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História A.m.o.r - 18, fevereiro 2019


Escrita por: KimMinRyong

Notas do Autor


oie hehe, não me matem eu.





Boa Leitura ;u;

Capítulo 19 - 18, fevereiro 2019


Fanfic / Fanfiction A.m.o.r - 18, fevereiro 2019

Capítulo – Dezoito.

18, fevereiro 2019...

Sabe aquele sentimento ruim, mas bom ao mesmo tempo, de que você está aproveitando sua última segunda feira de férias? Eu nunca consigo me acostumar com isso, passei o colégio todo assim e agora a faculdade. No fim das contas não importa o grau, todo mundo ama férias e odeia que acabe.

É fevereiro de um novo ano. Dois mil e dezenove começou e no fim das férias de inverno, início da primavera, eu começaria o meu terceiro ano de faculdade de jornalismo. Esse semestre vai ser mais corrido, estamos nos aproximando dos estágios e bom, eu só não vejo a hora.

Ontem eu preparei um cronograma bem detalhado de coisas que eu tinha que fazer hoje. Decidi que devia me organizar melhor para que quando as aulas voltassem eu não ficasse igual um louco procurando por tudo o que eu deveria levar. Acordei cedo só para isso, mas lá para a hora do almoço eu recebi uma ligação do meu pai e o que ele tinha para me dizer mudou o meu dia completamente.

Agora eu estava na casa dos meus pais. Minha mãe estava de cama e com febre enquanto meu pai fazia alguma coisa saudável para que ela comesse. Pelo o que me contaram, essa noite foi a mais difícil de toda a gravidez, ela não conseguiu dormir, passou a noite inteira com muitas dores e não é tão confuso assim, afinal ela já está de nove meses.

Quando o meu pai saiu do quarto, eu me deitei com ela e segurei a sua mão com força, é horrível a ver assim, claramente morrendo de sono, mas sem conseguir pregar os olhos de tanta dor.

- Mãe... – Chamei com a voz baixa. – Você está com muita dor, não é melhor ir para o hospital?

- A bolsa ainda não estourou, ainda não. – Ela falou com dificuldade. – Não se preocupa, está bem? Se a dor piorar, nós vamos, eu prometo.

- O que eu posso fazer para ajudar?

- Conversa comigo, sim? – Respirei fundo, eu não sabia o que dizer.

Em uma situação como essa eu só consigo pensar no que realmente está acontecendo. Então a minha cabeça está tão lotada de coisas de bebê quanto a casa deles. Tudo o que eu consigo pensar e nesse bebê que está para vir.

- Você já... Escolheu um nome? Caso seja menino? – Ela sorriu.

- Sim. Eu fui em um templo um dia desses e estavam falando de nomes de bebês, nomes muito bonitos. – Fiz carinho no seu cabelo enquanto falava. – Hoseok. – Eu sorri.

- Hoseok? Que nome bonito.

- Uma mulher estava falando dele. Disse que significa “ver seu nome se espalhar por todo o país”.

- Queremos um bebê atrista?

- Do jeito que ele não fica quieto, acho que já é um dançarino que ainda não foi descoberto. – Nós rimos e ela começou a fazer carinho na barriga.

Depois disso ela ficou calada, olhando para a minha mão na dela e para a barriga grande. Sei que não conversamos muito como se o pior realmente fosse acontecer, mas sinto que devemos falar disso porque só de pensar que esse pode ser o meu último momento com a minha mãe, eu já fico sem conseguir respirar.

Como se ela pudesse ler os meus pensamentos, ela se deitou no meu ombro e apertou mais ainda nossas mãos. Eu já estava chorando, só não queria deixar que ela percebesse isso.

- Eu amo você, mamãe.

Eu tinha tanto para dizer, mas achei que esse seria um ótimo resumo. Ela levantou o rosto para me dar um beijo na bochecha e enxugar as minhas poucas lágrimas. Estou aprendendo a controlar os meus sentimentos e isso me deixa orgulhoso.

Depois de tudo o que vem acontecendo eu finalmente encontrei um pouco de estabilidade emocional e isso exigiu muito de mim, poder me conter agora e dar carinho para a minha mãe é algo que eu não pensava que conseguiria dois anos atrás quando a minha vida virou de cabeça para baixo.

- Eu vou ser sincera com você... Eu estou com medo.

Isso partiu o meu coração, meus olhos soltaram mais lágrimas e eu fiquei sem ar outra vez, tudo o que eu queria é que ela tivesse esse bebê sem riscos, como foi quando eu nasci. Minha mãe sempre foi a mulher maravilha para mim, que derrotava os meus medos e me ninava para que tudo ficasse bem. Agora eu escuto o meu exemplo de força falar que está com medo e eu estou tão abalado quanto ela.

A abracei mais, a apertando conta o meu peito.

- Hey, Jude. Don’t make it bad, take a sad song and make it better. – Ela riu enquanto chorava um pouco, eu estava morrendo de vergonha, mas ela nunca teve um pingo disso a vida toda para me acalmar. – Remember to let her into your heart, then you can start to make it better.

Em algum momento, enquanto eu cantava, ela adormeceu. Talvez os remédios tenham feito efeito e deixado que ela dormisse um pouco enquanto o meu pai não terminava de cozinhar.

Demorou alguns minutos para ele chegar com comida suficiente para nós três – quase quatro – e ligar a televisão em um filme que ela gosta muito. Agora o meu pai estava com ela na cama e eu estava em uma cadeira giratória, coberto até o pescoço com um lençol por culpa do frio do ar-condicionado. Tudo aconteceu muito rápido.

Quando eu finalmente me dei conta, estávamos correndo para o carro. Meu pai acabou derrubando tudo o que tinha pela frente atrás da bolsa de hospital dela enquanto eu a ajudava a se levantar.

Fomos no meu carro, meu pai foi dirigindo e minha mãe no meu colo no banco de trás, quando eu olhei para ela eu fiquei imóvel, comecei a ouvir sirenes de polícia e ouvir uma voz em eco de um policial pedindo para os carros saírem da frente enquanto...

Enquanto o Jin estava quase morto nos meus braços.

Me assustei quando senti uma mão macia tocar no meu rosto e me trazer de volta a realidade, minha mãe tinha lágrimas nos olhos e ainda assim sorria para mim como se dissesse que tudo vai ficar bem.

- Nós somos fortes, filho... – Ela murmurou baixinho para mim e eu fechei os olhos com força.

Vamos lá Namjoon! Você está aprendendo! Você consegue!

Chegamos no hospital e meu pai me mandou ir na frente, apoiei o braço da minha mãe nos meus ombros e a ajudei a andar até o hospital. Chamei por ajuda assim que entramos e quando várias enfermeiras chegaram para ajudar eu não consegui dizer mais nada.

- Senhor? – Ouvi uma voz longe, eu não sentia mais a minha mãe perto de mim.

Uma senhora mais velha estava tentando me chamar e eu só conseguia olhar para ela e me apoiar na parede. Vi um vulto de camisa verde passar na minha frente e voltar logo depois, era o meu pai, ele chamava pelo o meu nome e me ajudava a ficar em pé, mas eu não estava conseguindo respirar, eu não estava conseguindo nem pensar direito.

Eu me assustei quando senti alguém me empurrar e me colocar sentado em algum lugar e tudo começar a girar. Não ter forças para respirar é horrível! Eu estou com muita dor e tonto!

Sentia como se fosse morrer afogado, sem ar e completamente sem entender o que me fez ficar assim, mas de repente eu senti uma fonte de oxigênio e meu peito doeu muito quando consegui voltar a respirar. Minha visão estava cheia de pontos de luz e meus olhos estavam formigando.

Minha cabeça doía muito e eu estava deitado, nem sei quando eu acabei me deitando. Eu me sentei e encontrei o meu pai com a mão apoiando a cabeça e batendo o pé no chão, sentado em uma cadeira perto da poltrona reclinável que eu estava.

- Pai... – Ele me olhou na mesma hora, desesperado. – O que aconteceu?

- Filho... – Ele se levantou e correu para perto de mim, tocou na minha testa e no meu pescoço. – Você está sem febre.

- O que aconteceu? – Perguntei de novo.

- Você teve uma crise de pânico causada por um estresse pós-traumático.

- O que? Que trauma? – Ele respirou fundo. – Cadê a mamãe? Como ela está?

- Calma, antes de qualquer coisa, você precisa terminar essa inalação. – Foi quando eu percebi que estava usando uma máscara de oxigênio.

- Pai, me diz o que aconteceu, por que eu estou usando isso? – Ele tirou a minha franja da minha testa e começou a fazer carinho no meu cabelo.

- Eu acho que te mandar na frente com a sua mãe te fez reviver o que aconteceu com o Jin. – Eu ri e tirei a máscara do meu rosto.

- Certo, agora o senhor enlouqueceu. – Ele me olhou sério.

- Namjoon isso é sério, você tem um trauma!

- O Jin não é um trauma, ele é alguém que eu amei e hoje lido com esses sentimentos muito bem! – Ele abaixou o rosto e negou com a cabeça várias vezes – Eu não quero falar disso, eu quero saber como está a mamãe.

- Termina a inalação, depois nós conversamos. – Ele se levantou e saiu da sala, me deixando sozinho.

Por que ele não queria me contar? Alguma coisa de muito ruim deve ter acontecido e só de pensar nisso eu vi que realmente precisava terminar a inalação.

Só me restava ficar naquela sala de descanso sozinho, com o ar-condicionado baixo demais e uma televisão chuviscada em uma programação de fim de tarde muito ruim para o meu gosto. O meu celular apitou e eu tinha várias mensagens dos meninos perguntando se eu estava bem, não sei como eles souberam que algo aconteceu, mas tinham ligações demais.

Antes que eu pudesse guardar o meu celular de novo, ele começou a tocar, era o Mark. Não é que estamos passando por um momento ruim, mas sim que eu estou passando por um momento muito complicado. Quase não o vi durante as férias de inverno, mas isso até que é comum em relacionamentos, certo? Sempre tem um momento em que você precisa ficar um pouco mais sozinho...

Certo?

Eu não atendi e desliguei o meu celular, ele e os meninos não vão descansar até que eu conte o que aconteceu, mas nem eu sei o que aconteceu! Tudo o que eu sabia era que algo grande estava por vir e eu só iria poder descobrir o que é quando acabasse a inalação.

Quando eu consegui um pouco mais de forças para levantar, eu saí da sala com a intenção de ir atrás do meu pai, mas eu não precisei ir muito longe, ele estava conversando com uma médica no fim do corredor e quando me viu sair da sala os dois se aproximaram de mim.

- Namjoon, como está se sentindo? – Meu pai me perguntou.

- Um pouco melhor... Ainda quero saber o que aconteceu.

- Olá Namjoon. – A médica disse com um sorriso grande, eu me curvei para ela em respeito. – Você terminou a inalação? – Concordei com a cabeça. – Eu vou liberar você, mas temos que ficar de olho nisso.

- Perdão... Nisso o que? – Ela suspirou e olhou para o meu pai, depois tirou algo do bolso e me entregou um catão de visita de uma psicóloga.

- Ela é uma amiga minha, tenho certeza de que vocês vão se dar bem.

- Obrigado, doutora, eu consigo daqui. – Meu pai falou e ela sorriu concordando.

- Melhoras, Namjoon. – Acenou para mim e foi embora do corredor.

Eu olhei melhor para o cartão moderno, daquele mais grosso que com certeza seria o olho da cara mandar fazer em uma gráfica do subúrbio e ri, quando eu me tornei alguém com esse quadro?

- O que foi isso? – Perguntei para o meu pai. – Eu não preciso de psicóloga, eu já disse que não tenho um trauma com o Jin.

- Acredito em você. – Isso não me convenceu, ele tocou nas minhas costas e me fez começar a caminhar com ele. – Mas alguma coisa te deixou assim, não estou dizendo que foi ele, só que temos que descobrir o que foi.

- Eu estava nervoso, só isso. – Guardei o cartão no meu bolso, me lembraria de jogar fora mais tarde. – Eu não quero conhecer alguém que vai ficar apontando os meus problemas e defeitos.

- Então isso quer dizer que você tem problemas? – Eu parei de andar e ele também.

- Todo mundo tem problemas, pai.

- Bom, eu conheço alguém que ainda não tem. – Ele apontou para uma janela de vidro um pouco mais a nossa frente.

Eu hesitei um pouco e ele apontou com a cabeça para que eu fosse de uma vez. Quando criei coragem e fui ver do que se tratava, fiquei sem saber o que dizer. Era o berçário, nele tinha quatro bebês enrolados em suas mantas. Três mantas na cor rosa e uma única azul com uma placa escrito “Kim Hoseok”.

Hoseok era o único acordado, olhando para as luzes da sala e mascando a própria língua como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. O sorriso que eu dei foi tão grande que acho que meu pai viu até de costas. Ele colocou uma mão no meu ombro e apertou de forma reconfortante.

- Três a um. – Ele falou e eu ri alto, me aproximando um pouco mais da janela.

- É o meu irmãozinho.

- Sim, não vai ser um trocadilho legal, mas eu acho que ele também vai ficar bem fofo com uma roupinha de panda. – Eu revirei os olhos.

Hoseok nasceu.

Mas...

 

 

- Pai... E a mamãe? – Ele ficou sério e respirou fundo antes de olhar para mim. Eu não queria ouvir.

- Foi um parto muito difícil e ela teve uma hemorragia interna muito forte. – Eu já estava com vontade de chorar outra vez.

- Ela... Sobreviveu?

- Por muito pouco. – Eu fechei os olhos e respirei fundo. Ele me puxou para perto e me abraçou com força. – Vamos ter que cuidar dela, filho. – Eu concordei com a cabeça.

- Vamos cuidar dos dois. – O soltei e olhei de novo para o Hoseok. – Eu vou ser um ótimo irmão.

 

 

 

 


Notas Finais


CONTATO DO CVV.
https://www.cvv.org.br/
Então kaka desculpem não ter atualizado sexta, tive um fim de semana bem barra pesada e confuso kkkk, mas agora eu estou bem melhor e é nós.

MÚSICA QUE O NAMJOON CANTOU:
https://www.youtube.com/watch?v=bDRBLKUXj8U

é isso hehe, vou só panfletar minha outra fic Namjin:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/eu-me-lembro-11321179

Até sexta ;u;
bjs da Kim ;u;


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