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  3. 22, fevereiro 2016

História A.m.o.r - 22, fevereiro 2016


Escrita por: KimMinRyong

Notas do Autor


A.M.O.R
Uma conversa necessária.

Oi, eu sou a Kim.
A.M.O.R é uma fanfic Namjin que aborda vidas conturbadas de formas diferentes, cada personagem tem seu inferno pessoal do qual talvez seja fácil se identificar, portanto muitas coisas fortes irão acontecer com o decorrer da história e isso talvez possa gerar inúmeros gatilhos. Caso você já enfrente problemas como os que estão aqui em sua vida ou não se considere estável o suficiente para isso, não a leia, sua saúde mental é bem mais importante.
Se você se sentir bem para ler, faça isso com alguém de confiança lhe dando suporte de alguma forma. No fim de cada capítulo eu vou deixar o link com todas as informações do CVV para quem tenha interesse.
Lembrando que o CVV atende a todos, desde os em casos extremos até os que apenas querem desabafar sobre algo que esteja sendo difícil lidar.
O CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Caso você decida continuar, eu lhe desejo uma boa leitura e agradeço por isso.
Boa leitura ;u;

Capítulo 2 - 22, fevereiro 2016


Fanfic / Fanfiction A.m.o.r - 22, fevereiro 2016

 

 

A.M.O.R

Capítulo – Um.

22, fevereiro de 2016…

 

Estava de noite, passava uma matinê de filmes do Harry Potter no telecine e eu estava sentado na poltrona do meu quarto enquanto comia pipoca com refrigerante, tinha um milho preso entre meus dentes, sério; eu não sirvo nem um pouco para comer essas coisas.

O ar-condicionado estava ligado e eu estava enrolado em um cobertor marrom felpudo, aquilo sim se resumia em uma noite agradável.

Era uma segunda-feira, realmente estava frio e eu estava sozinho em casa, isso me deixava confortável. Não que eu fosse uma pessoa antissocial, muito pelo contrário, mas eu amava ter um tempinho só para mim de vez em quando e, depois da semana que eu tive, merecia isso, passar as férias em casa com os pais te força a ter que ser receptivo o tempo inteiro e agora eu podia ser pelo menos um pouco egoísta. À preguiça estava tomando conta de mim, nada que eu já não estivesse acostumado, ultimamente tenho estado com preguiça até de retocar o loiro do meu cabelo, minha mãe diz não me entender, “um rapaz de um metro e oitenta e com dezesseis anos na cara, como pode ser tão preguiçoso e desastrado?”, seu questionamento favorito, mas tudo bem, até por que nem tudo isso é verdade mesmo.

O segundo filme começou, nossa eu amo esses filmes, o segundo não era o meu favorito, mas estava na lista e eu planejava ver todos, meus pais escolheram o dia certo para o jantar de negócios da minha mãe. E lá estava Harry Potter andando pelos corredores e ouvindo aquelas vozes sinistras que eu sempre tive medo, eu juro que não foi minha intenção, mas um trovão fez barulho e eu me assustei, derrubei algumas pipocas e ri do meu próprio desespero.

— Parece que a época de chuvas, começou. — Falo para mim mesmo enquanto olho pela janela, minha rua estava deserta, tomada pela chuva e iluminada por alguns postes de luz amarelados, bom era tudo o que eu conseguia ver, fora a luz que vinha da janela, só tinha a da televisão e eu não estava usando óculos para conseguir enxergar mais detalhes.

— Finalmente o inverno está acabando. — Sorrio e começo a recolher o que havia derrubado no chão.

Bom, eu voltei a assistir ao filme e assim foi; vendo filme atrás de filme, acho que vou tirar um dia para fazer a mesma coisa com os filmes da Disney, é legal se distrair um pouco sem ser em celulares e internet, quer dizer. Eu me diverti muito passando um tempo sozinho. Passaram-se algumas horas e já ia começar o último filme da saga quando senti meu celular vibrar.

"Jinnie" apareceu brilhante no visor.

É incrível como só a ligação dele é capaz de me fazer ter uma crise de ansiedade, é que, ele é meu melhor amigo, mas eu sinto algo por ele há um tempo, bastante tempo para falar a verdade. Às vezes me sinto culpado por sentir essas coisas por quem deveria ser não só um amigo, mas o melhor deles! Só que eu não consigo evitar, não é como se eu conseguisse escolher por quem vou me apaixonar, se eu tivesse esse poder, eu não o escolheria, acho que ninguém escolheria amar alguém que não sente o mesmo.

 Eu fico agitado só de pensar nele! O cabelo castanho, lábios inchados, pele amarelada e rosto delicado... Isso tudo sempre me chamou atenção, ele é lindo e eu não estou exagerando ao descrevê-lo. Gosto do fato de ser mais alto que ele, assim nossos corpos se encaixam perfeitamente quando o abraço, ou de como seus dedos são tortos e ele odeia isso, ou até mesmo seus ombros largos! Nossa! Seokjin é perfeito.

Bom, para mim, pelo menos... 

— Alô, Hyung?  — Atendi já sorrindo, falar com ele sempre melhorava meu humor, mas algo estava estranho, ele não respondeu animado como fazia.

Eu sabia que ele estava do outro lado do telefone, eu conseguia ouvir sua respiração distante e abafada pelo som da... Chuva? Ele estava na chuva?

— Hyung?  — Perguntei um pouco confuso, me ajeitando na poltrona em que eu já estava praticamente deitado.

— Nam... — Ele falou, mas não estava bem, eu sei disso. A palavra saiu como se ele fosse um bebê aprendendo a falar, era como se ele quisesse falar meu nome completo, mas não conseguisse completar.

— Jin? — Me levantei e deixei o balde de pipoca, completamente vazio, em cima da minha mesa.  — O que aconteceu?

— Nam. — Sussurrava e eu quase não conseguia entender, estava sentindo meu peito arder. — Eu preciso de você. — Concluiu e finalmente se deixou chorar, agora sim eu fiquei mais paranoico.

— Onde você está? — Ignorei qualquer coisa na minha frente, peguei as chaves da minha moto e minha carteira, depois eu calcei meus sapatos, tudo o mais rápido que eu conseguia.

Esse era o poder que Kim Seokjin possuía em mim, eu não media esforço algum para correr até ele e o ajudar, não importava o que, eu não conseguia viver direito sem colocar um sorriso que fosse em seus lábios, caso passasse um dia em que nos encontrássemos e eu não o fizesse rir ou sorrir, eu não o considerava completo.

— Na... Na... — Soluçou sem conseguir terminar de falar.

— Hyung. — Parei de andar para tentar acalmar. — Eu vou te ajudar, mas preciso saber onde você está primeiro. — Voltei a correr, corri para a porta de meu quarto e desci a escada quase que voando, logo chegando até a porta de entrada, apanhando meu casaco no cabide ao lado e o vestindo o mais rápido que pude.

Coloco novamente o aparelho em meu ouvido e escuto o seu fungar baixinho sendo cortado pela chuva.

— Namie... — Ele só conseguia dizer o meu nome e eu estava perdendo a calma que tentava transmitir.

Bufei baixinho e destranquei a porta, ia correr até minha moto para poder correr atrás dele pela cidade, mas isso não foi preciso.

Jin estava parado na calçada, em frente à minha casa, oh, meu coração partiu. Suas roupas estavam encharcadas e seu rosto vermelho, a chuva estava muito forte, mas não mais que os soluços que ele deu quando me viu ainda parado na varanda protegida. Eu pude sentir que me ver o deixou aliviado e era por isso que estava chorando mais, mas eu ainda não sabia o que o tinha feito começar a chorar.

Meu coração não aguenta o ver dessa forma, Jin é um homem forte e cheio de si, não é indefeso ou fraco, sempre lidava com tudo de cabeça erguida e nariz empinado para zombar com os esnobes da nossa escola, ele conseguia acabar com qualquer um em seu caminho, mas aquele não era ele.

Não era o meu melhor amigo, Kim Seokjin, chorando embaixo de uma chuva na porta da minha casa. Ele sempre brigava comigo quando eu saía sem um casaco adequado e estava ventando, não era ele brincando com sua própria saúde bem ali.

Desliguei o telefone, o joguei em cima de uma cadeira acolchoada da varanda e corri até ele sem me importar com a chuva ou com o frio, Seokjin precisava de mim e, desde que eu vi que ele estava chorando, eu precisava dele.

Eu o abracei e ele se jogou em meus braços antes mesmo que eu chegasse completamente em sua frente, eu só queria que ele parasse de chorar. Comecei a fazer carinho em seu cabelo quando suas mãos me apertaram, era um choro fundo e eu podia sentir a sua dor, seja lá qual fosse o motivo para ela. Respirei fundo e deixei um beijo em sua bochecha.

 Nunca tentei esconder os meus sentimentos, ele merecia saber que era querido não apenas por seus pais, só que eu nunca me declarei, eu sentia medo, então no fim das contas eu aceitava que ele pensasse nisso como um carinho nada estranho para dois amigos que têm intimidade até demais.

Tudo bem, isso é assunto para outra hora.

Eu não sabia o que me preocupava mais, a chuva fria ou suas lágrimas, assim como não sabia o que estava acontecendo, mas ouvia o seu choro ficar cada vez mais forte e só me deixava mais aflito. Suas mãos escorregaram por meus braços e ele os apertou como se quisesse ter certeza de que eu ainda estava na sua frente, se eu era real ou se eu estava vivo.

Nós ficamos abraçados naquela chuva, eu já sentia minhas roupas colando no meu corpo, assim como sentia frio, mas se fosse para deixá-lo melhor, eu ficaria daquele mesmo jeito até o fim da madrugada. Até tentei puxá-lo para dentro, mas ele não deixava, me puxava de volta e pedia entre os soluços para que eu não o soltasse.

Nunca iria negar um pedido desse.

— Joonie... — Finalmente falou e eu suspirei ao ouvir sua voz mais nítida — Os... Os meus pais morreram.

Meus olhos se arregalaram.

Não...

Senti vontade de chorar e minha garganta ficou completamente seca, eles... Merda! Apertei mais Jin em meus braços, agora eu também estava precisando de consolo, não como ele, mas precisava.

— Eles estavam voltando de uma peça... E... A chuva... O carro... — O apertei ainda mais quando voltou a chorar. — O outro motorista correu! Ele nem ajudou eles! Nam, eles poderiam ter sobrevivido!

 — Não precisa falar nada agora. — Ele levantou o rosto, o suficiente para me olhar nos olhos, segurei seu rosto com minhas duas mãos e enxuguei suas bochechas inutilmente, a chuva logo as molhou outra vez.

— Não, eu quero falar. — Abaixou o olhar e soluçou outra vez. — Eu estou com tanta raiva.

— E você tem todo o direito! Vamos entrar, tudo bem? Você está muito gelado. — Concordou com a cabeça e eu o levei para dentro, lembrando de pegar meu celular no caminho.

Entramos de mãos dadas, eu não queria soltá-lo por nada então o levei até meu quarto desse mesmo jeito. Eu estava estranhando um pouco a mim mesmo, sentia vontade de chorar, aquela notícia mexeu muito com meus sentimentos. Ainda não conseguia acreditar, mas não conseguia ou queria demonstrar para ele.

Não fizemos nada de muito importante, apenas consegui o convencer a tomar um banho quente antes de conversarmos e aproveitei para fazer o mesmo no banheiro do quarto dos meus pais. Ele precisava se aquecer e se estava esquecido do quanto era cuidadoso consigo mesmo, eu tomaria seu papel por uma noite ou por quantas fossem precisas.

Saí do banho, em algum momento enquanto me secava na frente do espelho, eu fiquei curioso sobre como poderia estar. Limpei o vidro embaçado de vapor com meu antebraço e me assustei com o que vi, o meu rosto estava inchado e vermelho, eu chorei junto com o Jin, por o ver daquela forma, e chorei por saber que minha segunda família estava incompleta. Imagino como Jin deve estar. Bufei frustrado e baguncei meu cabelo com uma toalha pequena.

Esse momento não era meu.

Depois de pronto, fui para o meu quarto. Eu estava tentando fazer a ficha da morte cair, os pais dele eram as melhores pessoas que existiam e amavam o Jin mais que tudo! Depois deles vinha eu, o amo tanto que a simples ideia de estar passando por momentos difíceis faz com que o meu coração se parta.

Só de imaginar que nunca mais vou ver eles... Seus pais eram pessoas que eu amava, bom... Que amo, a morte não tem o poder de acabar com sentimentos, ela apenas traz mais alguns que você tem que aprender a lidar, eu não os esqueceria por terem partido de forma repentina, mas aquilo era pesado, eu convivia com eles, jantava sempre na casa deles, lembro de quando eu elogiava a comida da mãe do Jin, ela sorria para mim e eu a considerava uma mulher com um dos sorrisos mais lindo que eu já havia visto.

Eu nunca mais veria o sorriso que via quase todos os dias, ainda sentiria o cheiro de sua comida quando passasse por uma casa onde alguém a estaria preparando, mas eu saberia que não era ela que estaria cozinhando para mim e Jin.

E seu pai? Eu nunca mais escutaria as piadas horríveis que ele insistia em ensinar para o Jin e ele as contava na nossa roda de amigos, aí quando eu fosse jantar com eles, como já disse antes, eu não a escutaria pela segunda vez, dessa vez incompleta por ele não conseguir parar de rir antes de terminar de contar.

São coisas simples, pequenos detalhes que fazem toda a diferença, que fazem falta quando você os perde. Droga... Eu não quero nem imaginar como será quando eu for ver alguma foto deles.

Aproveitei que o Jin estava no banheiro e chorei um pouquinho, olhava para a janela e me apoiava ao batente com intenção de ficar longe do banheiro e não ser ouvido, os meus pais voltaram do jantar há algumas horas, eu não queria acordar ninguém. Estava me lembrando de momentos que passei com os pais do Jin e com o Jin... Eram tantos

Era muito melancólica a imagem da chuva tomando conta da minha rua e as poucas estrelas que eu conseguia ver deixavam tudo ainda mais lamentável e... Um tanto nostálgico; era como se o próprio céu estivesse chorando pela morte desses dois anjos que haviam entrado na minha vida, mas agora foram embora sem mais nem menos, sem nenhuma palavra de aviso, igualzinho como entraram.

 Depois de um tempo só me lamentando, me recompus e limpei minhas lágrimas. Não demorou muito para o Jin sair do banheiro com as roupas que eu entreguei já em seu corpo, me virei completamente de frente para ele e andei até metade do quarto, enquanto ele continuava parado em frente à porta, olhando para os seus pés com algumas lágrimas ainda nos olhos. 

— Jin... — Chamei e ele veio correndo até mim pra me abraçar; não olhou nos meus olhos, não parou de chorar e nem se quer se importou com algo, apenas com o meu abraço, e isso... Significa muito para mim.

— Vai ficar tudo bem, Jin. Eu estou aqui. — Sussurrei e passei minha mão por seu cabelo, tentando controlar algumas lágrimas que eu estava quase deixando escapar.

— Por quê? — Sussurrou contra meu pescoço. — Por que os meus pais? — Respirei fundo.

— Não é uma coisa que a gente possa escolher, hyung.

— Se... Se eu tivesse ido com eles, talvez isso não tivesse acontecido. Eu poderia ter morrido no lugar deles ou se eu tivesse insistido um pouco mais pra que eles ficassem em casa... Isso é tudo culpa minha!

Ele não podia dizer essas coisas e muito menos desejar morrer, só a ideia me fez chorar.

— Nunca mais diz isso, Seokjin! — O abracei mais forte. — Não tem como isso ser culpa sua! Entendeu? Você não prevê o futuro. — Me empurrou com pouca força, se distanciando.

— Talvez eu devesse! — Ri incrédulo.

— Ou talvez o mundo devesse deixar de ser perigoso! Você tem tanta chance de prever o futuro quanto o mundo tem de não ter mais perigo. Você não pode sentir a culpa de outra pessoa!

— Mas eu sou o filho deles! Eu deveria estar...

— Abalado? — O interrompi.. — Você já está assim e tem todo o direito do mundo! Mas você não pode deixar sua mente voar pra longe! Agora, mais do que nunca, você tem que se manter firme no chão! — Ele negou com a cabeça e abraçou o próprio corpo.

— Eu não sou de ferro, Namjoon, — Disse me olhando nos olhos. — Eu não sou um castelo com mil guardas ou um navio! Eu não tenho a porra de uma âncora, Namjoon! Não me diz pra ficar preso no chão quando eu nem sei como eu posso fazer isso.

— Eu vou ser a sua âncora, Jin! — Acabei falando com certa autoridade, droga! Eu sempre me alterava quando era por ele, mas pareceu funcionar, ele concordou com a cabeça várias vezes.

Não era uma forma de tentar algo, era só um jeito de o acalmar, com o carinho que eu sempre demonstrei, então o abracei.

Não acredito que possam entender quando eu simplesmente digo que o amo, eu o amo de verdade e sem malícias. A maior parte de meus pensamentos é de como eu posso cuidar e ser carinhoso com ele, o amor que sinto é forte o suficiente para que eu durma apenas segurando a mão dele e consiga ter a melhor noite de sono. Posso visitar o jardim do éden e ir até a américa latina só de madrugada.

Eu o beijei em sua bochecha, apenas para que ele entendesse que eu estava com ele, que eu era real como tentou se certificar quando estávamos na chuva. O abracei mais uma vez, o apertando da forma mais acolhedora que eu poderia.

O tempo passou e ele não me soltou.

Depois de um tempo dessa mesma forma, com ele apenas em meus braços, nos separamos e voltei a olhá-lo. Eu passava meu polegar por suas bochechas rosadas tentando enxugar qualquer vestígio de lágrimas, seu rosto e lágrimas não combinavam um com o outro e eu me lembraria de dizer isso para ele quando as coisas melhorassem. 

Fiz nossos dedos se entrelaçarem e o puxei delicadamente até a cama, ele me seguiu enquanto fungava mais um pouco, já se controlando, mas eu sabia que isso não ficaria assim por muito tempo e bastou que estivéssemos deitados para que as lágrimas escorrerem de seus olhos de forma desesperada, o mais difícil é quando você para e pensa, é quando as coisas se tornam reais demais.

Eu deixei que ele chorasse o quanto quisesse, seu rosto estava enterrado no meu pescoço, sua respiração falhada me causava arrepios, mas eu jamais o tiraria do seu conforto em uma situação dessas. No meio daquele abraço desajeitado, eu o apertei mais, com a intenção de o aconchegar mais, logo estávamos com as pernas entrelaçadas e quietos.

Paro para me preocupar em como sua vida irá ser daqui em diante, antes seus pais e eu éramos as únicas coisas que arrancavam um sorriso de seus lábios, aos olhos alheios Jin sempre sorria, e essa era a sua máscara. Ser gay assumido no colégio e não em casa se tornou um inferno para ele, Jin estava quase para contar a seus pais sobre sua sexualidade e assim tentar se sentir melhor, parando de esconder esse grande segredo, aliviando um peso de suas costas, mas parece que agora é tarde demais e eles nunca saberão.

Suspirei frustrado e comecei a fazer carinho no seu cabelo, vai ser tão difícil.

Mesmo que Jin seja alguém racional, forte e decidido, quando conseguiam encontrar o lugar certo, ele desmoronava. Eu gosto de ver Jin como uma casa, uma casa sustentada por três pilares fortes de amor, mas dois deles haviam se partido e eu queria muito saber como ele ficaria agora.

Percebo que ele acabou dormindo, eu sorrio sôfrego e beijo sua testa, terminando de me aninhar ao seu corpo e me preparando para dormir, se isso o faria se sentir melhor, era o que eu iria fazer.

Por ele.

 


Notas Finais


CONTATO: CVV
https://www.cvv.org.br/

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