História Amor Platônico. - A single chance, please ..

Talvez tenha sido o seu olhar inocente e puro, que não via maldade nas pessoas, ou foi seu contagioso sorriso? NÃO! Acho que foi o seu jeito meigo que me conquistou. Ou foi aquelas mordidinhas nos lábios que me excitavam tanto? Era isso que Jung Hoseok fazia comigo, você. Ele era uma mistura de desejos proibidos até os desejos mais puros. Será que é a minha chance?

            Lembro-me de quando nos conhecemos. Era um dia de chuva. Estava tudo tão acinzentado e triste. Mas aquele menino que usava uma capa de chuva verde escuro, com cabelos sob o rosto molhado, ainda sim tinha um sorriso em seus singelos lábios. Essa seria a minha chance?

Meu coração sempre foi tão frio, como uma... pedra de gelo. Era como se eu estivesse morto por todo esse tempo. Era como se meu coração não pulsasse. Mas de repente ele começou a palpitar de novo, como se pela primeira vez fizesse todo sentido. Será que é a minha chance?

           Os dias passaram voando. E tudo estava sendo tão estranho, entende? Estava tudo tão rápido. Eu lhe observava de longe todo esse tempo, e sabe o que eu percebi, Hobi? Percebi que você ama a cor verde, que seu número favorito é 7 e que você adora animais, especialmente pequenos cachorros. Eu acho que já é minha chance, não?

Em um piscar de olhos eu percebi aos poucos que estava à me apaixonar por você, Hoseok. E esse amor estava difícil de esconder. Então, um dia, um garoto qualquer de cabelos pintado, um moleque patético, um estranho, um covarde, teve forças para confessar. E eu pela primeira vez abri a boca pra falar algo que preste, mas você riu e disse: “Hyung, você é tão engraçado!” Eu ri junto, mas eu queria estar chorando. Eu não estava brincando, Hoseok... Eu acho que deveria ter outra chance, você não acha?

Com o tempo as pessoas puderam ver o quão maravilhoso você era, e advinha! Taehyung percebeu e quanto precisava de ti. Me partiu o coração ao ouvir que depois de três meses de amizade vocês estavam namorando. A gente se conhece bem mais de três meses, Hobi... E depois ao ouvir pessoalmente que desejavam adotar filhos atrás da quadra de basquete. Se eu fosse dramático diria que ouvi um “clap” do meu coração se partir, porém eu tenho certeza que ele estava a quebrar. Será que você poderia me dar mais uma chance?

Bem, se passaram algumas semanas, e logo vieram meses. Eu continuava a te olhar de longe, todavia, que tinha algo a menos. Você não sorria, pequeno Hobi, e mal se alimentava, sua pele tinha perdido aquele cor morena e seu olhar só andava perdido, assim como você. Isso passou a me assustar. Estava tão magro e suas olheiras estavam mais marcadas do que ao normal. Parecia que o moreno havia chorado por um bom tempo. Descobri que Taehy havia te traído depois de um tempo. Mais enfim eu teria a minha chance?!

Era um dia qualquer. Eu cheguei na escola e fui direto a minha sala. Ela estava completamente vazia, a não ser um menino de cabelos marrons chorando. Eu me sento do lado dele e pergunto o porquê dele estar chorando. “Eu fui rejeitado” foram essas as palavras que sairá de sua boca. Isso me machucou ao extremo, vê-lo desse jeito. Será minha chance?

“Eu gosto de você!” Eu exclamo por impulso, mas logo após coloco minhas mãos na boca. Ele sorri gentil e diz: “Você não precisa tentar fazer me sentir melhor.” Ele passa a mão sobre o meu cabelo, os bagunçando e diz: “Hyung, você é tão engraçado...” e logo após dessas palavras, ouço atrás de mim uma batida na porta. Seguro minhas lagrimas ao máximo. Mais por que? Por que eu estava segurando? Não há ninguém nessa sala além de mim.

Eu poderia ser um idiota, babaca, um antissocial de primeira, um covarde e um estranho. Mas sabe o que também sou além destas coisas? Um bobo apaixonado. Um bobo porque não fui correspondido e um apaixonado porque o "amor" me dominou. Enfim, era uma vez um menino que se apaixonou platonicamente por outro menino. Mas não é porque a palavra "amor platônico" e considerado impossível que vou desistir de você. Nosso amor não é impossível, ele apenas não foi possível, até agora. Talvez um dia esse "platônico" possa passar a ser "incondicional"

Talvez eu ainda tenha que esperar até que seja minha chance, não é?