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História Amor por acaso - Não tem final feliz.


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


SOBRE HOJE SER ANIVERSÁRIO DO MELHOR ÍDOLO <333

Capítulo 29 - Não tem final feliz.


Ana.

Minhas coisas estavam no antigo quarto de Luan, fiz o maior esforço para conseguir tirar o vestido sozinha e deveria ter aceitado a ajuda dele. Quando consegui ficar apenas de lingerie, um pequeno mal estar tomou conta de mim e me sentei na cama, desnorteada. Suspirei, deveria ser só o calor, eu já tinha esforço demais para uma manhã. Recuperei-me e voltei a me organizar, coloquei o outro vestido bege que eu tinha separado para usar, guardei as jóias pesadas que  pendiam da minha orelha, dos meus pulsos e do meu pescoço, ficando apenas com a aliança no dedo. Guardei a tiara com cuidado também, não me cansava de admirá-la.

Passei alguns minutos no espelho observando como eu estava, e voltei para o quarto em busca de minhas sapatilhas. Eu podia jurar que tinha deixado perto da mesinha de cabeceira, mas não estava lá, não estava em lugar nenhum.

- Era isso que estava procurando? – ouvi a voz feminina atrás de mim e virei imediatamente. Jade me encarava com as sapatilhas em sua mão. O cabelo estava loiro, quase igual ao meu, e o vestido tomara que caia que ela usava era semelhante ao meu de noiva. Ela tinha pirado totalmente.

- Como entrou aqui? – disse nervosa.

- Você é mais burra do que eu pensava, Ana. Deveria ter deixado o Luan te acompanhar.

- Vai embora, Jade. Não estraga o dia do meu casamento!

- Estragar o dia do seu casamento? Você estragou a minha vida, sua sonsa! – ela avançou para cima de mim. – Perdi meu filho por sua causa! Perdi meu marido também! Você não é digna de estar com o Luan, e essa coisa que está ai dentro... Que ódio! – Jade se referia ao meu bebê.

- Olha, faz o escândalo que você quiser, mas deixa meu filho em paz. Você é completamente obcecada pelo Luan, vai procurar um tratamento, uma ajuda psiquiatra.

- Quem vai precisar de tratamento é você, depois do que eu to planejando fazer. – em uma fração de segundo ela conseguiu me agarrar, e colocar uma faca no meu pescoço. O desespero tomou conta de mim. – Ana, eu quero ver você implorando pela sua vida.

Comecei a gritar por ajuda, devia ter alguém ali por perto, alguém que pudesse me ouvir. Eu gritava e ela ria.

- Grita mesmo, você acha que alguém vai te ouvir?

- Eles vão me procurar, Jade. Saí daqui, eu digo que demorei porque estava me arrumando, eu deixo você sair e nada te acontece. Nada de polícia.

- Eu até poderia aceitar essa proposta, mas não quero.

 

 

Luan.

- Bru, cadê a Ana? – perguntei a minha irmã.

- Ué, eu pensei que ela tivesse com você. Já faz tempo que ela saiu pra trocar de roupa e não voltou. Se preocupa não maninho, ela deve estar caprichando pra você.

A deixei de lado e tentei achar minha mãe entre os rostos conhecidos ali, a avistei  sorridente com meu pai e alguns amigos. Tinha algo errado, por que ela estava demorando desse jeito? Não queria transparecer nada, então pedi para conversar com ela em particular.

- Algo errado, filho? Cadê a Ana? – ela perguntou assim que viu meu semblante.

- Era isso que eu ia perguntar! Ana entrou na casa e não saiu mais.

- Você deixou ela ir só, Luan? Ai meu Deus! Será que ela sentiu algo?

- Ela insistiu, mãe. Seja o que for, eu tô indo lá agora.

Meus passos eram apressados, as pessoas passavam como um borrão por mim. Meus pais estavam logo atrás de mim. Por azar, a casa de minha mãe era enorme e eu não sabia onde procurá-la primeiro, olhei no andar de baixo e nenhum sinal dela. Subi as escadas correndo.

- Ana? Amor, onde cê tá?

- Luan! – ela gritou meu nome e percebi que a voz vinha do meu quarto.

- Cala a boca, vadia! – entrei no momento em que Jade a agredia com um tapa, ela segurava Ana pelo pescoço e tinha uma faca em sua mão.

- Me ajuda, amor. – Ana estava visivelmente desesperada.

- Ficou maluca? Solta a Ana! – tentei chegar perto delas.

- Se você der mais um passo eu esfaqueio ela, não tem noivinha, não tem bebê, não tem final feliz.

- Jade, você não seria capaz disso. Deixe a Ana e podemos conversar direito. – meu pai tentou argumentar, enquanto minha mãe tremia.

- Tem certeza que não sou capaz? – sua risada ecoou no quarto e ela fez um corte no queixo da minha esposa, que começou a sangrar imediatamente.

Eu não podia deixar aquilo acontecer! Mesmo sabendo que era arriscado, puxei Ana para mim e meu pai tentou conter a Jade que acabou machucando sua mão. Por fim, a faca caiu no chão e Jade estava sendo segurada pelo meu pai.

- Meu amor, calma, tá tudo bem. – tentei acalmá-la. – Vou te tirar daqui.

Eu a peguei no colo e a levei até o quarto de Bruna, a coloquei na cama e vi como ela estava, alguns arranhões nos braços e o queixo cortado. O corte realmente era feio.

- Tira ela daqui. – Ana me pediu.

- Meu pai vai cuidar de tudo, pode ter certeza.

Mais gente ajudou meu pai com Jade, a polícia chegaria a qualquer momento e Bruna entrou correndo no quarto.

- Oh meu Deus, o que aquela maluca fez?

- Bru, prepara meu carro, eu vou levar a Ana pro hospital agora.

- Não quero ir. – ela protestou.

- Claro, vou fazer isso. – Bruna nos deixou sozinhos novamente.

- Sinto muito, princesa. Você não está em condição de decidir.

 

 

 

{...}

Terminamos o dia no hospital, Ana levou três pontos no queixo e tomou um tranquilizante. Meu pai precisou imobilizar a mão, e a maluca foi presa. Por mim ela poderia passar o resto da vida na prisão! O médico explicou que a pressão de Ana estava alta, mas já que ela tinha sido controlada com o remédio, nós poderíamos levar ela pra casa. Ela precisava de repouso e o hospital não seria bom. Levei Ana de cadeira de rodas até meu carro, agradeci pelo apoio da minha família e disse que cuidaria dela a partir de agora.

 

 

Ana.

Acabei dormindo no caminho pra casa. Tomei remédios tão fortes que meus olhos pesavam, com o pouco de consciência que eu tinha, acariciei minha barriga. Meu filho e Luan estavam ali, nada de grave tinha acontecido com o tio Amarildo, Jade não iria nos perturbar. Estava tudo bem. O efeito do tranquilizante foi passando e quando cheguei em casa, já conseguia andar e falar, mesmo que lentamente.

- Quer dormir, amor? – Luan me perguntou e eu neguei.

- Um banho. – falei fraco.

Fiquei sentada enquanto Luan enchia a banheira. Acho que nunca tínhamos usado ela. Ele tirou minha roupa, e entrei na água quentinha que fez meus ombros relaxarem. Luan também se despiu e entrou, aproveitei para repousar em seu colo e ele fazia carinho em mim.

- Não te deixo sozinha nunca mais. Quando eu tiver que me ausentar, você vai andar com segurança.

- Por que tanto ódio, amor? Se ela tivesse feito algo...

- Shh. – Luan me calou com um selinho. – Ela não fez. Ela está presa, vou garantir que ela fique lá por muito tempo.

- O dia ainda é nosso, Luan. Apesar de tudo que aconteceu. – aprofundei nosso beijo, um beijo intenso, cheio de vontade, amor, paixão, inúmeros sentimentos. Cada parte do meu corpo se arrepiou quando ele começou a beijar minha nuca, meus ombros. – Me faz esquecer tudo isso, por favor. – pedi.


Notas Finais


Alerta de hot no próximo capítulo! E essa doida da Jade?


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