História Amor ou Poder? - Capítulo 8

Em uma semana nós deixamos a história começar
Estamos indo no nosso primeiro encontro
Eu e você somos econômicos, então vamos àqueles restaurantes de Tudo Que Você Consegue Comer
Encha sua bolsa e eu encho um prato
Conversamos por horas e horas sobre o doce e o amargo
E como sua família está indo bem
Saímos e entramos em um táxi, e nos beijamos no banco de trás
Digo ao motorista para ligar o rádio
E estou cantando assim
Garota, você sabe que eu quero seu amor
Seu amor foi feito a mão para alguém como eu
Venha agora, eu te guio
Eu posso ser louco, não ligue pra isso
Diga: Garoto, não vamos falar muito
Segure na minha cintura e coloque seu corpo em mim
Vamos lá agora, eu te guio
Vamos, vamos lá agora, eu te guio
Estou apaixonado pelos seus contornos
Nos atraímos e nos repelimos como um ímã faz
Embora meu coração esteja se apaixonando também
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ontem à noite você estava no meu quarto
E agora meus lençóis têm o seu cheiro
Todos os dias descobrindo algo novo
Estou apaixonado pelo seu corpo

Shape Of You - Ed Sheeran

P.O.V América

Me sentei na mesa, á esquerda do meu pai. Olhei para as frutas que tinha de café da manhã, e senti meu estômago embrulhar. Na verdade desde que acordei, veio sentindo um enjoo chato. O jornal estava em cima da mesa, e na página que estava aberta, mostrava algo que me espantou profunda. Era Maxon, e mulher, a quem ele abraçava pela cintura e no topo da notícia dizia:

Será que o canditado a presidência, Maxon Schreave, reatou o seu noivado com, a filha do deputado, Kriss Ambers?

Não estava acreditando no que estava vendo. Então, Maxon estava noivo de outra mulher. Não podia ser. Isso era apenas uma especulação do jornal. Sinto meus olhos marejarem. Bom, eu disse que nunca mais queria vê-lo, então ele resolveu voltar com a ex-noiva. Bem feito para mim! Sinto meu estômago embrulhar ainda mais, e corro rapidamente para o banheiro.

Pude ver meu pai correndo atrás de mim. Entrei no banheiro e me curvei na privada, colocando tudo para fora. Lágrimas desciam pelo meu rosto. Eu sou uma completa idiota! Sinto alguém segurar meus cabelos, para que eles não sujarem de vômito. Assim que termino, levanto e vou até a pia. Lavo as mãos, e escovo os dentes. Meu pai apenas me observava em silêncio, mas pude ver pelo seu semblante que ele estava preocupado. Assim que termino de escovar os dentes, viro para ele.

– Pai, eu estou bem. Foi apena um enjoo. Deve ter sido alguma coisa que eu comi, e que me fez mal. – disse, logo saindo do banheiro. Meu pai me seguiu em silêncio.

– Você tem certeza que está bem? – meu pai perguntou se aproximando. – Não quer ir ao hospital? – franzi o cenho.

– Hospital? – exclamei. Sentir a minha vista escurecer por um instante, e sentir uma tontura. – Claro que não... – então não lembro de mais nada, apenas de sentir um par de braços, me segurando, me impedindo de cair no chão. 

P.O.V Maxon

– O que é isso? – falo furioso, entrando no escritório do meu pai, e jogando o jornal em sua mesa, na sai frente. Ele me olha com uma cara sínica, como se não soubesse do que estou falando e isso me deu mais raiva ainda.

– O que? – disse. Eu estreitei os olhos. Então ele olhou para o jornal, e sorriu. – Ah, isso. – disse, parecendo imensamente satisfeito.

– O senhor me obrigou a tirar uma foto com a Kriss, apenas para fazer essa palhaçada, né? – deduzi algo completamente óbvio. No jantar meu pai disse que era para tirar uma foto com a Kriss, eu me neguei, mas ele me obrigou e agora todos estão achando que voltei com aquela mulher. Só espero que a América não goste de ler jornal.

– Talvez. – disse. Eu ergui as sobrancelhas. – Mas o que importa isso agora, já está no jornal. Angeles inteira já deve ter visto. – disse. – É por isso que você deve reatar com a Kriss. Eles esperam por isso. E você não vai decepcionar o seu povo, né? – meu pai e a sua mania de fazer chantagem emocional. Suspirei, sem saber o que fazer.

– Pai, já chega. Quando o senhor vai entender que eu não vou reatar com a Kriss. Eu não a amo. Não mais. – disse. Meu pai se levantou lentamente, e deu a volta na mesa para ficar frente a frente comigo.

– O amor tem nada a ver com isso. – disse, colocando a mão no meu ombro. Reprimir o impulso de tirá-la de lá. – Isso se trata de negócios.

– Meu casamento é um negócio para o senhor? – perguntei. Meu pai suspirou e tirou a mão do meu ombro. Ele virou de costas, e começou a andar de um lado para o outro, como se estivesse pensando em algo.

– Tudo bem. – disse, se virando para mim. – Vamos fazer um acordo. – assenti e esperei ele começar a falar. – Você casa com a Kriss. Então, vai obter o apoio do deputado. Quando chegar as eleições e você ganhar, e ter a presidência em suas mãos. Você se divorcia dela. – disse, me olhando.

– Vou ficar casado com a ela só até as eleições? – perguntei.

– Sim, depois que você ganhar. Não precisa fazer lua de mel, nem precisam ser um casal de verdade. Vai ser apenas fachada. – continuou. Suspirei. Era melhor aceitar de uma vez. Melhor do que nada.

– Tudo bem. – meu pai sorriu vitorioso.

– Daqui a dois dias, será o jantar de noivado, para anunciar oficialmente. – disse.

– Eu só espero não me arrepender disso. – disse, indo em direção á porta do escritório. 

– Não irá, filho. Não irá. – ouvir meu pai dizer, antes de eu sair do escritório.

Iriam ser longos meses, casado com aquela mulher. Mesmo que de fachada. Só de pensar que vou ter que suportá-la, vinte e quatro horas por dia, já me dá  dor de cabeça. 

P.O.V Lucy

Entro no meu quarto e avisto Aspen sentando na poltrona, olhando para o nada. Ele estava estranho, desde que Maxon voltou de viajem. Eu poderia achar que era justamente por causa de Maxon, mas não. Ele estava até legal com Maxon. Mas o que parecia é que ele estava imensamente perturbado com algo. Ele ergueu o olhar e me flagrou olhando para ele. Sorri para ele, que por incrível que pareça retribuiu meu sorriso. Fui até ele, e me ajoelhei na sua frente.

– Tudo bem? – perguntei. Ele assentiu, sem olhar para mim. – Então por que está assim? – ele finalmente olhou para mim.

 – Não é nada, América... – ele parou de falar e olhou para mim com os olhos arregalados. Me levantei bruscamente, já sentindo meus olhos marejados. Eu aqui preocupada com ele, e ele me chama pelo nome de outra mulher.

– Quem é América? – ele suspirou, mas não respondeu. – É sua amante, né? – perguntei, enquanto uma lágrima solitária escorria pelo meu rosto. Aspen se levantou, parecendo irritado.

– Eu não tenho amante. – disse, sério. – América é só uma ex-namorada.  – disse, fazendo pouco caso.

– Então por que me chamou pelo nome dela? – Aspen revirou os olhos. – Ainda é apaixonado por ela, né? Só pode ser isso. – Aspen me olhou sério.

– É. Talvez seja isso mesmo. – disse, saindo do quarto.

Assim que a porta se fechou, eu desabei. As lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto. Eu não estava aguentando mais. Estava cansada de chorar por causa do Aspen. Estava cansada de dar o meu amor, e não ser retribuída. Estava cansada de sofrer. Estava cansada de ser mal tratada. Estava cansada desse casamento.

P.O.V América

Acordo sentindo algo macio embaixo de mim. Abro os olhos e me sento, lentamente. Meu pai estava do meu lado, me olhando com o mesmo semblante preocupado de antes. Ele enche um copo com água e me dar. Agradeço e bebo a água toda. Entrego o copo de volta, e ele pega o mesmo em silêncio.

– Levante, vamos para o hospital. – disse. Abro a boca para rebater. – Foi uma ordem. – assinto. Me levanto da cama, devagar. Me arrumo rapidamente saio com o meu pai.

Ao chegar no hospital, estava muito aflita. Me perguntei o porque. Será que eu estava com alguma doença grave e estava pressentindo isso? Balancei a cabeça. Entrei no hospital, acompanhada pelo meu pai e rapidamente fui atendida. Vantagens de ser filha de um candidato a presidência. O médico pediu um exame de sangue.

Então tiraram meu sangue e pediram para esperar enquanto o exame ficava pronto. Esperei algum tempo, que eu realmente não sabia quanto. Só sabia que para mim foi um século. O exame ficou pronto e o médico nos chamou.

– Bom, senhorita América. – disse, quando entrei na sala, acompanhada pelo meu pai. – A senhorita é casada? – balancei a cabeça negativamente. – Tem noivo ou namorado? – balancei a cabeça novamente. – Bom, a senhorita está grávida.