História Amor Por Acaso - Capítulo 1

Camille

Já passava das três da tarde e estava terminando de renderizar meu vídeo para o canal. Mais tarde eu e umas amigas iríamos para uma boate comemorar alguma coisa que não me lembro e eu vou comemorar a dieta bem sucedida. Abri minha conta e comecei a responder alguns fãs, não que eu seja famosa, longe disso, mas algumas pessoas sentem carinho por mim e sou grata por isso. Jamais pensei chegar aonde cheguei e ver meu canal crescer parece um sonho. Respondi o máximo que pude e vi que meu vídeo tinha terminado o enviei e me ajeitei no sofá, senti meus olhos pesarem e adormeci.

[...]

Acordei com o toque do meu celular.

- Estava tendo um sonho tão bom. — resmunguei.

Peguei meu celular e atendi sem olhar.

- Alô? — perguntei sonolenta.

- Cami? — ouvi a voz da Naty e murmurei "HM?" concordando. - Chego ai em meia hora, vai estar se arrumando? — olhei à hora e já eram nove da noite, nem acredito que apaguei totalmente.

- Vou, vou. — me sentei no sofá e me recostei.

- Só quero ver. Você enrola muito. — ela reclamou e virei os olhos, só por que me atrasei uma ou sete vezes já fica enchendo o meu saco. - Não vira os olhos Camille.

- Tá senhora, agora posso me arrumar? — me levantei e fui ao quarto abri meu guarda roupa e peguei algo bonito.

- Tá bom. Beijo. — olhei a hora de novo para me cronometrar.

- Beijo. — me despedi e desliguei.

Resolvi pegar um vestido e um salto, espero não ficar com dor nos pés no meio da noite.

Entrei no banheiro e me despi, olhei meu reflexo e sorri satisfeita, todo esforço e trabalho duro que fiz para alcançar o corpo que queria tinha válido a pena.

Entrei no box e tomei meu banho sem me demorar, um banho bem tomado claro.

Comecei a me arrumar e a campainha tocou me enrolei na toalha e fui até a porta do meu quarto abri a mesma e espiei.

- Ela esta no quarto. — ouvi a voz da minha mãe e uns passos na escada, fechei minha porta e esperei.

Toc toc. — A pessoa bateu na porta e abri a mesma.

- Ainda ta assim? — olhei minha irmã e fiz cara de tédio.

- Só falta o vestido. Já fiz tudo. Onde estava? Esqueceu as chaves de novo? — fui para a penteadeira.

- Sei. Estava em casa ué. Queria que pensasse que fosse outra pessoa.— ouvi a porta se fechar e seus passos atrás de mim.

- Palhaça. — reclamei e ela riu.

Coloquei o vestido e passei perfume. Arrumei minha bolsa com meus documentos e o cartão.

- Pronto, me arrumei antes da chatonaty chegar. — me sentei na cama e relaxei.

- Milagre. — ela disse e riu.

- Besta. — olhei meu celular para ver se tinha alguma mensagem nova e nada.

- Cami vai pegar alguém hoje né? — olhei minha irmã e mantive a expressão serena.

-Talvez Bea. Não sei se estou afim disso. — suspirei.

- Você já esta velha, precisa de um marido. — virei os olhos e encarei o teto.

- Não quero me envolver com ninguém no momento, só quero curtir. Já parou para pensar que talvez eu não queira um marido? Que eu queira ficar só e curtir a vida? Que eu seja feliz assim? — acabei desabafando. Sei que tem tempo que não me relaciono com ninguém, mas a sociedade acha que se você é mulher você tem que ter um relacionamento, casar, ter filhos.

- Sério? — ela perguntou cheia de dúvida.

- Sim Bea. — me levantei. - Vamos para sala a Naty já deve estar chegando. — sai do quarto com ela.

Ding Dong — a campainha tocou e abri a porta.

- O brilho chegou. — Naty falou toda apresentada.

- Mesmo? Mas está tão apagado, acho que o brilho já estava aqui. — respondo desbancando ela.

- Não sei onde. — se fez de sonsa.

- Viu? É tanto brilho que nem ta conseguindo enxergar. – zoei ela e ri.

- Tão engraçada você Cami. – ela fez cara de tédio e riu.

- Vamos logo, quero me divertir. — minha irmã reclamou.

- Concordo hoje vou aproveitar. — peguei a bolsa e esperei que saíssem.

- Não vai dar pt nao pelo amor de Deus. — olhei minha irmã e fiz uma cara de cala a boca. Com certeza nossa mãe estava ouvindo.

- Não sou dessas. — disse séria tendando passar credibilidade.

- Uhum, mentir é feio sabia. — olhei a Naty e bati na mesma pelo comentário.

- Eu não minto. — coloquei o indicador na boca para que fizesse silêncio.

As duas se entre olharam e empurrei elas. Nos depedimos da minha mãe e esperamos o uber na porta de casa. Não demorou para que o mesmo chegasse, entramos no carro preto e fomos para a boate.

Durante o caminho falamos sobre o quanto nos divertiriamos e com certeza o motorista ficou com as orelhas doendo.

[...]

Assim que chegamos adentramos o local, procuramos mais umas amigas e colamos nelas, Ashley, Vitória e Diana nos cumprimentaram e logo nos indicaram o bar, não pensei duas vezes e pedi um drink.

Bebemos e conversamos animadas sobre coisas aleatória, já sentia o álcool modificando meus sentidos, mas eu não me importei, só queria me divertir.

- Vamos para pista? — perguntei animada e elas assentiram.

- Cadê os homens? — Ashley perguntou e a olhei negando.

- Deixa de ser safada mulher. Viemos comemorar e não beijar na boca. — falei e bebi meu drink todo.

- Beijar na boca também é comemorar. — ela retrucou e neguei rindo.

- Chega de papo e vamos dançar. — minha irmã foi para a pista e a segui.

Fomos logo para o meio da pista e começamos dançar umas com as outras, o DJ era maravilhoso e cada música nos divertimos mais.

Algumas vezes paravamos e íamos ao bar para nos refrescar com drinks.

- Esse DJ é muito bom. — a Vi comentou e todas concordamos.

- Bom e lindo. — falei e peguei outro drink e bebi.

- Como você sabe? — Ash perguntou e apontei para onde ele estava. - Mal dá para ver.

- Olha o nome dele lá. — apoiei o copo vazio e pedi outro drink.

- Nossa nem sabia que ele ia estar aqui essa noite. — Bea falou animada.

- O outro DJ teve um imprevisto e o Alok aceitou vir. — o barman nos informou e agradescemos a informação com um sorriso.

- Já venho meninas estão me chamando ali. — Ashley avisou e foi até um cara.

- Uma já se foi. — olhei as outras e pegamos mais um drink.

- Hoje não vou sair no zero a zero. — Vitória avisou e foi para pista.

- Eu vou sair dez barra dez. — Bea falou toda animada.

- Vai é? — a encarei séria.

- Vou. — ela disse confiante.

- E vocês? Naty e Diana? — olhei as duas que se entre olharam.

- Eu vou pegar alguém, mas sem pressa. — Naty explicou e se encostou na bancada.

- Quem eu quero não me quer. — Diana reclamou e olhou Vitória. - Então eu vou me divertir, posso esperar, mas beijando outras bocas. — ela mandou beijo no ar e sumiu no meio da multidão.

Essas duas ainda vai dar alguma coisa. Fiquei olhando as pessoas passarem e fui pedindo os drinks, sentia meu corpo mais leve e o movia no ritmo da música.

- Cami? — minha irmã me chamou e se aproximou do meu ouvido. - Vou na cabine do Dj ele me chamou lá.

- Que? Quem disse isso? — fiquei preocupada. Como assim o Dj chamou minha irmã?

- Ela. — Bea apontou uma mulher com um crachá no peito. Provavelmente promoter ou da equipe dele. - Ela me deu um crachá para ir lá. — minha irmã disse toda animada e sorri.

- Cuidado, por favor. — pedi e ela assentiu.

A olhei ir com a mulher e as segui com os olhos até sumirem, depois de um tempo ouvi uma de minhas musicas favoritas tocarem e olhei para a cabine do dj e ela acenou de lá. Acenei de volta e terminei meu drink todas tinham ido para pista e me largado lá, estava parecendo uma alcoólatra agarrada ao bar, sai do mesmo e fui para pista. Comecei a dançar de forma sensual e senti alguns olhares sobre mim, sorri e continuei a dançar fechei meus olhos apreciando a música e senti alguém segurar minha cintura e encostar seu corpo no meu. De certo que era homem a mão grande apertou minha cintura e me arrepiei o olhei e não era nada feio, rebolei contra ele e senti seus lábios no meu pescoço. Minha pele se tornou quente e me virei para ele.

- Vamos para outro lugar? — ele perguntou e assinto.

[...]