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  3. 12, março 2016

História A.m.o.r - 12, março 2016


Escrita por: KimMinRyong

Notas do Autor


oi hehe.
Postei agora pq vou passar o dia sem wi-fi, então é isso.
caso ainda tenha alguém ai...
... Boa leitura ;u;

Capítulo 6 - 12, março 2016


Fanfic / Fanfiction A.m.o.r - 12, março 2016

Capítulo – Cinco.

12, março 2016...

Então, finalmente era sábado! Eu estou particularmente feliz hoje por ter planos para isso. Não tenho como dizer que a minha comunicação com o Jin melhorou no decorrer da semana, pois isso seria mentira. Jin ainda continuava sem me ligar ou trocar mensagens como costumávamos fazer, tudo o que meu celular tinha na nossa conversa eram cinco mensagens, uma em cada dia da semana, dizendo onde nós íamos nos encontrar para ir juntos para a escola.

Eu não podia realmente reclamar disso, quando chegávamos na escola, ele sempre estava radiante, comunicativo e não tinha mudado o seu foco em tirar boas notas como sempre foi, mas isso me deixava com medo, eu temia que ele estivesse usando muitas camadas de máscaras para que apenas o mundo dele fosse mudado, como se ele quisesse nos proteger o tempo todo, então foi por isso que eu resolvi o convidar para um pequena viagem de fim de semana.

Aqui perto de Seoul tem uma cidade litorânea muito famosa. Busan é o nome, fica à quatro horas de Seoul e eu e o hyung vamos lá as vezes, foi bem difícil convencer os meus pais a deixarem nós dois irmos sozinhos ano passado pela primeira vez. Eu tinha acabado de completar dezesseis anos e eu queria pilotar um pouco mais a minha moto, então o hyung deu essa ideia, tivemos que prometer parar em todos os postos de gasolina na estrada para ligar para eles. Com a permissão e a confiança deles, uma praia de Busan se tornou o nosso lugar.

Eu amo ter um lugar para chamar de “nosso”. Eu e o hyung compartilhamos uma história inteira juntos e somos muito íntimos, durante a semana, por eu ter ficado muito com ele para o distrair, surgiram boatos de que estamos namorando, quando o hyung descobriu, ele só riu e tratou como se não se importasse com a ideia, isso me deixou bem agitado, depois desse episódio, eu o chamei para ir comigo a Busan hoje e bom... Ele inventou para os tios que tinha um trabalho extra para fazer e eles o deixaram sair...

- Pegou tudo? – Minha mãe apareceu atrás de mim e me entregou um pote de plástico com algumas frutas enroladas em papel filme dentro. Eu o peguei e guardei na minha mochila.

- Sim, vou deixar para comprar as bebidas lá, minha moto não tem muito espaço. 

- Não se esqueça de ligar e vê se não fica se entupindo de refrigerante, comprem alguns sucos. – Concordei com a cabeça enquanto terminava de guardar as minhas coisas. – Precisa de dinheiro?

- Não senhora. Eu tenho guardado da minha mesada. – Olhei para ela e ela respirou fundo com um sorriso triste nos lábios.

A minha mãe tem agido estranho nos últimos dias, mais amorosa que o comum. Quando eu perguntei, ela disse que estava se envolvendo demais na vida do hyung, disse que estava me imaginando no lugar dele, o que teria acontecido se quem tivesse perdido os pais fosse eu.

Ninguém pode culpá-la, acho que essa seria a reação natural de qualquer pessoa que tivesse alguém próximo passando pelo mesmo, se imaginar no lugar para tentar entender as dores. Eu olhei para ela e ela passou a mão no meu cabelo, olhando o meu rosto com atenção, não me assustei por esse ser um costume dela.

- Você é um ótimo menino.

- Mãe...

- Eu sei desculpe. – Ela começou a rir. – Só queira que você soubesse que estou orgulhosa. Você está sendo um excelente amigo.

 - Valeu... – Eu não sabia direito o que responder.

 - Agora vá, ele deve estar esperando você. – Deu um beijo bem barulhento no meu rosto e eu fiz uma careta, não precisava de tudo isso. – Não esqueça de ligar no caminho. – Revirei os olhos rindo.

- Eu sei, eu sei! – Peguei o meu celular em cima da mesa da cozinha e vi as horas. Estava perto das seis da manhã e eu sei que isso pode parecer cedo, mas quando você pensa que são quatro horas de viagem, não é mais tão cedo assim.

Eu corri para fora de casa e parei na frente da minha moto, abri o compartimento para os capacetes e coloquei minha mochila lá, vesti o meu capacete e pendurei o extra em meu braço; montei e fui para a casa dos tios do hyung.

Quando eu cheguei, o sol já estava nascendo, a rua estava um pouco azulada pelo céu noturno ainda não ter ido embora por completo, mas estava um clima muito agradável. Perto da casa tinha uma árvore muito grande, eu estacionei minha moto atrás dela e me sentei no gramado. Puxei o meu celular e mandei uma mensagem dizendo que já estava esperando por ele.

Não demorou muito para o Jin colocar a cabeça para fora da janela e acenar para mim com um sorriso. Eu sorri de volta, ele já estava arrumado e parecia tão feliz por bancar o jovem rebelde que vai fugir da cidade, ele não fazia isso quando os pais dele estavam vivos. Jin me pediu com a mão para esperar um pouco e fechou a janela.

 Só me restava esperar.

Coloquei meus fones de ouvido, não sabia quanto tempo ele demoraria, então pensei em me distrair e bom, eu sou adolescente, tenho uma trilha sonora para cada momento da minha vida e agora, escondido atrás de uma árvore, com a minha moto, antes do sol nascer, esperando o menino que eu gosto para fugir da cidade me pareceu uma boa hora para escutar Criminal da Britney Spears.

Tudo bem que eu não matava nem as formigas do meu quintal, o que dirá ser um “assassino por diversão” como a música dizia, mas Seokjin me comparou a um bad boy e eu gostei de fingir que eu sou um.

Ou talvez eu só esteja andando muito com o Jungkook... É, talvez seja isso.

Nem deu tempo para a música acabar, o hyung saiu de casa correndo e veio na minha direção. Eu me levantei limpando minha calça e me encostei no tronco da árvore, ao lado da minha moto, só por pura pose mesmo. Quando o Jin me abraçou a Britney estava cantando o refrão e o hyung me soltou rindo. Ele puxou um dos lados do meu fone e negou com a cabeça.

- Namjoon, menos. Você não é um bad boy de verdade. – Dei de ombros

- Eu posso ao menos fingir. – Ele riu mais. – Como fugiu?

- Ontem eu disse que ia sair cedo. – Respirou fundo. – Eu não tomo café com eles mesmo, não vão estranhar. – Foi em direção a minha moto e pegou o capacete que ele sempre usava. – Então... Partiu Busan? – Perguntou cheio de animação e eu só ri com tamanha felicidade.

Foi lindo ver o sol nascer completamente na estrada. Estava tão gostoso correr com a moto e Jin abraçando minha cintura que nem paramos nos primeiros três postos de gasolina para ligar para a minha mãe, só fomos o fazer quando estávamos relativamente perto de Busan. Já era nove horas da manhã e tínhamos que comprar as nossas bebidas, então realmente paramos em um posto, enquanto o hyung comprava, eu estava ligando para a minha mãe com medo de levar a maior bronca.

Mal sabia eu que ela tinha se esquecido assim como eu, o que rendeu em uma conversa curta e um “ah que bom que já estão perto, filho. Cuidado, mamãe ama vocês” e desligou. É, eu acho que tenho muito mais da confiança deles do que eu pensava.

Jin não demorou muito, então logo estávamos em Busan.

O clima dessa cidade por si só já deixa feliz, só pisar em Busan que você sente como se os seus problemas não existissem, claro... Quando você não mora aqui e vê isso todo dia. Andamos um poco mais até chegar na praia. Eu estacionei perto da areia e pegamos nossas mochilas. De longe eu já pude ver.

          A ilha do amor.

É uma ilha de pedra no fim da praia com algumas poucas árvores, a chamam de ilha do amor porque os troncos das árvores são cheios de nomes de casais gravados e essas mesmas árvores dão uma semente vermelha em forma de coração. Eu sei, eu sei! Terreno perigoso para ir com a paixonite, mas era o nosso lugar e não podia ser mais perfeito. E poxa, existe vários tipos de amor, então eu posso tentar me enganar de que nós estamos falando de um amor fraternal.

Para chegar na ilha, temos que passar por um píer de madeira. Eu fui o primeiro a subir nele e eu ia ajudar o Jin a fazer o mesmo, mas me assustei quando o vi tirando as sandálias.

- Hyung! Ficou maluco? – Ele me ignorou e segurou minha mão, pegando impulso para subir também. – Você vai perder o pé nessas pedras.

- Deixa! Eu quero molhar o pé na água.

- Masoquista...

- Deixa de ser frouxo! – Ele me empurrou e foi na frente, se equilibrando nas pedras e andando como se aquela porra não machucasse o pé. Eu ri, Jin era louco.

Eu fui atrás dele e encontramos um lugar seguro para ficar. Pela ilha ser alta, por conta das pedras, a copa das árvores eram bem baixas e podíamos sentar nos troncos; foi o que o hyung fez, ele se sentou em um tronco arqueado e ficou balançando os pés no ar, eu resolvi sentar no chão mesmo, perto da água, era melhor, eu podia ver bem o rosto do hyung.

- Ele estava de olhos fechado, respirando fundo a maresia e sorrindo de forma tão verdadeira que fez o meu coração se aquecer. Ele estava relaxado de verdade.

- AH COMO EU AMO ESSE LUGAR! – Ele gritou e eu comecei a rir.

- Para com isso, garoto! Vão pensar que você enlouqueceu.

- Eu provavelmente estaria se você não tivesse me trazido. – Ele olhou para a água por cima dos ombros e respirou fundo. – Aigoo! Eu queria nadar. Por que não podemos mesmo?

- É a lei, hyung. – Me ajeitei no chão apoiando minhas costas no tronco. – A alimentação tradicional de toda a Coreia vem do mar, o PH da pele humana interfere nos peixes e algas e os tornam impróprios pro consumo. – Ele olhou para mim. – Só podemos nadar nas férias de verão, já temos idade para ser presos, lembra?

- Foi uma pergunta retórica. – Eu comecei a rir.

- Não me parecia ser. – Ele revirou os olhos e começou a rir junto comigo.

– Eu estou com fome, o que temos para comer? – Pulou do tronco e fez uma careta de dor por conta de as pedras terem machucado o seu pé.

- Hyung, calça a sandália, por favor!

- Supera, Namjoon. – Ele puxou a mochila e começou a procurar. – Ah! Eu amo isso! – Tirou de lá um pacote de batatas fritas e as abriu, começando a comer. – Sabe? Eu gosto muito dessas batatas, mas elas parecem mais gostosas por eu estar comendo de café da manhã e em uma cidade que não é a minha, sem os meus tios saberem.

- Vai escrever no seu diário quando chegar em casa?

- Eu não tenho diário, seu ridículo! – Peguei a minha mochila também. Tirei de lá um pacote de biscoito recheado.

- Ai meu deus! Como não? Como você vai escrever suas iniciais e a do seu crush dentro de um coração agora? – Ele me bateu e eu comecei a rir.

- Cala a porra da boca! Eu tinha quinze anos!

- Isso só tem dois anos, hyung!

- Muita coisa pode acontecer em dois anos, seu idiota e eu amém amadureci! – Ele colocou mais batatas na boca.

- Então você não faria isso de novo? – Ele riu.

 - Você faria?

- Eu acho que sim. – Ele parou de garimpar no pacote de batatas e me olhou surpreso.

- Faria?

- Sim, quer dizer... – Eu ri. – Olha onde estamos, aqui é conhecido por casais escreverem as iniciais nas árvores e tem um nome todo meloso, ilha do amor. É o tipo de coisa que eu zoaria e sentiria dor de barriga se visse em um filme, mas... Se eu vivesse isso com a pessoa que eu gosto, eu provavelmente me deixaria levar.

Jin abaixou o rosto e ficou quieto de repente, brincando com o pacote das batatas, eu não dei muita importância, ele faz isso as vezes, divagar com os pensamentos a mil, eu só me concentrei em abrir o pacote de biscoito e pegar um refrigerante na sacola da loja de conveniência.

- Você não é assim. – Ele falou mais baixo, me chamando a atenção.

- Hum? Assim como?

- Eu acho que nunca te vi se deixando levar. – Ele dizia olhando para as próprias mãos. – Você sempre pensa muito antes de fazer alguma coisa.

- Acho que sim, mas esse é o meu jeito. – Deu de ombros. – Você nunca pareceu se importar com isso.

- Eu acho que realmente não me importava até eu perceber. – Certo, isso me deixou preocupado, ele parecia verdadeiramente incomodado.

- Perceber o que, hyung? – Ele me olhou.

- Que eu quero que você se deixe levar comigo.

Eu perdi qualquer palavra nesse momento, eu não sabia bem como interpretar isso e eu não queria deixar que os meus sentimentos falassem mais alto, então eu só respirei fundo e tentei pensar bem em uma resposta, mas isso não me impediu de sorrir. O Jin tinha dessas as vezes, ele tentava entrar na sua mente para entender o que acontecia e só de pensar que alguém que ele se importasse não estava sendo ele mesmo ao seu lado, o deixava muito insatisfeito, então isso me fazia pensar que ele só estava preocupado com a minha saúde mental e a nossa amizade.

Certo?

Ele se importava muito comigo e talvez ele só não tenha percebido ainda, mas eu sempre me deixo levar quando estou com ele.

- Eu não deixar te preocupa? – Concordou com a cabeça. – Bom... Hyung, eu não sou de raptar os meus amigos antes mesmo do sol sair. – Ele sorriu. – Eu não sou de correr para qualquer um quando precisam de mim e, eu sei que você não gosta de lembrar, mas eu não fico abraçado em uma chuva de fim de inverno com qualquer pessoa. – Ele respirou fundo. Eu peguei a sua mão e fiz carinho. – Você só não percebeu, mas eu sempre deixo você me levar. – Ele olhou para outro lugar e apertou a minha mão.

Estava inquieto e respirava muito pesado. Eu quase podia afirmar que ele estava para ter uma crise de ansiedade e isso me deixou atento, eu não estava entendendo o rumo que a conversa estava tendo, como chegamos nisso ou como eu estava tão corajoso para dizer essas coisas.

- E-Então... Você... – Ele soltou a respiração de forma bem barulhenta e apertou bem os olhos. – Então você gosta de mim?

- Eu amo você, hyung. Já disse isso várias vezes... – Afirmei sem entender muito bem.

- Não! Eu não estou falando disso – Ele soltou a minha mão e deu algumas batidinhas carinhosas na minha perna, tentando controlar o nervosismo. – O que eu quero saber é... Vo-você escreveria as suas iniciais com as minhas dentro de um coração?

Droga... Eu acho que talvez eu tenha falado demais em como ele me fazia sentir. Eu não sei se isso é o que está destinado a anteceder um fora ou se isso é algo que ele deseje que eu responda de forma afirmativa, eu não sei de nada além de uma coisa.

Se eu disser que sim, Jin não vai deixar isso acabar com a nossa amizade e eu acho que quero correr esse risco, não tenho certeza, mas eu acho que sim. Acredito que se eu for tolo o suficiente para não aproveitar esse momento, ele não acontecerá outra vez e isso pode nos custar muito caro.

- Seria muito ruim se eu dissesse que sim? – Ele ficou surpreso. Arregalou bem os olhos e quando pensei que fosse dizer alguma coisa ele só sorriu e negou com a cabeça várias vezes.

Ele se aproximou um pouco mais e deixou o pacote de batatas de lado, eu não estava esperando por isso, mas ele se deitou em meu peito e puxou a mochila dele, tirou de lá um mp3 vermelho e um fone de ouvido branco, me dando um lado para que possamos dividir e o assunto não foi mais mencionado.

Estávamos tentando escolher uma música para ouvir e eu fingia que não gostava da banda favorita dele só para o ver irritado, ele queria ouvir Queen e eu dizia que era música de velho, mas na real eu gosto muito das músicas. Ele ria sempre que eu o chamava de velho e ele rebatia falando mal do meu gosto musical. No fim das contas, acabamos ouvindo Love of my life enquanto conversávamos sobre tudo e nada.

Jin ficava reclamando do vento bagunçando o cabelo dele e escondia o rosto no meu peito, dizendo que assim não bagunçaria, mas era só uma desculpa para me deixar sentindo cocegas o tempo todo, ele fazia de tudo para eu me mexer em cima das pedras só por eu ser sensível a dor, isso o fazia rir como se fosse a coisa mais incrível do mundo.

Aquela risada estranha que eu adoro.

- Para com isso, hyung! Coisa chata.

- Não é chato para mim. – Ele deu de ombros e se arrumou mais nos meus braços, finalmente parando de me importunar. – Onde vamos almoçar?

- Tem um restaurante bem perto daqui, é muito bom. – Ele concordou com a cabeça e apoiou o queixo no meu peito, me olhando. – Que horas você tem que voltar? – Fiz carinho em seu cabelo e ele fechou os olhos para aproveitar.

- Oito... – Falou baixinho. Fiz uma pequena conta na minha cabeça.

- Então voltamos as três. – Ele fez uma careta e apoiou a bochecha em mim.

- Não fale de voltar agora, não quero pensar nisso. – Quase sussurrou. – Segunda-feira eu vou começar a ter consultas com uma psicóloga... Por causa do que aconteceu... – O apertei mais nos meus braços.

- Talvez isso seja bom...

- Talvez. – Ele reforçou. E olhou para mim de novo. – Obrigado por me trazer aqui, é muito longe. – Fiz carinho em seu rosto com as costas da minha mão.

- O que eu poderia fazer? Eu me deixo levar por você. – Nós rimos juntos. Ele ainda me olhava como se eu fosse uma coisa curiosa demais, eu podia ver um pequeno demônio sussurrando alguma coisa no ouvido dele, eu conhecia aquele olhar de quem ia aprontar. – O que foi?

- Só pensando.

- É disso que eu tenho medo. – Ele me bateu. – No que você tem pensado?

- Você disse que você se deixa levar por mim. – Concordei com a cabeça. – Então... Você vai me acompanhar se... Se eu te beijar?

Eu não acreditei no que eu ouvi, eu tive medo de ter ouvido errado por conta das minhas próprias vontades escondidas, mas não era uma alucinação, Jin esperava por uma resposta, mordendo o lábio com receio de que eu fosse negar. Quando esse jogo virou? Quando que o que tem medo de ser rejeitado e esconde há anos uma paixão platônica passou a ser o que deve uma resposta.

Minha mão ainda estava em seu rosto e eu não precisei a tirar de lá, ele chegou mais perto com tanta calma que eu sabia que podia me afastar quando bem quisesse, mas eu não queira sair de perto.

Quando eu senti os lábios dele tocando os meus de forma tão suave eu quase chorei. Eu os senti antes, quando eles se tocaram enquanto eu o via dormir, mas agora ele estava acordado, ele havia me beijado e eu não ia desperdiçar um sonho no qual eu sempre tive.

 Eu segurei em sua nuca e o correspondi de todas as formas possíveis. Naquele momento eu podia beijar seus lábios, sentir sua língua com a minha, sentir seus dentes mordiscando meu lábio inferior e suas mãos fazendo carinho em meus braços.

Isso estava ficando perigoso, claro que não era o meu primeiro beijo assim como eu sei que não era o dele, mas eu não queria abusar muito do meu corpo, quer dizer, ele estava em cima de mim e estávamos nos beijando muito forte e cheios de vontade. Eu... Tudo bem, eu pratico isso sozinho em casa então eu sei os meus limites, mas o meu corpo estava reagindo, mas não era o momento e eu não parecia ser o único.

O hyung apertou minha cintura com força, e suspirou fundo nos meus lábios. Eu sei que ele também estava ficando muito mais agitado como eu, então só deixei um selinho profundo em seus lábios e encostei nossas testas, respirando rápido, eu não sentia falta de ar ou algo assim, eu só queria acalmar o meu coração e precisava do máximo de oxigênio que eu conseguisse, o hyung não estava diferente.

- Que merda... – Nós dois rimos. – Que merda a gente fez?

- Se arrepende? – Neguei com a cabeça. – Ótimo. – Ele me deu outro selinho.

- A gente poderia ter estragado tudo! Garoto você não me deixou pensar!

- A vida é o que acontece quando nós estamos ocupados demais fazendo planos. – Neguei com a cabeça várias vezes.

- Você e os seus cantores velhos. – Ele revirou os olhos.

- Se deixa levar, caralho!

- Eu vou. – Peguei uma de suas mãos e entrelacei os nossos dedos.

 Esse dia entrou para a história da minha vida, Jin tinha levado a polaroid dele e eu nem sabia, descobri quando peguei no sono – por ter acordado cedo demais – e acordei com um flash no meu rosto e uma risada escandalosa de deboche.

Eu nunca pensei que ia ter uma foto beijando Kim Seokjin, ou uma foto dele segurando a minha mão enquanto olhava para a câmera. Nós ficamos horas e horas conversando, tirando fotos e fazendo carinho, era algo bom demais para ser verdade e eu não queria esquecer esse momento.

Hoje nós escrevemos nossas iniciais dento de um coração no tronco da árvore arqueada.

O hyung tinha me entregado a polaroid e me pediu para segurar enquanto molhava os pés na água. Nesse momento eu olhei para a ilha e sorri, ela se tornou um novo símbolo para a minha felicidade. Eu não pensei muito, tirei uma foto da ilha e a guardei, veria como ficou quando chegasse em casa. Jin voltou para o meu lado logo depois, segurei em sua mão e fomos embora da praia.

Procuramos um lugar para almoçar e saímos de Busan as três da tarde, bem como havíamos combinado. Quatro horas para ir e quatro horas para voltar. Chegamos em Seoul as sete da noite. Eu estava muito cansado, mas não queria que o hyung se sentisse mal com isso ou algo do tipo, então tentei não deixar muito aparente.

Como já era de se esperar, tive que parar atrás da árvore perto da casa de seus tios. Jin tirou o capacete e parou na minha frente, arrumando a mochila nas costas com um sorriso tímido. Eu tirei o meu capacete e apoiei no guidão da moto.

Estávamos nervosos.

- Obrigado por hoje.

- Não agradeça. – Sorri sem mostrar os dentes. – É... Eu posso te mandar mensagem amanhã? Acho que nós devíamos conversar. – Ele respirou fundo.

- E-eu também acho, mas é que... Os meus tios estão monitorando o meu celular. – Ah... –, mas amanhã eles vão para a igreja, talvez eu possa, então não me mande mensagem, eu mando se eu puder, tudo bem?

- Sim, claro. – Concordei mesmo sem concordar, mas era a vida dele, eu não tinha o que fazer. Isso me frustrou e ele percebeu.

Com toda a delicadeza que ele sempre teve, me fez levantar o rosto e lhe olhar, mais uma vez, sem poder reagir ou pensar antes de fazer, ele me beijou. Foi um beijo longo o suficiente para eu saber que era o último.

Beijar de baixo de uma árvore, em uma rua mal iluminada e escondido de todos era excitante, tornava aquilo tudo mais único do que já era. Quando nos separamos, fizemos um estalo alto ecoar e ele me abraçou com força.

- Não pense muito e nem tente entender, tudo bem? – Sussurrou para mim e eu sorri.

- Sim, eu vou só me deixar levar.

 

Quando eu cheguei em casa, eu nem tive vontade de jantar, eu sorri indo para o meu quarto e me joguei na cama pensando em tudo o que tinha acontecido nesse dia memorável! Eu tirei a foto de polaroid do bolso e a imagem já estava completamente nítida. Era a ilha do amor, na sua forma mais bonita; aos meus olhos.

Eu ainda estava olhando a foto quando a minha mãe entrou no quarto, eu não olhei para ela e nem ouvi o que ela disse antes de entrar, eu queria ficar um pouco mais no meu mundinho.

- Filho! – Levantei o rosto para lhe olhar e ela pareceu se aliviar quando viu o meu sorriso. – Como foi?

- Perfeito mãe! – Me deitei outra vez, olhando para a foto. – Foi perfeito.






Notas Finais


https://www.cvv.org.br/

Vou deixar aqui o link das músicas que o Namjoon mencionou, caso alguém queira entrar mais na onda e tals.
E CASO ALGUÉM QUEIRA SABER, SIM! ESSA ILHA EXISTE, MAS É AQUI NO BRASIL MESMO KKKK

https://www.youtube.com/watch?v=YGVGbNbdN7o
https://www.youtube.com/watch?v=xhvNUeWVcSg

bom... é isso, digam o que estão achando e obrigada ^^
até sexta.
bjs da Kim ;u;


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