História Amor Perigoso - A Morte...

Amor Perigoso – Capítulo 13

                         A Morte

Meghan segurou Marinette pelo pescoço, quando de repente, um barulho muito alto de tiro, veio aos ouvidos de todos. E então, Meghan caiu no chão, soltando Marinette. Jack havia atirado no ombro de Meghan, ainda deitado no chão. Marinette olhou para ele, e correu até lá.

- Jack... – Disse ela. - Por favor, fique comigo... – Disse Marinette. Ela sabia que não poderia dizer a palavra “pai” ali. Mackenzie, Alya, Vinícius e Harry continuaram com o tiroteio. Infelizmente, Meghan não havia morrido.

Jack não atirou em Meghan para matá-la, só para impedi-la. Mas Meghan fez o completo contrário com ele, ela o esfaqueou, com a intenção de que o matasse. Elliot jogou uma bomba de gás ali, todos que estariam ali morreriam se continuassem ali. Kenzie correu até Marinette e a avisou sobre a bomba.

- Marinette, temos que correr. – Disse Mackenzie, ajeitando Jack para levá-lo de volta.

- Vamos... – Disse Marinette, ajudando.

- Vão sem mim... – Disse ele, sentindo a dor da facada.

- O quê?! – Perguntou Marinette, olhando para ele.

- Eu só irei atrasar vocês, saiam daqui rápido. – Disse ele. Marinette começou a chorar.

- Não, nós não iremos sem te levar. – Disse Marinette, chorando.

- Vão... Mackenzie, leve ela. – Disse Jack, percebendo que Marinette não cederia tão rápido.

- Não! – Disse Marinette, abraçando seu pai, pela possível última vez.

- Todos são substituíveis. – Disse Jack, abraçando Marinette. Essa frase só a fez chorar mais.

- V-Você não é... – Disse ela.

- Marinette, vamos... – Disse Mackenzie. – Foi muito bom trabalhar com você, Jack. – Disse Mackenzie, sentindo uma lágrima escorrer de seus olhos.

- Marinette será a nova chefe. – Disse ele, separando o abraço dela.

- NÃO! ME DEIXE AQUI! EU NÃO QUERO IR! – Marinette começou a se debater e chorar mais.

- Adeus, filha... – Disse ele, Mackenzie trazia Marinette com muito custo.

(Marinette)

Meu mundo se partiu, despedaçou e se destruiu. Ele era o único que eu tinha de família, o único. Eu já não conseguia enxergar, com tantas lágrimas em meus olhos. Tentei o máximo que pude, para tentar voltar para lá, mas Mackenzie me segurava forte demais. Não pude voltar. Não sabia como meu futuro seria... Não sabia de nada... Mas eu sabia... Sabia com toda a certeza... Que aquela mulher loira... Iria morrer, em minhas mãos, nas de mais ninguém, somente por minha causa. Porque eu sei que ela saiu dali, eu vi... Eu vi Carter a tirar dali, eu vi tudo... Ela estava menos ferida que meu pai... Mas mesmo assim... O futuro dela não vai ser tão grande quanto ela espera.

Nem que eu tenha que morrer para matá-la, eu vou matar aquela mulher, não importa o que eu vá perder... Isso é uma promessa.

(Adrian)

Elliot jogou uma bomba de gás no armazém, e todos da minha equipe já estavam do lado de fora, incluindo Meghan. Eu saí do armazém, e os encontrei do lado de fora.

- Por que jogou a bomba de gás? – Perguntei, fechando a porta traseira do armazém, para o gás não sair dali.

- Porque Jack foi esfaqueado, e ele não é fácil de carregar, então... Tem uma chance dele morrer ali. – Disse Elliot.

- Ok... – Disse, depois de um minuto, ouvimos os bips da bomba de gás, quatro bis, três bips, dois, um... E um barulho da explosão de gás. Esperamos alguns minutos, até o gás se desfazer ali, e entramos novamente dentro do armazém.

(Marinette)

Não sei nem como, só sei que eu já estava em casa, deitada na minha cama, chorando e me lamentando pela perda... Uma das perdas mais dolorosas pelas quais eu já precisei passar... Meu pai... Só quem passou por isso entende... Entende como é estranho, e triste dizer “meu pai morreu”... Não é a mesma coisa que perder outras pessoas a sua volta...

Não quis fazer nada pelo resto do dia, nem iria me encontrar com Chat Noir no restaurante, obviamente. Fiquei trancada em meu quarto, sentada no chão do quarto, abraçando as pernas, pensando em meu pai, e minha infância toda... Me lembro do dia que eu fui deixada na rua... Foi um dia tão triste que eu nunca mais consegui esquecer. Eu tinha a família perfeita... Um dia... Minha mãe, com cabelos azuis como os meus, só não consigo me lembrar de seu nome, nem mesmo de como seu rosto era... Nesse dia, ela me colocou uma caminha dentro de uma caixa, e me deixou num beco estranho...

Não me lembro quanto tempo passei ali, óbvio... Era uma pequena criança de quatro anos. Quando Jack apareceu. Ele me viu chorando e veio até mim. Expliquei para ele o que aconteceu... Apesar dele não ter conseguido entender direito, já que eu chorava tanto, e não sabia falar com muita dicção ainda.

Ele me levou para a casa dele, cuidou de mim, me levou para a escola, me colocou para dormir... Quando fiz cinco anos, eu expliquei para ele melhor, como aconteceu, e ele anotou tudo num diário, falando que sabia que seria triste, mas seria melhor anotar, para eu não esquecer. Realmente foi melhor ter anotado.

Quando eu fiz seis anos de idade, eu já não me lembrava mais... Eu li novamente o diário, e me lembrei das cenas... Foi exatamente naquele dia, que Meghan apareceu... Naquele dia... Em que Jack anunciou que os dois estavam namorando... Fiquei feliz pelo meu pai, eu não conhecia a mulher... Não sabia do que ela era capaz de fazer.

Quando fiz sete anos, Jack me levou para ajudá-lo a escolher o anel de casamento... A aliança que trouxe problemas para minha vida... Enfim... Eu me lembro que assim que ele me apresentou para ela... Ela não gostou de mim... Ela era malvada comigo... Meghan nunca conseguiu me bater pra valer, porque Jack sempre estava de olho em mim... Sempre... Ela odiava falar comigo, olhar para mim, odiava tudo em mim. E aí aconteceu que ela me vendeu para uma gangue de bandidos, que ainda bem não fizeram nada comigo, porque Jack apareceu logo depois. E me levou para casa. Eu me lembro de estar no meu quarto, chorando que nem um bebê chorão, ouvindo os dois brigarem... Até que eu escuto a porta do apartamento bater com força... E esse foi o fim do noivado deles...

Eu já tinha treze, treze aninhos de idade. Sabia muito bem com o que Jack trabalhava, e me sentia a melhor... Mas ele nunca quis que eu fosse uma espiã... Nunca mesmo... Em um dia normal, eu estava indo para uma festa de aniversário do meu colega. Jack não confiou nesse “colega”, e ficou me vigiando a festa inteira, com os apetrechos de espionagem... Minha vida foi corrida, estranha, triste...

Conheci três garotos em toda minha vida, pelos quais havia me apaixonado... O primeiro foi um garoto chamado Nathaniel, agora eu não sei o que ele faz da vida, mas enfim... Isso foi no fundamental 2, quando eu estava no nono ano. O segundo, foi por Harry, nós também namoramos, mas depois terminamos pacificamente, ele já gostava de outra, e eu também. E o último foi Vinícius, que a história vocês já sabem mais ou menos... Mas enfim...

Não quero que aquele gato preto se apaixone por mim... Fiz coisas pelas quais me arrependo muito... Mas não quero o encontrar mais, não quero o ver mais... Não quero ver ninguém agora...