História Amor Paralelo - Inverno, sentimentos congelados - O Plano Perfeito

...

Ele entrou no quarto primeiro e vasculhou o espaço com cautela. Saiu na varanda e olhou ao redor, mas não acho na de suspeito.

- O que você está procurando?  Perguntou o Plagg saindo do seu bolso.

- Plagg! Você me assustou – disse o Adrien colocando a mão no peito – Você não pode ficar saindo assim.

- Ah, mas aqui não tem ninguém – disse ele emburrado cruzando os braços – E eu estou com fome! Quero queijo!

- Xiiii ... não fale assim tão alto – disse o Adrien cochichando – e eu não tenho queijo aqui, só na minha bolsa no quarto.

- E o que nós estamos esperando?

- Espere só mais um pouco que já vamos descer, eu só vou...

- Uhm... não precisa me dizer mais nada! – Disse o Plagg o interrompendo – eu sabia que você não ia se contentar só o uma olhada...

- M-Mas do que você está falando – disse o interrompendo e ficando com vergonha – Não é nada disso! Não tem nada haver.

- Que seja, mas eu já sei onde isso vai parar – disse ele se afastando – eu sei que isso não será rápido.

- Mas pra onde você vai?

- Eu vou ao encontro do meu precioso...

- Ei! Eu já disse que não vou demorar muito!

- Então, até daqui a pouco agente se encontra! Disse o Plagg sumindo no chão.

...esse Plagg, o que ele acha que eu iria fazer? Talvez ele ache que eu sou algum tipo de pervertido... é ... eu vou ter que mudar isso...

- Marinette! Chamou ele de dentro do quarto.

- Oi, respondeu ela já entrando, pensando em ter acontecido algo.

- Aqui não tem ninguém. – Disse ele saindo da varanda. – Nem a Alya.

- Mas pra onde será que ela foi? – Questionou ela colocando as coisas em cima da cama – ela estava aqui, não tem nem 5 minutos.

Antes que ela terminasse de falar a porta encostou.

- Ah! Exclamou os dois ao mesmo tempo.

- Deve ter sido o vento – disse ele já meio envergonhado – como não tem nada suspeito eu já vou indo, o Nino já deve ter chegado e talvez a Alya esteja lá em baixo com ele.

- Pode ser – disse ela pensativa – talvez nos desencontramos, enquanto subimos de elevador ela deve ter ido pela escada.

- Então, boa noite! Disse indo na direção da porta.

- Um instante! – Disse ela passando rapidamente por ele – Deixa que eu abro!

- Uhm! Obrigado

- ... Ué... Uhm... Eeerrrggg... Hehehe... eu não consigo abrir a porta – disse ela forçando a maçaneta – está TRANCADA!

- O que?!

....N Ã O! Não, não, não! ...  Pensou ela se desesperando ... presa, em um quarto, com o Adrien! Eu não vou aguentar...

- Deixa me ver – disse ele mexendo na maçaneta – Huumm... essas fechaduras de cartão são bem complicadas, mas ela só ativou a trava de segurança, é só passar o cartão que ela abre. Concluiu ele virando para ela e estendendo a mão.

- Uhm! O que foi? Perguntou ela envergonhada sem entender.

- Ah! ... o seu cartão, eu preciso dele para abrir a porta.

- Aaahhh! Sim eu pensei que... – ia resmungando ela toda desajeitada enquanto procurava o cartão - ... Hehehe... o cartão? Disse ela desanimando...

- Uhm! O que houve Marinette?

- ... é que, eu acabei de me lembrar que eu não estou com o cartão, está com a Alya!  Respondeu ela abaixando a cabeça.

... Não! Será destino?... Pensou ele abaixando a mão e ficando com o olhar distante ... que ironia do destino, praticamente passei o dia todo evitando ela, e agora estou aqui preso em um quarto com ela, não, não, não, não! Que besteira isso só é uma coincidência! Ou o Plagg está por trás disso? Não, não foi ele, é uma coincidência ... Ainda tem outras saídas...

- Não se preocupe, não é nada demais, eu vou ligar para o Nino e... – Disse ele se apalpando procurando o celular – ...Ai não! Eu deixei no quarto carregando.

-  Isso! Eu ainda estou com o meu celular! Disse ela pegando na bolsa.

- Então vamos usá-lo.

... até que não foi tão ruim assim... pensou ele a observando enquanto ligava.

...

- Só cai na caixa postal e a minha bateria está com 4% preciso colocar ele para recarregar – disse ela abrindo a mala procurando o carregador – mas onde será que eu coloquei? ... eu jurava ter colocado aqui na minha mala.

- Tudo bem Marinette, não se preocupe no final tudo dá certo. A não ser que a minha presença seja um estorvo?

- N-N-Não! Pelo contrário, digo, não! Eu não ligo, sim eu me importo, quero dizer, ai que coisa – ia se enrolando e ficando cada vez mais vermelha de vergonha – Deixa pra lá.

...Nossa como ela ficou nervosa, talvez eu seja mesmo um estorvo, e ela está sendo gentil... ia pensando ele enquanto ela se justificava ...ela não queria a minha ajuda, está tentando de tudo para abrir a porta e agora essa reação... é ... o que será que eu tenho que as garotas me detestam... Bom a Chloé é uma exceção...

...Idiota, idiota, idiota! Assim ele vai pensar que você é uma loca... ia pensando ela enquanto se encolhia de vergonha.

- Quem deve estar sendo um estorvo sou eu... disse ela timidamente.

- Uhm!

- É tudo culpa minha... se eu não fosse tão desastrada isso não estaria acontecendo.

- Que isso Marinette, não pense assim, eu me ofereci para vir desde o início, e não se preocupe, alguma hora a Alya vai ter que vir para o quarto.

...

Em quanto isso...

- Os coelhos estão na toca! Repetindo, os coelhos estão na toca! Disse a Alya cochichando atrás do vaso de plantas no corredor.

- Mas porque você está falando desse jeito? Perguntou o Nino estranhando.

- Você não está vendo que estou falando em códigos!

- E precisa disso tudo, eles já estão trancados.

- Eeerrrggg... você tem razão, o que importa é que o nosso plano deu certo! ...

- Foi mesmo, mas e agora?

- Agora seguimos o plano, deixamos eles lá um pouco e depois abrimos.

- Você que manda.

- E pra passar o tempo, vamos descer e ficar no seu quarto.

- Agora sim... está falando a minha língua.

...

- Por que você não me atende – disse Marinette andando de um lado para o outro, repetindo a ligação – qual é...

- Talvez o celular dela deve estar descarregado.

- É, mas agora o que descarregou foi o meu – Disse ela guardando o celular – o jeito é esperar.

- Não!

-Uhm!

- Ainda temos mais uma opção – Disse ele bem centrado – Por que você não liga na recepção?

- É verdade como não pensei nisso antes – disse ela já pegando o interfone para ligar – Uh! ... que estranho... Esta mudo.

- Mudo? Mas como? Essa linha é interna do prédio, não precisa de crédito e muito menos carga – disse ele se aproximando e verificando – Mas é claro que ele está mudo, está sem fio.

- Não tem jeito mesmo – Disse Marinette sentando na cama desanimada – agora vamos ter que esperar.

- ... a não ser que, eu pule pela varanda – disse ele se dirigindo para lá – não deve ser muito alto.

- Não! – disse ela se levantando e indo atrás dele – É perigoso, você não precisa fazer isso, é como você mesmo disse, a Alya daqui a pouco está de volta e...

- Não se preocupe – disse ele a interrompendo – eu estou acostumado a pul..,  quero dizer, é, afazer esse tipo de exercício... Hehehe.... essa foi por pouco... – veja, não vai ser tão difícil assim – Disse ele colocando o pé no parapeito – agora é só eu descer

Antes que ele terminasse de falar o seu pé escorregou para o lado de fora, o fazendo ficar dependurado só com as duas mãos.

- N Ã O! Gritou a Marinette se debruçando no parapeito para tentar puxa-lo de volta.

...droga! Eu pensei que fosse fácil fazer isso sendo eu mesmo... pensou ele enquanto tentava subir

Depois de muito esforço ela conseguiu puxar ele de volta, no impulso da adrenalina ela acabou puxando com tanta força que os dois acabaram caindo no chão.

- Você está ficando louco! Disse ela o abraçando ofegante quase chorando.

- Obrigado! Obrigado! Ia dizendo ele ofegante enquanto ela falava.

- Não faça mais isso! – Disse ela ainda assustada com a situação – e se você tivesse caído? E se você tivesse morrido? eu, eu, eu...

- Ei, ei, ei, ei... me desculpe, agora eu estou bem – disse ele tentando acalma-la – eu não farei mais eu prometo.

Quando ele terminou de falar os dois se deram conta de como estavam.

...ele está ditado em cima de mim? Muito perto, muito perto... Pensou ela o soltando e ficando extremamente envergonhada.

... ela estava me abraçando? Eu estou em cima dela, mas que sensação é essa? Pensou ele ainda assustado.

- ... muito perto, muito perto, muito perto... disse ela rapidamente e o empurrando e se afastando de vergonha.

- Me desculpe eu não, não foi minha intenção – disse ele meio enrolado de vergonha – me desculpa.

... O que eu fiz, verdadeiramente eu não me entendo... Pensou ela vendo a reação dele.

- Não! Eu que peço desculpas – disse ela se levantando ainda com vergonha – bom é melhor entrarmos, já está tarde.

- Você tem razão!

... com toda essa confusão me fez lembra da sensação de ontem... Pensou ele se levantando e olhando para a janela do banheiro... essa noite promete...

...