História Amor para recomeçar. - Potter

POV Heleanor Campbell

As vozes se intensificava a medida que eles iam se aproximando. 

- Mande seu patrono e chame ela Hermione. - Havia puxado Severo para a cozinha, onde havia uma segunda porta que dava para seu quintal, ele estava visivelmente aborrecido, assim que chegou com ele na cozinha sua Elfa, que estava ali o olhou com sinal de desaprovação. 

- Não sabia que estava acompanhada. - Disse com sua voz fina.

- Dedie, vá lá na porta e informe que eu já vou atender meus amigos. -Disse apressada, enquanto Snape olhava para a grande extensão de terra que era a propriedade Campbell. 

- Dedie faz. Casa está movimentada hoje. - E em um estalo sumiu. 

-Não sabia que era amiga de Potter. - Disse Snape, sua voz carregada de desprezo. 

- Não. Não sou amiga dele.Lutamos juntos, do mesmo lado, conversamos poucas vezes. -Era verdade, havia tido com Potter poucas vezes, acreditou que ele estivesse ali por causa de Luna. Ela era sua amiga, e tinha ido na casa de Rony, para ela fazia sentido, para Snape não. 

-Deixe - me ir.Seus amigos à esperam. - E aparatou, sem nem ao menos dar um beijo ou um simples tchau. Olhou para fora, respirou fundo, tentou se recompor o máximo, e foi até seus amigos, que já estavam na sala, em pé. Hermione a falar com Dedie sobre toda sua luta na libertação dos elfos domésticos. Luna foi até ela, lhe dando um abraço. 

- Hele! Viemos lhe ver! - Enquanto estava abraçada, Harry se dirigiu ao local de por capa e casacos, junto de Rony, e viu, aterrorizada, que Snape esquecerá a capa dele.Harry a viu, e olhou para ela, seu olhar inquisidor. Será que ele conhecia a capa de Snape? Não! Muitas capas iguais existiam. Luna para piorar exclama. -Está com cheiro estupendo de Lírios Hele. Apesar deu preferir um cheiro mais...rústico. -Para sua sorte Rony disse, brincando como sempre. 

- Não ligue Hele. Luna prefere o cheiro da cabana de Hagrid e a estufa da Professora Sprout. - Hermione, que já havia terminado com Dedie, e colocava seu casaco junto com os dos outros, bateu em Rony. A princípio, o único que percebeu a capa fora Harry. 

- Não seja cruel Rony. - Hermione disse. 

- Tudo bem Mione. Eu não ligo. - Rony apertou sua mão, rindo da Hermione, que ainda brigava com ele.Luna mexia no rádio dela, trocando a estação, pondo uma música mais dançante. Hermione lhe deu um beijo gentil e foi continuar sua briga com Rony, e Harry se aproximou, apertando sua mão. 

-Espero que não tenhamos atrapalhado você Hele. - Os olhos correram pela sua mesa, e parou nas 2 xícaras que estavam lá depositadas. Sua pele corou. Foi salva mais uma vez por Rony. 

- Harry e Gina brigaram, então bem...viemos. Luna queria vir amanhã, mas ninguém aguentava mais o mal humor da minha irmã. 

-Sentem! Sinto muito Harry. - Disse, todos se sentaram, percebeu que Rony e Hermione cruzaram as mãos, Luna dançava alegre, parecia descontraída. - Querem chá? Cerveja amanteigada?

- Aceitamos a cerveja. - Disse Rony. - Nós pegamos cerveja em casa.-E em um passe, Hermione tirou de sua bolsa garrafas de cerveja amanteigada para cada um, ela recusou a dela.-Não gosta?-Pergunta Rony. 

- Prefiro vinho Rony. - Ele deu de ombros. Todos pareciam bem, exceto Harry. 

- Você vai na copa de quadribol? - Exclama Rony animado para ela, Hermione que responde. 

- Estaremos em aula Rony, como espera que estejamos lá? 

- Os jogos da final acontecerá nas férias de verão. 

- Então existe alguma possibilidade, apesar de não apreciar o esporte. - Respondeu Heleanor, bebendo mas do seu chá, e tensa, Harry estava so seu lado, mal se manifestava, apenas bebia pensando, aéreo a tudo ao seu redor. 

- Como não aprecia? É o melhor esporte do mundo Hele! Todos os passes, as jogadas, o barulho da torcida! - Ele dizia balançando a mãos, gesticulando excessivamente, Hermione ao lado, revirando os olhos rindo. Ele continuou, dizendo várias coisas que para ele, eram motivos do quadribol ser " melhor "coisa do mundo. Não prestou muita atenção no que ele dizia, nem quando Luna mencionou coisas melhores, ou quando Hermione citou a importância delas terem voltado a escola, ou quando ela explicava em detalhes como era estagiar com a "melhor bruxa da atualidade".Até Snape foi mencionado por ela, dizendo o quanto ele é organizado, metódico e exemplar, apesar do seu mau humor lendário, e por evitar ela ao máximo. 

Depois de longas conversas sobre suas vidas, e como na visão do Rony "eram tolas sabe tudo"por terem voltado a aula, Luna se manifesta. 

- Estou com sono. Podemos ir?-Harry parecia incomodado, mas Rony não parecia interessado em ir embora. Heleanor disse, tentando ser hospitaleira. 

- Tenho quartos aqui.Se quiserem, podem ficar. - Os olhos de Rony brilharam, e miraram os de Hermione. Luna vira para Harry, que visivelmente, era e sempre foi o líder. 

- E aí Harry? Podemos? - Ele respirou fundo e disse :

- Podemos. Se não for incômodo para Hele. 

- Não Harry. Fiquem a vontade. 

- Amiga, me mostra o quarto, to morrendo de sono. - Pediu licença para eles, e subiu com Luna atrás de si.-Está longe amiga. Parece ansiosa.

- É só a casa.-Ela olhou em volta da casa e disse. 

- Sua casa tem uma energia ótima. Parece leve, um lugar agradável Hele. Bem mais agradável que da última vez que vim. - Lhe confidenciou a amiga. Seu pai não era um homem mal, mas tinha certos hábitos e comportamentos desagradáveis, talvez a coisa que tenha permitido que o patriarca Campbell fosse mais gentil tenha sido a esposa. 

- Sinto muito Hele. Que bom que gosta. - Abriu a porta do quarto. - Entre. - Um aposento grande, arejado, com janelas de vidro, do mesmo padrão do resto da casa.-Não costuma ser a primeira a ir dormir Luna. 

- Acordei cedo. Fiquei com a senhora Weasley.Ela é uma mulher encantadora. E sofre muito pelo Fred. - Disse a amiga, indo na direção do banheiro. 

- Todos sentimos muito. Harry está...longe.

- Hele, as vezes ele está adorável, e parece que quando ele lembra...bom...aí ele sofre. Acho que ele se culpa sabe? 

- Não deveria. - Disse fitando a amiga, que tirava a roupa, se trocando. 

- Sim...mas a mente das pessoas funciona de forma diferente. 

-Bom, vou deixar você aí amiga. Vou pedir para Dedie vir aqui trazer roupas limpas. - Fechou a porta e desceu as escadas. Pediu a Dedie que levasse roupas para todos os aposentos, e foi a sala. Harry estava sozinho, sentado, fitando a lareira.-Onde está Mione e Rony? - Indagou. 

- Foram lá para fora. Rony queria ver cavalos. - Sentou ao seu lado. 

- São adoráveis. Podemos andar amanhã neles. - Sugeriu despreocupada.

- Seria ótimo. Luna iria gostar. - Ele riu, um sorriso frio e distante. 

- Sim...Harry...sei que nunca conversamos muito...mas sinto muito por Gina. - Ele lhe fitou por alguns segundos, voltando sua atenção a sua cerveja. 

- Isso? A não...isso é nada.Ela só está preocupada sabe?Bom...ela não aprova que eu queira virar auror.

- Own.Compreendo.Mas Voldemort se foi.

- Seus seguidores não. - Frio e distante ele falou. 

- Sempre haverá seguidores das trevas. Ela teme por você. 

- Ela teme pois eu me sinto culpado entende? Ela acha que faço por culpa. 

- E não seria? - Perguntou sincera. 

- Snape me manteve a salvo por culpa. E olha para ele . Não se livrou dela.-A simples menção do nome dele fez sua face corar. Desde que Nagini atacou Snape, todos sabiam do motivo.A quem, afinal, era a lealdade de Snape. Aquilo era desconfortável para ela, saber que ele, amou tanto assim a alguém, a ponto de largar tudo, apenas para viver em função de seu filho. Era engraçado ver como Snape era e ainda é motivo para Harry se dedicar. Lembrava do quanto ele tentava se superar apenas para irritar Snape, e mostrar que não era apenas um "menino celebridade".

- Acho que ele não fez só por culpa Harry. Havia amor também. 

-Ha! Tanto faz. Só queria...queria poder me sentir bem, mas quando estou feliz me sinto mal. Sabe? Me sinto mal por estar feliz. 

-Te entendo. Evitei tanto vir aqui, e quando finalmente vim, me senti bem . Até feliz. E me senti culpada por isso...mas pense Harry...aqueles que se foram, que se sacrificaram por nós...bom...eles querem que vivemos felizes. Que consigamos desfrutar do que eles nos deram. Acho que seria um insulto a memória deles, se não formos felizes. Ao menos, devemos tentar. - Harry parecia prestar atenção em cada coisa dita. Tocava no rádio uma música melódica, um pouco mais dançante. Ele se ergueu, estendeu a mão e disse:

- Dança comigo? Adoro essa música. -Ele riu, e ela pegou a mão dele, e deslizaram pela sala, um pé pra cá, outro para lá, rodopiava, e tamborilava pelo aposento, até que Hermione e Rony entraram aos risos, interrompendo a dança. Ficou corada como sempre por causa do olhar de Rony. Riram juntos por um bom tempo. 

-Harry e péssimo dançarino Hele. Deveria ir dançar com outro, até um trasgo dança melhor! . -E ele ria. Todos riam. Foi se deitar, todos foram, era tarde, passava das 2 da manhã. Entrou no seu quarto, a varanda estava aberta, e a cortina dançava ao sabor do vento, uma brisa fria e agradável entrava, e cheiro da mata lá fora inundava seu quarto. Foi até a varanda para fechar a porta, quando um vulto, saiu de lá, parando em sua frente. Era Snape. Suas feições estavam pesadas, indicando sua raiva.

- Professor!-Exclamou, assustada. 

- Disse que não era amiga de Potter. - Disse entre dentes. - Não era o que parecia senhorita. 

- Hã? Estava...estava me espiando?-Disse com raiva. 

- Não mude de assunto. 

-Não! Você estava! Me responde! - Ele a olhou, depois para o chão, depois para ela.

- Eu vi ele dançar com você! Voltei para pegar minha capa, e vi!-Cada palavra dele era pausada e com desprezo. - Disse que não era amiga dele, justo Potter! Arrogante, prepotente, se acha um herói!-Movida pela raiva disse :

- Estava me espiando! Sabia que não tinha como pegar sua capa! Isso é horrível! E daí que eu dançava? 

- Estava com Potter! Metido e...-Então percebeu que o problema dele não era que ela estava dançando, e sim por ser Harry. E então interrompeu. 

- Ele não é James! - Nesse instante, ele a olhou, ia falar algo, mas viu que ele desistiu, virou e aparatou em sua varanda, deixando ela sozinha, vazia e triste. Os traumas vividos eram mais profundos que ela imaginava. Isso não iria acabar assim, tão fácil, os fantasmas de Severo insistiam em permanecer, e pensou o quanto sairia machucada por tentar afastar esses fantasmas.