas que eu nem lembrava que tinha.

Por sorte, quando eu cheguei, Jungkook e Jimin estavam conversando na portaria, me esperando para ajudar a descarregar o carro, então foram poucas viagens até que tudo estivesse no meu quarto. Eles foram embora logo depois disso, com Jimin se vangloriando por ter ganhado a corrida deles. Eu me joguei na minha nova cama, essa brincadeira cansa.

Senti o colchão afundar ao meu lado e Mark caindo em cima de mim. Eu ri disso e o puxei para perto, ficando por cima dele. Ele estava sorrindo, sorriu o dia todo e eu gosto disso, gosto de o ver feliz e sorrindo.

- Está provando o gosto da independência? – Eu ri.

- Sim, é muito bom. – Ele começou a fazer carinho no meu rosto. – Obrigado por ter vindo me ajudar.

- Não é nada, eu só queria uma desculpa para passar um tempo com você.

- Você não precisa de desculpas para isso.

- Hum... Eu sei. – Levantou um pouco o rosto para conseguir me dar um beijo. – Mas agora. – Falou com os nossos lábios ainda encostados. – Vamos arrumar tudo. Eu tenho algo pra fazer mais tarde.

- Quer carona? Posso te deixar na sua casa. – O ajudei a se deitar outra vez. – Eu nunca fui na sua casa.

- Ah... Claro. – Ele riu sem graça. – Qualquer dia eu te levo lá, mas eu não vou para casa.

- Mas eu ainda posso te levar.

- Não, sério. Você está cheio de coisas para fazer e... Não é bem um compromisso divertido. – Ele respirou fundo. – Lembra que eu te disse o motivo de ter voltado para a coreia?

- Ajudar o seu primo em um caso.

- É... – Sorriu sem mostrar os dentes. – É uma confusão de família muito grande.

- Eu entendo. – Fiz carinho em seu cabelo e ele fechou os olhos para aproveitar mais. – Queria que você dormisse aqui. – Ele abriu os olhos outra vez e voltou a sorrir de verdade.

- Eu posso voltar quando acabar.

- Seria ótimo.

Nós demos um último beijo e nos levantamos para começar a organizar tudo. Eu fiquei com as caixas que a minha mãe arrumou, eu só não fazia ideia de que ela iria encher de álbuns de família com várias fotos nossas e dos meus aniversários.

No fim das contas era cansativo, mas mesmo assim era divertido. Encontrei coisas que eu não lembrava e coisas que eu sabia que tinha, mas não sabia onde estavam e claro, perdi outras que vão me fazer falta a longo prazo. Mark estava cantando a música que estávamos ouvindo e eu as vezes parava para o ouvir cantar, ele canta muito bem.

Ele pegou outra caixa e ainda cantava, estava sentado no chão, de costas para mim, mas parou de cantar de repente.

- Que latinha bonita. – Ele se virou para mim e eu fiquei um pouco tenso. – Esses desenhos são de Romeu e Julieta?

- É, é sim. – Me levantei e fui me sentar ao lado dele. – Era uma lata de biscoito, minha mãe me deu quando acabou.

- O que você guarda aqui? – Me olhou todo animado, mas eu estava receoso, não podia devolver na mesma animação.

Acontece que eu gosto do que eu e ele temos, não tenho certeza do que é, mas eu gosto! Faz muito tempo que eu não falo sobre o Jin para ele, na verdade desde que ele descobriu por que o hyung é tão importante para mim, e aquela lata? Bom, ela está cheia de pensamentos nos quais Kim Seokjin me faz ter.

Certo, se eu não falasse e fosse sincero, eu estaria sendo um tremendo babaca.

Eu peguei a lata da mão dele e a abri, ele viu os vários papeis dobrados que eu tinha ali dentro, escolhi o que eu sabia ser o mais fraco de todos. Ele leu e quando acabou olhou para mim um pouco confuso.

- As vezes eu escrevo para o Jin-hyung coisas que eu gostaria que ele soubesse. – Ele olhou de novo para o papel.

- O Jin tem muita influência na sua vida, não é?

- Sim. Tudo o que eu sempre quis fazer eu compartilhei primeiro com ele, era ele que me apoiava e aconselhava. – Dei de ombros. – Quando alguma coisa das que ele sempre quis pra mim acontece, eu sinto vontade de escrever para ele. Queria que ele pudesse ler todas um dia.

- Isso é bonito, mas se ele está morto, o que você vai fazer com todas elas?

- Não tenho certeza. Queimar algum dia? Não sei. – Eu ri. Ele me devolveu a carta e eu coloquei de volta na lata, a fechando.

Me levantei e andei até uma prateleira que fica na frente da minha cama. Deixei a lata bem no meio, em um lugar de destaque que eu pudesse encontrar facilmente para caso algum dia eu sinta que devo escrever mais para o Jin hyung, talvez eu conte sobre o Mark, não sei.

Virei para o Mark e ele ainda estava sentado no chão, olhando para a lata como se só existisse isso no quarto todo. Era disso que eu estava com medo. Respirei fundo, me ajoelhei na frente dele, segurei em seu rosto e o fiz olhar para mim.

- É só uma lata.

- Não é o que parece. – Ele riu de si mesmo. – Eu acho bonito que você faça isso.

- Mas achar não te faz imune desses sentimentos. – Ele tentou olhar para outro lugar, mas eu não deixei, puxei para mim outra vez e agora eu o beijei.

Ele riu durante o beijo e me puxou para cima dele outra vez. Derrubamos algumas caixas vazias e nos deitamos em cima de algumas coisas, mas isso não nos impediu de continuar ali.

Em certo momento eu segurei na cintura dele por de baixo da roupa e ele arfou contra os meus lábios. Beijei os seus lábios, bochecha e cheguei em seu pescoço, eu descobri recentemente o quanto ele é sensível no pescoço, sempre que eu chego perto ele aperta os meus ombros e morde os lábios.

- Ah, porra... – Ele falou baixinho quando eu parei o que fazia e olhei para ele. – Você é a porra de um idiota!

- Não quero que você chegue atrasado no compromisso. – Ele me bateu e me empurrou para conseguir se levantar.

Eu fiz o mesmo, rindo da reação dele. Fiquei de pé também enquanto ele arrumava o cabelo e as roupas na frente do espelho, aproveitei para me sentar de novo na cama e esperar que ele terminasse. Depois que tudo estava no lugar, ele me olhou e respirou fundo, se aproximando mais de mim.

- Isso é golpe baixo.

- É só um incentivo para você voltar depois. – Ele revirou os olhos.

- Eu já disse que venho. – Tocou na minha bochecha, fazendo carinho em mim. – Desculpe por não poder ajudar mais. – Peguei a sua mão e beijei seus dedos.

- Você ajudou o suficiente.

- Quando eu voltar, termino de ajudar, tudo bem? – Concordei com a cabeça, eu planejava arrumar tudo antes de ele voltar, mas eu sei que se eu contar isso, vou ouvir muita coisa. Ele se abaixou um pouco e me deu um último beijo antes pegar as coisas dele e sair.

Quando fiquei sozinho, eu olhei para a mesma lata que estávamos falando antes e suspirei. Sei do que disse, mas para mim essa não é só uma lata, é a forma que eu achei de responder ao Jin, mas eu prezo pelo o que tenho com Mark, então no fim, realmente é só uma lata.

Eu me levantei e a peguei outra vez, só para admirar os desenhos bonitos que ela tem. Eu sorri da mesma forma que eu sorri o dia inteiro, eu tinha conseguido fazer muitas coisas hoje e uma delas foi arrumar a minha nova mesa de estudos. Bem em cima estavam os meus cadernos e canetas.

Antes que o Mark voltasse, eu ia arrumar tudo e ainda escreveria sobre mais um feito na minha vida adulta para o Jin hyung.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Um pé no presente e um pé no passado kakak, ai Namjoon, vc é fascinante.

CONTATO DO CVV:
https://www.cvv.org.br/


Obrigadinha por quem está lendo até aqui ;u; me contem o que estão achando, eu amo quando fazem hehe. Até segunda!

Views em Dynamite!
https://www.youtube.com/watch?v=gdZLi9oWNZg


Beijos da Kim ;u;


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