História Amor perigoso 2 temporada - Tres anos depois

tulo 2 - Three Years Later
Part 1

MILENA POV

Três anos já haviam se passado. José iria pra cadeira elétrica daqui algumas horas, e pensar nisso deixava meu coração praticamente na boca.

Havíamos conseguido um pequeno mapa do presídio, Pedro, Igor, Chris e Dennis, me ajudaram a montar um plano para conseguir tirar José há tempo de lá. Seria apenas uma chance, e contava com a ajuda de Steven para isso também.

Durante todo esses anos, Leonardo havia me ajudado a cuidar de todo o império, e me tratava como uma "filha" também. Poliana, não conseguia acreditar que seu filho havia sido pego pela policia depois de anos fugindo do FBI e tudo mais.

Os dois não sabiam do plano, até porque, provavelmente iriam nos impedir de fazer isso. Caso isso der errado e José acabe... Morrendo, minha vida com toda certeza não teria mais sentido.

Estávamos terminando de nos arrumar para ir até o presídio. Roupa escura, touca tapando o rosto, arma com silenciado e um ponto na orelha, tudo a mando de Igor, que queria que estivéssemos seguro em caso de alguma câmera. O que eu acho difícil de existir lá dentro.

-Ok, então o Chris instala a bomba no outro pavilhão e quando os policias que estão supervisionando o José, saírem de perto a Milena entra em ação.  -Igor repetia o plano, enquanto conferíamos as armas-  O Pedro e o Dennis ficam do lado de fora, cuidando caso algum policial apareça antes da hora.

Assentimos e fizemos um comprimento antes de nos dirigir até o carro. Cada um foi com um carro diferente, menos Dennis que foi com Chris. Assim que liguei o carro, senti todo meu sangue gelar e minha respiração falhar um pouco. Era apenas uma oportunidade, e não teríamos outra chance. Agora estava naquele lema "vida ou morte", e não queria que a segunda "opção" acontecesse bem em minha frente.

-Bora Milena! -Ouvi a voz de Pedro no ponto- Tá vegetando ai?

-Já to indo caramba! -Revirei os olhos e acelerei o carro.

Consegui ultrapassar o carro de Chris e Pedro, e ouvi os dois me xingarem. Dei risada e continuei o caminho na frente, parando apenas a uma quadra do presídio.

Descemos do carro depois de colocarmos o capuz e fomos em direção a uma arvore, escalamos e pulamos o muro. Por incrível que pareça, não havia policiais por ali provavelmente estavam no corredor dos pavilhões.

Chris foi em direção ao pavilhão 2A e instalou a bomba enquanto Dennis ficava de vigia ao seu lado. Corri em direção ao pavilhão que José estava, sendo seguida por Pedro que ficou em frente ao imenso portão que tinha ali, destravei a arma antes de ir procurando a cela em que ele estava.

-Ei, você ai! -Ouvi um homem falar atrás de mim.

Olhei rapidamente para trás e encontrei dois policias. Assim que viram que eu estava com uma arma, tentaram tirar a sua de cinta da sua calça, mas eu fui mais rápida e acertei dois tiros em suas cabeças.

Respirei fundo e comecei a correr a procura da cela, mas depois que me toquei. José não estaria ali, deveria estar no segundo andar.

Bufei alto e voltei a correr em direção a uma escada no fim do corredor. Não havia nenhum policial ali, deveriam estar todos querendo ver a morte do criminoso que procuraram por anos.

E estava certa.

No corredor, haviam uns quinze policiais olhando para uma janela de vidro e sorrindo debochados. José já deveria estar lá dentro.

Entrei dentro de uma sala, a única que estava com a porta aberta e sem ninguém, sem fazer barulho.

-Chris, pode explodir. -Murmurei próximo ao microfone em minha roupa.

-Ok...

Depois de alguns segundos, ouvi a bomba explodindo e os policiais que estavam no corredor, correram pra fora dali ficando apenas dois. Respirei fundo e me aproximei do vidro que tinha ali.

Os policiais estavam prendendo José, que estava de cabeça baixa, na cadeira e pareciam se divertir com isso, falando algumas coisas que faziam José fechar as mãos em punhos e tentar se soltar dali. Quando terminaram de o amarrar, um dos policiais foi em direção a uma alavanca. Aquela era minha chance.

Abri a porta, sem fazer barulho e acertei um tiro na cabeça do tal policial, e antes que o outro pudesse fazer alguma coisa, atirei bem em seu peito. Assim que tive a certeza que os dois estavam mortos, me aproximei de José, que continuava de cabeça baixa, e ri abafado.

-Morreu ai? -Perguntei sorrindo de lado, e só agora ele foi me encarar, confuso.

Tirei o capuz do rosto, e José sorriu tentando se levantar.

-O que você tá fazendo aqui? -Comecei a desamarrar suas mãos, e pude perceber o quanto estavam apertadas já que seus pulsos firam vermelhos.

-Salvando você. -O ajudei a levantar assim que terminei de tirar as cordas.

José sorriu de lado mas seu sorriso não durou muito. Assim que começamos a ouvir vozes se aproximando aonde estávamos, nos encaramos e começamos a correr pra fora dali. Por sorte, não encontramos nenhum policial pelo caminho mas os prisioneiro começaram a gritar assim que nos viram correndo pelos corredores das celas.

-AÊ GOSTOSA, NÃO QUER VIR AQUI, FODER GOSTOSO? -Um idiota gritou.

Meu plano era ignoram e continuar correndo mas José parou, tirou a arma da minha mão e acertou bem na testa dele.

-Filho da puta... -Murmurou antes de voltar a correr ao meu lado.

-Pra que fazer isso? -Perguntei confusa e José bufou de raiva.

-Aquele merda queria foder com você! Ninguém pode falar contigo daquele jeito!

-A não ser você, não é? -Perguntei debochada e José riu irônico.

Continuamos correndo, desta vez em silencio, e assim que passamos pelos imensos portões, procurei pelos outros garotos e saímos todos correndo. Assim que pulamos os muros, um sinal auto tocou provavelmente anunciando a fuga de um presidiário

José riu debochado e negou. Não havíamos tempo de conversar, corremos diretos para os carros.

-Aê, Mih! -Ouvi a voz de Pedro no ponto e sorri de lado, enquanto já acelerava o carro- Bom trabalho!

-Valeu tio! Nos vemos algum dia, por ai!

-Falou...  -Tirei o ponto da minha orelha e joguei no banco de trás.

Olhei de canto para José e percebi que ele olhava fixamente para mim. Fingi não ter visto e continuei olhando a estrada em minha frente, logo já conseguia ouvir o barulho das sirenes dos carros da policia nos seguindo. Ainda sentia meu coração se apertando, mesmo estando ao seu lado, acho que só iria me acalmar quando finalmente chegarmos no nosso destino.

-No que você tanto pensa ai?  -Perguntei sorrindo de lado.

-Sei lá... To pensando no que fazer, no que aconteceu... Em nós.  -Deu de ombros e senti meu sangue gelar.

-Em nós? -Assentiu e se ajeitou no banco.

-Esses anos me fez perceber uma coisa...  -Encarou a janela por alguns segundos e respirou fundo antes de voltar a me olhar- Eu já não consigo viver sem você Mih, eu não consigo me imaginar sem você.

-Mas, José isso é...

-Errado. -Completou, me interrompendo-  Mas... Foda-se, Milena! Eu já disse que não me importo, eu só quero... Ficar com você sem ter que me importar com o que as pessoas iram pensar! Sei que isso é difícil, mas eu não me importo e já disse pra você fazer o mesmo!

Mordi o lábio inferior e respirei fundo. O som dos carros da policia já se distanciavam e apenas o silencio permanecia ali. Não havia medo apenas pelo que Poliana e Leonardo poderiam fazer mas também por ter a quase certeza de que eles iriam nos separam, já que deveriam ser os únicos que não sabiam sobre isso.

-Mih... -José sussurrou- Você quer desistir?  -Neguei e apertei o volante com força-  Se quiser... Desistimos agora, e voltamos a ser o que éramos antes e...

-Não! -O interrompi- Eu não quero desistir...

José sorriu fraco e o resto do caminho fomos em silencio. Uma parte do plano havia sido feita, a outra era fugir de Atlanta... Fugir até a poeira abaixar, não poderíamos continuar aqui agora.

[...]

-LONDRES? -José gritou assim que lhe contei para onde iríamos- Porra Milena, e meus negócios?

-O Leonardo vai cuidar. -Dei de ombros.

-Não! Eu não vou sair daqui, to pouco me fodendo pra policia e pra merda do FBI! -José começou a aumentar o tom de voz, e algumas veias em seu pescoço já começavam a saltar, mostrando a raiva que estava sentido-  Eu não vou deixar todo meu império na mão do meu pai!

-Vai ser apenas por alguns meses!

-NÃO CARALHO! EU JÁ DISSE QUE NÃO! Que merda!  -Começou a andar em direção ao carro rapidamente.

Respirei fundo e fui até o carro, como José havia entrado no banco do motorista, tive que ficar ao seu lado. Sabia que não tinha jeito de o convencer a ficar fora por alguns meses e preferia nem tocar no assunto novamente, não queria acabar discutido com ele agora, depois de tanto tempo longe.

-Só... Não deixa o Leonardo e a Poliana saberem que você fugiu.  -Murmurei encarando a janela ao meu lado e senti José colocar uma mão e minha coxa.

-Obrigado. -Dei de ombros- É serio, eu pensei que aquele seria meu fim!

Ri abafado e neguei.

-Porque não te mataram antes?

José respirou fundo e apertou minha coxa levemente, antes...