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História Amor por acaso - Eu vou ser tão feliz!


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


Tá tudo tão corrido, essas coisas de fim de ano são tão </3 como foi o Natal de vcs? Espero que gostem desse cap :)

Capítulo 18 - Eu vou ser tão feliz!


Luan.

- A senhorita Jade Magalhães sofreu um acidente, está sendo levada para o hospital. – a mulher falou do outro lado.

- Acidente? – engoli em seco. – Como ela está? Ela está grávida! – comecei a ficar nervoso e os olhares da minha família pesavam sobre mim.

- Senhor, estamos fazendo o possível. Esse era o único número no telefone dela, iremos lhe dar o endereço do hospital.

Jade tinha sofrido um acidente? Eu temia por ela e pelo bebê, se aquele bebê realmente fosse meu... Droga! Ouvi atentamente o endereço do hospital e desliguei.

- Jade sofreu um acidente, acho que é grave. – disse tenso.

- Ai meu Deus, e o bebê? – Bruna perguntou.

- Eu não tenho a menor ideia! – minha voz saiu mais alta do que pretendia. – Preciso ir vê-la.

- Amor, não vou te deixar dirigir desse jeito. – Ana acariciou meu rosto. – Me diz o hospital e eu te levo até lá.

- Ana tem razão, meu filho.  Eu também vou com você. – meu pai falou apressadamente.

O hospital era meio longe e meu pai conhecia o caminho, então acabou dirigindo no lugar de Ana, é claro que eu estava nervoso e ela notava, e eu pensei que ela poderia ficar brava, mas está me apoiando.

- Obrigada por me acalmar. – sussurrei para que só ela ouvisse e entrelacei nossos dedos. – Eu te amo.

- Também te amo. Vai ficar tudo bem. – sua voz me transmitia segurança e por um segundo consegui acreditar que tudo ia realmente ficar bem.

 

 

 

Ana.

Eu me sentia mal por ver como Luan estava, e o pior é que também estou preocupada com a Jade, com o bebê. Pelo que ficamos sabendo, ela estava dirigindo numa estrada que é pouco acessada por veículos, indo pro interior do estado quando sofreu o acidente. Não sabemos direito o que aconteceu, eu sinto que é grave. Ela pode ter cochilado enquanto dirigia, o carro pode ter apresentado falhas, era muito o que se pensar.

- Moça, eu preciso de uma informação. Minha ex-mulher sofreu um acidente, eu preciso saber como ela está! – Luan praticamente gritava com a mulher que estava na recepção do hospital.

- Filho, se acalma, deixa isso com a gente. – tio Amarildo o interrompeu.

- O nome dela é Jade. – murmurei e ele lançou um olhar pra mim. – Ela está grávida, sofreu um acidente de carro. – expliquei.

- O bebê está bem? – Luan voltou a questionar.

- Olha, tudo que posso dizer é que ela está em cirurgia. Em breve um médico vem aqui conversar com vocês. Peço que esperem aqui.

Sentei com Luan, eu acariciava suas costas e vez ou outra ele me forçava um sorriso. Tio Amarildo saiu para telefonar para Bruna e Tia Mari. Eu perdi a noção de quanto tempo estávamos ali, os segundos se arrastavam e a impaciência começava a bater.

- Então, doutor? – Luan perguntou quando apareceu um senhor de jaleco na nossa frente. – Quais são as notícias da Jade?

- Ela está bem? E o bebê? – questionei.

- Lamento informar, não conseguimos salvar o bebê. O resgate demorou, perdemos muito tempo, foi um acidente grave e a paciente está com um quadro delicado.

Luan me abraçou forte. Possivelmente, o filho dele estava morto, eu não queria nem imaginar a dor que ele estava sentindo.

- O que podemos fazer pela Jade? – ouvi tio Amarildo me falar.

- Bem, ela precisa urgentemente de uma doação de sangue. Teve hemorragias internas e externas, a perca do bebê também não facilitou muito. Quebrou um braço e está com algumas lesões leves pelo corpo. Só há um problema. – o médico estava sério.

- E qual é? – perguntamos em coro.

- O tipo de sangue dela é raro. Poucas pessoas tem o sangue assim, talvez leve tempo pra encontrar. É do tipo AB.

- E se levar tempo, o que acontece? – hesitei em perguntar.

- Serei sincero com vocês: se não acharmos uma pessoa que possa doar o sangue até o fim do dia, o quadro da paciente vai piorar o dobro e ela estará correndo risco de morte.

Luan e tio Amarildo se entreolharam. Eu fiquei muda por uns segundos, até reunir coragem pra falar:

- Não vai demorar. – falei alto. – Meu sangue é desse tipo, vou fazer a doação.

- Filha, tem certeza...? – tio Amarildo me perguntou.

- Eu não posso deixá-la morrer. Sei que ela já aprontou comigo, porém é a vida de uma pessoa em jogo. Doutor, eu me prontifico a fazer a doação. – falei ao médico e ele assentiu.

- Preciso que assine uns papéis me garantindo que não possui nenhuma doença transmíssivel, não usou drogas e nem bebeu nas últimas vinte e quatro horas.

- Pode deixar. – concordei.

Luan não havia dito nada, só me encarava. Sei que ele sabia que eu estava fazendo a coisa certa.

 

 

Luan.

- Filho, sei que está abalado. Mas tem noção do que Ana está fazendo? É um lindo gesto, ela vai salvar a vida da Jade. Acredito que está tão confusa quanto você.

- Eu sei, pai. – respirei fundo. – Vou procurá-la. Acho que precisamos de uma conversa.

Dirigi-me ao laboratório e tirei um papel do bolso. Ana estava sentada numa poltrona, com o braço furado e de olhos fechados, me aproximei dela e lhe roubei um beijo.

- Oi meu amor. – falei e sentei ao seu lado. – Como está se sentindo?

- Não sou fã de agulhas e nem de sangue, porém acho que consigo sobreviver até o final. – ela brincou e me fez sorrir. – O que é isso?

- É o resultado de um exame. Os médicos haviam colhido sangue do bebê, eu pedi que comparassem com o meu. – parei de falar, sentindo um nó na garganta.

- E aí? – seu rosto exalava curiosidade.

- Era meu filho, Ana. Não sei ao certo como reagir, mas quero acreditar que ainda não era o momento de ser pai. Eu só me sinto mal porque rejeitei tanto essa gravidez!

- Não se culpa, por favor. – ela pediu baixinho. – Eu vou dizer algo que nunca disse a você: eu quero tanto te dar filhos, quero que eles sejam a sua cara, quero que eles tenham os meus olhos e o seu nariz, se a nossa filha tiver seu sorriso eu vou ser tão feliz! Quero a gente discutindo onde vai passar as férias, quem vai acordar de madrugada quando um deles chorar, quem vai deixá-los na escola de manhã. Eu sou tão boba por sonhar com tudo isso. – ela estava com um sorriso lindo no rosto e deixou uma lágrima escapar de seus olhos.

- Ah, minha vida. – a abracei sem jeito, porque aquela poltrona não facilitava. – Você tem que ser a mãe deles, eu acabo de ter certeza. 



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