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História Amor por acaso - Eu não quero que o mesmo aconteça comigo.


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


O capítulo mais esperadooooo! <33

Capítulo 10 - Eu não quero que o mesmo aconteça comigo.


Fanfic / Fanfiction Amor por acaso - Eu não quero que o mesmo aconteça comigo.

Ana.

“O que acha de comemorarmos meu aniversário hoje? Irei viajar amanhã, quero você comigo, Aninha. Vamos se divertir bastante, eu prometo.” Meu celular vibrou com a mensagem de Bruna e mordi o lábio inferior.

“O que está pretendendo fazer?” enviei.

“Uma baladinha, e não aceito não como resposta. É meu aniversário, Ana! Aliás, você tem que conviver com pessoas da nossa idade, fazer coisas que pessoas da nossa idade fazem.”

Em partes, Bruna estava certa, eu precisava mesmo sair, curtir um pouco. Mas ao mesmo tempo, não me sentia muito a vontade em lugares assim, eu gostava de ser como era. Porém era aniversário dela, que era minha melhor amiga e eu não podia simplesmente não aceitar. Respondi que iria e marcamos de nos encontrar às dez horas.

Esta semana foi menos estressante, eu voltei a trabalhar na casa de Luan e o lugar parecia mais sereno sem a presença da Jade aqui. Eu fazia as tarefas simples devagar, porque queria que Luan chegasse em casa e eu ainda o visse. Coisa que não aconteceu porque ele viajou e eu não o via desde aquele fim de semana da ressaca. Henrique me obrigou a analisar os meus sentimentos, insistindo que eu estava apaixonada e conseguiu arrancar de mim o que eu não queria admitir: eu estava sentindo algo pelo filho da tia Mari, algo forte, sufocante e ao mesmo tempo prazeroso. Eu não poderia lidar com isso, Luan tem um estilo de vida completamente diferente do meu, merece uma mulher a sua altura.

 

{...}

Comecei a me arrumar com duas horas de antecedência, eu era vaidosa, embora não deixasse transparecer isso. Era aniversário da Bruna e eu queria fazer algo pra valer, e além do mais, seria uma boa ideia para tirar Luan da minha cabeça. Escolhi um vestido preto e salto finos, caprichei na maquiagem e no meu cabelo que hoje estava de bom humor. Acho que nunca me arrumei tanto como hoje, Bruna ficaria surpresa quando me visse. O meu empenho em me produzir foi tanto que não percebi que havia começado a chover, e não era uma simples chuva, caía uma tempestada em Londrina e uma lufada de ar frio cortou meu rosto assim que coloquei os pés na porta. Eu não conseguiria chegar até o portão sem me molhar, teria que passar por dentro a casa de Luan para realizar isso e acho que ele não se importaria, afinal, nem iria saber porque ainda não tinha chegado.

Meu celular vibrou dentro da minha bolsinha, era minha amiga.

“Aninha, sinto muito, meu aniversário foi por água a baixo, literalmente! Olha essa chuva, impossível sair de casa. Acho que só poderemos comemorar agora quando eu voltar de Miami.”

Ótimo, muito bom saber que eu tinha me produzido tanto pra nada.

 

Luan.

Meu plano com a Bruna já estava quase dando certo, agora seria comigo. Passei a semana fora a trabalhando, imaginando como Ana estaria por aqui e a última coisa que fiz foi me concentrar. Eu iria contar pra ela, estava na hora, por isso pensei em um jeito para não assustá-la. Ela era sensível, delicada, a última coisa que eu queria era isso.

- Vai sair nessa chuva, mocinha? – a avistei de costas e falei.

- Luan! – ela se virou bruscamente. – V-você me assustou. – ela levou as mãos até o coração e eu ri.

- Cheguei de viagem antes dessa chuva começar. Você vai sair assim? – apontei para a janela, indicando o mau tempo.

- Eu ia comemorar o aniversário da Bruna, não vamos mais.

- Ah, entendo. Bom, acho que estamos ilhados aqui, realmente não tem como sair para lugar nenhum com essa chuva. Aceita ser minha companhia esta noite? – fiz o convite.

- Claro! Quer dizer, só temos um ao outro neste exato momento. – suas bochechas ficaram vermelhas e ofereci meu braço a ela, para que ela não escorregasse no piso molhado com aqueles sapatos que estavam lhe deixando mais linda do que já era. Ela se apoiou e a guiei até a sala.

Eu tinha optado por deixar uma iluminação fraca, o suficiente para que conseguissemos enxergar. Eu realmente tinha bolado tudo isso quando cheguei em casa, por isso minhas malas ainda estavam no meio da escada e eu estava vestido como um executivo, tendo tirado apenas o paletó. Coloquei vinho num balde com gelo, o melhor que eu tinha e o som estava ligado tocando algumas músicas que eu gostava e sempre ouvia.

- Quer beber comigo? – propus. – De verdade, dessa vez.

- Não sei se é uma boa ideia, não quero te dar trabalho e ficar com ressaca outra vez.

- Só uma taça, pelo menos? – insisti.

- Acho que chegou a minha hora de experimentar vinho pela primeira vez, então. – sua voz saiu com um tom de expectativa e entreguei a taça a ela que provou devagar, fechando os olhos e se deliciando com o sabor.

- E então? – perguntei.

- É delicioso! Meu Deus, se soubesse teria experimentado antes. Se não fosse tão caro, obvio. – a decepção assumiu seu rosto. Será que ela sabia que dinheiro eram só papéis para mim? eu não precisava disso, de coisas caras, eu precisava dela e estava disposto a provar.

- Ainda está pensando na carreira de modelo? – questionei. – Apesar do seu desmaio, Frank se interessou por você.

- Seria um sonho, nunca pensei em desistir. – ela confessou.

- Ótimo, posso marcar um encontro com ele para daqui a alguns dias, quando ele voltará da semana de moda em Paris. Tudo bem pra você?

- Sim, claro. Lamento por não ter dado certo da última vez.

- Da próxima dará certo. – garanti.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, o som da chuva mais forte caindo lá fora e trovões, John Mayer, nosso cantor preferido tocando. Parecia perfeito, e só faltava uma coisa.

- Dança comigo. – disse e fiquei de pé.

- O que? Não sei dançar. – ela corou de novo.

- E tava indo pra balada fazer o que? Ficar sentada? – brinquei.

- Você sempre me convence. – Ana murmurou baixinho.

A puxei para perto, uni nossas mãos e passei o braço ao redor de seu quadril. Como eu amava tê-la perto... A música era lenta e eu queria aproveitar cada segundo.

Oh, you can’t make yourself stop dreaming

Who you’re dreaming of

If it’s who you love, then it’s who you love

Ana rodopiou e voltou sorrindo para mim. Ela era sensacional, e o seu cheiro começava a me deixar enfeitiçado.

And it takes a little time

But you should see him when he shines

'Cause you'd never want to let that feeling go

O momento tinha chegado, se eu não dissesse agora, não seria capaz de dizer nunca.

You're the one I love

Por que tá me olhando assim? – ela perguntou.

Eu não respondi, aproximei nossos rostos, sentindo sua respiração acelerada perto de mim. Fechei os olhos e a beijei, ela ainda não tinha fugido, Ana continuava ali. Seus lábios eram tão macios que eu precisei ver se estava a beijando mesmo. Seu coração batendo forte pressionava meu peito, eu queria que aquele momento durasse para sempre, mas nós dois ficamos sem ar. Ana evitou me olhar, e eu segurei seu rosto com as mãos.

- Por que fez isso, Luan? – mais uma vez fui questionado. – Você é casado! Você é diferente de mim. – ela tentou se desvencilhar.

- Ana, me escute. – eu afastei seu cabelo do rosto. Por Deus, eu não poderia assustá-la. – Estou apaixonado por você, quero que saiba disso. Você é incrível.

- Não. – ela disse secamente.

- Como? – fiquei confuso.

- Você bebeu, você não sabe o que está falando.

 

Ana.

Luan me beijou e estava dizendo que estava apaixonado por mim, não, era demais. Isso não podia estar acontecendo, eu não sabia como reagir.

- Eu nunca tive tanta certeza do que eu quero na minha vida. – seu olhar penetrante encontrou o meu.

- Não podemos, Luan. E-eu sinto muito. – gaguejei. – Por favor, não vem atrás de mim!

Saí correndo e sem me importar se estava de salto, sem me importar coma chuva que caía, entrei no meu quartinho e tranquei a porta. Eu não conseguia parar de chorar. Isso não deveria ser algo bom? Claro que sim, mas era o Luan, nunca daríamos certo. Precisei respirar fundo para pegar meu celular e falar com Henrique. Eu estava aos prantos. Ele atendeu na segunda chamada.

- Henrique! Eu preciso de você!

- O que aconteceu? Tá chorando? Ana, onde você tá?

- Eu tô na casa do Luan. – disse.

- Ele tentou algo contra você? – sabia que ele estava com raiva.

- Não, Henrique. Ele se declarou pra mim!

- Ana, o que você fez?

- Eu fugi dele, saí correndo. Estou me sentindo a pessoa mais estúpida do mundo. – meu choro aumentou. – Henrique, eu não quero que o mesmo aconteça comigo.

- Se acalma, aninha. Vou até aí. Você sabe que não vai acontecer nada, eu jamais deixaria.

- Está chovendo, eu não vou te deixar sair dirigindo com esse tempo, vou ficar preocupada e vai ser pior. – disse rapidamente.

- Então me promete que vai ficar tudo bem e amanhã nós nos vemos, tudo bem?

- Prometo. 


Notas Finais


Me digam: pq Ana teve essa reação? o que será esse medo dela que só o Henrique sabe? acompanhem a fic para saber :)


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